Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

TCC InesPio GeovaneSantos NorieleTavares

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 40

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E ZOOTECNIA -ICSEZ


CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA – LEF

GEOVANE PINHEIRO DOS SANTOS


INÊS DOS REIS PIO
NORIELE DOS SANTOS TAVARES

O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES


INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

PARINTINS-AM

2023
GEOVANE PINHEIRO DOS SANTOS
INÊS DOS REIS PIO
NORIELE DOS SANTOS TAVARES

O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO


ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia
na universidade Federal do Amazonas como
requisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura
em Educação Física. Orientadora: Prof.ª. Dr.ª.
Patrícia dos Santos Trindade.

PARINTINS-AM
2023
Ficha Catalográfica
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Santos, Geovane Pinheiro dos


S237p O papel do professor de Educação Física nas séries iniciais do
Ensino Fundamental / Geovane Pinheiro dos Santos, Inês dos Reis
Pio, Noriele dos Santos Tavares. 2023
30 f.: 31 cm.

Orientadora: Patrícia dos Santos Trindade


TCC de Graduação (Licenciatura em Educação Física) -
Universidade Federal do Amazonas.

1. Educação Física. 2. Professor. 3. Anos Iniciais. 4. Ensino


Fundamental. I. Pio, Noriele dos Santos Tavares, Inês dos Reis. II.
Universidade Federal do Amazonas III. Título
AGRADECIMENTOS

Noriele dos Santos Tavares

Agradeço primeiramente a Deus que me sustentou até aqui, dando-me saúde, sabedoria
coragem e oportunidade de vivenciar todas as experiências possíveis que a universidade pôde
me proporcionar, pela superação de cada obstáculo que surgiu não me deixando desistir dos
meus objetivos, bem como pelas amizades construídas ao longo dessa jornada que com certeza
levarei para o resto da vida.
Não posso deixar de agradecer a todo apoio de meus pais, às orações da minha mãe
Noraney que me fortaleceu em cada momento difícil e o incentivo do meu pai Admilson que
sempre foi primordial e me impulsionou a continuar nessa caminhada.

Ao meu companheiro Natanael Souza que sempre esteve ao meu lado me ajudando,
apoiando e incentivando a continuar, e ao meu filho, que é uma das pessoas mais importantes,
a base para que eu possa evoluir, meu sustento e incentivo, que me fortaleceu com seu carinho
e abraço em cada momento exaustivo da vida acadêmica.

Aos meus irmãos e minha irmã que sempre acreditaram no meu potencial, as suas palavras
sempre foram de encorajamento, suas trajetórias de vida foi um espelho para que eu também
corresse atrás dos meus objetivos.

Agradeço à minha Orientadora professora Dra. Patrícia Trindade, que aceitou e acreditou
na minha capacidade, me orientando com maestria, dedicação e comprometimento, seus
ensinamentos foram primordiais para que este trabalho fosse além, nos encorajando e confiando
até o fim.

Aos meus colegas de curso: Inês e Geovane por me aceitarem e juntos desenvolvêssemos
este trabalho, com muita parceria, sempre encorajando um ao outro. Entendo que essa parceria
foi essencial para que pudéssemos alcançar nossos objetivos.

Sou imensamente grata a todos os Professores do Instituto de Ciências Sociais, Educação


e Zootecnia, da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/UFAM), que contribuíram
significativamente em cada momento da minha vida acadêmica através de suas aulas e projetos,
proporcionando vários aprendizados e experiências.
Por fim, agradeço a mim mesma por conseguir, mesmo que por vezes não acreditando no
meu potencial, consegui vencer obstáculos, com muitas dificuldades, para que quando chegasse
nessa etapa final ser capaz de dizer: “eu venci”! Com certeza essa será a primeira de muitas
conquistas que terei ao longo da minha vida.

Inês dos Reis Pio

Agradeço primeiramente a Deus, o arquiteto da vida por me permitir chegar até aqui, pela
sabedoria, paciência, coragem e por ter me dado força de vontade para seguir em frente, por
todos os momentos de dificuldades e me provar que sou forte o suficiente para enfrentar os
desafios da vida.
Agradeço imensamente aos meus pais, Flávio e Dilenilza que mesmo distante sempre
incentivaram a continuar meus estudos, a seguir em frente com meus objetivos.
Às minhas irmãs e irmão maravilhosos que sempre estiveram ao meu lado e disponíveis
quando precisei, para cuidar dos meus filhos enquanto estudava e sempre torceram pelo meu
sucesso.
Aos meus filhos: Cauã Henrique e Laíssa Victória, eles que são minha Fortaleza, são
bênçãos que Deus me deu, me ensinaram a ser forte e corajosa e a lutar pelos meus ideais, por
cada abraço e carinho quando me sentia triste, por muitas vezes achar que não conseguiria, e a
cada palavra que eu recebo quando saio de casa para estudar “eu te amo mamãe”, “boa aula
mãezinha”. Pedir desculpas por muitas vezes eu não estar presente para dormir junto por motivo
de passar a noite estudando, para que eu pudesse dar o meu melhor nas provas, seminários entre
outros, eles foram o motivo maior nessa trajetória para conseguir concluir minha graduação.
À meu amado companheiro Andebergue Cardoso, que sempre esteve comigo e nunca
deixou de acreditar no meu potencial, me ajudou em todos os momentos que precisei e não me
negava nada e sempre me encorajava quando eu me sentia triste e desmotivada, obrigada pela
compreensão e motivação e por fazer parte desse sonho, pois é seu também.
Agradeço a minha Orientadora Professora Dra. Patrícia Trindade, por aceitar a orientar
este trabalho, pela paciência e comprometimento em todo percurso, pela disponibilidade, por
todo ensinamento, cada orientação foi crucial nessa trajetória, muito obrigada por tudo!
A todos os Professores do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da
Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/UFAM), por cada conhecimento compartilhado,
por todas as palavras de incentivo quando não conseguia atingir os objetivos esperados, pois só
me ajudaram a fazer melhor da próxima vez e a ser uma profissional de qualidade.
Meus sinceros Agradecimentos aos meus colegas: Geovane e Noriele, por toda parceria
nesta jornada acadêmica, são pessoas maravilhosas que a Universidade me deu, somos um trio
que sempre esteve unido, fazendo de tudo para conseguir atingir nosso objetivo, jamais irei
esquecer de vocês, pois, sou muito grata por tudo.
Geovane Pinheiro
Primeiramente, gostaria de expressar o meu profundo agradecimento a Deus por ter me
dado forças e orientação ao longo de toda a elaboração do TCC.
Também gostaria de agradecer à minha mãe, Telma Maciel, por estar ao meu lado durante
todo processo. O seu apoio incondicional, suas palavras de incentivo e a paciência que teve
comigo foram essenciais para que eu não desistisse nos momentos mais difíceis.
Não posso deixar de expressar minha gratidão à minha professora orientadora, Patrícia
dos Santos Trindade. Sua disponibilidade, sabedoria e orientações precisas fizeram toda a
diferença na construção do trabalho. Sou extremamente grata por contar com você como minha
mentora nessa jornada acadêmica.
Também sou grata às minhas colegas Noriele e Inês, pois nossas trocas, debates e parceria
ao longo da pesquisa foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. Agradeço por
compartilharem seus conhecimentos e experiências comigo.
Por fim, agradeço a todos que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão do meu
trabalho. As palavras de incentivo, os conselhos e o apoio moral foram essenciais para que eu
superasse todos os obstáculos e chegasse até aqui. Sou grata por cada contribuição e pelo
suporte que recebi ao longo dessa jornada. Muito obrigada!
RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso (TCC) teve como objetivo investigar o papel do professor
de Educação Física na formação dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental, nas escolas
públicas de Parintins, AM. Realizou-se uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa,
com nove professores de Educação Física que atuam em escolas Estaduais e Municipais. Como
instrumento de coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada com onze perguntas
abertas. Identificou-se a importância do professor e da Educação Física como disciplina
obrigatória no currículo escolar, que contribui para o desenvolvimento físico, motor e afetivo-
social dos estudantes, por meio de práticas e métodos adotados nas aulas. Conclui-se que este
estudo contribui para ampliar a compreensão do papel do professor de Educação Física na
formação dos alunos, promovendo discussões sobre sua realidade, apontando caminhos para o
aprimoramento da disciplina nos anos iniciais do ensino fundamental.

Palavras-chave: Educação Física; Professor; Anos Iniciais; Ensino Fundamental.


ABSTRACT

This course completion work (TCC) aimed to investigate the role of the Physical Education
teacher in the training of students in the early years of elementary school in public schools in
Parintins, AM. Field research was carried out with a qualitative approach with nine Physical
Education teachers who work in state and municipal schools. As a data collection instrument, a
semi-structured interview with eleven open questions was used. The importance of the teacher
and physical education as a mandatory subject in the school curriculum was identified, which
contributes to the physical, motor and affective-social development of students, through
practices and methods adopted in classes. It is concluded that this study contributes to
expanding the understanding of the role of the Physical Education teacher in the training of
students, promoting discussions about their reality, pointing out ways to improve the discipline
in the early years of elementary school.

Keywords: Physical Education; Teacher; Early Years; Elementary School.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................13
2. OBJETIVO...........................................................................................................................14

2.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................................................14


2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................15
3. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................15
3.1 O papel do professor de Educação Física Nos anos iniciais do Ensino Fundamental........15
3.2 O Planejamento das aulas de Educação Física.................................................................17
3.3 Formação Integral dos alunos dos anos iniciais..................................................................19
4. METODOLOGIA................................................................................................................20

4.1 Tipo de estudo......................................................................................................................20


4.2 PÚBLICO ALVO...............................................................................................................21
4.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA.................................................................................21
4.4 CONTEXTO E PARTICIPANTES.................................................................................22
5. ANÀLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS..........................................................................22
5.1. Com relação à sua formação acadêmica.............................................................................23
5.2 Com relação a faixa etária dos professore...........................................................................23

5.3 Com relação ao tempo de experiência dos professores.......................................................24


5.4 Sobre a importância da Educação Física no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais
do Ensino Fundamental.............................................................................................................25
5.6 Quanto aos requisitos necessários para o professor de Educação Física planejar e realizar
uma aula de qualidade...............................................................................................................27
5.7 Quanto os professores que não conseguem cumprir todo o planejamento..........................27
5.8 Quanto aos métodos utilizados em suas aulas.....................................................................28
5.9 Quanto as estratégias para motivar e envolver os alunos nas aulas de Educação Física....30

5.10 Quanto a avaliação de seus alunos....................................................................................32


5.11 O que a Educação Física deve oferecer aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental...............................................................................................................................33
5.12 Sobre a utilização das diretrizes curriculares (BNCC) como ferramenta para selecionar os
conteúdos das aulas de Educação Física, bem como quais conteúdos eles costumam
adotar.........................................................................................................................................35
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................36
REFERÊNCIAS......................................................................................................................38
13

1. INTRODUÇÃO

Quando se fala sobre Educação Física escolar a figura do professor é uma das primeiras
imagens que vem na memória. Para transmitir conhecimentos é importante o docente e a
escola usem ferramentas que possam impactar de maneira positiva a vida dos alunos.
Como cita Falkenbach (2002), o lugar da Educação Física é na escola! Lá, os alunos
vivenciam experiências corporais nas quais são desafiados, onde acontecem as trocas de
conhecimentos e aprendizagens entre as pessoas. Para tanto, é preciso que o professor tenha
autonomia para administrar, despertar e transformar, o que nos leva a refletir: Qual é o papel
do professor na formação do aluno? Como planeja suas aulas? Quais metodologias adota?
Como se atualiza? Essas e outras questões importantes norteiam o objeto da nossa pesquisa.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (2018), a Educação Física é um
componente curricular que aborda as práticas corporais em várias formas de codificação e
significado social. Ela enfatiza que as práticas corporais são manifestações das possibilidades
expressivas dos sujeitos e são produzidas por diferentes grupos sociais ao longo da história.
Essa concepção ampla da Educação Física reconhece que o movimento não é apenas um
exercício mecânico, mas também tem significados culturais e sociais. Isso significa que as
práticas corporais, como: esportes, dança, lutas, ginástica, jogos e brincadeiras, refletem
valores, tradições e identidades de diferentes grupos sociais.
A inclusão da Educação Física como componente curricular obrigatório na grade
curricular das escolas brasileiras, conforme estipulado pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) 9.394/96, reconhece sua importância como componente curricular
e área de estudo relevante na formação global dos indivíduos. Isso significa que a Educação
Física não é uma atividade física opcional, mas sim uma parte essencial do currículo escolar
que contribui para o desenvolvimento integral dos alunos, abordando aspectos físicos,
emocionais, sociais e culturais (BRASIL,1996).
Corroborando com a Lei de Diretrizes e Bases, Branco (2012, p.5) diz que “a Educação
Física nas séries iniciais busca auxiliar o educando em seu desenvolvimento motor, suas
capacidades e habilidades físicas”. Para que tal desenvolvimento ocorra, precisa-se de bons
profissionais com conhecimentos necessários que utilizem abordagens pedagógicas adequadas
de acordo com as necessidades individuais de cada aluno (BRANCO, 2012, p.5).
O papel do professor de Educação Física do ensino Fundamental é promover o
desenvolvimento dos alunos através de suas aulas. Nesse contexto, as aulas de Educação Física
14

“atuam como um processo de formação do homem, que está presente em todas as sociedades
humanas e é inerente ao homem como ser social e histórico” (MACIEL, 2014, p.1).
Dessa forma, a Educação Física tem uma grande importância para o desenvolvimento do
ser humano, por que suas abordagens, seus aspectos, estão presentes em qualquer meio social,
assim como precisamos dos outros componentes curriculares para o desenvolvimento da
linguagem e outros saberes, precisamos da Educação Física para se trabalhar todos os aspectos
de desenvolvimento, e o profissional é primordial para ensinar tais movimentos a serem
realizados de forma correta.
Conforme afirma Barbosa (2001, p. 19).
[...] É necessário que o professor faça uma explanação do que é a Educação Física,
pois até mesmo por serem crianças, elas têm a ideia de que é somente jogar bola.
Devemos explicar todo o processo de como é uma aula de Educação Física,
ressaltando o lado educacional tanto do corpo como do intelecto, explicar os processos
de higiene, convivência em grupo (socialização), preconceitos (racial, religioso,
social, sexual), mas sempre de uma forma alegre, que se adeque a sua linguagem.

Nesse sentido, compreendemos que o papel do professor de Educação Física é muito


importante, pois cabe a ele a “responsabilidade de formar cidadãos capazes de se posicionar
criticamente diante de novas formas de cultura corporal de movimento. Formando cidadão
que vai produzir e transformar essa cultura corporal” (MACIEL, 2014. p.01).
Cabe destacar que a relevância deste estudo está paralelamente associada a importância
da Educação Física para a formação da criança, e por ser um componente curricular que consta
na grade curricular, pretendemos discutir o papel do professor e como este vem trabalhando
com os anos iniciais do ensino fundamental nas escolas públicas estaduais e municipais do
município de Parintins, AM.
Diante disto, o presente estudo tem como problema de pesquisa: qual o papel do
professor de Educação física na Formação dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental
das escolas públicas de Parintins, AM?

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

➢ Compreender o papel do professor de Educação Física na formação dos alunos dos anos
iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas de Parintins, AM.
15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

➢ Caracterizar os professores de Educação Física que atuam nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, das escolas públicas de Parintins, AM.
➢ Identificar os critérios que os professores de Educação Física consideram importantes no
planejamento de suas aulas;
➢ Refletir sobre o papel do professor de Educação Física nessa etapa de ensino;

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 O papel do professor de Educação Física Nos anos iniciais do Ensino Fundamental

O papel do professor de Educação Física nesta etapa do ensino fundamental é


proporcionar experiências que promovam o aprendizado, o desenvolvimento motor, cognitivo
e sócio afetivo dos alunos. De acordo com Santos et al. (2017), nesta etapa de ensino cabe ao
professor de Educação Física promover a prática de atividades físicas de forma lúdica e
prazerosa, buscando despertar o interesse e a motivação dos alunos. As aulas devem ser
diversificadas e contemplar todos os conteúdos da cultura corporal de movimento, de forma a
atender às diversas preferências e habilidades dos estudantes.
Além disso, é importante que o professor promova valores como o respeito, a cooperação
e a solidariedade, conforme destacado por Silva e Matos (2018). Através das atividades
propostas, deve incentivar a participação ativa, o trabalho em equipe e a valorização das
diferenças, contribuindo para o desenvolvimento sócio afetivo dos alunos.
Segundo Ghirotto et al. (2019), o professor de Educação Física no ensino fundamental
deve ter um conhecimento amplo sobre o desenvolvimento da criança, compreendendo suas
características e necessidades específicas. Além disso, esse profissional deve estar preparado
para criar um ambiente inclusivo e estimulante, que favoreça o interesse e a participação de
todos os alunos nas aulas de Educação Física.
Portanto, o papel do professor de Educação Física na etapa do Ensino Fundamental é
essencial para o desenvolvimento integral dos alunos. Por meio de atividades físicas
diversificadas, lúdicas e inclusivas, esse profissional contribui para o aprimoramento motor,
cognitivo e socio afetivo das crianças, promovendo valores como o respeito, a cooperação e a
solidariedade.
16

O professor dos primeiros anos, precisa prestar atenção para entender como os alunos se
expressam através do corpo, para que nas suas aulas possa ajudar no desenvolvimento do
movimento das crianças de uma forma que inclua todas as partes do corpo, como a mente e as
emoções. É nas brincadeiras que são propostas na sala de aula ou fora dela que as crianças
descobrem o seu corpo e os movimentos que podem fazer, aos poucos. Mas elas precisam de
espaço para mostrar e praticar esses movimentos, até conseguir fazer eles com mais habilidade.
A formação continuada de professores é uma maneira da escola garantir um ensino de
qualidade aos alunos. Além de ser de extrema importância, o objetivo é incentivar os
professores a se autodesenvolverem e adquirirem novos conhecimentos para se atenderem as
demandas, pois possibilita o aprimoramento de competências, a atualização de conhecimentos
e a incorporação de novas estratégias pedagógicas.
Dessa forma, o profissional consegue oferecer uma educação de qualidade, alinhada às
necessidades e demandas dos estudantes. Além disso, a formação continuada contribui para a
valorização e a profissionalização da área, fortalecendo o reconhecimento da Educação Física
como componente curricular essencial no currículo escolar.
De acordo com Cury et al. (2020), a formação continuada é um aspecto essencial para os
professores de Educação Física desenvolverem competências técnicas e pedagógicas
atualizadas, permitindo uma prática docente eficiente. Para o referido autor a formação
continuada é uma forma que tais profissionais possuem para se atualizar com saberes essencial
que vão ajudar em suas práticas pedagógicas no ambiente escolar, e assim adquirir mais
conhecimentos para sua área de trabalho.
Para Silva et al. (2019), enfatiza que a formação continuada proporciona aos professores
de Educação Física a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e recursos didáticos,
favorecendo a melhoria da qualidade das aulas e o crescimento profissional, e isso certamente
inclui a construção de metodologias de ensino inovadoras nas propostas pedagógicas e
desenvolver conhecimentos que possam agregar no aprendizado dos alunos.
Ainda segundo Soares et al. (2018), a formação continuada em Educação Física está
intimamente ligada à reflexão crítica sobre a prática pedagógica, possibilitando aos professores
a oportunidade de repensar suas metodologias, estratégias e abordagens educativas.
Nesse desiderato destaca-se que a formação continuada também pode abordar questões
como; inclusão e diversidade, possibilitando ao professor uma preparação adequada para lidar
com a variação dos alunos e promover uma educação física inclusiva. Então, é fundamental que
as instituições de ensino e os órgãos governamentais criem políticas públicas que incentivem e
17

garantam a formação continuada do professor de Educação Física, por meio de cursos,


congressos e outras atividades de atualização.

3.2 O Planejamento das aulas de Educação Física

No que diz respeito ao planejamento das aulas de Educação Física é fundamental para
garantir um ensino de qualidade e eficiente, pois permite que o professor organize e sistematize
as atividades, relacionando-as com as necessidades e objetivos dos alunos. Nesse sentido,
diversos autores têm discutido a importância do planejamento das aulas de Educação Física.
Para Fontana, F. E., & Silva, A. C. (2018). "O planejamento das aulas de educação física
no ensino fundamental deve priorizar a formação integral dos alunos, contemplando o
desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social. É importante utilizar metodologias ativas,
promovendo a participação dos alunos e estimulando a reflexão sobre os conteúdos
trabalhados" (p. 112).
Já para Santos, A. M., & Barbosa, E. T. (2019), "o planejamento das aulas de Educação
Física no ensino fundamental deve ser pautado pela interdisciplinaridade, buscando integrar
conteúdos de diferentes áreas do conhecimento”. (p. 45). Ou seja, ir em busca de objetos do
conhecimento que dialogam com outros componentes curriculares permitindo que o aluno tenha
uma visão mais ampla de conhecimento a respeito dessas temáticas.
Segundo Malavasi, L. M., & Visoni, C. L. (2020), "o planejamento das aulas de
Educação Física no ensino fundamental deve ser flexível e adaptável às necessidades e
características dos alunos". (p. 78). Sabemos que na maioria das escolas tem crianças com
deficiências ou que tenham poucas habilidades, assim os professores devem planejar para que
todos sejam contemplados através de suas aulas, para que não se sintam menos importantes ou
impotentes por não executarem movimentos com maiores limitações.
É importante destacar que o planejamento das aulas de Educação Física deve considerar
não apenas as necessidades e interesses dos alunos, mas também os objetivos e diretrizes
curriculares do componente curricular. Para isso, é fundamental que o professor esteja
atualizado em relação às tendências pedagógicas e metodológicas da Educação Física, que
utilize recursos e estratégias criativas e inovadoras para a condução das atividades em sala de
aula.
Segundo Cardoso et al. (2011) o planejamento deve abranger todos os fatores que
influenciam no processo ensino-aprendizagem, como: público-alvo, visando sempre a realidade
18

que os educandos estão inseridos, recursos didáticos, metodologia a ser aplicada, além de
apresentar flexibilidade para contemplar situações que ocorrem durante as aulas.
Diante de tais abordagens é notório que o planejamento auxilia o professor (a) para que
não se perca de suas aulas, sabendo o que vai realizar no seu dia a dia, mesmo que muitas das
vezes pode sim mudar as estratégias por algum imprevisto, isso pode ocorrer, mas é necessário
ter como base nas suas aulas, por que é primordial planejar para se ter um bom resultado.
Destaca-se ainda que o planejamento direciona o professor em suas ações, na medida em
que a ação docente ganha eficácia, o professor acumula experiências nas situações de ensino,
pois de acordo com Libâneo (1994, p. 225), “o professor serve, de um lado, dos conhecimentos
do processo didático e das metodologias específicas das matérias e, de outro, da sua própria
experiência prática”.
Com base na fala do autor, o professor tem dois lados: o de aprendizagem e o de
experiências, então deve ficar preparado, pois muitas das vezes, o planejamento pode ser
modificado, desde que não se perca do foco no objetivo que foi pretendido em suas aulas.
Assim, essas devem ser planejadas e pensadas para desenvolver/buscar aprendizagem dos
alunos, sendo um componente curricular de suma importância, como as demais. Esses
planejamentos devem estar alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e também
no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola.
Nesse contexto, Soares et al (1992) o PPP é uma ferramenta importante para promover
solução dos problemas escolares e extracurricular a partir da prática pedagógica. O próprio
autor traz que o PPP é o planejamento geral que envolve o processo de reflexão e de decisões
sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.
Dessa forma, entende-se que para uma melhor efetividade do planejamento, o professor
deve estar atento às demandas que o projeto da escola oferece, organizando os objetivos através
dos conteúdos propostos, adequando para a realidade dos seus alunos.
Já Teixeira, (2020, p. 1) diz que, “O professor, ao entrar em classe, deve trazer consigo
todo um planejamento e preparo para aquela aula, que é o momento de entrar em cena e colocar
em prática todo o seu pensamento acerca do conteúdo a ser desenvolvido nesse dia”. O referido
autor destaca que o professor deve estar preparado para realizar suas aulas, esse é o momento
de colocar em prática tudo o que aprendeu durante seu período de experiências, e assim, colocar
em prática novos saberes que que venham á contribuir para a aprendizagem de seus alunos.
Com isso, entendemos que para cada aula o professor precisa preparar um plano de aula a ser
aplicado, precisa estar preparado para aplicar a aula de acordo com o que foi planejado e estar
por dentro de todo objeto do conhecimento a ser desenvolvido com seus alunos.
19

Segundo Scarpato (2017, p. 37), “planejar significa pensar nas possíveis ações que
pretendemos realizar. Ao pensarmos, planejamos nossas ações; quando estamos agindo,
continuamos a pensar a planejar e a replanejar”. Assim, entender o que é e como se realiza um
planejamento, é importante, para se tornar claro ao professor e organizar suas ações
metodológicas dos conteúdos diários a serem trabalhados, a qual deve visar o desenvolvimento
de cada aluno em todos os seus aspectos motores.
Corroborando com Matthes et al (2014, p. 2) “ O professor que utiliza o planejamento
como uma ferramenta do seu trabalho, demostra interesse em prever e organizar as ações e os
processos que vão acontecer no futuro, aumentando sua racionalidade e sua eficácia”.
O planejamento é uma ferramenta de fundamental importância na organização de
qualquer atividade no Ensino Fundamental, por que o professor tem necessidade de planejar
para realizar suas intervenções com qualidade, é através dele que define decisões, objetivos,
estratégias, instrumentos, recursos e prazos para alcançar os resultados, esses resultados são
características observadas pelos professores durante suas aulas: participação, cooperação,
coerência, objetividade, clareza, flexibilidade e desenvolvimento. É nessa observação que os
professores podem ver o desempenho e as dificuldades de seus alunos e trabalhar diante disso
para solucionar certos problemas.

3.3 Formação Integral dos alunos dos anos iniciais.

A formação integral dos alunos nas aulas de Educação Física é um tema relevante e
amplamente discutido atualmente. Acredita-se que ela vai além do desenvolvimento motor e
físico dos estudantes devido contribuir para a formação de indivíduos críticos, autônomos e
conscientes.

Paulo Freire, em sua obra "A educação como prática da liberdade", destaca a importância
da formação integral dos alunos e professores como prática educacional. Ele ressalta que a
Educação Física, enquanto área do conhecimento, deve valorizar a corporeidade e promover a
produção de conhecimento crítico, contribuindo para a formação integral dos educandos.

No livro "Educação Física e formação humana: necessidades contemporâneas",


organizado por Marilda Betti e Luciana Zuliani, diversos autores abordam a formação integral
na Educação Física sob uma perspectiva contemporânea. São discutidas necessidades como
saúde, corporeidade, inclusão social, ética e práticas pedagógicas inovadoras, com o objetivo
de proporcionar uma formação que vá além do aspecto físico.
20

Sandra Darido, em "Educação física na escola: questões e reflexões", destaca questões


relacionadas à formação integral dos alunos e professores na área de Educação Física. A autora
aborda temas como corporeidade, inclusão, jogos, esporte e cultura corporal, apresentando
propostas pedagógicas que visam desenvolver o conhecimento, a autonomia e a criticidade dos
indivíduos.

Leonardo Oliveira Pinto Müller e Sandra Cristina da Silva Darido, no livro "A formação
do professor de educação física: pesquisas e experiências", discutem a formação dos professores
de Educação Física. Os referidos autores destacam a importância de uma formação integral que
contemple tanto os aspectos teóricos quanto práticos do componente. Eles abordam
experiências de formação de professores, reflexões sobre a prática pedagógica, formação crítica
e o papel do professor como mediador do conhecimento.

Por meio dos "Cadernos de Formação: Educação Física", publicação do Ministério da


Educação, Secretaria de Educação Básica, também é possível encontrar informações relevantes
para a formação integral dos alunos e professores nas aulas de Educação Física. Os textos
enfatizam a importância da corporeidade, a relação entre Educação Física e saúde, a inclusão
de alunos com deficiência e a formação de professores.

Em suma, a formação integral dos alunos e professores nas aulas de educação física requer
uma abordagem ampla, que valorize não apenas os aspectos físicos e motores, mas também o
desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos indivíduos. Autores como Paulo Freire,
Marilda Betti, Sandra Darido, Leonardo Müller e Sandra Darido, bem como publicações do
Ministério da Educação, destacam a importância desses aspectos na formação integral dos
educandos.

4. METODOLOGIA

4.1 Tipo de estudo

Trata-se de uma pesquisa de campo, com uma abordagem qualitativa, cujo objetivo é
compreender o papel do professor de Educação Física na formação dos alunos dos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
Segundo Gil (2002) o estudo de campo, é realizado com o pesquisador atuando
pessoalmente na investigação da sua pesquisa, pois, é ressaltada a importância de o pesquisador
ter vivência direta com a situação de estudo. Ou seja, o pesquisador deve ter contato direto com
21

o ambiente a ser pesquisado, para que possa ter o máximo de informações que assim enriqueça
seu trabalho com as informações precisas e verídicas, para desenvolver seu trabalho de
pesquisa.
Para Gil (2008) o estudo de campo: procura o aprofundamento de uma realidade
específica. É basicamente realizada por meio de observações diretas em atividades através de
entrevistas com informantes para receber as informações, as explicações e interpretar às ações
que ocorrem naquela realidade.
Creswell (2007), aponta que o principal objetivo de uma pesquisa qualitativa é interpretar
o contexto na qual o fenômeno estudado está inserido, tomando por base a relação previamente
estabelecida entre sujeito e o fenômeno do estudo. Com base na fala do autor, a pesquisa
qualitativa busca examinar evidências em formato de palavras, de texto, de imagens de vídeos
ou áudios, para tentar entender o fenômeno em profundidade.
Através da pesquisa qualitativa conseguimos, por meio das falas dos participantes,
identificar o conhecimento deste fenômeno sobre a ótica de quem na prática trabalha com a
Educação Física nessa etapa de ensino.

4.2 PÚBLICO ALVO

Participaram desta pesquisa nove Professores de Educação Física que atuam nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, em escolas públicas da cidade de Parintins- AM.
Foram contactados nove docentes, de ambos os sexos, com faixa etária entre 28 anos
a 50 anos de idade, licenciados em Educação Física, e com experiência docente de no mínimo
três anos no Ensino Fundamental. Foram considerados critérios de inclusão dos participantes:
ser professor dos anos iniciais; atuar como docente em escolas públicas e aceitar participar da
pesquisa. Enquanto critérios de exclusão, apenas a não contemplação dos critérios
supracitados.

4.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

Realizou-se entrevistas semiestruturadas composta de onze perguntas abertas, pois,


conforme aponta Prodanov (2013), é considerado um instrumento objetivo na qual apresenta
uma série de perguntas simples e diretas, a fim de serem respondidas pelo sujeito pesquisado.
As perguntas foram validadas por dois professores, um com mestrado e outra especialista
na área de Educação Física do ICSEZ/UFAM e SEDUC/AM. As entrevistas foram realizadas
22

nos meses de agosto e setembro do ano de 2023, previamente autorizadas por meio da assinatura
do Termo de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE), gravadas, transcritas e posteriormente
tiveram os dados analisados a partir da Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977) e
Franco (2008).
A pesquisa foi conduzida em etapas incluindo revisão bibliográfica, coleta de dados em
campo e processamento de dados. A etapa da revisão bibliográfica foi compreender o papel do
professor de Educação Física nos anos iniciais, o planejamento das aulas de Educação Física e
a formação integral dos alunos dos anos iniciais, a partir disso, buscamos embasamento teórico
para discussão dos resultados obtidos. Além disso, realizamos buscas online nas bases de dados,
Google Acadêmico e Scielo, através dessas pesquisas, identificamos informações relevantes
para enriquecer nosso trabalho de pesquisa
Na etapa da realização das entrevistas, buscamos identificar os professores, nos dirigimos
às escolas afim de agendar a entrevista com os objetos da pesquisa, nos apresentar e iniciar o
processo de coleta de dados.
A maioria dos professores tiveram que agendar para outro dia, especificamente em seus
horários de HTP, por conta de seus horários de aula na escola, muitos professores se
encontravam ocupados por conta dos ensaios que seriam realizados apresentações na semana
da Independência do Brasil, a partir disso, agendamos um horário adequado para aplicação do
questionário. Antes mesmo de entregar o Termo de Compromisso para o professor (a)
explicamos o objetivo da nossa pesquisa, ao estar de acordo com as informações contidas, então
dávamos início a entrevista.

4.4 CONTEXTO E PARTICIPANTES

Essa pesquisa foi realizada com nove professores das escolas públicas: cinco estaduais e
quatro municipais, todas localizadas na cidade de Parintins, AM. As escolas funcionam no
período matutino e vespertino, atendendo estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental,
com idades entre 7 e 11 anos. Os professores entrevistados possuem tempo de experiência que
variam de 3 a 23 anos.

5. ANÀLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS

Os professores entrevistados responderam a um questionário com 11 perguntas abertas,


que visam responder aos objetivos do estudo: 1) Qual a sua formação acadêmica? 2) quanto
tempo trabalha na área de Educação Física? 3) Por que a Educação Física é importante para o
23

desenvolvimento dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental? 4) Quais são as
maiores dificuldades que eles enfrentam na prática pedagógica? 5) O que o professor de
Educação Física precisa fazer para planejar e realizar uma boa aula? 6) Consegue colocar em
prática tudo o que planeja para as aulas? 7) Qual(ais) método(s) utiliza(m) na(s) aula(s)? 8)
Como motiva e envolve os alunos nas aulas? 9) Como avalia o progresso dos alunos nas aulas?
10) O que a Educação Física pode oferecer aos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental?
11) Você se baseia no Referencial Curricular Amazonense para planejar as aulas?

5.1. Com relação à sua formação acadêmica


Todos os professores possuem formação em Educação Física pela Universidade Federal
do Amazonas. Além da graduação, três professores possuem especialização nas seguintes áreas:
Educação do campo, Educação Física com ênfase em deficiências, em Docência no Ensino
superior, em Educação Física e Nutrição escolar e uma Mestrado em Educação Física.
Segundo Libâneo (2001, p. 191) uma das formas de manter-se atualizado é via formação
continuada:

[...] a formação continuada consiste de ações de formação dentro da jornada de


trabalho (ajuda a professores iniciantes, participação no projeto político pedagógico
da escola, entrevistas e reuniões didático-pedagógicas, grupos de estudos, seminários,
reuniões de trabalho para discutir a prática com colegas, pesquisas, minicursos de
atualização, estudo de caso, conselhos de classe, programas de educação a distância)
e fora da jornada de trabalho (congressos, cursos, encontros e palestras). Ela se faz
por meio do estudo, da reflexão, do discursão e da confrontação de experiencias dos
professores.

Podemos notar que dos 9 professores entrevistados, 3 professores procuraram se


especializar e uma fez mestrado em Educação Física, foram em busca de mais conhecimentos
até mesmo para fortalecer seus currículos através de mais estudos, isso é importantíssimo para
o fortalecimento de suas experiências, para dar mais credibilidade como profissional e se
atualizar sobre o mercado de trabalho. Assim, ao dar continuidade além de sua formação, o
professor se potencializa para qualificar e exercer o seu trabalho com mais conhecimentos, por
mais que seja exaustivo conciliar trabalho e estudo, mas é o caminho coerente a se fazer.
A formação continuada consiste no professor participar de atividade que venham adquirir
mais conhecimento para sua profissão, aprendendo e reforçando ainda mais seus currículos de
trabalho.

5.2 Com relação a faixa etária dos professores


24

Os participantes da pesquisa têm idades na faixa etária de 28 a 52 anos: “professora 1” -


33 anos; “professor 2” - 39 anos; “professora 3” - 50 anos; professora 4 - 50 anos; “professora
5”-33 anos; “professor 6” - 40 anos; “ professora 7” - 52 anos; “professor 8” - 37 anos;
“professora 9” - 28 anos.
Segundo dados publicados na revista Nova Escola, alguns estudos apontam que o número
de “professores jovens em início de carreira, com até 24 anos, caiu pela metade entre meados
de 2009 a 2021, e a participação de ingressantes com até 29 anos em cursos de licenciatura
apresentou uma queda de quase 10% na última década, passando de 62% em 2010 para 53%
em 2020” (LYRA, 2022, p.02). No sentido inverso, o número de docentes mais experientes
vem aumentando, ou seja, o desinteresse do jovem em seguir a carreira de professor ocorre
paralelamente ao envelhecimento do corpo docente. Apesar de não ser o foco de discussão é
importante destacar que “as adversidades de ser professor nos dias de hoje são muitas e
complexas, tendo em vista as transformações socioculturais e econômicas da sociedade pós-
moderna” (LYRA, 2022, p.02).
Diante disso, o professor deve saber interagir com diversas situações e estar apto para
resolver qualquer problema que surgem durante o período das suas aulas, e assim colaborar
com a aprendizagem dos educandos.

5.3 Com relação ao tempo de experiência dos professores


O tempo varia de 3 a 23 anos de experiência. Entende-se que o tempo de trabalho não é
um indicativo de que o professor que está a mais tempo trabalhando na escola, seja um bom ou
melhor educador, mas segundo Tardif e Raymond (2000), muitos professores ao estrearem em
sua profissão percebem que estavam mal preparados, principalmente para enfrentar situações
do dia a dia. É através da “prática e da experiência que eles se desenvolveram em termos
profissionais” (TARDIF; RAYMOND, 2000, p. 229). Segundo a autor o professor se
desenvolve como profissional no momento em que ele coloca em prática todas a suas
experiências adquirida ao longo de sua jornada, como aluno até se tornar professor.
No entanto, essa pesquisa também ressalta a importância de considerar a prática
pedagógica do professor, pois “sua trajetória, constrói e reconstrói seus conhecimentos
conforme a necessidade de utilização dos mesmos, suas experiências, seus percursos formativos
e profissionais (NUNES, 2001, P.21).
Conclui-se com esta teoria que, desde quando aluno, o professor já possui seus próprios
saberes, que sendo ensinados desde os primeiros contatos com a educação, desde então vem
trazendo seus valores culturais, crenças e experiências do cotidiano em que viveu.
25

5.4 Sobre a importância da Educação Física no desenvolvimento dos alunos dos anos iniciais
do Ensino Fundamental.
Sete professores consideram a Educação Física importante para o desenvolvimento
integral dos alunos, porque trabalham a socialização das crianças através das atividades físicas,
promovendo uma vida saudável, e esse processo é importante, pois vai fazer toda a diferença
na qualidade de vida. Assim como relatou uma das professoras: “a importância é promover o
desenvolvimento e a integração dos alunos entre si, e promover uma vida saudável[...]”
(Professora 7, 2023). Entende-se que, não basta o professor somente aplicar a aula por aplicar,
ou somente deixar que os alunos participem por participar, o professor precisa propor objetivos
de forma geral e metas a serem alcançadas, enfatizar aos seus alunos, a importância da Educação
Física no processo de seu desenvolvimento e os benefícios para a saúde e bem estar, sendo
assim promover um estilo de vida saudável desde criança, para quando chegar na fase adulta
não apresentar sérios problemas relacionados a saúde.
Portanto, é fundamental que sejam trabalhadas as habilidades motoras essenciais na
infância, como andar, correr, chutar, lançar, arremessar, entre outras. A fala da professora
entrevistada ressalta que a escola é o melhor lugar para organizar suas habilidades: “muitos já
têm uma série, um repertório bom de atividades que eles já desenvolvem em casa, no bairro,
mas na escola, a gente tenta lapidar e organizar isso para que eles sejam mais (…), e que eles
consigam um desenvolvimento motor melhor.” (professora 09, 2023). Isso só ressalta a
importância do professor para fazer toda a diferença do desenvolvimento dos alunos através as
suas aulas.
Os informantes P3 e P4, também destacaram a importância da Educação Física, mas
frisaram que as questões de jogos eletrônicos podem ser uma das principais causas que
contribuem com os alunos a deixarem de praticar atividade física principalmente em casa, e
destacaram a importância de trabalhar a Educação Física nessa etapa de ensino, que são os anos
iniciais, porque estão na fase de aprender, e tudo o que um professor passar ou trabalhar com
os alunos nessa fase, aprendem rápido, por isso é importante porque ainda há muitas crianças
nessa etapa de ensino com bastante dificuldades e que precisa ser trabalhada. Vejamos a seguir
o relato de uma professora:

“Bom, a Educação Física para os anos iniciais, ela é muito importante por que, é nesse
momento que a criança ne, ela tende o mais rápido e melhor, e tudo o que você ensina
pra ela é válido e muitas das vezes a criança ela é impedida de ter esses momentos de
brincar de correr, talvez pela modernidade hoje, bom pelo tempo que estamos vivendo
hoje a criança ela está mais voltada as brincadeiras os jogos e os eletrônicos e hoje
26

elas tem muita dificuldade de trabalhar a lateralidade, elas tem muita dificuldade em
saber o que é direita e o que é esquerda, na sua própria coordenação” (Professora 3,
2023).

Isso é uma preocupação que os professores de Educação Física precisam identificar


através das suas aulas, porque alunos que têm dificuldades de realizar certos movimentos
precisam de muito mais atenção para que essas dificuldades consigam ser superadas ainda nessa
fase de desenvolvimento, para mais tarde não sofrerem consequências na sua vida, e consigam
se superar, realizando melhor essas atividades, e para isso o professor precisa inserir esse aluno
nas aulas de uma forma que lhe chame atenção, motive, passe confiança e passe a procurar
saber quais suas dificuldades e onde precisa de ajuda.

5.5 Quanto as dificulades encontradas na prática pedágogica.


Todos os professores entrevistados afirmaram que se incomodam com a falta de
materiais pedagógicos, além da falta de estrutura física da escola e a redução dos horários
destinados às aulas práticas, estes problemas existem na maioria das escolas, e interferem
bastante na qualidade da aula, os materiais pedagógicos ajudam e auxiliam o aluno a
compreender melhor o objetivo de cada atividade proposta, seja ela prática ou teórica, assim
como a falta de estrutura física, tem escola que não possui espaço adequado para realização das
aulas práticas.
Neste sentido, o professor (a) precisa se reinventar e adaptar espaços dentro da escola
para fazer com que seus alunos participem ativamente das aulas, levando em consideração a
redução dos horários para as aulas práticas, o professor tem apenas uma hora para aplicar a aula,
e dentro de uma hora, precisa selecionar dez minutos para que seus alunos possam se hidratar,
higienizar as mãos e descansar, diante disso, acreditamos que, uma hora de aula não é o
suficiente para que o professor passe todas as atividades pontuando seus objetivos. Segundo
TERRA (2005) as condições da sala de aula e os materiais apresentados para as práticas de
Educação Física (instalações, material didático, o espaço físico) muitas vezes interferem no
trabalho pedagógico do componente curricular.
Segundo a professora:

“Desde quando me formei sempre foi a mesma coisa, falta de material adequado, têm
poucas bolas, poucos materiais em si, falta de espaço físico adequado que as vezes
tem a quadra, mas fica no sol, aqui é muito quente em alguns horários… também as
vezes a gente consegue adaptar os primeiros tempos, não consegue os últimos, nem
todo tempo dá pra fazer, que a gente acaba fazendo muita coisa em sala de aula”
(professora 04, 2023).
27

A professora expressa descontentamento com a falta de materiais importantes que podem


contribuir na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, isso é um problema que se arrasta
na maioria das escolas, diante disso observamos que, são problemas que acontecem há bastante
tempo, e isso demonstra falta de compromisso por parte do poder público com uma educação
de qualidade, em especial na área da Educação Física, pois, para muitos, é um componente
curricular de pouca importância.
Assim, cabe aos professores fazerem o que podem para realizar suas aulas, adaptando
seus horários, para que consigam realizar as práticas debaixo de sombra das árvores, pois a
realidade de algumas escolas é que ainda não há um espaço adequado, ou seja, uma quadra
coberta, uma área segura e em boas condições para os alunos ficarem à vontade.

5.6 Quanto aos requisitos necessários para o professor de Educação Física planejar e realizar
uma aula de qualidade
Todos afirmaram que o professor de Educação Física precisa ter força de vontade, buscar
saber o que vai ensinar em cada objeto do conhecimento, então precisa que suas aulas sejam
planejadas, para que na prática consigam demostrar tais movimentos para seus alunos, e para
isso ele precisa se aperfeiçoar, ir em busca, pesquisar em livros, na internet, buscar saber mais,
para que consigam colocar em prática com êxito. Vejamos os comentários do professor: “precisa
ter acesso ao material pedagógico mais atual. Bastante leitura e domínio de conteúdo. Acesso a
novas ferramentas de ensino” (professor 8, 2023).
Sendo assim o professor não precisa colocar dificuldades para ministrar suas aulas
práticas, precisa correr atrás de soluções para resolver esses problemas enfrentados no ambiente
escolar. A seguir a fala de um informante: “Ter vontade, por que se a gente trabalha com pouco
material, a gente trabalha, o professor de Ensino Fundamental ministra uma boa aula na medida
que ele queira, eu uso material reciclado, faço peteca, faço jogos.”(professora 4, 2023). As
atitudes tomadas dentro do ambiente escolar que são feitas para ver o bom desempenho dos
alunos, só faz enaltecer o trabalho do professor e saber que ele é capaz, que gosta do que faz e
isso torna uma profissional competente.

5.7 Quanto os professores que não conseguem cumprir todo o planejamento


Todos os professores alegaram que sentem dificuldades em cumprir tudo o que é
planejado para suas aulas, pois existem alguns fatores que não colaboram como: diferença de
aprendizagem entre as turmas, comportamento dos alunos, falta de estrutura física adequada
que expõe os professores a condições climáticas desfavoráveis, como chuva ou calor intenso.
28

Todos esses fatores interferem diretamente no não cumprimento no que se estabeleceu no


planejamento, pois há turmas da mesma série/ano com comportamentos totalmente diferentes,
que conseguem absorver conhecimento de forma mais fácil, outras não, precisa replanejar mais
aulas para que se possa compreender de fato.
Com relação ao comportamento, há turmas menos agitadas que as outras e assim o
professor consegue chegar próximo ao que foi planejado, outros fatores são a estrutura física e
as condições climáticas, pois interferem bastante. Em escolas sem espaço físico adequado o
professor precisa estar atento ao sol, a chuva, diante disso, adaptar de acordo com o clima.
Dentre todos os problemas mencionados, o mais citado foi a dificuldade de trabalhar
objetos do conhecimento que possuem pouca ou nenhuma habilidade, conteúdos novos que o
professor precisa se aperfeiçoar, para depois ser aplicados na prática para os alunos, de forma
que ele consiga compreender o que lhes foi repassado.
Como menciona a seguir uma professora entrevistada:

“[…] Com a mudança do conteúdo da BNCC, tem muita coisa que está muito fora da
nossa realidade como o beisebol, como críquete, golfe então assim, não dá todo o
conteúdo da BNCC em prática, mas como eu sempre falo, nem por isso você não pode
usar adaptação, faço golfe adaptado, usando material reciclado, faço tudo adaptado,
tudo dar pra fazer, não totalmente, como está planejado, mas dá pra fazer próximo
daquilo que a gente tem na nossa realidade, pela falta de material e falta de espaço
adequado, eu acredito a gente consegue fazer milagre sim se a gente tiver interesse e
tiver vontade” (P 4 2023).

Sabemos que o comando e as experiências do professor em sala de aula ou em prática são


imprescindíveis para a aprendizagem dos alunos, sejam elas motoras ou cognitivas, então
quando um conteúdo não é comum na prática pedagógica, o professor precisa ir em busca para
saber mais e assim conseguir inserir em suas aulas. A professora cita alguns tipos de esportes
que não são comuns na nossa realidade, especialmente em nossa região, por não ser comum, os
materiais para estes tipos de esportes não são encontrados nas escolas, porém é uma das
exigências da BNCC, e de acordo com a professora ela tenta adaptar os materiais e assim aplicar
aulas e manter seu planejamento alinhando aos conteúdos propostos pela mesma.

5.8 Quanto aos métodos utilizados em suas aulas


Os informantes P 5, e P9 utilizam o método global como objetivo de trabalhar o aluno de
forma geral, utilizando o conteúdo, jogos e brincadeiras em seus fundamentos, como cita o
participante:
“seria o método global, porque outros espaços eles são trabalhados em formato de
jogos, então a gente trabalha com jogos e brincadeiras, alguns fundamentos, não é
29

através de repetição então alguns conseguem alcançar uma técnica mais adequada
outro não. Porque o foco não é exatamente a técnica” (P5 2023).

Para este professor, há necessidade de introduzir o método global, pois, ao contrário de


outros espaços, o método global é uma forma de trabalhar os aspectos físicos, psicológicos e
sociais do aluno, pois o importante é focar na aprendizagem dos movimentos e não nas técnicas
em si, através dos jogos e brincadeiras e os fundamentos das atividades propostas.
No método global o professor é de suma importância para o desenvolvimento dos alunos,
para mostrá-los onde está o acerto ou errado, sempre fazendo um feedback para apresentar os
resultados que os alunos apresentaram através do jogo. No método global, Gonçalves (2012)
aponta como vantagem, a vivência do jogo como uma forma de aprendizado, onde a técnica e
a tática estão sempre trabalhando juntas, aumentando a motivação e a interação dos alunos.
Com isso, tal método é ultizado em diferentes formas de aplicação, tendo como objetivo
aprendizagem de forma livre, sendo assim, o foco não requer técnicas e sim a aprendizagem
livre dos movimentos.
Os outros 7 professores entrevistados, utilizam metodologias construtivistas, ressaltando
que o construtivismo não é um método, mais uma abordagem, e através da teoria e prática, ou
seja, o foco principal são as atividades lúdicas e através do conhecimento que os alunos já tem,
é que o professor consegue trabalhar todos os aspectos do desenvolvimento dos mesmos: [...]
“é possível trazer jogos tradicionais, é possível pedir pra eles fazerem pesquisa em casa com
seus pais, o que eles jogam,, trazer o que já conhecem como os jogos e fazer com que eles
brinquem de acordo com que eles trouxeram (P1, 2023). Notamos que, estes professores não
sabem o real significado de métodos em si, pois, utilizam metodologias, estratégias e
abordagem como se fosse métodos de aplicação de aula, e através disso, destacam que, o
importante é focar nas atividades e jogos lúdicos com o objetivo de trabalhar todos os aspectos
de desenvolvimento do aluno.
Segundo Freire (2009, p.20), qualquer ação, qualquer movimento, parte do que ele
precisa para viver não está nele, mas no mundo fora dele. A obra presente tem como objetivo
ensinar através de seu próprio movimento, que o professor deve saber e levar em conta todo
essas vivências que o aluno já possui, ou que pode aprender, através do seu meio social e a
cultura que vive. Isso faz com que os alunos resgatem os jogos e brincadeiras que ainda estão
presentes e são transmitidos de geração em geração, corroborando com a fala de outra
informante:
30

“[…] procuramos trazer aquelas brincadeiras de rua que eram brincadas antigamente,
que eram as brincadeiras tradicionais, brincadeiras populares e adaptando no cotidiano
deles, para que eles possam vivenciar as brincadeiras que os pais e os avos deles
tinham essa oportunidade e brincar e hoje estão um pouco estão sendo esquecidas por
conta da tecnologia”. (P 02,2023)

De acordo com a professora, as brincadeiras de rua se fazem presente no contexto escolar,


mas isso só é possível, por que ela busca através do aluno saber sobre a realidade dele, seu
cotidiano, envolvendo a participação dos pais, ela faz uma crítica sobre a questão do uso
constante da tecnologia, pois isso acaba influenciando na vida de muitas crianças, tirando o
foco e oportunidades de conhecimentos através de outros meios, como no caso dos jogos
tradicionais, há crianças que não tem o conhecimento sobre os jogos e brincadeiras tradicionais
utilizados por seus pais e avós.
Diante disso, é essencial que o professor (a), possa tentar resgatar essas brincadeiras e
jogos tradicionais que foram vivenciadas há muito tempo por seus pais e avós, e vale ressaltar
que as brincadeiras e jogos tradicionais levam o aluno a pensar e refletir como eram as
brincadeiras antigamente e qual a importância dela no seu desenvolvimento, deixando de lado
os jogos eletrônicos, pois, isso não traz bons benefícios para a saúde em si, isso afeta no mal
comportamento, postura, estresse, e entre outros malefícios que interferem no comportamento
das crianças.

5.9 Quanto as estratégias para motivar e envolver os alunos nas aulas de Educação Física
Identificamos que todos professores relataram que as turmas dos anos iniciais estão
sempre dispostas a participar de todas as atividades da disciplina, pois anseiam pela prática.
Jogos lúdicos e dinâmicos são considerados fundamentais para motivar esses alunos. Mas, a
questão que preocupa os professores é a competição, que embora seja um fator motivador, na
opinião de alguns, não é sadio incentivar essa prática, porque muitos alunos não conseguem
controlar suas emoções, não sabem lidar com a derrota, ficam tristes, se aborrecem, resultando
em frustração. Como afirma essa professora:

“[...] eu brinco muito com eles, eu levo muito na diversão, tento trabalhar muito
também para que eles não sejam pessoas assim, que a competição seja em 1º lugar, eu
penso muito em você participar, você saber brincar, se divertir, eu tento muito levar
isso, como eu falo pra eles, muitos são muito pequenos eles choram, eles não querem
perder, eles não sabem perder, eles se revoltam, então eu sempre procuro falar para
eles que não, a gente tem que brincar, se divertir, que é só uma brincadeira, faz parte
da vida ganhar e perder, então eu uso muito essa parte do lúdico com eles, igual da
outra parte dos métodos, é o lúdico por que são crianças, eu não posso trata-los como
adultos, então eu brinco muito, falo que a vida é assim, que a gente ganha a gente
perde, isso faz parte da vida e não precisa chorar por essas coisas, quando a gente faz
uma brincadeira de competição eles sempre ficam muitos tristes, e a estratégia é isso,
31

motiva-los assim não machucar o colega, sempre conversar os combinados, de não


machucar eu uso muito essas estratégias assim, de não machucar o colega, eu converso
muito, conversa mesmo, não tem como” (P04, 2023).

A fala da professora, pode-se entender que quando ela usa a competição como estratégias
para socializar seus alunos nas aulas, surge o problema, ficam chateados por perder para os
coleguinhas, ficam tristes, e muitas das vezes desmotivados, mas por meio disso a mesma
consegui trabalhar os valores, através da conversa com eles, sobre saber respeitar, saber ganhar
ou perder, saber lhe dar com diversas situações, para que cresçam com esses saberes que poderá
com certeza lhes ajudar em diversas situações da vida no futuro.
No entanto, é possível motivar as crianças usando a competição como uma das estratégias
para participarem e interagirem nas as aulas, para, SOARES, 2008, p.06 destaca que:
[...] na maioria das situações a criança gosta de competir e se sente fascinada, e quando
a competição é usada como um meio, ela se torna uma valiosa ferramenta para
contribuir na formação de seu caráter, tornando-a mais participativa, autêntica,
criativa, solidária, integrada, sujeito de seu processo de desenvolvimento e
aprendizagem (SOARES, 2008, p.06).

A fala do autor sintoniza com o pensamento de outros professores que afirmam que a
competição é uma forma de incentivo e motivação para participar das aulas, pois para eles a
competição, assim como outras atividades, é uma forma lúdica e atrai os alunos, envolvendo-
os de forma positiva, aumentando a participação nas aulas. Através da competição é possível
ensinar aos alunos, como deve se comportar e controlar suas emoções, seja elas com vitórias ou
derrotas, destacando que a competição é algo que precisamos saber conviver, através do
professor elas precisam saber definir o que é ganhar e o que é perder, saber ouvir a opinião do
colega sem julgar de qual quer forma:

“Do primeiro ao quinto ano os alunos eles são muito competitivos ne, ai eu tento
equilibrar mais a competição ainda, é uma das formas mais eficazes, mais também
utilizo as vezes o incentivo, as vezes eu falo alguma frase assim que seja mais próxima
a gíria que eles falam, algum termo assim, ou então coloco que a outra turma
conseguiu fazer melhor, as vezes o estimulo pode ser um picolé, um flal, pra motivar
eles a prestar atenção e ai... mais a competição ainda é uma coisa que funciona muito
bem pra motivar e algumas frases de afirmação…” (P09, 2023).

“…eu sempre faço umas competições entre grupos, uso jogos cooperativos pra tentar
motiva-los, eles gostam dessa interação e por si só eles já gostam do movimento, o
ciclo é uma fase que é muito boa assim da educação que de fato eles estão dispostos,
eles são muito motivados, na verdade eles que me motivam…” (P01, 2023).

“…a gente sempre tenta trabalhar todas as atividades de forma lúdica, muitas vezes
com competição, brincadeiras corporativas, então, creio que as brincadeiras,
ludicidade e a competição elas sempre são uma estratégia pra unir sempre e engajar
todos…” (P05, 2023).
32

Entende-se que a competição é um assunto nocivo que vivenciamos em todos as etapas


da Educação Física escolar ou no cotidiano das crianças. Comumente questiona-se se a
competição é saudável ou não, ou se o professor deve incentivar a competição em suas
atividades com as crianças. É bom lembrar que a criança não nasce competitiva, mas com o
tempo isso muda e uma coisa que temos certeza é que competir faz parte da natureza humana.
Entendemos a competição como um assunto saudável, pois não estará influenciando o aluno a
ser uma pessoa de mal caráter e incompreensiva e sim formando crianças crítica compreensiva
e participativa.

5.10 Quanto a avaliação de seus alunos


Oito professores disseram que avaliam o progresso do aluno através da observação, da
participação, da interação, do comportamento levando em consideração o desenvolvimento
motor, cognitivo e social de cada um, e na teoria a avaliação é realizada através de exercícios e
provas escritas no caderno dos conteúdos estudados.
Vejamos a seguir o comentário de uma informante entrevistada. [...] “nas aulas práticas
eu avalio quem realiza, quem participa e quem age educadamente durante a aula. E na
quantitativa, eu passo muito exercício no caderno e as vezes eu faço alguma prova escrita” (P
09, 2023). Ressaltando a fala da professora, as aulas práticas são importantes sim, mas também
as atividades em sala de aula são primordiais para saber realmente se os alunos estão
compreendendo os conteúdos repassados, e por meio da escrita no caderno, o professor
conseguir saber se os mesmos estão aprendendo, pois é importante abordar os conteúdos que
serão colocados em prática.
Uma informante contou as experiências que teve pós-pandemia com eles, o atraso que
tiveram em relação ao desenvolvimento motor, como ela consegue avaliar o desempenho dos
alunos, ao longo das suas aulas. A seguir o relato da informante

[…] “Eu tive uma experiência bem legal quando houve a pandemia, foi o antes e o
depois da pandemia, o repertório motor dos alunos era assim razoável, pós pandemia
ficou muito ruim. Eu olhava para os alunos eles não conseguiam nem correr direito,
então, a corrida deles era muito descoordenada, a coordenação óculo manual deles era
bem razoável, e hoje quando eu proponho uma atividade, seja de coordenação, seja de
jogos, seja de corrida eles tem hoje um repertório motor muito bom, comparado ao
ano passado, por exemplo. Eu dou aula desde o ano passado para eles, eu consigo
notar. claro que se a gente for fazer uma pesquisa de avaliação motora, a agente vai
ter inúmeros resultados, mas empiricamente falando, dentro do que eu observo a parte
motora deles melhorou muito, em relação ao que era antes da pandemia e depois da
pandemia, consigo ver que o processo deles foi evolutivo.” (P1, 2023).
33

Nessa fala podemos perceber o quanto a pandemia afetou diretamente o desenvolvimento


dos alunos em todos os aspectos: físico, psicológico e social, manifestando diferentes
preocupações entre os professores com relação a aprendizagem, socialização e
desenvolvimento motor dos estudantes, resultando no sucesso da professora, que conseguiu
trabalhar para solucionar esses problemas e ao longo do tempo percebeu que toda sua dedicação
com a aprendizagem e desenvolvimento foi essencial para que conseguisse ver a evolução dos
alunos.
Sabemos que, movimentar-se nessa fase da infância é importantíssimo, por que é através das
brincadeiras na escola, em casa, que as crianças podem desenvolver melhor suas habilidades e
durante a pandemia tudo ficou difícil, as crianças principalmente das cidades mal podiam sair
fora de casa para que pudessem se proteger ao máximo, ficando somente dentro de casa não
podendo ir pra escola e fazer atividades físicas, ficando tudo de forma remota. E assim, gerou-
se dificuldades no desenvolvimento dos alunos, onde a professora conseguiu notar ao
retornarem para a sala de aula.
De acordo com CARDOZO e SANTOS, (2020, p. 46) o professor de Educação Física é
responsável por detectar situações no processo de desenvolvimento de seus alunos e com esse
impacto da pandemia ficou notável a dificuldade que os alunos sentiram após pandemia do
Covid-19. Neste sentido, cabe ao professor de Educação Física escolar resgatar estes aspectos
que foram impactados em decorrência desse período e assim superar os problemas causados.
Diante da afirmação do autor, notamos que o professor de educação física precisa ficar
atento ao comportamento de seus alunos, observar seu progresso e desenvolvimento, quais as
dificuldades e capacidades, e se está conseguindo superar os desafios, visto que, quando o aluno
passa por um período de tempo em que esteve sem fazer atividade física, como ocorreu no
período da pandemia, ao voltar a praticar, ele encontra inúmeras dificuldades, e então cabe ao
professor detectar esses problemas e trabalhar em cima deles.

5.11 O que a Educação Física deve oferecer aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental
Dois professores mencionaram a necessidade de o professor proporcionar um repertório
motor mais amplo. Além disso, ressaltam que a disciplina também ensina aos alunos como se
relacionar de forma adequada com os colegas e as pessoas ao seu redor, promovendo o respeito
mútuo. Esses aspectos são considerados essenciais para que os estudantes se tornem cidadãos
mais conscientes e atuantes na sociedade em que vivemos.
34

Outro ponto mencionado pelos professores é promover atividades que estimulem os


alunos, enfatizando sua importância para a saúde, uma discussão que pode e deve ser abordada
na Educação Física oferecida aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental.
Segundo o P9, é muito importante que as aulas de Educação Física ofereçam
oportunidades para que os alunos aprendam a fazer movimentos diferentes. Isso significa que
eles devem ser incentivados a praticar atividades básicas como correr, pular, jogar, saltar e
dançar. Essas atividades não apenas ajudam as crianças a se desenvolver fisicamente, mas
também fazem com que elas aprendam melhor, se relacionem com outras pessoas e expressem
suas emoções.

“Deve possibilitar o contato com outras crianças, a socialização, a recreação, também


deve permitir que ele amplie seu repertorio motor que ele consiga correr, saltar,
arremessar, pular, dançar, e se divertir também, e precisa desenvolver estímulos para
que ele se torne um adulto que vá praticar qualquer exercício, qualquer atividade que
ele leve isso pra vida dele. Então ele tem que aprender socializar, aprender sobre as
habilidades motoras desenvolver essas capacidades e aprender em equipe, saber
cooperar, saber ser uma pessoa que vai saber lhe dar com diversas situações
principalmente através dos jogos”. (P 09, 2023).

O P1, complementa dizendo que nos anos iniciais, as capacidades físicas das crianças
estão em processo de formação, e que é papel do professor de Educação Física estimular e
promover o desenvolvimento motor dos alunos. Além disso, ela destaca que a disciplina
também contribui para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.

“[…]a educação física ela promove com que os alunos consigam essas capacidades
físicas que a criança tem, como subir, descer pular, rolar, são recursos que a criança
vai buscando, e quando se tem isso nos anos iniciais, é uma evolução para o
fundamental, então se você nos anos finais, a possibilidade de vivencias como um
professor pode proporcionar, seja por meio de uma queimada por exemplo, o aluno
consegue ter na queimada infinidades de movimentos de lateralidade de força, de
coordenação, de velocidade de agilidade, então pros anos iniciais, as capacidades
físicas, elas estão precisando que alguém vai lá e incentive que seja estimulada, que
aconteça de fato, então a educação física no ciclo vem muito pra isso, vem pra de fato
proporcionar ao aluno a ter todo esse desenvolvimento motor, não só motor, o
cognitivo do aluno também, é isso”. (P 01, 2023).

A atividade física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais advindas das
mais diversas manifestações culturais e se enxergue como essa variada combinação de
influências está presente na vida cotidiana (ARRAZ, 2018).
Então é fundamental que a Educação Física oferecida aos alunos do 1º ao 5º ano do ensino
fundamental proporcione um repertório motor melhor, estimulando o desenvolvimento físico,
cognitivo e social, trabalhando na promoção e na adoção de um estilo de vida ativo e saudável
desde cedo.
35

Então é através das atividades desenvolvida nas aulas, que as crianças conseguem
estimular suas habilidades e assim serem capazes de adquirir conhecimento e capacidades
físicas, sendo que, o professor é o principal mediador para que possam realizar todos os
movimentos de forma correta, lhes proporcionando um bom desenvolvimento motor e
qualidade de vida saudável, se tornando seres capazes de seguir esses aprendizados e levar isso
para a vida, aprendendo a gostar de praticar atividades físicas que venham a contribuir com o
estilo de vida.

5.12 Sobre a utilização das diretrizes curriculares (BNCC) como ferramenta para selecionar os
conteúdos das aulas de Educação Física, bem como quais conteúdos eles costumam adotar
Os professores afirmaram que seguem o Referencial Curricular Amazonense, ele é o
principal documento de referências que os professores usam para fazer seus planos de aulas.
Além do documento que se alinha à Base Nacional Comum Curricular, já estabelecendo os
eixos temáticos da Educação Física que devem ser trabalhados nos bimestres e séries
correspondentes.
Os eixos são: brincadeiras e jogos, ginásticas, danças, lutas e esportes, o que ilustra a fala
de uma professora informante:

“Toda vez que tem planejamento, que é uma vez ao mês agente realiza entrega o plano
quinzenal, aí eu uso a BNCC e o RCA (referencial curricular amazonense), que é aqui
do amazonas, são esses dois que a gente utiliza. Nas series iniciais eu estou
trabalhando o atletismo, já trabalhei a dança, ginastica, as vezes não dá para executar,
por causa do material que a gente tem, mas eu sempre tento colocar alguma coisa pra
eles observarem, conhecerem e realizarem aquilo que na medida do possível que dá
pra fazer. Atletismo, ginastica, danças e os jogos, os minis jogos e brincadeiras...” (P
09, 2023).

Os professores realizam seus planejamentos didáticos pedagógicos com base na BNCC,


documento criado pelo Ministério da Educação, pois consideram o documento importante para
a construção de suas aulas. O documento é direcionado a cada faixa etária, estipulando o
conteúdo a ser seguido em um determinado período, de acordo com as competências e
habilidades estipuladas para cada faixa etária. A BNCC visa regulamentar, para que todos os
cidadãos tenham aprendizagem necessárias e que possam ser presenciadas em todas escolas
brasileiras, tanto pública quanto privadas, abrangendo todas as etapas de ensino, garantindo
assim o direito de aprender de todas as pessoas de qualquer lugar e qualquer contexto cultural.
Entende-se que para o sucesso dos professores no ensino e aprendizagem, o planejamento
deve estar baseado na BNCC, pois funciona como um instrumento importante para ajudar o
educador na otimização do tempo, de recursos e da qualidade da aula.
36

Por tanto, através da entrevista entende-se que a BNCC é uma ferramenta importante para
que todos os professores direcionem suas aulas de forma que utilize todos os conteúdos de
acordo com cada serie dos estudantes, lhe proporcionando aprendizados que garantem um
desenvolvimento melhor em todos os seus aspectos que a educação física possa abordar. Assim,
os professores questionam que tentam trabalhar os conteúdos de acordo com a proposta, como:
a ginástica geral conhecendo sobre o corpo, dança do conhecimento comunitário e regional,
brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional e esportes
de marca e precisão mais as vezes não dá, por conta de certos problemas que já foram
mencionados a cima, mas, mesmo assim tentam adaptar para que seus alunos tenham o máximo
de vivências possível através dos conteúdos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As respostas obtidas por meio das entrevistas nos permitiram responder aos objetivos,
elaborando as seguintes considerações: é incontestável a importância do professor enquanto
mediador no processo de desenvolvimento dos alunos, assim como é necessário a disciplina
Educação Física nessa etapa de ensino, pois como vários autores enfatizam, essa é a fase que
as crianças precisam explorar e desenvolver suas potencialidades para que na próxima etapa
não sintam dificuldades.
Portanto, o papel do professor de Educação Física, consiste em orientar e promover a
prática da cultura corporal de movimento: esportes, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras,
procurando novas técnicas e metodologias que diversifiquem o trabalho grupal, inserindo o
sujeito como parte principal desta ação e transformando a realidade.
Nesse sentido, os professores consideram que o planejamento é, além de importante, um
direcionador nas aulas, a partir do momento que atende as necessidades, potencializa
habilidades, e contribui de maneira significativa na aprendizagem.
As dificuldades encontradas pelos professores como: falta de materiais pedagógicos,
estrutura física da escola, e o calor excessivo, são problemas que se arrastam nas escolas, quase
sempre atrapalhando o desenvolvimento das aulas práticas, fazendo com que os professores
adaptem as atividades improvisando espaços materiais em suas aulas.
O método mais utilizado pelos professores de Educação Física das escolas públicas de
Parintins, é o global; e a estratégia mais utilizada é a competição. Por meio dos jogos e
brincadeiras os professores trabalham as habilidades ajudando no desenvolvimento da
coordenação motora, a cooperação e a socialização, saber ganhar e perder.
37

Através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ferramenta de grande


importância que oferece os conteúdos da educação física e das demais disciplinas, que todos os
professores planejam suas atividades, para proporcionar o bom desenvolvimento integral, social
dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Conclui-se que, a Educação Física deve contemplar todos os aspetos que correspondem
as necessidades dos alunos contribuindo significativamente no desenvolvimento das
capacidades físicas, cognitivas e afetivas. E o professor é primordial para mediar e contribuir
para o bom desempenho de cada educando, assim como suas metodologias para montar seus
planejamentos, tendo como foco a aprendizagem de todos.
Apesar de este estudo trazer evidências sobre como o professor que atua nos anos iniciais
do Ensino Fundamental das escolas públicas de Parintins, utiliza a Educação Física em sua
prática educativa, é relevante considerar algumas limitações. Uma limitação que se apresenta é
o recorte, pois este referiu-se apenas as escolas públicas e somente em um município com um
contexto-social específico. Por isso, sugere-se que este estudo não se encerre por aqui, uma vez
que a Educação Física é uma disciplina necessária para o desenvolvimento cidadão de cada
sujeito.
38

REFERÊNCIAS

ARRAZ, Fernando Miranda. A importância da Atividade Física na Infância. Revista


Científica Multidisciplinar Núcleo do conhecimento. Ano 03, Ed. 08, Vol. 01, pp. 92-103,
agosto de 2018. ISSN:2448-0959, Link de acesso:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educaçao/atividade-fisica-na-infancia

BARBOSA, C.L de A. Educação Física Escolar: as representações sociais. Rio de Janeiro:


Shape, 2001.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Lei de Diretrizes e Bases para a Educação


Nacional n. º 9.394/96. Brasília: MEC/FAE,1996.

BETTI, Marilda; ZULIANI, Luciana (Orgs.). Educação Física e formação humana:


necessidades contemporâneas. São Paulo: Phorte, 2010.
CARDOSO, L. C. R. et al. A importância do planejamento para o professor de Educação
Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires – Ano 16 – Nº 157 – junho de 2011.

CARDOZO, P. R.; SANTOS, A. M. A criança com TEA: o ingresso no ensino fundamental em


meio a pandemia. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 7, p. 46193-46201, Jul.
2020.

CURY, A. J., Almeida, F. S., & Soares, T. M. (2020). A importância da formação continuada
para os professores de Educação Física. Revista Movimento, 26(1), e2601. DOI:
10.22456/1982-8918.98212

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto


Alegre, RS: ARTMED, 2007.

DARIDO, Sandra. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.

FALKENBACH, Atos P. A Educação Física na Escola: uma experiência como professor.


Lajeado, Univates, 2002.

FONTANA, F. E., & SILVA, A. C. (2018). Planejamento das aulas de Educação Física no
Ensino Fundamental: Uma proposta de aula utilizando metodologias ativas. Revista Da
Educação Física/UEM, 29(3), 1-9.

FRANCO, Maria Laura Puglisi Barbosa. Análise de conteúdo. 3. ed. Brasília: Líber Livro,
2008.

FREIRE, Paulo. A educação como prática da liberdade. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1983.
39

FREIRE, J. B. Educação do Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo:
Scipione, 2009.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GHIROTTO, GC, COSTA, RL, DARIDO, SC (2019). O papel do professor na educação


física escolar no contexto do ensino fundamental: uma revisão integrativa. Revista
Brasileira de Ciências do Esporte, 41(4), 410-419.

GONÇALVES, Andreza. Análise frente aos professores de Educação Física quanto ao seu
conhecimento, utilização e diversificação dos métodos no ensino dos jogos esportivos
coletivos. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 2012, Vol.4(14 SI), p. 294(7); 2012.

LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo. Editora Cortez. 1994.

LYRA, Thaís. Profissão professor: os desafios da formação. Revista Nova Escola, 2022.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudos/21377/profissao-professor-os-desafios-da-
formaçao.

MACIEL, João Paulo da Silva. A importância das aulas de educação física na escola: uma
revisão Bibliográfica. EFDesportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, N° 196,
setembro de 2014. http://www.efdeportes.com/

MALAVASI, L. M., & VISONI, C. L. (2020). Planejamento das aulas de educação física
no ensino fundamental: considerações sobre a prática docente. Movimento, 26(1), e 2602.

MATTHES, S.L. R., LOI, L. S. M. A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DAS


AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA11. Modalidade do trabalho: Ensaio teórico Evento: XXII
Seminário de Iniciação Científica. Revista Salão do Conhecimento, Ciências-tecnologias-
desenvolvimento social, Unijuí 2014.

Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Cadernos de Formação: Educação


Física. Brasília, 2004. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/colegiado/miniguiaeducfis.pdf>. Acesso em: 12 set.
2021.
MÜLLER, Leonardo Oliveira Pinto; DARIDO, Sandra Cristina da Silva. A formação do
professor de educação física: pesquisas e experiências. São Paulo: Phorte, 2005.

NUNES, C.M.F. Saberes docentes e formação de professores: um breve panorama da


pesquisa brasileira. Educação & Sociedade, Campinas, Ano 22, n.74, p.27-42, abr. 2001.

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de Metodologia do Trabalho


Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico, 2ª Ed., Novo
40

Hamburgo - RS, Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo - ASPEUR


Universidade Feevale, 2013. Disponível em: acesso em: 30/06/13.

SANTOS, MM, Machado, MM, Lopes, RV (2017). O papel do professor de educação física
nas aulas de educação física no ensino fundamental. Revista Recreio em Ação, 17(32), 174-
191.

SANTOS, A. M., & BARBOSA, E. T. (2019). O planejamento das aulas de Educação Física
na perspectiva da interdisciplinaridade no Ensino Fundamental. Revista Paulista de
Educação Física, 33, e3389.

SCARPATO, M. T. Educação física: como planejar as aulas na educação básica. 2 ª edição.


São Paulo: Avercamp,2017.

SILVA, M. L., GUIMARÃES, S., & BARREIRA, L. C. G. (2019). Formação continuada do


professor de educação física: análise das expectativas e dificuldades enfrentadas na sua
prática profissional. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 41(4), 389-396. DOI:
10.1016/j.rbce.2018.07.001

SILVA, PS, MATOS, I (2018). O papel do professor de educação física no desenvolvimento


socio afetivo no 1º ciclo do ensino básico: estudo de caso. Indagatio Didactica, 10(1), 224-
245

SOARES, C., LOPES, M., & ORMOND, L. (2018). A formação continuada como espaço de
(re)construção do conhecimento: o processo formativo de professores de educação física.
Motrivivência, 30(53), 94-109. DOI: 10.5007/1980-

SOARES, F. A competição esportiva escolar como componente pedagógico a ser refletida


e
aplicada nas aulas de Educação Física. FEF/UNICAMP, 2008. Disponível em
http://www.brasa.org/wordpress/Documents/BRASA_IX/Fernanda-Carone-Soares-Paulo-
Cesar-Montagner.pdf Acesso em: 28 nov. 2017

SOARES, C.L. et al. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.

TARDIF, Maurice; RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no


magistério. Educação & sociedade, ano XXI, nº 73, p. 229, dezembro/2000.

TERRA, Dinah Vasconcellos et al. PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES


DE EDUCAÇÃO FISICA NOS PRIMEIROS ANOS DE DOCENCIA: elementos para
(re) orientação das disciplinas de didática e prática de ensino do curso de licenciatura em
Educação física da UFU. Motrivivência ano XVII, n°25, 7. 37-55 Dez/2005.

TEIXEIRA, Erick Dias. Educação Física: planejamento e proposta de aulas para o Ensino
Fundamental baseadas nos temas transversais dos Paramentos Curriculares Nacionais.
Revista Educação Pública, v.20, n° 8,3 de março de 2020. Disponível em:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/8/educacao-fisica-planejamento-e-propostas-
41

de-aulas-para-o-ensino-fundamental-baseados-nos-temas-transversais-dos-paramentros-
curriculares-nacuonais.

Você também pode gostar