Nefro II
Nefro II
Nefro II
Causas de NTA
Isquêmicas: choque (qualquer tipo), contraste iodado.
o O contraste iodado pode induzir vasoconstrição renal.
Tóxicas: drogas, mioglobina em excesso (rabdomiólise), contraste iodado.
o Entre as drogas (fármacos), destaca-se os aminoglicosídeos e anfotericina B.
o Estatinas podem induzir a rabdomiólise.
Tratamento
Suporte: recuperação em 7-21 dias
Ideal: prevenção!!!
o Preferir contraste hiposmolar, hidratação com solução salina (mais importante estratégia preventiva
de TTA mediada por contraste), N-acetilcisteína, HCO3.
o Rabdomiólise: hidratação, HCO3, manitol (força a diurese diminuindo o tempo de contato da
mioglobina com o túbulo).
Em provas...
São os pacientes com PA normal que começam a ficar hipotensos e acabam fazendo uma NTA. O paciente
aparece geralmente no meio do caminho, em insuficiência pré-renal. Como identificar se a IR é por
diminuição do fluxo ou se já é NTA?
NECROSE DE PAPILA
A papila é a última estrutura tubular, onde ficam ancoradas as estruturas tubulares. Sua localização é
desfavorável em perfusão, por estar no final. É uma região cronicamente isquêmica. A necrose faz com que a papila
se desprenda do túbulo e caia, ficando no meio da urina, o que parece um cálculo renal.
Manifestações
Febre (pela inflamação do trato urinário)
Dor lombar (“cálculo”) similar a cólica nefrética
Hematúria não dismórifca (a papila pode descer machucando o trato urinário)
Diagnóstico
Urografia excretora – o contraste é filtrado e evidencia falhas de enchimento (“sombras em anel”)
Causas – PROVA!!!
P - Pielonefrite
H – Hemoglobinopatia S (anemia falciforme)
O – Obstrução urinária
D – Diabetes (faz complicações vasculares)
A – Analgésico (uso abusivo, pode causar vasconstrição vascular)
Tratamento
Afastar a causa!
DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS
Túbulo Contorcido Proximal (TCP): é onde ocorre a maior parte da reabsorção. Faz 65% de toda a reabsorção!
Reabsorve principalmente glicose, acido úrico fosfato e bicarbonato (HCO3).
Se a alça de Henle não funciona (por medicamento ou doença), ela não concentra a urina; quando a urina
chega no ducto coletor, a água não é reabsorvida e o paciente urina demais!
Se o carreador não funciona, irá sobrar mais sódio dentro do túbulo, que é oferecido para a aldosterona e é
reabsorvido. Quando o sódio é reabsorvido pela ação da aldosterona, o potássio e o hidrogênio são jogados para
fora, e daí vem a hipocalemia e alcalose!
Na ATR tipo I (distal), o problema está no carreador que joga H+ para fora, que não funciona!
Ocorre diminuição da acidificação final da urina!
O pH urinário fica alcalino.
Como o hidrogênio não é excretado, a troca ocorre com o potássio!
Lembrar de Sjögren!
Na ATR tipo IV, ocorre HIPOALDOSTERONISMO! A troca acontece com menos intensidade, pois ainda existe um
pouco de aldosterona.
Diminuição da aldosterona.
Em geral, pH urinário ácido!
Hipercalemia, pois a aldosterona age (pouco).
Lembrar de Diabetes!
No diabetes insipidus nefrogênico o túbulo é resistente ao ADH, que não age! A água fica no túbulo e não é
reabsorvida; a urina fica diluída!
Hipostenúria (urina diluída)
Poliúria (não reabsorve água)
Polidipsia (pois urina muito)
Uma estenose de artéria renal faz com que o sangue perca força e intensidade. O rim fica mal perfundido,
pois o sangue chega no glomérulo com menos intensidade.
Hipofluxo: percebido pelo aparelho justaglomerular, o qual libera renina, ativando o SRAA.
o Renina → Angiotensina I → (ECA) → Angiotensina II → Aldosterona (córtex adrenal)
o Ocorre vasoconstrição sistêmica que aumenta a PA, melhorando a função renal!
o A angiotensina II faz vasoconstricção da arteríola eferente, aumentando a pressão glomerular.
o A aldosterona faz retenção de sódio (Na), ajudando a aumentar a PA, mas com hipocalemia e
alcalose.
o A hipertensão nesse caso é chamada hipertensão renovascular pela vasoconstricção da
arteríola eferentes, na qual a responsável é a angiotensina II! É secundária!
Quando suspeitar que o paciente tem hipertensão secundária à estenose de artéria renal (renovascular)?
HAS inesperada (<30 ou >50 anos)
Grave e refratária (não resolve nunca)
Sopro abdominal
Hipocalemia e alcalose
Diagnóstico
Exames iniciais (rastreio)
o Cintilografia renal (renograma): feito em 2 fases; na primeira é feito captação com radiofármaco e o
rim apresenta-se normal porque está compensado (↑ATII); na segunda fase é administrado iECA, e
o rim para de filtrar, não captando o radiofármaco (↓ATII).
o USG renal com doppler: assimetria / ↓fluxo
Exames confirmatórios (mais específicos para a vasculatura renal)
o AngioTC / AngioRM
o Arteriografia (padrão-ouro; utilizar na dúvida ou para realizar intervenção como angioplastia)
Tratamento: depende da etiologia!
Displasia fibromuscular: angioplastia convencional (sem stent, recorrência é muito baixa)
Aterosclerose: iECA ou BRA-II (pril ou sartan)
o O rim com estenose terá prejuízo, mas o outro saudável trabalhará pelos dois e não haverá HAS!
o NÃO USAR SE ESTENOSE BILATERAL ou ESTENOSE EM RIM ÚNICO (nefropatia isquêmica)!
Neste caso, optar por revascularização (angioplastia com stent ou cirurgia).
Infarto Renal
Quando a artéria renal ou parte de um ramo sofrer oclusão ocorrerá infarto renal.
Causas
A principal causa é a embolia (fibrilação atrial). O trombo no AE pode atingir a vasculatura cerebral,
intestinal, membros inferiores e também renal!
Clínica
Dor súbita em flanco
HAS + febre
↑LDH (inclusive na urina)
Diagnóstico
AngioTC
AngioRM
Arteriografia
Tratamento
O padrão é anticoagulação para a doença não aumentar de tamanho e o próprio organismo recanalizar
Se bilateral → trombolíticos / cirurgia de revascularização
Ateroembolismo
Embolia que ocorre por placas de ateroma, tendo como principal causa os procedimentos vasculares
(aortografia, cateterismo cardíaco p.ex), que podem descolar placas ateroscleróticas e embolizar micro-
ramos da artéria renal:
o RIM → insuficiência renal
Histologia da biópsia renal: fissuras biconvexas (dissolução do colesterol)
o PELE → livedo reticular (áreas intercaladas de palidez, que sofreram embolização pelo colesterol, e
hiperemia, que sofreram vasodilatação compensatória)
Rede vermelha sobre a pele
o EXTREMIDADES → síndrome do dedo azul (cianose por má perfusão)
o RETINA → placas de Hollenhorst (placas de colesterol nos vasos retinianos) - PATOGNOMÔNICO