Encontros de Integração Dos Animadores de Crisma: # Roteiro Catequético
Encontros de Integração Dos Animadores de Crisma: # Roteiro Catequético
Encontros de Integração Dos Animadores de Crisma: # Roteiro Catequético
Este material visa ser utilizado como roteiro na acolhida e preparação dos catequistas de Crisma.
Março/2015
Encontro de Integração dos Animadores de Crisma
1ª Reunião: Tema: “Eu vim para servir.” (Mc 10, 45)
Roteiro:
1. Oração Inicial
2. Apresentação dos animadores 2015/2016 – Somos um grupo.
3. Descrevendo as comunidades, Conhecendo a Paróquia.
4. Leitura bíblica: 1Sm 3, 1-21.
5. Perfil do Catequista: pedido da Igreja
6. Ser animador de Crisma
7. Oração Final
Motivação para Leitura Bíblica: “Não é o discípulo missionário que indica à Palavra o que ela deve
dizer. Antes, o discípulo missionário é um ouvinte da Palavra (Is 50,5). Ele a acolhe na gratuidade e na
alteridade, deixando-se apaixonadamente interpelar”.1
1
Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 50.
Material produzido por Alan Dionizio, catequista leigo católico.
Obs.: Em caso de utilização, informe-nos. E-mail: dionizioccs@hotmail.com
Subsídios para Pastoral da Crisma 3
n. 172. Nenhuma metodologia dispensa a pessoa do catequista no processo da catequese. A alma de todo
método está no carisma do catequista, na sua sólida espiritualidade, em seu transparente testemunho de
vida, no seu amor aos catequizandos, na sua competência quanto ao conteúdo, ao método e à linguagem.
O catequista é um mediador que facilita a comunicação entre os catequizandos e o mistério de
Deus, das pessoas entre si e com a comunidade.
Tarefas da catequese
53. Em virtude de sua própria dinâmica interna, a fé precisa ser conhecida, celebrada, vivida e cultivada
na oração. E como ela deve ser vivida em comunidade e anunciada na missão, precisa ser
compartilhada, testemunhada e anunciada. A catequese tem, portanto, as seguintes tarefas (cf. DGC 85-
87):
a) Conhecimento da fé: a catequese introduz o cristão no conhecimento do próprio Jesus, das Escrituras
Sagradas, da Igreja, da Tradição e das fórmulas da fé, particularmente do Credo Apostólico. E, nesse
sentido, as fórmulas doutrinais ajudam no aprofundamento do mistério cristão: é a dimensão doutrinal
da catequese.
b) Iniciação litúrgica: para realizar a sua obra salvífica, Cristo está presente em sua Igreja, sobretudo
nas ações litúrgicas (SC 7). É tarefa da catequese introduzir no significado e participação ativa, interna e
externa, consciente, plena e frutuosa dos mistérios (sacramentos), celebrações, sinais, símbolos, ritos,
orações e outras formas litúrgicas. [...]. Além do mais, a liturgia, por sua própria natureza, possui uma
dimensão catequética. A catequese deve ser realizada em harmonia com o ano litúrgico.7
c) Formação moral: uma tarefa importante da catequese é educar a consciência, atitudes, espírito e
projeto de vida segundo Jesus. As bem-aventuranças e os mandamentos, lidos e praticados à luz do
Evangelho, e com suas conseqüências éticas e morais, tanto pessoais como sociais, fazem parte do
conteúdo essencial da educação para as atitudes cristãs, como discípulos e discípulas de Jesus Cristo (cf.
Mt 5,3-12; Ex 19; Dt 5,6-21; Mt 25,31-46). A formação para o sacramento da Penitência contribui para
a formação moral. A coerência da vida dos cristãos com sua fé é sinal de eficácia da evangelização.
[...]. É preciso mostrar que a religião, especialmente o cristianismo, é fermento de libertação da pessoa e
de transformação da sociedade (cf. DGAE 193).
d) Vida de oração: cabe à catequese ensinar a rezar por, com e em Cristo, com os mesmos sentimentos e
disposições com os quais Ele se dirige ao Pai: adoração, louvor, agradecimento, confiança, súplica,
contemplação. O Pai-Nosso é o modelo acabado da oração cristã (cf. Lc 11,1-4; Mt 6,9-13). [...]. A
catequese torna-se estéril e infrutífera se reduzida a um simples estudo ou mera reflexão doutrinal.
e) Vida comunitária: se a fé pode ser vivida em plenitude somente dentro da comunidade eclesial, é
necessário que a catequese cuide com carinho dessa dimensão. Os evangelhos ensinam algumas atitudes
importantes para a vida comunitária: simplicidade e humildade, solicitude pelos pequenos, atenção para
os que erram ou se afastam, correção fraterna, oração em comum, amor fraterno, partilha de bens (cf. At
2,42-47; 4,32-35). [...].
f) Testemunho: a missão do cristão é levar, à sociedade de hoje, a certeza de que a verdade sobre o ser
humano só se revela plenamente no mistério do Verbo encarnado. O testemunho de santidade
tornará esse anúncio plenamente digno de fé (DGAE 81).
g) Missão: o verdadeiro discípulo de Jesus é missionário do Reino. “As comunidades eclesiais tenham
viva consciência de que ‘aquilo que uma vez foi pregado pelo Senhor’ deve ser proclamado e espalhado
até os confins da terra” (DGAE 25). Não há, portanto, autêntica catequese sem iniciação à missão,
inclusive além-fronteiras, como parte essencial da vocação cristã.
basta boa vontade, é preciso uma atualização dinâmica [...]. Requer, também, uma grande
intimidade com a Palavra de Deus, com a doutrina e a reflexão da Igreja [...]” (CMM 38f).
268. Pessoa de comunicação, capaz de construir comunhão. O catequista cultiva amizades, presta
atenção nas pessoas, está atento a pequenos gestos que alimentam relacionamentos positivos. A
delicadeza diária, simples, também é um anúncio do amor de Deus, através da consideração dos
sentimentos das pessoas. “A comunicação autenticamente evangélica supõe uma experiência de vida na
fé e de fé, capaz de chegar ao coração daquele a quem se catequiza” (CR 147).
259. Evangelizadores com espírito quer dizer evangelizadores que se abrem sem medo à ação do
Espírito Santo. No Pentecostes, o Espírito faz os Apóstolos saírem de si mesmos e transforma-os em
anunciadores das maravilhas de Deus, que cada um começa a entender na própria língua. Além disso, o
Espírito Santo infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia (parresia), em voz
alta e em todo o tempo e lugar, mesmo em contracorrente. Invoquemo-lo hoje, bem apoiados na oração,
sem a qual toda a ação corre o risco de ficar vã e o anúncio, no fim de contas, carece de alma. Jesus
quer evangelizadores que anunciem a Boa-Nova, não só com palavras, mas sobretudo com uma
vida transfigurada pela presença de Deus.
264. [...]. A melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor,
é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração. Se o abordamos desta maneira, a sua beleza
deslumbra-nos, volta a cativar-nos vezes sem conta. Por isso, é urgente recuperar um espírito
contemplativo, que nos permita redescobrir, cada dia, que somos depositários de um bem que humaniza,
que ajuda a levar uma vida nova. Não há nada de melhor para transmitir aos outros.
265. Toda a vida de Jesus, a sua forma de tratar os pobres, os seus gestos, a sua coerência, a sua
generosidade simples e quotidiana e, finalmente, a sua total entrega, tudo é precioso e fala à nossa vida
pessoal. Todas as vezes que alguém volta a descobri-lo, convence-se de que é isso mesmo o que os
outros precisam, embora não o saibam: «Aquele que venerais sem o conhecer, é esse que eu vos
anuncio» (At 17,23). Às vezes perdemos o entusiasmo pela missão porque esquecemos que o Evangelho
dá resposta às necessidades mais profundas das pessoas, porque todos fomos criados para aquilo que o
Evangelho nos propõe: a amizade com Jesus e o amor fraterno. Quando se consegue exprimir, de forma
adequada e bela, o conteúdo essencial do Evangelho, de certeza que essa mensagem fala aos anseios
mais profundos do coração: [...].
Diante do pouco tempo que sou animador sempre quis saber transcrever o que é ser animador, que sentimento as
pessoas descobrem com esta palavra e encontrei alguns mistérios de Deus...
Ser animador é emprestar dois ouvidos,
É procurar um olhar distante,
É acolher, aceitar, compreender e perdoar a partir de um gesto.
Por esta razão, a maior dádiva de ser animador não são as pessoas, os crismandos, que passam em nossos grupos,
mas ter a oportunidade, a obrigação de cada dia assumir uma conversão, reafirmar uma fé que claudica, mas que
continua a caminhar para Cristo.
É poder se revestir do ser cristão, tornar-se testemunha, discípulo e missionário à serviço do Amor.
É ser de Deus, um evangelho de alegria e esperança de seu Reino.
Ser animador é assumir a responsabilidade de deixar Deus transformar o seu próprio coração.
- Uma estrela cujo brilho transpassa as nuvens densas na noite, consegue trazer consigo a magia de um céu
estrelado para o Mundo!!! (Jo 1,4-5; 3,21).
“Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro mim, e eu
lá fora a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. Estáveis comigo, e
eu não estava convosco! [...]. Porém chamastes-me com uma voz tão forte que rompestes a minha
surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a minha cegueira! Exalastes perfume: respirei-o
suspirando por Vós. Tocastes-me e ardi no desejo de Vossa paz.”. (St. Agostinho, Confissões, p.258).
Que Deus me ajude a crer e concretizar suas promessas e seus planos na árvore da Vida! (Gn 2,9).