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Apontamentos Da Da Aula

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Júlio Canguli

Fase do julgamento
Estamos a falar, primeiro lugar, da apreciação crítica que os advogados fazem da prova
produzida. Quer dizer, que só temos discussão dos factos( de realçar a discussão está dividida
em dois momentos; discussão dos factos e discussão de direito), se existir fase de instrução.
Se o despacho saneador não puser termo no processo e lá for apresentado um questionário,
tem de ser realizada a instrução da causa, que é a produção de prova, só ali é que há a ocasião
da discussão dos factos.
É a apreciação crítica que as partes fazem da prova produzida. Essa é a discussão dos factos.
Ela não vai existir também se o réu não contestar. Se o réu não contesta, consideram-se
provados os factos e não há necessidade de discussão. Por norma a discussão dos factos é
oral, princípio da oralidade. É realizada numa audiência, no tribunal a perto do juiz em as
partes vão argumentar sobre a prova produzida, puxando a brasa para a sua sardinha.
A discussão das provas produzidas é feito perante o juiz, princípio da imediação. E esse juiz
que presenciou a produção de prova e a discussão dos factos é que tem condições de proferir
sentença sobre os factos. A discussão e o julgamento são fases intrínsecas, tem que ocorrer na
mesma ocasião. Princípio da concentração. A discussão e o julgamento dos factos, ocorrem
em sede de uma audiência, a chamada audiência final ou audiência de discussão e
julgamento.
Ond é que nós encontramos a discussão e o julgamento?
Art.646º
Então para haver a fase de discussão e julgamento, o juiz de marcar uma audiência, existem
algumas formalidades, antes da marcação da audiência. Se virmos o art. 647, veremos a
primeira formalidade:
Primeiro tem que estar realizadas todas as diligências de produção de prova que não deixam
de ter lugar antes da audiência final. Vimos diferentes meios de produção de prova e alguns
não podem se realizar numa audiência. Ex.: a prova por inspeção judicial, tem de ser feita
antes de uma audiência.
O juiz tem designar dia e hora e lugar, para a audiência.
Qualquer advogado é ilícito requerer o exame do processo. Porquê? Para estar preparado. E a
preparação não poderá ser na audiência, visto que processo estará com o juiz e não se poderá
pedir ao juiz para dar uma vista de olhos e se der, pode ser um ou dois minutos, tempo
insuficiente para o efeito.
O advogado precisa se preparar, quer pra produção de prova que deve se realizar dentro da
audiência.
Quem vai ser ouvido? O que eu posso organizar como pergunta. Que linha de argumentação
eu posso levar para as alegações orais? O segredo é conhecer o processo.
648 tem outra formalidades
Se o juiz da causa o julgar dispensável. Aplica-se essa formalidades nos tribunais coletivos
Júlio Canguli

Outra está no 649º


Designação de um técnico.
Essas são as formalidades antes de realizada a audiência de discussão e julgamento.
A audiência pode ser adiada nos termos do art. 651°.
O 652 ele nos traz a audiência propriamente dita.
O juiz declara aberta a audiência
Em seguida pergunta se estão todos presentes
O oficial de diligências vai a presença de todos e dar início a audiência
O que acontece na audiência?
A primeira questão, o juiz irá perguntar às partes se há uma questão prévia.
Mesmo que for em sede da audiência preparatória.
Por ex.: junção de uma procuração, justificar a ausência ou substituição de uma testemunha, e
o juiz da palavra a outro advogado para saber como se posiona diante disso é o juiz decide, é
feito tudo verbal. Tudo na ora. Decide se aceita ou não o requerimento feito. Se aceitar, então
o juiz ditará na ata: Em sede de questões prévias, o advogado do autor requereu a substituição
da testemunha e outra parte não se opôs, pelo que eu juiz deferi o requerimento. Tem o
escrivão que vai escrever tudo o que o que ocorrer aí na própria acta. E seguidamente a isso,
veremos no nº 1 do 652º, depois de questões prévias o juiz, chegámos na discussão da causa.
Antes de entrarmos na discussão da causa própriamente dita, o juiz vai dar a palavra aos
advogados, pra fazerem uma breve exposição sobre os seus pedidos, e os respectivos
fundamentos. Dá palavra ao advogado do autor, pra referir porquê propôs a ação,
fundamentos e pedidos e vai fazer verbalmente e depois da a palavra ao advogado do réu pra
invocar os fundamentos da defesa e os respectivos requerimento que fez, por isso como
advogado, tenho que conhecer bem os articulados. Explicando o porquê que está na causa e o
que pretende que o tribunal decida. Essa uma breve exposição, é como uma introdução da
audiência. Na prática, alguns juizes saltam essa parte. Mas aí também, o juiz pode fazer uma
tentativa de reconciliação se tivermos diante de um conflito tangente aos direitos disponíveis
o juiz pode novamente tentar reconciliar as partes, não está previsto para se fazer aqui, mas
também não é contrário ao espírito da lei. Pode acontecer as duas coisas, mas tem se
verificado mais a tentativa de reconciliação e reconciliando-se as partes, o processo termina
aí, não há necessidade de continuar. Se não houver reconciliação e as partes houverem se
posicionado com os seus pedidos e fundamentos, então iremos para o número três. O juiz da
início a parte de instrução que ocorre em sede da audiência.
Quando diz se a eles houver lugar, quer dizer que nem sempre vai acontecer esses todos
actos. Só os que couberem no processo.
A prestação de depoimentos de partes, está regulada no 558°, ela está em sede da prova por
confissão. Se virmos o 552°, se eu quiser tomar a palavra, tenho que requerer antes, não é na
na audiência e dizer que meritíssimo quero dizer algo. E eu querer que seja o réu a
contraparte a confessar e se questionado aquilo, não terá outra saída se não responder, então
Júlio Canguli

tenho que requerer antes. Com aquela notificação do 512° que diz que as partes são
notificaras para apresentar o rol de testemunhas e requerer qualquer outro meio de prova, é
justamente aí que ele tem para requerer o depoimento de partes. Indicar os factos em recairá o
depoimento da parte, porque a parte não pode ser testemunha. Mas pode depor como parte.
Voltamos para o 652°, se houver depoimento, o primeiro acto vai ser este, primeiro ouvir a
parte. Vão ser dirigida às perguntas a parte. E como é que vai se dirigir as perguntas, e lá o
552º diz, qual é a ordem, se tem que prestar juramento, está lá.
Segundo acto, alínea b) essa alínea verifica-se dois aspectos: primeiro a parte que quer
apresentar reproduções cinematográficos é que tem que garantir condições para o efeito. E se
o conteúdo for muito sensível, o juiz esvaziará a sala da audiência.
Na alínea c) verificarmos o momento da leitura das respostas da prova pericial, e atenção que
aqui não se faz o arbitramento pericial, apenas a leitura das respostas já conseguida do exame
pericial.
Na alínea de) verificamos a inquirição das testemunhas e a pergunta talvez seria. Em que
ordem são apresentadas as testemunhas?
Depende do tipo de ação.
Quantas testemunhas tem cada parte? Cada parte tem direito de 20 testemunhas, o que
totaliza 40 no todo, se houver pedido reconvencional pode ir até 80.
Sobre cada facto cada uma das partes pode produzir até 5 testemunhas, no processo ordinário
até 5.
E quantas partes se dividem o interrogatório das testemunhas?
Interrogatório preliminar e o interrogatório sobre a matéria dos factos.
Quem interroga as testemunhas? A lei diz que interroga quem é o presidente da audiência, e é
o juiz. Mas antes a testemunha tem que prestar juramento e o juiz vai perguntar ao advogado
que a apresentou para dizer sobre que factos ela vai depor. Existem situações em o tribunal
confere a palavra ao advogado que trouxe as testemunhas para inquiri-las, mas o normal tem
sido o tribunal a inquirir. E o quê que os advogados fazem? Fazem as chamadas instâncias.
São perguntas adicionais para buscar o esclarecimento dos depoimentos que foram
preparados. E depois o juiz perguntará se os advogados têm perguntas adicionais e é assim
até à última testemunha. E é aí onde se levanta aqueles incidentes: careação e a contradita.
Qual é o momento de requerer a impugnação da testemunha, qual é o momento de requerer a
careação? Tem momento próprio, é não posso impugnar a testemunha logo que ela entrar na
sala. E quais são os fundamentos que eu tenho que invocar para impugnar? Inquirida a última
testemunha, encerra-se oficialmente a fase da instrução. Ela termina então numa audiência
final. E a seguir?
Nº 4 Debate sobre a matéria de facto. Começa aqui a discussão sobre a matéria dos factos.
São debates. E o que ocorre nesses debates?
Bem, vejamos o nº 5. Os advogados vão discutir sobre a matéria de facto. Puxando cada um a
brasa para a sua sardinha. A discussão dos factos é sempre oral. E é feita imediatamente após
de terminar a inquirição da última testemunha. Depois dessa discussão terminar havendo
Júlio Canguli

réplica, então nesse momento o que vai acontecer, vejamos o 653°/1, nessa fase a discussão
ainda não terminou. Na audiência final, primeiro temos produção de prova, discussão dos
factos, julgamento dos factos. Lembramos que esse julgamento já iniciou no despacho
saneador, com a especificação. Só que havia ainda alguns factos que se apresentavam
controvertidos.
É apresentado o acórdão aos advogados e qualquer dele pode reclamar da deficiência,
obscuridade ou contradição das respostas ou falta de fundamentação. Quando é que é
apresentada as reclamações? Quanto tempo depois? Imediatamente. Verbal, na hora.
Recebida essa reclamação, vai sair o tribunal, vai suspender a audiência novamente para
responder as reclamações. A decisão sobre as reclamações é recorrível? Não. A parte só pode
recorrer agora da sentença final. Se não concordar sobre a decisão da reclamação ela não
pode recorrer.
Nº 5 decidir sobre reclamação dos quesitos. Qual vai ser a decisão? E ali vamos para o outro
momento. Depois do julgamento dos factos passamos para o segundo momento, que é a
discussão de Direito. Ou como diz o artigo, o aspecto jurídico da causa. Acontecerá que os
advogados interpretarão e aplicarão a lei àqueles factos. O momento de mostrar o
conhecimento jurídico sobre a causa. Só que essa discussão do aspectos jurídicos da causa,
pode ser oral ou escrita. É oral se as partes concordarem. Mas se se achar que melhor escrita,
então assim farão e aplicar-se-à o 647°. E se chegar a esse momento e as partes não quiserem
discutir o aspecto jurídico da causa, ali termina a audiência de discussão e julgamento e se as
partes quiserem, então realizam e termina aqui a audiência de discussão e julgamento. Mas
está a faltar alguma coisa. Então aqui o juiz só fez o julgamento dos factos, falta o julgamento
do aspecto jurídico. Onde é que ele faz? Está logo no capítulo v, e o juiz decidirá se condena
ou não conforme a lei lhe procede perante os factos que foram provados.

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