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Palavras de Chico Xavier OCR

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Francisco Cândido Xavier/

Emmanuel
Francisco Cândido Xavier /
Emmanuel
Capa e Ilustrações:
Alexandre Luiz Rampjn

Capa baseada em belíssima


tela do artista plástico
João Pio de Almeida Prado

© 1995, Instituto de Difusão Espírita

l 5
edição - agosto/1995

10.000 exemplares

INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA


Av. Otto Barreto, 1067 • Caixa Postal 110
Fone: (0195) 41 -0077 - CEP 13600-970 - Araras
Estado de São Paulo - Brasil
C.G.C. (MF) 44.220.101/0001-43
Inscrição Estadual 182.010.405.118
Ficha Catalográfica ÍNDICE
(Preparada na Editora)

Xavier, Francisco C a n d i d o , 1910-

X19p Palavras d e Chico X a v i e r / F r a n -


cisco C á n d i d o Xavier, Espirito de
Emmanuel. Araras, 1* e d i ç â o , IDE,
1995. Palavras de Luz, Hercio M. C.
96 p.: 40 II. Arantes 11
1. Espiritismo 2. Mediunidade-
Pensamentos I. Emmanuel. II. Título. Capítulos I a XL
Pensamentos 13a91
CDD-133.9
-133.91

índice para catálogo sistemático:


1. Espiritismo 133.9
2. Mediunidade: Entrevistas (Pensamentos):
Espiritismo 133.91
PALAVRAS DE LUZ
Aqui encontraremos. Leitor Amigo,
uma coletânea de pensamentos preciosos
emitidos pelo médium Chico Xavier,
quando entrevistado em diversos mo-
mentos, sempre assistido por Emmanuel,
o incansável Benfeitor Espiritual que
supervisiona sua tarefa mediúnica desde
os primeiros dias.
Todos os pensamentos que consti-
tuem este livro, claramente alicerçados
em Jesus e Kardec, por elucidarem, com
tanta simplicidade e sabedoria, temas
dos mais complexos que interessam de
perto a todos nos, podem ser considerados
como raios de luz capazes de iluminar
nossas mentes e aquecer nossos corações.
Que possamos todos, com a leitura
e meditação destas Palavras, colher
abençoados frutos de paz íntima e
compreensão mais ampla.
Hércio Marcos Cintra Arantes
Araras, 27 de maio de 1995.
il

Respeito os estudos sobre o


Apocalipse, mas não tenho largue-
za de pensamento para interpretar
o Apocalipse como determinados
técnicos o interpretam e situam.
Mas, acima do próprio Apocalipse,
eu creio na bondade eterna do
Criador que nos insuflou de vida
imortal. Então, acima de todos os
Apocalipses, eu creio em Deus e na
imortalidade humana, e essas duas
realidades preponderarão em qual-
quer tempo da humanidade.
II

Dentro da visão espirita-cris-


ta, céu, inferno e purgatório come-
çam dentro de nós mesmos. A ale-
gria do bem praticado é o alicerce
do céu. A má intenção j á é um piso
para o purgatório e o mal devida-
mente efetuado, positivado, j á é o
remorso que é o princípio do infer-
no.
III

Acreditamos que para melho-


res esclarecimentos sobre médiuns
e mediunidade, as obras de Allan
Kardec devem ser consultadas e
estudadas. Com todo o nosso res-
peito aos entrevistadores, devemos
dizer que solicitar de nós uma ex-
plicação sobre Deus é o mesmo
que pedir a um verme para que se
pronuncie quanto à glória e a natu-
reza do Sol, embora o verme, se
pudesse falar, diria, com toda a
certeza, da veneração e do amor
que consagra ao Sol que lhe garan-
te a vida.
IV

Agora, o problema no Brasil,


pessoalmente, opinião minha, o que
deveria ser faceado pela comuni-
dade brasileira como um dos pro-
blemas mais sérios é o problema
do trabalho. O amor ao trabalho e
a fidelidade ao cumprimento do
dever. Se nós todos trabalharmos,
se carpirmos a terra, se construir-
mos, se lidarmos com a pedra, com
o barro, com a sementeira, com os
fios; se tecermos; se todos nós nos
unirmos para criar valores em nos-
so benefício, a pobreza deixará de
existir.
¥

n ã o posso julgar os compa-


nheiros q u e sintam r e c e i o da
m e d i u n i d a d e , p o r q u e a minha
mediunidade realmente começou
muito cedo, eu não tive oportuni-
dade de sentir medo, isso para mim
começou em criança em minha
vida, e passou a fazer parte de
minha existência atual.
Eu penso com aquela assertiva
do nosso André Luiz, que é um
mentor que nós respeitamos, se
cada um de nós consertar de den-
tro o que está desajustado, tudo
por fora estará certo.
vn
Aprendi desde muito cedo a
venerar Nosso Senhor Jesus Cris-
to, na fé que minha mãe me trans-
mitiu desde os 2 anos de idade. Um
dia, tendo perguntado a ela como
orientar minhas preces, minha mãe
ensinou-me a considerar Jesus
como Nosso Senhor e Mestre. Nas
rodopias do tempo, eu fui compre-
endendo que Jesus é realmente o
Guia Espiritual da Humanidade, pe-
rante Deus, a quem nós chama,
mos, segundo o ensinamento dele
mesmo, de Pai Nosso que está nos
Céus.
riunca nos cansaremos de re-
petir que mediunidade é sintonia.
Subamos aos cimos da virtude e do
conhecimento e a mediunidade, na
condição de serviço de sintonia
com o Flano Divino, se elevará
conosco.
Aceitemos com humildade o
concurso sagrado daqueles que se
constituem nossos benfeitores nas
Esferas Mais Altas e estendamos
aos nossos irmãos mais necessita-
dos que nós mesmos os braços
fraternos que o Espiritismo envol-
ve em bênçãos de revelação e de
amor.
Quando cada um de nós trans-
formar-se em livro atuante e vivo
de lições para quantos nos obser-
vam o exemplo, as fronteiras da
interpretação religiosa cederão lu-
gar à nova era de fraternidade e paz
que estamos esperando.
A vitória na luta pelo bem con-
tra o mal caberá sempre ao servi-
dor que souber perseverar com a
Lei Divina até o fim.
XII

Somos companheiros otimis-


tas no campo da fraternidade. Se
Jesus espera no homem, com que
direito deveríamos desesperar?
Aguardemos o futuro triunfante, no
caminho da luz. A Terra é uma
embarcação cósmica de vastas pro-
porções e não podemos olvidar que
o Senhor permanece vigilante no
leme.
O amor é ciência de sublima-
ção para Deus e a felicidade para
crescer deve dividir-se. Mão há rup-
tura de laços entre os que se amam
no infinito do espaço e na eternida-
de do tempo. As almas afins se
engrandecem constantemente re-
partindo as suas alegrias e os seus
dons com a Humanidade inteira,
não existindo limitações para o
amor, embora seja ele também a
luz divina a expressar-se em graus
diferentes nas variadas esferas da
vida.
XIV

O amor é o clima em que as


menores expressões da vida, em
todos os planos, crescem nos labo-
ratórios do tempo, para a divina
glorificação.
Tenho aprendido com os Ben-
feitores Espirituais que a paz é doa-
ção que podemos oferecer aos ou-
tros sem tê-la para nós mesmos.
Isto é, será sempre importante re-
nunciar, de boa vontade, as vanta-
gens que nos favoreceriam, em fa-
vor daqueles que nos cercam. Em
razão disso, seríamos todos nós,
artífices da paz, começando a ga-
ranti-la por dentro de nossas pró-
prias casas e dos grupos sociais a
que pertençamos.
Esperemos que o amor se pro-
pague no mundo com mais força
que a violência e a violência desa-
parecerá, à maneira da treva quan-
do a luz se lhe sobrepõe. Conside-
remos, porém, que essa obra, natu-
ralmente, não prescindirá da auto-
ridade humana, mas na essência e
na prática exige a cooperação de
nós todos.
Acreditamos que as adminis-
trações na Terra, gradativamente,
estão resolvendo o problema da
penúria, mas até que o problema
seja solucionado, admito seja nos-
sa obrigação auxiliar-nos, uns aos
outros, para que as provações da
carência sejam atenuadas.
XVIII

Não vemos luta competitiva


entre a Doutrina Espírita e as reli-
giões tradicionais que zelam pela
memória e pelos ensinos de Jesus.
Ante o Evangelho do Divino Mestre,
a Doutrina Espírita é portadora de
princípios que aclaram com segu-
rança as lições do Cristo, sem qual-
quer pretensão de superioridade
sobre as organizações cristãs, sem-
pre dignas do maior respeito.
Acreditamos que o Criador nos
fez ricos a todos, sem exceção,
porque a riqueza autêntica, a nos-
so ver, procede do trabalho e todos
nós de uma forma ou de outra,
podemos trabalhar e servir.

Quanto à felicidade, cremos


que ela nasce na paz da consciên-
cia tranqüila pelo dever cumprido e
cresce, no íntimo de cada pessoa,
à medida que a pessoa procura
fazer a felicidade dos outros, sem
pedir felicidade para si própria.
Indubitavelmente. Vemos o
Espiritismo influenciando, não ape-
nas no campo da Arte, mas em
quase todos os setores da inteli-
gência humana.
A alma humana não pode vi-
ver sem religião. Quanto mais o
materialismo cresce, mais nosso
Espírito tem saudade da união cem
Deus. Isso é nato em cada um de
nós. Toda pessoa tem essa sede.
Segundo admitimos, o padrão
ideal para a convivência pacífica
entre as criaturas da Terra, está
contido naquele inesquecível man-
damento de Jesus Cristo: "Amai-
vos uns aos outros, como eu vos
amei". Quando este preceito for
praticado, certamente usufruire-
mos a felicidade do Mundo Melhor
com que todos sonhamos.
XXIV

Creio que a importância do


Evangelho de Jesus em nossa evo-
lução espiritual, é semelhante à
importância do Sol na sustentação
de nossa vida física.
Não há ninguém desampara-
do. Assim como aqui na Terra, na
pior das hipóteses, renasceremos
a sós, em companhia de nossa mãe,
mas nunca sozinhos, no mundo
espiritual também a Providência Di-
vina ampara todos os seus filhos.
Ainda aqueles considerados os
mais infelizes, pelas ações que pra-
ticaram e que entram no mundo
espiritual com a mente barrada pela
sombra, que eles próprios criaram
em si mesmos, ainda esses têm o
carinho de guardiães amorosos que
os ajudam e amparam, no mundo
de mais luzes e mais felicidade.
XXVI

Temos aprendido com os Ben-


feitores da Vida Maior que todos os
três aspectos do Espiritismo são
essencialmente importantes, entre-
tanto, o religioso é o mais expres-
sivo por atribuir-nos mais amplas
responsabilidades de ordem mo-
ral, no trato com a vida.
XXVII

Emmanuel costuma afirmar-


nos que, sem religião, seríamos na
Terra, viajores sem bússola, inca-
pazes de orientar-nos no rumo da
elevação real.
XXVIII

Segundo os mensageiros da
Espiritualidade Maior, nós, as cria-
turas terrestres de todas as idades,
superaremos as crises atuais e di-
zem que as transformações aflitivas
do Mundo moderno se verificam
para o bem geral.
Os nossos guias espirituais tra-
duzem a nossa insatisfação, no
mundo inteiro, como sendo a au-
sência de Jesus Cristo em nossos
corações.
Precisamos desalojar o ódio,
a inveja, o ciúme, a discórdia de
nós mesmos, para que possamos
chegar a uma solução em matéria
de paz, de modo a sentirmos que
"os tempos são chegados" para a
felicidade humana.
n a ignorância não consegui-
ríamos, como não conseguiremos,
enxergar o caminho real que Deus
traçou a cada um de nós na Terra.

Todos nós, sejamos crianças


ou jovens, adultos ou j á muitíssi-
mos maduros, devemos estudar
sempre.
XXXII

A vida está repleta da beleza


de Deus e por isso não nos será
lícito entregar o coração ao deses-
pero, porque a vida vem de Deus,
tal qual o Sol maravilhoso nos ilu-
mina.
XXXIII

Ainda sabendo que a morte


vem de Deus, quando nós não a
provocamos, não podemos, por
enquanto, na Terra receber a mor-
te com alegria porque ninguém re-
cebe um adeus com felicidade, mas
podemos receber a separação com
fé em Deus, entendendo que um
dia nos reencontraremos todos
numa vida maior e essa esperança
deve aquecer-nos o coração.
Acreditamos que para que o
homem atinja a perfeição não se
pode menosprezar os valores do
Espírito.
Todos estamos formulando vo-
tos aos Poderes Divinos que gover-
nam o Mundo e a Humanidade,
para que o homem se volte para
dentro de si mesmo a fim de que
nós t o d o s , dentro d e s s a inte-
riorização, venhamos a compreen-
der que sem os valores da alma não
podemos avançar muito tão-só com
os valores físicos que são pratica-
mente transitórios.
Mas a pessoa sã, em plenitude
dos seus valores físicos, pode per-
feitamente estudar a própria
mediunidade e ver qual o caminho
que suas faculdades mediúnicas
podem tomar.
Os nossos Benfeitores Espiri-
tuais nos esclarecem, freqüente-
mente, que a Doutrina Espírita for-
mula explicações mais lógicas, mais
simples em torno dos ensinamentos
de Nosso Senhor Jesus Cristo, expli-
cações essas, que nós encontra-
mos com muita riqueza de minudên-
cias nas obras codificadas por Allan
Kardec. Mas, explicam também, que
todas as religiões são respeitáveis
e que nossa atitude, diante de to-
das elas, deve ser de extremada ve-
neração, pelo b e m que elas trazem
às criaturas humanas e por serem
igualmente sustentáculos do bem
na comunidade em nome de Deus.
Estávamos, certa vez, sob chu-
vas de observações e eu pedi ao
Espírito de Emmanuel: ' q u e fazer!
dizem tanto mal..." e ele respon-
deu: "Olha, a boca do mal na Terra
é como a boca da noite. Minguem
consegue fechá-la. Vamos traba-
lhar, trabalhar..."
Cremos que, em matéria de
compreensão e experiência, todos
nos assemelhamos aos frutos que
o tempo vai amadurecendo a pou-
co e pouco.
A mediunidade pode manifes-
tar-se através da pessoa absoluta-
mente inculta, mas os Bons Espíri-
tos são de parecer que todos os
médiuns são chamados a estudar a
fim de servirem com mais segu-
rança.
Relação de Livros
Consultados

1 - Entender Conversando
F.C.Xavier/Emmanuel - IDE

2 - Entrevistas
F.C.Xavier/Emmanuel - IDE

3 - No Mundo de Chico Xavier


Elias Barbosa - IDE
Composto e Impresso pelo INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPÍRITA
Av. Otto Barreto, 1067 - 13600 - Araras - Estado de São Paulo
C.G.C. 44.220.101/0001-43 — Insc. Estadual 182.010.405.118

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