Eia BRF
Eia BRF
Eia BRF
FOBI nº 0320143/2018 A
UBERLÂNDIA
OUTUBRO/2018
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................. 1
6. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA...................................................................................................................... 7
ii
23. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................................................................................24
26.1. ÁREA DIRETAMENTE AFETADA RELATIVA AOS MEIOS FÍSICO, BIÓTICO E SOCIOECONÔMICO – ADA- MFBSE.......... 27
26.2. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA RELATIVA AOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO – AID - MFB ................................................ 28
26.3. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA RELATIVA AOS MEIOS FÍSICO E BIÓTICO – AII – MFB .............................................. 29
26.4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA RELATIVA AO MEIO SOCIOECONÔMICO – AID- MSE ............................................. 30
26.5. ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA RELATIVA AO MEIO SOCIOECONÔMICO – AII-MSE ............................................... 31
27. CORPOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS EXISTENTES NA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA RELATIVA AOS
MEIOS FÍSICO E BIÓTICO (ADA /MFB) ................................................................................................................32
iii
34. RELACIONAMENTO DO EMPREENDEDOR COM A COMUNIDADE DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO MEIO
SOCIOECONÔMICO ...........................................................................................................................................215
iv
38.3.3. Geração de benefícios sociais ....................................................................................................... 296
38.4. SÍNTESE CONCLUSIVA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS OBSERVADOS ...................................................................... 297
v
1. APRESENTAÇÃO
o G-02-02-1 – Avicultura;
o G-02-04-6 – Suinocultura;
o G-01-03-1 – Cultura anuais, semiperenes e perenes, silvicultura e
cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura.
1
42 centros de distribuição de produtos refrigerados e congelados, que atingem
98% do território nacional e consumidores em 140 países. Mantém, ainda, 19
escritórios comerciais no mercado externo e abrange uma carteira de clientes
nos cinco continentes.
2
entendimento sobre empresas e grupos comprometidos com a
sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de
compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade,
transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do
desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social,
ambiental e de mudanças climáticas. A BRF compõe a carteira desde a
sua criação;
3
Figura 1: Vista Geral da Granja C, delimitada em branco.
2. INFORMAÇÕES GERAIS
EMPRESA
Razão
Cia. de Meio Ambiente - Soluções Ambientais – CREA MG 42422
social
Nome
CNPJ 09.301.857/0001-16
fantasia
Endereç Rua Mário Pinto Caixa
o Sobrinho, Nº 312. Postal
Distrito
Bairro
Municípi Uberlând ou
Santa UF MG CEP 38408-128
o ia Localida
Mônica
de
DD Fon 3224- Fa E- meioambiente@ciademeioambien
34
D e 3141 x mail te.com.br
TÉCNICO (S)
João Paulo Vilela
Nome CPF 043.696.696-42
Bernardes
Formação
Engenheiro Ambiental
Profissional
Registro no
CREA 226718 ART/Outro 4798395
Conselho
Rua Mário Pinto
Endereço Caixa Postal
Sobrinho, 312
4
Distrito
Uberlâ ou
Município Santa Mônic UF MG CEP 38.408-128
ndia Localid
ade
9966 F
meioambiente@ciademeioa
DDD 34 Fone 7- a E-mail
mbiente.com.br
8515 x
Nome Cyntia Andrade Arantes CPF 07551334637
Formação Bióloga, Especialista em Gestão Ambiental, Mestre e Doutora em
profissional Análise, Planejamento e Gestão Ambiental
Registro no
CRBIO 087847 ART/Outro 2018/08080
Conselho
Caixa
Endereço Rua SU 1
Postal
Distrit
Município Uberlândia Gávea UF – MG CEP: 38411-889
o
9963 F
cyntia@ciademeioambiente.
DDD 34 Fone 0- a E-mail
com.br
3310 x
OUTROS PROFISSIONAIS PARTICIPANTES DOS ESTUDOS
Todos os profissionais que participarem dos estudos deverão ser informados
acrescentando as respectivas linhas abaixo.
NOME ESTUDO FORMAÇÃO Nº REGISTRO
PROFISSIONAL
Diego Raymundo Levantamento Biólogo 104119/04-D
Nascimento Qualitativo de
Flora
Renata Pacheco do Levantamento Bióloga 057466/04-D
Nascimento de
Invertebrados
(Mirmecofaun
a)
Rafale Faltz Fava Levantamento Biólogo 070678/04-D
de Mastofauna
Tharlianne Alici Martis de Levantamento Biólogo 076710/04-D
Souza de Ictiofauna
Rodrigo Aurélio Palomino Levantamento Biólogo 062561/04-D
de
Herpetofauna
Bruno Del Grossi Estudo Meio Geógrafo 111525/MG
Michelotto Físico
Hugo Leonardo Barbosa Mapeamento, Engenheiro Ambiental 226206/MG
Carrijo produção
cartográfica
Anexo 1 - cópia das ART’s e comprovantes de pagamento de taxa.
5
3. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR (responsável pelo licenciamento
ambiental)
EMPREENDEDOR
Nome BRF S.A.
CPF /
01.838.723/0454-90
CNPJ
Caix
Endereç Av. Cel. José Teófilo a
o Carneiro, 1001 Posta
l
Municípi Distrito ou São
Uberlândia UF MG CEP 38.401-344
o localidade José
330
DD Fon 1- Fa daniela.dias@brf-
E-mail
D e 932 x br.com
1
MG-3170206-
70F71EEE7E0546658C914F5FCB50310
Cadastro de
Pessoa C– Matrícula 81.102
Pessoa Produtor Rural
Física MG-3170206-
Jurídica (X) – CAR (Anexo
( ) A4F4.5919.04B7.4BFB.A675.4127.3941.
2)
6C26
Matrícula 3.175/3.176/53.249/76.323
Endereço para BRF S.A
correspondência Av. Cel. José Teófilo Carneiro, 1001 – São José
Caixa Municípi Uberlândi
UF MG CEP 38.401-344
Postal o a
DD 3 Fon 3301- Fa daniela.dias@brf-
E-mail
D 4 e 9321 x br.com
EMPREENDIMENTO
120.293/120.2
Nome da Matrículas 94/3.176/53.24
Granja C Comarca
Propriedade Nº 9/76.323/81.10
2 (Anexo 3)
Nome fantasia Granja C
Endereço Rodovia BR 365, Km 637+12KM – Zona Rural
Distrito ou U
Município Uberlândia Uberlândia MG
Localidade F
Proprietário BRF S.A. CPF/CNPJ 01.838.723/0454-90
Condição do ( X ) Proprietário ( ) Arrendatário ( ) Parceiro ( ) Posseiro
Empreendedor ( ) Outros
6
5. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA ÁREA AMBIENTAL
RESPONSÁVEL
Registro no Conselho de
CRBIO 32972/04-D ART / outro 2018/07979
Classe
Distrito ou
Município Uberlândia UF MG CEP 38401-344
Localidade
6. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
7
8. ACESSIBILIDADE AO EMPREENDIMENTO
Propriedade / Nº de GRANJA C
Matrícula MATRÍCULA 89.705 LIVRO 02
Enquadramento
Atividades objeto de Código Unidade (Classificação
Quantidade
regularização ambiental DN-74/2004 Medida segundo a DN
74/04)
Avicultura G-02-02-1 cabeça 3.700.000,00 Classe 4
Suinocultura G-02-04-6 cabeça 21.300,00 Classe 4
Cultura anuais,
semiperenes e perenes, ha 952.82 Classe 4
silvicultura e cultivos G-01-03-1
agrossilvipastoris,
exceto horticultura
ÁREA TOTAL DA PROPRIEDADE: 2.287,00 hectares
8
10. FASE DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL
A licença requerida é para ampliação ou modificação de empreendimento já
licenciado?
(x) Não ( ) Sim, informe ao No do processo
lado
( ) Fase de Licença de Instalação (LI). Apresentar PCA.
( ) Fase de Licença de Instalação Corretiva (LIC), Apresentar PCA.
( ) Fase de Licença Prévia + Licença de Instalação (LP+LI), Apresentar PCA.
(x) Fase de Licença de Operação Corretiva (LOC), Apresentar PCA.
( ) Fase do Licenciamento RADA, preencher relatório de desempenho ambiental e
apresentar PCA.
9
Intervenção em APP com ou sem supressão de vegetação nativa.
Não haverá
Não haverá
Não haverá
Não haverá
Não haverá
Não haverá
10
Quadro 1: Outorgas de direito de uso de águas públicas estaduais.
Nº Protocolo PORTARIAS
REGISTRO
Protocolo Portaria n°
19292/2017
definitivo 03596/2011.
Protocolo Portaria n°
19244/2017
definitivo 03597/2011.
Protocolo Portaria n°
19245/2017
definitivo 03598/2011.
Protocolo Portaria n°
19246/2017
definitivo 03599/2011.
Protocolo Portaria n°
19247/2017
definitivo 03600/2011.
Barramento
com
Protocolo
19249/2017 captação -
definitivo
Portaria n°
00370/2015.
Barramento -
Protocolo
2291/2016 Portaria
definitivo
2688/2011
Barramento -
Protocolo
2292/2016 Portaria
definitivo
02686/2011
Protocolo
16046/2017 Em análise
definitivo
Protocolo Em análise
16047/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16048/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16082/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16083/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16084/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16085/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16086/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16087/2017
definitivo
Protocolo Em análise
16088/2017
definitivo
Não
11
Faz uso de autorização/regularização para intervenção em Recurso Hídrico?
Sim
Não.
Sim
Não
Captação em represa?
Não
Não
12
O empreendimento está localizado em Área de Preservação Permanente – APP?
(x) Não ( ) Sim
O empreendimento se localiza em propriedade que possui Área de Preservação
Permanente – APP?
( ) Não (x) Sim
A APP se encontra comprovadamente preservada? (Responder essa pergunta
somente se marcou sim em uma das duas anteriores)
( ) Não (x) Sim
A APP está protegida? (Responder essa pergunta somente se marcou sim em uma
das duas sobre localização de APP)
( ) Não (x) Sim
O empreendimento localiza-se totalmente ou em parte em área cárstica?
(x) Não ( ) Sim
O empreendimento localiza-se totalmente ou em parte em área fluvial/lacustre?
(x) Não ( ) Sim
* Consultar o Inventário Florestal de Minas Gerais em
http://inventarioflorestal.meioambiente.mg.gov.br/
13
15. ÁREAS DO EMPREENDIMENTO
Outras áreas:
o Área consolidada: 1331,1027 ha.
18.1. Avicultura
18.2. Suinocultura
14
18.3. Silvicultura
15
Coveamento: técnica utilizada para abertura das covas em áreas
inclinadas, através do uso de enxadões (manualmente). As covas devem
ser feitas, preferencialmente, com 20 cm de largura e 30 cm de
profundidade nos espaçamentos desejados (mais comumente 3,0x2,0
m).
18.3.3. Adubações
18.3.4. Plantio
16
18.3.5. Tratos Culturais
17
o Adubação de manutenção: realizada após o primeiro ano de plantio
em áreas de implantação, reforma, rebrota ou desbaste.
18
que a espessura e o comprimento do galho determinam o método de
trabalho durante o desgalhamento com a motosserra. As maneiras mais
comuns de desgalhamento são: manual com machado e motosserra,
grade degalhadora e motosserra, cabeçote e harvester, desgalhador e
traçador mecânico.
Traçamento: é executado pelos motosserristas, realizado no
espaçamento de 1 metro em 1 metro.
Enleiramento: o procedimento de enleiramento é a distribuição espacial
da madeira em leiras dispostas a facilitar a entrada dos caminhões
dentro do talhão e para facilitar a operação de carga destes, sendo
executado no pátio intermediário (pátio pulmão).
Rachamento: as empreiteiras terceirizadas, que prestam serviços
referentes a extração florestal para BRF S.A., possuem máquinas
adaptadas para rachar as madeiras com bitolas superiores a 25 cm de
diâmetro, uma vez que as caldeiras das indústrias (consumidoras desta
matéria-prima) só queimam lenha abaixo de 25 cm de diâmetro.
Transporte: Consiste na retirada da madeira do interior do talhão para o
pátio intermediário (pátio pulmão). O transporte é realizado por empresa
terceirizada. No Brasil quase que a totalidade do transporte de cargas é
efetuado por meio de transporte rodoviário, por isso é de grande
importância que os equipamentos utilizados apresentem uma tecnologia
compatível com suas necessidades.
19
SILVICULTURA
Trator 2 Próprio
Pá carregadeira 1 Próprio
Patrola 1 Próprio
20
Foto 2: Caminhão de transporte do empreendimento.
21
armazenados na própria granja. As embalagens vazias são destinadas de
acordo com a legislação vigente (Quadro 3).
Controle de mato
Herbicida competição pré- Central de campo
emergente
Controle de formigas
Formicida Central de campo
cortadeiras
Central de campo
Controle de insetos
Inseticida
pragas
Central de campo
Imersão das mudas
Fungicida
antes do plantio
22
somente na linha de plantio, podendo ser realizado em área total se
houver alguma necessidade específica, como grande banco de
sementes do solo, áreas de implantação provenientes de pastante, etc.
Recomendações
Quando da aplicação de herbicidas, utilizar também Fipronil na mesma
calda, afim de combater áreas infestadas por formigas;
23
Se atentar para os locais de coelta de água, devido a turbidez, matéria
orgânica e pH;
Respeitar a dosagem dos produtos indicadas pelo fabricante e pelo
representante técnico, em casos específicos alinhar junto ao Corporativo
Florestal;
Em caso de novas caldas, produtos e formas de aplicação, sempre
alinhar com o Corporativo Florestal e documentar os resultados dos testes
através de relatório.
24. ABASTECIMENTO
24
25. CARACTERIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS FÍSICAS EXISTENTES NA PROPRIEDADE
25
Quadro 7: Estrutura físicas e suas descrições – suinocultura Multiplicadora 02 - sítio 02
Granja C.
Estrutura ÁREA
COMP./ dos Nº de (m²)
GRANJA QUANT. SETOR LARG. M² Telhado barracões Residência /CASA.
Alvenaria
MULT. 02 1.246 Fibrocimento e estrutura 2 casas 75,48
SITIO 02 1- RECRIA 89X14 metálica
Alvenaria 150,65
MULT. 02 1.246 Fibrocimento e estrutura 1 casa
SITIO 02 2- RECRIA 89X14 metálica
3- Alvenaria
MULT. 02 TERMINAÇÃO 2.870 Fibrocimento e estrutura 2 casas 136,24
SITIO 02 205X14 metálica
4- Alvenaria
MULT. 02 TERMINAÇÃO 2.870 Fibrocimento e estrutura
SITIO 02 205X14 metálica
Alvenaria
MULT. 02 5- 3.122 Fibrocimento e estrutura
SITIO 02 TERMINAÇÃO 223X14 metálica
Alvenaria
Barro
MULT. 02 148.19 e estrutura
cerâmica
SITIO 02 6- PORTARIA 20.30X7.30 metálica
26
Gerador de 01 unidade Gerador acionamento automático 220kVA
energia
Reservatórios 08 unidades Reservatórios em fibra capacidade 20 mil litros
cada sob aterro e base de concreto
27
Figura 3: Mapa da propriedade com delimitação da ADA. Destacada em
vermeho.
Fonte: Criação Sigma Geo Sistemas com adaptação do Google Earth, 2018.
26.2. Área de influência direta relativa aos meios físico e biótico – AID - mfb
A área de influência direta relativa aos meios físico e biótico (AID - mfb)
contempla, de acordo com o termo de referência, as áreas adjacentes a ADA
da Granja C, que possuem remanescentes de vegetação significativos e mata
ciliar e, que apresentam elementos naturais e habitats para a fauna silvestre. A
delimitação da AID – mfb foi realizada através de análise de mapas, cartas e
imagens de satélite da região adjacente a granja, assim pode-se observar que
as áreas circunvizinhas com significância foram delimitadas por um "buffer", anel
28
de 2 km a partir do limite do empreendimento, delimitada com a cor laranja na
Figura 4, sendo que o mapa se encontra disponível no Anexo 10.
Figura 4: Mapa da propriedade com delimitação da AID - mfb, delimitada com a cor
laranja.
Fonte: Criação Sigma Geo Sistemas com adaptação do Google Earth, 2018.
26.3. Área de influência indireta relativa aos meios físico e biótico – AII – mfb
A área de influência indireta relativa aos meios físico e biótico (AII – MFB)
compreende a área contida na sub-bacia hidrográfica na qual se insere o
empreendimento, representada pela sub-bacia do rio Tijuco, que está
delimitada pela cor vermelha na Figura 5 e o mapa encontra-se disponível no
Anexo 11.
29
Figura 5: Mapa da propriedade com delimitação da AII - mfb, delimitada com a cor
vermelha.
Fonte: Criação Sigma Geo Sistemas com adaptação do Google Earth, 2018.
30
área de AID – mfb, delimitada pela cor laranja na Figura 6, sendo que o mapa
se encontra no Anexo 12.
Figura 6: Mapa da propriedade com delimitação da AID - mse, delimitada com a cor
laranja.
Fonte: Criação Sigma Geo Sistemas com adaptação do Google Earth, 2018.
31
A AII - mse se encontra delimitada pela cor verde na Figura 7 e o mapa
está disponível no Anexo 13.
Figura 7: Mapa da propriedade com delimitação da AII - mse, delimitada com a cor
verde
Fonte: Criação Sigma Geo Sistemas com adaptação do Google Earth, 2018.
32
Menor distância do limite do terreno do empreendimento até ao
Estão dentro do
corpo hídrico superficial citado acima, considerando seu nível de
empreendimento
cheia, para um período de recorrência de 100 anos.
Nome dos demais corpos hídricos superficiais (intermitentes ou não) existentes na
ADA-mfb.
São os mesmos já citados
Dentre os corpos hídricos superficiais, algum é/será receptor do efluente líquido
gerado no empreendimento.
( ) Sim, nome do corpo
(X) Não
hídrico
Caso tenha respondido Sim no item anterior, assinalar no Quadro abaixo os usos do
corpo hídrico receptor informado.
A abrangência da investigação deverá limitar-se ao trecho do corpo hídrico contido
na área de influência relativa aos meios físico e biótico – (AI-MFB).
Para cada opção assinalada, informar a
Tipo de uso do corpo hídrico na
distância do ponto de uso mais próximo até o
área de influência relativa aos
ponto de lançamento de efluente líquido
meios físico e biótico – AI-MFB
e/ou de esgoto sanitário do empreendimento
A montante (distância A jusante (distância
em metros) em metros)
( x ) Captação para uso no próprio
Não há lançamento Não há lançamento
empreendimento
( ) Captação para abastecimento
público
( ) Captação por terceiros para uso
industrial
( ) Captação por terceiros para
irrigação
( ) Captação por terceiros para
piscicultura
( ) Lançamento de esgoto sanitário
por terceiros
( ) Lançamento de efluente
industrial por terceiros
( ) Barragem
( ) Outros usos (especificar):
33
HERPETOFAUNA (anfíbios e répteis): Autorização nº 022.16.2018;
MASTOFAUNA (mamíferos voadores e pequenos mamíferos): Autorização
nº 022.17.2018;
28.1. Mirmecofauna
Introdução
34
hotspot de biodiversidade, ou seja, um ecossistema prioritário para a
conservação mundial (Myers et al. 2000).
36
Material e Métodos
Área de Estudo
Fotos 3: (A) vereda, (B) cerradão e (C) mata localizadas na Granja C em Uberlândia
(MG), onde foram realizadas as coletas de formigas.
A B
37
C
Coleta de Dados
38
Os exemplares das espécies e morfo-espécies coletadas estão depositados na
Coleção Zoológica da UFU.
A B
39
Resultados
Camponotus blandus 3 1
Camponotus senex 3 4 1 3 3
Camponotus sericeiventris 1 2
Camponotus sp.12 1
Formiga
Cephalotes pusillus tartaruga 1 5 8 2
Formiga
Cephalotes sp.4 tartaruga 1
Crematogaster crinosa 3
Dorymyrmex brunneus 12 3 4
Dorymyrmex goeldii 1
40
Vereda Cerradão Mata
Número de espécies Nome popular
Solo Vegetação Solo Vegetação Solo Vegetação
Ectatomma brunneum 1
Pheidole diligens 3 1
Pheidole obscuricornis 2 1
Pheidole oxyops 1 5 2
Pheidole sp.6 1
Pheidole sp.10 1
Pheidole sp.14 1
Pheidole sp.29 1
Pogonomyrmex naegelli 1
Pseudomyrmex gracilis 2
Pseudomyrmex sp.7 1
Pseudomyrmex sp.8 3
Pseudomyrmex sp.9 3
Pseudomyrmex
termintarius 1
Solenopsis sp.3 1
Wasmannia Pixixica
auropunctata 1 1
Número de espécies 10 8 9 2 11 6
41
Figura 8: Curva do coletor mostrando o número de espécies coletadas em função do
número total de iscas dispostas na Granja C da BRF S.A em Uberlândia (MG). As linhas
tracejadas indicam o desvio padrão (±dp).
42
Composição de espécies
43
atividades humanas, principalmente a conversão em agrossistemas e áreas
urbanas (RATTER; RIBEIRO; BRIDGEWATER, 1997).
44
(2013), por exemplo, realizaram coletas intensivas de formigas em seis reservas
legais com diferentes formações vegetais de Cerrado em Uberlândia (MG) e
Monte Alegre de Minas (MG). Neste estudo, PACHECO et al. (2013) utilizou
método de coleta distinto do método aplicado nesse estudo e com um grande
esforço amostral, sendo coletadas 200 espécies de formigas apenas nas
reservas legais, que apresentavam diferentes tipos de formações vegetais, indo
desde cerrado ralo até cerradão. Também foram observadas diferenças na
composição de espécies de formigas entre as reservas que apresentavam
vegetação de formações savânicas e de formações florestais. Através dos
resultados apresentados, PACHECO et al. (2013), indicam a importância das
reservas legais com diferentes formações vegetais para a manutenção da
diversidade de formigas em paisagens agrícolas.
Considerações
45
diferentes formações vegetais do Cerrado, devido principalmente às mudanças
nas características estruturais de cada formação (ex. cobertura arbórea,
biomassa de serapilheira e densidade arbórea). Dessa forma, observa-se a
importância da manutenção de um mosaico de vegetação para a
conservação de diferentes espécies, e consequentemente, a manutenção de
espécies que apresentam diferentes funções ecológicas no ecossistema (ex.
espécies predadoras).
Conclusões
28.2. Herpetofauna
Introdução
47
SEGALLA et al., 2016). O Cerrado possui uma grande diversidade e riqueza de
espécies da herpetofauna, onde são encontradas 150 espécies de anfíbios,
destas 28 são endêmicas e 180 espécies de répteis, dentre estas 17 são
endêmicas (MACHADO, et al. 2005).
A classe dos anfíbios se divide em três ordens: Anura (sem cauda, com
adaptações para saltos, como: sapos, rãs e pererecas), Urodela (com cauda,
como salamandras) e Gymnophiona (sem patas, com aparência de serpentes
e hábitos fossoriais) (ROSSA-FERES, et al. 2011).
48
Material e Método
Área de Estudo
49
Área 1 (Zona 22K - 773564 E/ 7902497 S) - é constituída por uma grande
lagoa e vereda, com um fragmento de mata cercado por monocultura de
eucalípito (Foto 5).
Fotos 6 e 7: Área 2.
50
Área 3 (Zona 22K - 772214 E/ 7906051 S) - é composta por uma área
úmida de vereda (Fotos 8 e 9).
Fotos 8 e 9: Área 3.
Metodologias
51
aproximadamente foram feitas 32 horas de campo. Para os registros acústicos
foram definidas algumas áreas específicas, como: lagoas, brejos, veredas ou
córregos.
52
próximas aos baldes para poder fixar a lona. Foi instalada uma bateria em cada
área, cada bateria contendo quatro baldes em forma de Y (Figura 11 e Foto
12), os baldes foram instalados com quatro metros de distância cada.
53
No Quadro abaixo as coordenadas geográficas onde foram instaladas
as armadilhas de queda.
Resultados
54
Tabela 4: Lista de espécies de Herpetofauna (anfíbios e répteis) encontrados durante a Primeira Campanha do Monitoramento da BRF Granja
C (Uberlândia, Minas Gerais). Legenda: V – visual, Au – registro acústico, Op – registro oportunístico.
Áreas
Família Espécie Nome popular Método de registro
1 2 3 4
Bufonidae Rhinella schneideri (Werner, 1894) Sapo-cururu V, Au 5 3
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824) Perereca V 1
Hylidae Perereca-de-
Scinax fuscovarius (A. Lutz, 1925) V 2
banheiro
Strabomantidae Barycholos ternetzi (Miranda Ribeiro, 1937) Rãzinha V 1
Oxyrhopus trigeminus (Duméril, Bibron &
Dipsadidae Coral-falsa V 1
Duméril, 1854)
Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès,
Gekkonidae Lagartixa V 1 1
1818)
Mabuyidae Notomabuya frenata (Cope, 1862) Calango V 1
Polychrotidae Polychrus acutirostris (Spix, 1825) Lagarto-preguiça V 1
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) Teiú V 2 1
Teiidae
Ameiva ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) Lagarto-verde V 1
Tropiduridae Tropidurus torquatus (Wied, 1820) Lagarto-de-coleira V 1 3
Viperidae Crotalus durissus (Linnaeus, 1758) Cascavel Op
Total de Abundância 15 7 2 1
Total de Riqueza 10 3 2 1
H` 0,89 0,43 0,3 0
55
Em relação ao status de conservação das espécies, foram consultadas as
seguintes listas oficiais, nível regional a MINAS GERAIS, 2010; nível nacional a BRASIL,
2016 e nível mundial a IUCN, 2018, nas áreas do presente estudo não foram
encontradas espécies que constam em nenhuma das listas citadas acima.
56
Foto 17: Razinha (Barycholos ternetzi).
57
Fotos 20 e 21: Teiú (Salvator merianae) e lagarto-preguiça (Polychrus acutirostris).
58
Figura 12: Dendrograma de similaridade feito pelo método de agrupamento (Bray-Curtis)
entre a herpetofauna e os pontos amostrados no Monitoramento da Herpetofauna da BRF
Granja C (Uberlândia, Minas Gerais).
20
15
10
0
1 2 3 4
Áreas Amostradas
59
Abaixo o gráfico representa o número de espécies por famílias (Figura 14),
observando que a família Hylidae e Teiidae são as que possuem o maior número de
espécies (duas) encontradas nas áreas de estudo.
3
Número de espécies
2
1
0
Famílias
Área 4
Área 3
Área 2
Área 1
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Dados Secundários
60
projetos, levantamentos que ocorreram ao entorno da região estudada no
Município de Uberlândia. Os dados obtidos foram incorporados na Tabela abaixo,
fonte (VASCONCELOS et al., 2014) da Reserva Ecológica Estadual do Panga
(Quadro 10). Segue abaixo a tabela com os dados secundários.
Quadro 10: Dados secundários da herpetofauna (anfíbios e répteis) no Município de
Uberlândia.
61
Possíveis impactos na herpetofauna
Medidas Mitigadoras
62
Recuperar áreas degradadas, assim contribuindo com a herpetofauna para a
maior oferta de alimento, abrigos e área de reprodução;
Cercar as Áreas de Preservação Permanente (APP), para evitar que
degradem olhos d´água e pequenos cursos hídricos que servem de
reprodução para diversas espécies de anfíbios;
Realizar um trabalho de educação e conscientização ambiental com os
moradores e trabalhadores da área de estudo, para evitar atropelamentos e
a caça de animais do grupo da herpetofauna, como serpentes e anfíbios que
podem ser encontrados nas estradas especialmente na época chuvosa;
Realizar o monitoramento da herpetofauna a longo prazo, para entender
melhor o nível de conservação ecológica das áreas de estudo e compilar
dados do grupo que é escasso de estudos no município de Uberlândia.
Discussão
63
campanha (estação chuvosa) as condições estarão mais propícias para a captura
nos Pitafll´s, sendo importante a continuidade dessa metodologia.
Considerações finais
64
28.3. Mastofauna
Introdução
65
é considerada uma das mais ricas do mundo, motivo pelo qual, diversas eco regiões
da América do Sul são consideradas 'hotspots' (MITTERMEIER & MYERS, 1999). O Estado
de Minas Gerais abriga boa parte dos mamíferos brasileiros, estando presentes 243
espécies (46% do total registrado no Brasil) pertencentes a nove das 11 ordens
ocorrentes no país. Destas, 39 espécies estão ameaçadas de extinção (MACHADO
et al., 1998), provavelmente pelo avançado grau de destruição de seus ambientes
naturais.
Metodologia
68
Área 01: UTM (22K 773580/ 7902541); formada por fitofisionomia de cerrado
caracterizada por veredas e cerrado sentido strictu. Composta ainda com uma
pequena lagoa ao centro.
Área 02: UTM (22K 773259/ 7905021); formada por monocultura de eucaliptos,
cerradão e vereda.
Área 03: UTM (22K 772050/ 7906174); formada por monocultura de eucaliptos
e cerradão.
Área 04: UTM (22K 771882/ 7903412); formada por monocultura de eucaliptos
e cerrado campo sujo.
Figura 16: Áreas de monitoramento da mastofauna distribuídas por toda a Granja C.
69
Fotos 24 e 25: Áreas de represamentos encontrados na área 1 na região da Granja C,
Uberlândia/MG.
70
Fotos 30 e 31: Área 4 com formações de cerrado e fitofisionomia de vereda mais ao fundo
da área.
Indícios
Foi realizada a busca ativa, censo diurno e noturno, afim de obter registros
diretos (visualização e vocalização) e registros indiretos, obtidos a partir de fezes,
rastros, arranhados, pegadas, tocas, pelos, carcaças, etc. Esta amostragem foi
realizada nas áreas, bem como no entorno delas. Este método é uma adaptação da
transecção linear (‘linear transect’), procedimento padrão estabelecido para
estudos de mamíferos de florestas tropicais (EMMONS, 1984). A identificação dos
vestígios foi feita baseada em bibliografia específica (BECKER & DALPONTE, 1990;
AZEVEDO & GEMESIO, 2012).
Registros Visuais
71
área pela equipe e durante a busca ativa por indícios foram anotados e quando
possível os mesmos fotografados.
Fotos 32 e 33: Armadilhamento fotográfico e iscas utilizadas durante o monitoramento da
mastofauna da Granja C, Uberlândia.
Armadilhamento Fotográfico
72
Abaixo no Quadro 11, a localização geográfica das armadilhas fotográficas
dispostas nas quatro áreas.
TRAP 02 TRAP 04
Metodologia Pequenos
73
Foto 34 e 35: Armadilhas distribuídas em substratos diferentes em vegetação do sub-
bosque das áreas de influência da Granja C, Uberlândia, MG.
74
Fotos 38 e 39: Armadilhamento tipo queda de pit fall, utilizado durante o
monitoramento da mastofauna da Granja C, Uberlândia, MG.
75
Quadro 12: Disposição das linhas de armadilhas durante as campanhas nas áreas de
amostragem da Granja C, Uberlândia, Minas Gerais.
Metodologia Quirópteros
76
Fotos 40 e 41: Espécimes capturados na rede de neblina e a montagem das mesmas
nas áreas de influência da Granja C, Uberlândia, MG.
Foto 42: Soltura dos animais capturados nas áreas de amostragem da Granja C, Uberlândia,
MG.
77
Resultados
Durante a primeira campanha (estação seca) de monitoramento da Granja C, Uberlândia, foram registrados um total de
onze espécies de mamíferos não alados distribuídos em sete famílias e seis ordens, conforme a Tabela 5.
Tabela 5: Listagem de espécies de mamíferos encontrados durante a primeira campanha (estação seca) do Monitoramento da Granja C (Uberlândia, MG).
Legenda: Métodos de Registro: AF: Armadilhamento Fotográfico; F: Fezes; R: Rastro; V: Visualização; Vo.: Vocalização; AT: Atropelado; AR: Armadilhamento
pequenos; STATUS DE CONSERVAÇÃO: Am: Ameaçado; DD: Dados deficientes; VU: Vulnerável; Em: Em perigo; CR: Criticamente em Perigo; QA: Quase
ameaçada.
78
CINGULATA
DASYPODIDAE
Dasypus novemcinctuss (Linnaeus, 1758) Tatu-Galinha V X
DIDELPHIMORPHIA
DIDELPHIDAE
Didelphis albiventris (Lund, 1840) Gambá-da-orelha-branca R X
Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) Cuíca AM X
∑ ESPÉCIMES (RIQUEZA) 11
ÍNDICE DE SHANNOW H’ 0,778 0,301 0,0,301 0,602
79
Abaixo as fotografias de espécimes registradas nas áreas de influência direta
e indireta da Granja C, Uberlândia/MG.
80
Fotos 47 e 48: Registro oportunístico de tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)
encontrado entre as monoculturas de eucaliptos presentes na região da Granja C.
81
Fotos 51 e 52: Pequeno marsupial capturado na armadilha de queda (pit-fall) nas
áreas de influência da Granja C. Cuíca (Gracilinanus microtarsus).
82
Em relação a quirópterofauna foram registrados um total de duas espécies, distribuídas em duas subfamílias e uma família,
conforme Quadro 13 abaixo.
Quadro 13: Listagem de espécies de mamíferos alados encontrados durante a primeira campanha (estação seca) do Monitoramento da
Granja C (Uberlândia, MG). STATUS DE CONSERVAÇÃO: Am: Ameaçado; DD: Dados deficientes; VU: Vulnerável; Em: Em perigo; CR:
Criticamente em Perigo; QA: Quase ameaçada.
TAXON GUILDA TRÓFICA ÀREAS N %
01 02 03 04
PHYLLOSTOMIDAE
CAROLLINAE
Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) Frugívoro X X 5 83,33
STENODERMATINAE
Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810) Frugívoro X 1 16,66
TOTAL 100
∑Espécimes (Abundância) 6
∑Espécimes (Riqueza) 2
Índice de Diversidade (H’) 0,2442
83
Na primeira campanha de amostragem obtivemos um esforço amostral de
2.016 m².h, capturamos um total de seis indivíduos, distribuídos em duas espécies
pertencentes a uma família e duas subfamílias (Quadro 13). A família Phyllostomidae
foi a única representada em número de espécies e número de capturas (2 spp., 6
capturas, 100%).
84
Figura 17: Riqueza observada e riqueza estimada pelo Jacknife de 1ª ordem dos quirópteros
capturados durante a primeira campanha do monitoramento da Granja C, Uberlandia/MG.
3
2,5
Espécies Morcegos (N)
1,5
0,5
0
1 2 3 4
Noites de amostragens
Medidas Mitigadoras
85
Realizar um trabalho de educação e conscientização ambiental com os
moradores e trabalhadores da área de estudo para evitar atropelamentos e
a caça da mastofauna;
Realizar o monitoramento da mastofauna a longo prazo, para entender
melhor o nível de conservação ecológica das áreas de estudo e compilar
dados do grupo, contribuindo assim para estudos científicos e entendimento
da conservação da mastofauna do município de Uberlândia/MG.
O monitoramento da fauna é de suma importância para diagnosticar os
impactos decorrentes do empreendimento em sua área de influência direta. A partir
do monitoramento podemos obter informações dos impactos ambientais decorrente
nas áreas de influência, o que nos proporcionará ferramentas para tomada de
decisões mediante a conservação da mastofauna local, como, a possibilidade de
criar corredores ecológicos entre os fragmentos, proteção das áreas e reservas
naturais e também palestras com trabalhadores e moradores locais para esclarecer
a importância da conservação dessas espécies.
Discussão
87
Com relação aos primatas, uma espécie foi registrada, sagui-do-tufo-preto
(Callithrix penicilatta), uma espécie generalista que se adapta bem em ambientes
antropizados. Entretanto o número de primatas registrados pode ser considerado
como pouco expressivo, pois a falta de espécies como o bugio (Alouatta caraya) e
o sauá (Callicebus nigrifrons), dentre outras, por exemplo, pode significar a ausência
de ambientes representativos de mata contínua, o que vem a diminuir a riqueza de
primatas na região amostrada.
88
não alcançou a assíntota indicando assim que a continuidade das amostragens irá
aumentar a riqueza encontrada para as áreas.
Figura 18: Riqueza observada e riqueza estimada pelo Jacknife de 1ª ordem dos mamíferos
não alados registrados durante a primeira campanha do monitoramento da Granja C,
Uberlândia/MG.
20
Espécies mamíferos não alados (N)
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
1 2 3 4
Noites de amostragem
89
permitem manter grandes populações, ocupando uma maior amplitude de hábitats
(SCHULZE et al., 2000).
Considerações Finais
90
considerável nas áreas, como por exemplos espécies sensíveis a ambientes
antropizados e que se desenvolvem e sobrevivem nesta biota favorável.
91
28.4. Ictiofauna
Introdução
Especialmente a partir dos anos 1970, o rio das Pedras vem sofrendo com a
intensa transformação decorrente das atividades antrópicas, principalmente com as
propriedades ligadas à produção de carne, leite, feno e sementes de capim, e com
áreas destinadas para silvicultura (FERREIRA et al., 2013), entre outras.
92
Determinar os possíveis impactos causados na ictiofauna.
Materiais e Métodos
Área de Amostragem
Ponto 2 - Córrego tributário Rio das Pedras Ponto 3 – Lagoa de um tributário Rio das Pedras
Coordenadas: 22 K UTM Coordenadas: 22 K UTM
771876.00 m E 7905856.00 m S 773536.00 m E 7902458.00 m S
93
Processamento do Material Coletado
94
Fotos 55 e 56: Amostragem Quantitativa: armação da rede de emalhar na área de
influência do empreendimento.
95
Os peixes coletados foram identificados, separados por tamanho de malha
das redes, medidos (comprimento padrão em centímetros), pesados (peso corporal
em gramas) e fotografados (Foto 58).
Foto 58: Local da biometria dos peixes coletados na área de influência do empreendimento.
Atributos Ecológicos
96
A diversidade de espécies foi obtida através das capturas com redes de
emalhar (CPUE). Utilizou-se o índice de diversidade de Shannon (MAGURRAN, 1988),
descrito pela equação:
i=1
Resultados
97
Tabela 6: Listagem de espécies de peixes registradas, através da captura quantitativa,
durante a campanha do Levantamento de Ictiofauna na área de influência da BRF em
Uberlândia - MG.
Figura 19: Abundância Relativa da CPUEn das espécies de peixes coletadas durante a
campanha do Levantamento de Ictiofauna na área de influência da BRF em Uberlândia -
MG.
99
A análise do dendograma de similaridade será realizada no próximo estudo,
durante a estação chuvosa, devido a insuficiência de dados nesta estação.
Discussão
101
Hoplias malabaricus Coptodon rendalli
“traira” “tilapia”
28.5. Ornitofauna
Introdução
De acordo com mapa publicado pelo IBGE (1998), estima-se que a vegetação
do cerrado (incluindo campos rupestres e florestas ribeirinhas associadas) ocupe 72%
do bioma Cerrado. O restante do bioma é coberto por mosaicos, compostos por
cerrado e florestas mesofíticas (24%) ou somente por florestas mesofíticas (4%) (SILVA;
SANTOS, 2005). Toda esta variação fitofisionômica da vegetação torna o Cerrado
mais heterogêneo, e esta característica é fundamental para garantir a diversidade
da avifauna residente e visitante deste bioma.
102
habitats e ecossistemas existentes no Cerrado interfere e promove redução da
biodiversidade (KLINK; MACHADO, 2005).
O Brasil possui uma das mais ricas avifauna do mundo, com estimativa recente
de 1.822 espécies (COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS, 2011). Isto
equivale à aproximadamente 60% das espécies de aves registradas em toda
América do Sul. Mais de 10% dessas espécies são endêmicas do Brasil, fazendo deste
país um dos mais importantes para investimentos em conservação (SICK, 1997).
Cerca de 11% (193 táxons) dessas estão ameaçadas.
Material e Métodos
Área de Estudo
Coleta de Dados
104
Resultados
2,129906 0,562963
Ardeidae
Egretta thula CAR VE
Passeriformes
Rhynchocyclidae
Todirosturm cinereum INS CE, MT
Hirundinidae
Progne chalybea INS CE
Furnaridae
Furnarius rufus INS CE
Thraupidae
Sicalis flaveola GRA CE
Emberizidae
Sporophila plumbea GRA VE
Volatinia jacarina GRA CE
Icteridae
Gnorimopsar chopi ONI CE
Molothrus bonariensis ONI MT
Tyrannidae
Tyrannus melancholicus INS CE
Xolmis cinerues INS CE, MT
Gubernetes yetapa INS CE
Camptostoma obsoletum INS CE
Pitangus sulphuratus ONI CE, MT, VE
Elaenia chiriquensis FRU CE
LEGENDA:
Dieta: ONI (onívoras), INS (insetívoras), FRU (frugívoras), CAR (carnívoras), NEC (nectarívoras),
DET (detritívoro)
Ambientes: CE (Cerradão), MT (Mata), VE (Vereda).
106
Ornitofauna Regional – Registro Secundário
Figura 22: Levantamento da avifauna registrada na reserva do Clube Caça e Pesca Itororó,
Uberlândia, MG.
Estado de conservação: Ameaça (SEMAD 2010, MMA 2003, Biodiversitas 2007, Machado et
al.2005): EP = Em perigo; VU = Vulnerável; QA = Quase ameaçada; BR = Brasil; MG = Minas
Gerais; Endemismo: EA = espécie endêmica da Mata Atlântica (Parker et al.1996,
Stattersfield et al. 1998); EC = espécie endêmica do Bioma Cerrado (Silva & Bates 2002, Lopes
2008, 2012); Ambiente: FLO = Floresta; CER = Cerrado sensu stricto; VER = Vereda; AER =
aéreo; ANT = Antropizado; AQU = Aquático;
Mês de registro: tm = todos os meses;
Tipo de Registro: V = registro visual; S = registro sonoro; D = documentado por fotografia ou
gravação da vocalização; B = Bibliografia (Araújo & Oliveira 2007, Lima e Silva 2009, Araújo
et al.2011, Maruyama et al.2012, Justino et al.2012).
107
108
109
110
111
112
113
114
O segundo estudo mencionado foi realizado na Reserva Ecológica do Panga
entre 2006 e 2008, com um esforço amostral de 216 horas e 231 espécies de aves
levantadas (MALACCO et al., 2013), conforme mostra a Figura a seguir.
115
Figura 23: Lista das espécies de aves registradas na RPPN Reserva Ecológica Panga, de abril
de 2006 a junho de 2008. Dieta (WILLIS, 1979; MOTTA-JÚNIOR, 1990; SICK, 1997; MARINI;
CAVALCANTI, 1998; FRANCHIN; MARÇAL JÚNIOR, 2004): CAR - carnívora; DET - detritívora; FRU
- frugívora; GRA - granívora; INS - insetívora; NEC - nectarívora e ONI - onívora. U.H. (Uso do
Hábitat) (SILVA, 1995; 1997; BAGNO; MARINHO-FILHO, 2001): A - espécies aquáticas; F1 -
exclusivamente florestais; C1 - exclusivamente campestre; F2 - essencialmente florestal; C2 -
essencialmente campestre. EN - Espécies endêmicas do Bioma Cerrado (SILVA, 1995). * -
Espécies capturas em redes de neblina. Status de Ameaça: EP – Em Perígo; VU – Vulnerável;
QA – Quase Ameaçada. MG (Minas Gerais): MACHADO et al. (1998). GL (Globalmente
ameaçada): BIRDLIFE INTERNATIONAL (2008) ¹- Ordem e nomenclatura taxonômica segundo
CBRO (2008).
116
117
118
119
120
121
122
Considerações Finais
Outro fator que deve ser levado em consideração é que a campanha foi
realizada na estação seca, sendo que a maior atividade se concentra na estação
chuvosa. O fato de se registra uma maior riqueza de aves na estação chuvosa pode
ser consequência da maior disponibilidade de recursos nesse período, como insetos
e frutos (PINHEIRO et al., 2002). Como os recursos muitas vezes sofrem influência da
sazonalidade, esse se torna um componente importante para determinar a riqueza e
a abundância das espécies em um determinado período do ano (CURCINO et al.,
2007). Além disso, a reprodução de muitas espécies de aves ocorre na estação
chuvosa (MATARAZZO-NEUBERGER, 1995; SICK, 1997), fator que também pode ter
influenciado a maior riqueza de aves nesse período.
123
Anexo
Eupsittula aurea
124
Pitangus sulphuratus
125
Coragyps atratus
126
Ramphastos toco
127
Gnorimopsar chopi
128
Gubernetes yetapa
129
Chloroceryle amazona
130
Geranoaetus albicaudatus
131
29. CARACTERIZAÇÃO DA FLORA
Apresentação
Introdução
132
Metodologia
Área de estudo
Levantamento da flora
133
ameaças que incidem sobre cada local e em ações práticas para garantir sua
conservação.
134
Figura 24: Mapa demostrando os limites geográficos da área de estudo.
135
As espécies foram identificadas no campo e nos casos em que isso não foi
possível, coletou-se o material botânico, o qual foi identificado através de consultas
à literatura específica e a especialistas. A classificação botânica foi realizada com
base no Grupo Filogenético das Angiospermas (APG III, 2009) e os nomes das espécies
foram conferidos com a base de dados disponíveis na página eletrônica da Lista de
Espécies da Flora do Brasil 2018 (Lista de Espécies da Flora do Brasil, 2018).
136
Resultados e Discussão
137
Figura 25: Mapa demostrando as fitofisionomias e classes de uso de solo.
138
Caracterização florística e estrutural da área de estudo
139
Tabela 9: Listagem florística das espécies amostradas na área de estudo pelo método de
Levantamento ecológico rápido. A origem da espécie (Nativa, N ou exótica E) e o Hábito
(Arbóreo – A) das espécies também são dados. Potencial de uso: Medicinal (Me), Alimentício (Al),
Madeireiro (Ma), Extrativo (óleos e resina) (Ex), Recurso para a fauna (F).
Família/Espécie Nome popular Hábito Origem Uso
Anacardiaceae
Bromeliaceae
Bromeliaceae sp1 - N E -
Tillandsia sp1 - N E -
Annonaceae
Guatteria sp1 - A N -
pimenta-de-
A N Me
Xylopia aromatica macaco
Apocynaceae
guatambu-do-
A N Me
Aspidosperma macrocarpon cerrado
Arecaceae
Arecaceae sp1 - A N -
Bignoniaceae
140
Bixaceae
Burseraceae
Calophyllaceae
Caricaceae
Clusiaceae
Connaraceae
Connarus suberosus - A N Me
Ebenaceae
Erythroxylaceae
Euphorbiaceae
Fabaceae
141
Dalbergia miscolobium caviúna-do-cerrado A N -
Machaerium acutifolium - A N -
Tachigali paniculata - A N -
Lamiaceae
Lauraceae
Ocotea corymbosa - A N F
Loganiaceae
Malvaceae
Melastomataceae
Melastomataceae sp1 - A N -
Moraceae
Myristiciaceae
142
Virola sebifera bicuíba A N Me e Ma
Myrtaceae
Myrcia variabilis - A N -
Psidium sp1 - A N -
Ochnaceae
Pinaceae
Poaceae
Primulaceae
Proteaceae
Sapindaceae
Solanaceae
143
Urticaceae
Foto 60: Espécie presentes na área de estudo: A) Copaifera langsdorffii; B) Myrsine umbellata; C)
Matayba guianensis; D) Croton urucurana; E) Alchornea glandulosa; F) Aegiphila integrifolia; G)
Clusia criuva; H) Calophyllum brasiliense; I) Xylopia aromatica; J) Inga vera; K) Tecoma stans; L)
Leucaena leucocephala; M) Ricinus communis; N) Pinus elliottii; O) Lithraea molleoides; P)
Cecropia pachystachia; Q) Dalbergia miscolobium; R) Diospyros hispida; S) Vatairea macrocarpa;
T) Connarus suberosus; U) Annona coriacea; V) Aspidosperma tomentosum; W) Aspidosperma
macrocapon; X) Protium heptaphyllum.
144
145
146
147
Figura 26: Síndrome de dispersão das espécies encontradas na área de estudo.
148
Foto 61: Serrapilheira característica das áreas com menor adensamento vegetal (A), e com maior
adensamento vegetal (B).
149
Foto 62: Caracterização da área de estudo, com árvores esparsas e ausência de dossel formado.
150
Considerações Finais
30.1. Geologia
152
O substrato da província compreende blocos cratônicos e maciços alongados na
direção NE–SW (Rio Apa, Rio Aporé, Triângulo Mineiro, Rio Paranapanema, Guaxupé,
Joinville e Pelotas), separados por faixas móveis brasilianas: de norte para sul, Paraguai–
Araguaia, Rio Paraná, Apiaí e Tijucas (Milani e Ramos, 1998). Del Grossi (1992) ressalta que
a base deposicional das rochas desta Província no Triângulo Mineiro é constituída de
rochas metassedimentares dos Grupos Araxá, Canastra e Bambuí de idade Pré-Cambriana
Proterozóica e de rochas do Complexo Goiano de idade Arqueana.
A seguir são descritas as litologias que ocorrem na área de estudo, as quais são
também apresentadas sucintamente na Tabela 10.
¹Não mapeadas na escala de trabalho. Fonte: FARACO et al. (2004) e Pinto e da Silva (2013).
Qa – Depósitos aluvionares
Esses sedimentos ocorrem no alto curso do rio das Pedras e em seu primeiro afluente
da margem direita, o córrego das Laranjeiras, assim como na bacia do ribeirão Galheiros,
em seu médio curso. Nas bacias dos canais que drenam ao Babilônia, esses sedimentos
não foram identificados.
No âmbito do Projeto Radam Brasil (MME, 1983, p. 30), a Formação Marília aparece
descrita como sendo constituída de arenitos finos a grosseiros, predominantemente mal
selecionados, vermelhos, róseos e esbranquiçados; arenitos argilosos, argilitos, siltitos,
lamitos, conglomerados polimíticos comumente desagregados e brechas
conglomeráticas. Subordinadamente aparecem níveis lenticulares e concreções de
calcário e chert. As rochas desta unidade aparecem limonitizadas e em pacotes
geralmente maciços, com estratificação cruzada de pequeno e médio porte.
156
Nishiyama (1989) descreve a Formação Marília como sendo arenitos
conglomeráticos, com grãos angulosos, teor variável de matriz, seleção pobre, ricos em
feldspatos, minerais pesados e minerais instáveis. Esses sedimentos ocorrem em bancos
maciços ou com acamamento incipiente subparalelo e descontínuo, raramente
apresentando estratificação cruzada de médio porte, com seixos concentrados nos
estratos cruzados e com raras camadas descontínuas de lamitos vermelhos e calcários. Em
algumas áreas, os arenitos da Formação Marília, sobretudo nos topos de chapadas,
encontram-se recobertos por sedimentos Cenozóicos.
Soares et al (1980) sugeriram que as rochas desta formação foram depositadas por
correntes de alta energia, com transporte fora de canais em extensos lençóis de
escoamento; o que implica em reconhecer a importância dos leques aluviais como
ambiente de sua formação.
Na região do Triângulo Mineiro, Barcelos, Landim e Suguio (1981 apud MME, 1983)
propuseram a designação de Fácies Serra da Galga para caracterizar um pacote de
sedimentos com espessura em torno de 50-70m, constituídos predominantemente por
arenitos grosseiros, feldspáticos, argilosos, conglomeráticos, coloração vermelho rósea,
com níveis cinza-esbranquiçado, grãos angulosos e subangulosos, mal selecionados,
carbonáticos, com recorrência da fácies basal (Ponte Alta) representada por nódulos e
concreções carbonáticas.
157
Esta Formação é distribuída por quase toda a bacia hidrográfica do rio das Pedras,
incluindo as áreas drenadas pelo alto curso de seus afluentes, dentre elas a área onde
encontra-se o empreendimento. Ocorrem também no alto curso dos afluentes do
Babilônia, nos compartimentos mais elevados do relevo, inclusive em áreas do
empreendimento, localizadas nestas bacias.
Almeida (1967) admite que esta formação resultou de um intenso vulcanismo básico
fissural derivado da Reativação Wealdeniana da Plataforma Brasileira, o que teria
provocado a formação de grandes geoclases, “através dos quais extravasaram lavas
basálticas toleíticas em ambiente desértico”. A presença dos intertrapes de arenitos sugere
que esta condição teria persistido durante a época do vulcanismo, como aqueles
característicos da Formação Botucatu.
159
ocorrem titano-magnetita, apatita, quartzo e raramente olivina. Na área de abrangência
deste estudo a Formação Serra Geral tem aspecto maciço, uniforme, amigdaloidal,
vesicular, formando espessuras variáveis de derrames, com intercalações lenticulares de
arenito. Possuem fraturas irregulares a subconchoidais.
Os derrames são constituídos por rochas de cores escuras a cinza escuro, por vezes
vítreas e granulação variando de fina a média. São afaníticas, porém, ocasionalmente
porfiríticas. Adquirem colorações vermelho amareladas quando alteradas
superficialmente, com as amigdalas preenchidas por quartzo, calcita ou minerais verdes.
30.2. Geotecnia
Nos topos do relevo plano em que ocorrem, esses materiais dão origem a solos
argilosos a muito argilosos, Latossolos Vemelhos, de alta permeabilidade, que inibe a
ocorrência de processos erosivos e o escoamento superficial favorecendo a infiltração. Por
outro lado, e como supracitado, nas vertentes a energia é condicionada pelas maiores
declividades, favorecendo a morfogênese em detrimentos dos processos pedogenéticos.
Nas imediações dos afluentes que drenam ao rio das Pedras e ao Babilônia, verifica-
se a presença de sedimentos aluviais inconsolidados, com baixa capacidade de suporte,
sendo constituídos por areia fina argilosa, argila orgânica, argila siltosa e por vezes
cascalhos. Os sedimentos aluviais têm espessuras que podem superar 3 m, ocorrendo na
base camadas de areias e cascalhos finos. Esses depósitos formam planícies fluviais
estreitas e descontinuas, por vezes em forma de leques, que conformam pequenos bancos
arenosos.
161
Tabela 11: Síntese dos atributos geotécnicos dos materiais ocorrentes na AID/ADA.
- Implantar sistemas de
drenagem superficial e
subterrânea eficientes, de
162
modo a evitar a saturação do
subleito viário.
Fonte: Compilado de Campos (1988), SHDU/ CSTDE/ EMPLASA/ IPT (1990) e Nakazawa (1994).
30.3. Geomorfologia
Unidades de relevo
164
Araguari e o Planalto do Triângulo Mineiro. O que as uniformiza, no entanto, é o predomínio
de feições associadas a formas tabulares, associadas aos Planaltos da Bacia do Paraná. A
distribuição espacial das unidades identificadas está apresentada no Anexo 16.
Nos amplos interflúvios os vales são rasos, circundados por campos úmidos, onde
ocorrem os solos hidromórficos. Cabe ainda destacar que, em áreas depressionais de topo
ainda podem ser encontradas lagoas, hoje em processo de ressecamento, conectadas
ou não à rede de drenagem.
165
Os cursos d’água apresentam baixo gradiente e correm sobre as rochas
sedimentares. Em algumas situações, como no caso do baixo curso do rio das Pedras e do
ribeirão Babilônia, os canais já apresentam algum aprofundamento, cortando o pacote
de solos hidromórficos e originando barrancas sujeitas a desmoronamento.
Segundo a abordagem utilizada o relevo foi caracterizado com base nos critérios
de amplitude das formas de relevo, comprimento da vertente em planta e a inclinação
das encostas, conforme detalhado a seguir:
166
declividade das encostas apresenta processos de erosão laminar e em sulcos ocasionais
de baixa a média intensidade.
Nas planícies fluviais, verifica-se a presença de por areias finas e grossas, associadas
à presença de argila cinza clara com camadas de seixos arredondados e
subarredondados de quartzo e, por vezes, de arenitos laterizados.
167
Quadro 16: Características gerais dos relevos de colinas médias e amplas.
Planícies fluviais
Relevo (Pf)
Inclinação: < 2%
30.4. Pedologia
168
Amostras de solo foram coletadas na AID/ADA e analisadas em laboratório. Os
resultados são apresentados no Anexo 17 deste EIA, conforme preconizado no Termo de
Referência da SEMAD/MG.
Latossolos
169
possibilidades de contaminação de aqüíferos, apesar da grande espessura (OLIVEIRA,
1999).
Em geral, são solos com boas condições físicas que ocorrem em terrenos planos ou
suavemente ondulados. A principal limitação ao uso desses solos se deve à sua acidez e
baixa fertilidade, que é mais acentuada nos solos de textura média, os quais também são
mais susceptíveis à erosão.
Argissolos
De modo geral são solos muito susceptíveis à erosão, que quando associados a
terrenos mais ondulados e à presença de cascalhos, não são recomendáveis para a
170
agricultura, prestando-se para pastagem e reflorestamento e, no caso de terrenos muito
inclinados, para preservação da flora e da fauna. Em terrenos mais suaves podem ser
usados para diversas culturas, devendo, no entanto, ser feita correção de acidez e
adubação, bem como práticas de conservação de solos devido à sua susceptibilidade à
erosão.
Cambissolos
171
Neossolos
São solos com horizonte A ou hístico, assentados diretamente sobre a rocha ou sobre
um horizonte C ou Cr ou sobre material com 90% (por volume) ou mais de sua massa
constituída por fragmentos de rocha com diâmetro maior que 2 mm (cascalhos, calhaus
e matacões) que apresentam um contato lítico típico ou fragmentário dentro de 50 cm
da superfície do solo. Admitem um horizonte B em início de formação, cuja espessura não
satisfaz a qualquer tipo de horizonte B diagnóstico.
Gleissolo Melânico
É encontrado ao longo das planícies fluviais dos afluentes do rio das Pedras e
afluentes do ribeirão Babilônia, particularmente em seus altos cursos. Apesar do não
mapeado nas bases consultadas, esta classe de solo foi identificada durante os trabalhos
de campo.
172
30.5. Clima e Condições Meteorológicas
Com base nos critérios definidos por Koppen (simplificados por Setzer, 1966), o
município de Uberlândia encontra-se em área de transição climática, onde o regime
térmico e de precipitação define as tipologias climáticas regionais. Conforme o
Zoneamento Climático do Estado de Minas Gerais proposto por Sá Júnior (2009) –
apresentado na Figura 29 – a área de estudo encontra-se sob o domínio de dois subtipos
climáticos, descritos a seguir:
Cwa – Clima subtropical quente com inverno seco. Predomina na maior parte da
bacia, à exceção do extremo norte e extremo sul da mesma. Este tipo de clima é
caracterizado por temperaturas inferiores a 18 ºC no mês mais frio e superiores a 22
ºC no mês mais quente. No mês mais seco, é usual a ocorrência de totais
pluviométricos inferiores a 30 mm;
Aw – Clima tropical com inverno seco. Neste tipo de clima, a temperatura média
do mês mais frio é igual ou superior a 18 ºC e a temperatura média do mês mais
quente é sempre igual ou superior a 22 ºC. Em relação à distribuição das chuvas,
173
observa-se invernos secos, quando as precipitações não ultrapassam os 60 mm
médios mensais no mês mais seco.
Município de
Uberlândia
174
acumulada são da são da ordem de 19,0 a 20 ºC e 1500 a 1600 mm, respectivamente. Por
sua vez a evapotranspiração potencial segue valores relativamente mais baixos, com
deficiência hídrica anual no solo agrícola da ordem de 87 mm (DANTAS et all, 2001).
Figura 30: Classificação climática do Estado de Minas Gerais segundo Thornthwaite e Mather.
175
compreensão do clima da região. Portanto, a seguir são descritos sucintamente os
principais sistemas de circulação atmosférica.
Ea:Equatorial Atlântico, Ec: Equatorial Continental, Ta: Tropical Atlântico, Tc: Tropical Continental,
Pa: Polar Atlântico, Ep: Equatorial Pacífico, Tp: Tropical Pacífico, Pp: Polar Pacífico.
176
Durante o inverno na região do Triângulo Mineiro, o tempo é estável, o céu é limpo,
com acentuado aquecimento diurno por insolação, e resfriamento noturno com ausência
de chuvas. É quando domina na região a massa Tropical atlântica (mTa), que juntamente
com a massa Polar atlântica (mPa), lidera a circulação atmosférica nessa época do ano.
A mTa, ao atingir o continente, nessa época resfriado, sofre também resfriamento basal,
tendendo a estabilizar-se. Parte de sua umidade é condensada por efeito orográfico,
ocorrendo precipitações no litoral e chegando ao interior já bem mais seca.
Por outro lado, as precipitações produzidas no avanço da massa polar são também
mais abundantes nas proximidades do litoral, no contato mais direto com a mTa. Assim,
durante o inverno, os índices pluviométricos são advindos apenas da frente polar. Como a
região de Uberlândia fica a maior parte do tempo, nesse período, sob o domínio da mTa
prevalecem as condições de estabilidade. Podem ocorrer, no entanto, precipitações
ocasionais de origem frontal durante os avanços esporádicos da mPa.
177
temperaturas e diminuição da umidade pelo efeito adiabático ao longo de sua trajetória.
Em função da rugosidade do terreno, este sistema deixa parte de sua umidade a cada
vertente a barlavento, e ao transpô-las provoca ressecamento adiabático nas vertentes a
sotavento, além de aquecimento nos vales encaixados (SANT’ANA NETO, 2009).
178
Em síntese, no período de primavera/verão, o anticiclone migratório polar é
responsável pelo avanço das frentes frias que atuam na região, por mecanismos de
circulação superior do ar e pelo deslocamento do equador térmico para o hemisfério
norte. No outono/inverno, os bloqueios das frentes tornam-se mais frágeis e o anticiclone
polar avança para latitudes mais baixas, deixando terreno para a evolução da massa
polar, que traz episódios de temperaturas mais amenas.
Estação Uberlândia
Código A507
Latitude 18.91S
Longitude 48.25W
Responsável INMET/UFU
Operadora INMET/UFU
Altitude 869,00 m
Precipitação, Umidade Relativa e Temperatura do
Parâmetros Utilizados
Ar
Fonte: INMET (2014).
Precipitação
179
das chuvas, que compreendem o elemento climático de maior importância na definição
do clima regional.
Temperatura
181
mais comumente que estas são mais predominantes entre a primavera e o verão, quando
a incidência dos raios solares se verifica em ângulos maiores e em períodos mais
prolongados. Por outro lado, no restante dos meses do ano, principalmente entre maio e
agosto, as temperaturas são mais amenas em função de diversos fatores, os quais
destacam-se a maior inclinação dos raios solares em função dos solstício de inverno,
redução da intensidade da radiação solar incidente nesta época do ano e avanços mais
rigorosos das massas de ar frio de origem polar.
Tabela 15: Temperatura média mensal, máxima média mensal e mínima média mensal (ºC).
Uberlândia (A507) 1981-2003.
Umidade relativa do ar
Dentre os motivos que explicam os valores não tão elevados da umidade do ar,
quando comparados com outras localidades do estado, destacam-se a posição
latitudinal com intensa radiação solar e o efeito de continentalidade, que diminui
consideravelmente a influência das massas úmidas durante os meses de inverno.
Tabela 16: Umidade relativa do Ar. Médias mensais (%). Uberlândia (A507) 1981-2003.
Nível ceráunico
183
Devido à densidade de descargas atmosféricas para a terra ser expressa pelo
número de raios por quilômetro quadrado, o valor dessa densidade, para uma dada
região, é função direta do número de dias de trovoadas por ano (Nível Ceráunico).
Balanço hídrico
Figura 32: Balanço hídrico climatológico para a localidade de Uberlândia (CAD 125 mm).
200
150
100
mm
50
-50
-100
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
DEF(-1) EXC
184
demanda atmosférica, pela evapotranspiração potencial (ETP), e com um nível máximo
de armazenamento ou capacidade de água disponível (CAD) apropriada ao estudo em
questão, o balanço hídrico fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da
deficiência hídrica (DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento de água no
solo (ARM), podendo ser elaborado desde a escala diária até a mensal (ROLLIN;
SENTELHAS, 1999).
Os meses de dezembro (198,4 mm) e janeiro (199,8 mm) são os que apresentam os
maiores excedentes.
185
30.6. Recursos Hídricos Superficiais
Bacia do rio das Pedras - afluente do rio Uberabinha, este tributário do rio Araguari
Bacia do rio da Babilônia - afluente do rio Tijuco, este tributário direto da margem
esquerda do rio Paranaíba.
186
Figura 34: Divisão Hidrográfica Nacional (sem escala).
187
Figura 35: Sub-unidades da RH do Rio Paraná (em escala).
188
Recursos Hídricos (CERH) do Estado de Minas Gerais, através da Deliberação Normativa Nº
06/02, estabelece as Unidades de Planejamento e Gerenciamento dos Recursos Hídricos
(UPGRH) no estado. A área de estudo do empreendimento intercepta a Unidade de
Planejamento PN2 - Rio Araguari, e PN3 - Afluentes Mineiros do Baixo Paranaíba conforme
pode ser observado na Figura 36.
Figura 36: Localização da Unidade de Planejamento PN2 - Rio Araguari e PN3 - Afluentes Mineiros
do Baixo Paranaíba, no contexto das Unidades de Planejamento de Recursos Hídricos do Estado
de Minas Gerais.
Figura 37: Localização da UGH Rio Araguari e UGH Alfuentes Mineiros do Baixo Paranaíba,
conforme divisão hidrográfica do CBH Paranaíba.
190
Figura 38: Localização da Sub-bacia 02 Uberabinha, conforme divisão hidrográfica do CBH
Araguari.
191
Bacia Hidrográfica do rio Uberabinha
No que tange aos aspectos do uso e ocupação do solo, cumpre registrar que seu
processo de ocupação acompanhou o conjunto de políticas públicas de incentivo à
produção nos Cerrados, desde meados da década de 1970. Atualmente, os relevos de
192
topo plano localizados no alto curso do canal são intensamente ocupados pela
agricultura modernizada típica do Brasil central.
Por fim, cumpre destacar que o rio Uberabinha e seu principal afluente, o ribeirão
Bom Jardim, são os principais mananciais de abastecimento público no município de
Uberlândia.
O rio das Pedras é um afluente da margem esquerda do rio Uberabinha. Drena uma
área de aproximadamente 422,00 km², nos municípios de Uberlândia e Tupaciguara, no
estado de Minas Gerais.
193
Bacia Hidrográfica do rio da Babilônia
Drena uma área de aproximadamente 942 km², sendo o perímetro de cerca de 627 km de
extensão. O coletor percorre 102 km, desde suas nascentes no município de Uberlândia,
até sua foz no rio Tijuco, que faz divisa dos municípios do Prata e de Monte Alegre de Minas.
O gradiente médio do canal é da ordem de 3 m/km.
As vazões médias no rio da Babilônia são próximas a 17,00 m³/s, sendo a Q95 de 4,31
m³/s, na região de sua foz no rio Tijuco (SEAPA/RURALMINAS/UFV, 2017).
194
Microbacias interceptadas pela ADA
A. Área da Bacia
B. Perímetro
Distância linear medida desde a nascente do rio até a sua desembocadura e/ou
ponto específico de análise, incluindo todas as mudanças de cursos ou sinuosidades.
195
E. Densidade de Drenagem
Dd=Lt/A
Onde:
A = área de drenagem
A densidade de drenagem pode variar entre 0,5 km/km² para bacias mal drenadas
até 3,5 km/km² para as bacias bem drenadas.
Lm=A/L
Onde:
A = área de drenagem
Os valores deste coeficiente são sempre superiores a unidade. Quanto mais próxima
da unidade, maior a propensão a cheias. O coeficiente de compacidade é calculado
através da seguinte fórmula:
Kc=0.282 [ 𝑃/√𝐴 ]
Onde:
P = perímetro da bacia
196
A = área da bacia
Kf=A/Lx²
Onde:
A = área de drenagem
Tabela 18: Características morfométricas das bacias interceptadas pela ADA na área de
drenagem do rio da Babilônia.
Trata-se de bacias mal drenadas, uma vez que os valores observados para o índice
densidade de drenagem estão próximos a 0,50 e nunca superiores a 0,90. Fato este que
pode ser explicado pela condicionante litológica ai presente, que favorece os processos
de infiltração da água.
Tabela 19: Vazões de referência das bacias interceptadas pela ADA na área de drenagem do rio
das Pedras.
Vazão de referência
Rio das Pedras* Córrego Lagoa Córrego da Onça
(m³/s)
Qmlt 1,084 0,221 0,505
Q7,10 0,158 0,032 0,073
Q95 0,221 0,039 0,097
Qmax100 22,921 6,938 11,687
Fonte: SEAPA/RURALMINAS/UFV, 2017. *Até a confluência com o córrego Lagoa.
A bacia com maior descarga é que apresenta a maior área de drenagem, ou seja,
o rio das Pedras até sua confluência com o córrego da Lagoa. Neste ponto, este canal
apresenta uma vazão média de longo termo da ordem de 1,08 m³/s. As vazões mínimas
médias com sete dias de recorrência são de 0,15 m³/s e a vazão com permanência de
95% de 0,22 m³/s. As cheias máximas de 100 anos atingem 22,92 m³/s.
No caso de seu afluente, o córrego Lagoa, verifica-se vazões médias de 0,22 m³/s,
sendo a permanência de 95% de 0,03 m³/s. Em relação aos extremos, destaca-se a vazão
Q7,10 de 0,03 m³/s e as cheias de 100 anos de 6,93 m³/s.
198
O córrego da Onça tem cheias máximas de 11,68 m³/s e vazão Q7,10 de 0,07 m³/s.
A média das descargas é de 0,5 m³/s, enquanto a permanência de 95% das vazões é de
0,09 m³/s.
O regime hídrico é típico das áreas do Brasil central, com cheias durante o verão,
ou início do outono, e períodos de mínimas máximas no fim do inverno e início da
primavera.
199
Figura 39: Coluna Estratigráfica do Sistema Aquífero Guarani em Minas Gerais, incluindo as
unidades estratigráficas mesozóicas da Bacia do Paraná.
200
Figura 40: Sistema de aquíferos do Estado de Minas Gerais.
201
De acordo com Oliveira e Campos (2002) O Sistema Aquífero Bauru compreende os
depósitos não confinados de água subterrânea, associados a rochas da Formação Marília
e Vale do Rio do Peixe – Grupo Bauru e suas coberturas. Apesar do caráter intergranular
da porosidade, o Sistema Aquífero Bauru é heterogêneo. As fácies que o compõem são
distintas quanto à granulometria, porosidade, condutividade hidráulica e litotipo, e
levaram à divisão do Sistema Aquífero Bauru em dois subsistemas: Aquífero Bauru Superior
e Inferior.
202
A fácies conglomerática é mal selecionada com seixos de diâmetros variando entre
2 a 350 mm de eixo maior, é clastosuportada e apresenta matriz arenosa a areno-argilosa.
Mais de 90% dos seixos são compostos por quartzito com grau de arredondamento
variável, friável ou litificado (silicificado), com características de retrabalhamento fluvial. A
camada de conglomerado é encontrada em toda a área de extensão do Sistema
Aquífero Bauru. Apesar da variação na espessura, o topo da camada é homogêneo, e
comporta-se como uma superfície plana. Exceto nas áreas marginais das chapadas, onde
há adelgaçamento da camada por erosão, a fácies conglomerática encontra-se
saturada de água, sendo que a porção não saturada do sistema ocorre sempre em
materiais arenosos (Oliveira e Campos, 2004).
203
Com características fissurais, este sistema se desenvolve ao longo de fraturas e
descontinuidades, compreendendo zonas amigdalodais e vesiculares de topos de
derrames e zonas de disjunção horizontal. Estas feições, quando interceptadas por zonas
de fraturas, podem armazenar grandes quantidades de água (NANNI et al, 2006).
Com base no exposto pelos autores mencionados, entende-se que a água é uma
substância vital para todas as formas de vida no planeta e para o desenvolvimento
econômico, sóciocultural e ambiental das nações. Infelizmente, esta mesma água vem
sendo modificada na sua quantidade e na qualidade.
Quando se refere à água é preciso ter em mente que a noção de qualidade está
sempre associada aos mais diversos usos que fazemos desta substância, seja para o
consumo humano, industrial, irrigação, aquicultura, navegação, recreação de contato
primário, dentre outros (Figura 41). Desse modo, os usos da água demandam diferentes
requisitos de qualidade (Figura 42). Em outros termos, pode-se afirmar que as águas de
melhor qualidade permitem a sua utilização em necessidades mais exigentes, como por
exemplo, abastecimento de água potável.
204
Figura 41: Relação qualidade da água x classes de enquadramentos x usos.
Figura 42: Usos diversos das águas doces em relação às classes de enquadramento.
De acordo com o artigo 9º da Lei nº 9.433 (Lei das Águas), o enquadramento dos
corpos d’água tem a prerrogativa de assegurar às águas a qualidade compatível com os
usos mais exigentes a que forem destinadas e a diminuir os custos de combate à poluição
das águas, mediante ações preventivas permanentes. Portanto, o enquadramento é um
instrumento de gestão e, em razão disso, este não deve considerar exclusivamente a
205
condição atual do corpo d’água, mas nos níveis de qualidade que devem ser alcançados
ou serem mantidos para atender às necessidades estabelecidas pela sociedade.
Foto 63: Bancada de laterita no alto curso do rio das Foto 64: Detalhe das concreções em depósito no
Pedras. alto curso do rio das Pedras.
206
Foto 65: Afloramento de arenitos da Formação Vale Foto 66: Detalhe de arenito da Formação Marília
do Rio do Peixe em talvegue do córrego da com cimentação carbonática, no contato com a
Babilônia. Formação Vale do Rio do Peixe.
Foto 67: Vista em sentido sul do vale do ribeirão da Foto 68: Outra vista dos relevos aplainados do
Babilônia. Formas de dissecação tabular do Planalto Planalto do Triângulo Mineiro em área drenada
do Triângulo Mineiro, sustentadas pela Formação pelo ribeirão Babilônia, ao sul do empreendimento.
Vale do Rio do Peixe.
Foto 69: Planície aluvial do ribeirão da Babilônia. Foto 70: Superfície aplainada do Planalto de
Notar área sujeita à inundação sazonal. Uberlândia – Araguari, sustentada por residuais da
Formação Marília.
207
Foto 71: Latossolos arenosos no alto curso do rio das Foto 72: Latossolos arenosos expostos em área de
Pedras, à nordeste da área do empreendimento. relevo aplainado do Planalto de Uberlândia
Araguari.
Foto 73: Dissecação tabular homogênea do Foto 74: Aspecto de ressalto residual sustentado por
Planalto do Triângulo Mineiro. arenitos da Formação Marília, em área de transição
para os sedimentos da Formação Vale do Rio do
Peixe.
208
31. ANÁLISE QUÍMICA DE SOLOS
SOLO UPL 2
Componente Cultura Parâmetros avaliados Resultado
avaliado
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 11 g/dm³
(x)P 107 mg/kg
(x)K 75,9 mg/kg
( x ) pH 5,40
SOLO
0-20 cm ( ) VA
( x ) Al 8540 mg/kg
( x ) Ca 98,9 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Asorção de
sais)
( x ) MO 5 g/dm³
(x)P 83,1 mg/kg
20-40 cm (x)K 70,0 mg/kg
( x ) pH 5,41
( ) VA
( x ) Al 8990 mg/kg
( x ) Ca 94,5 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 5 g/dm³
(x)P 55,6 mg/kg
(x)K 79,2 mg/kg
40-60 cm ( x ) pH 4,6
( ) VA
( x ) Al 8030 mg/kg
( x ) Ca 124 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
209
SOLO MULTIPLICADORA 2 SÍTIO 1
Componente Cultura Parâmetros avaliados Resultado
avaliado
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 9 g/dm³
(x)P 170 mg/kg
(x)K 68,7 mg/kg
( x ) pH 5,1
SOLO
0-20 cm ( ) VA
( x ) Al 13500mg/kg
( x ) Ca 317 mg/kg
( x ) Mg 82,9 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Asorção de
sais)
( x ) MO 11 g/dm³
(x)P 138 mg/kg
20-40 cm (x)K 220 mg/kg
( x ) pH 4,8
( ) VA
( x ) Al 12300 mg/kg
( x ) Ca 274 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 9 g/dm³
(x)P 155 mg/kg
(x)K 225 mg/kg
40-60 cm ( x ) pH 4,8
( ) VA
( x ) Al 14000 mg/kg
( x ) Ca 312 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
210
SOLO MULTIPLICADORA 2 SÍTIO 2
Componente Cultura Parâmetros avaliados Resultado
avaliado
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 16 g/dm³
(x)P 239 mg/kg
(x)K 151 mg/kg
( x ) pH 5,1
SOLO
0-20 cm ( ) VA
( x ) Al 9160 mg/kg
( x ) Ca 438 mg/kg
( x ) Mg < 50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Asorção de
sais)
( x ) MO 5 g/dm³
(x)P 74,2 mg/kg
20-40 cm (x)K 70,4 mg/kg
( x ) pH 4,7
( ) VA
( x ) Al 14000 mg/kg
( x ) Ca 140 mg/kg
( x ) Mg <50 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
( ) RAS (Adsorção de
sais)
( x ) MO 5 g/dm³
(x)P 60,7 mg/kg
(x)K 75,2 mg/kg
40-60 cm ( x ) pH 4,8
( ) VA
( x ) Al 15300 mg/kg
( x ) Ca 210 mg/kg
( x ) Mg 75,5 mg/kg
( ) SB
TEXTURA Média
211
32. PATRIMÔNIO NATURAL E CULTURAL
Figura 43: Recorte do Mapa de Potencial de Ocorrência de Cavidades do Brasil (em vermelho a
poligonal do empreendimento).
Ambas foram registradas na Formação Marília do Grupo Bauru, a mesma que ocorre
em grande parte da AID/ADA. Os registros são relativos a fósseis vertebrados – saurópodes:
Titanosauria indet. e invertebrados – moluscos: Mollusca indet. Conforme Oliveira; Santos e
Candeiro (2006), a Formação Marília, em conjunto com a Formação Adamantina, constitui
uma das principais unidades fossilíferas do Cretáceo superior no Brasil. Na região do
Triângulo Mineiro, tem sido reportado uma grande quantidade de registros fósseis,
representando uma diversidade de taxa aquáticos e terrestres.
214
Candeiro; Marinho e Oliveira (2004), Ribeiro (2003), Huene (1931); Kellner e Campos (2000);
Albuquerque et al. (2003); Marinho (2003); Fernandes (1998).
Conhecido como “Sertão da Farinha Podre” este foi um território pouco povoado
até o final do século XVIII, contando com aldeamentos indígenas (especialmente pelos
grupos étnicos dos Caiapós) e alguns núcleos de povoamentos fundados pelos
bandeirantes e que serviam também como pontos de apoio e descanso dos caminhos
dos mineradores.
Com o declínio da produção nas jazidas de ouro na região central de Minas, uma
nova fase empenha-se em transformar o território brasileiro, marcando uma época de
grande importância histórico-geográfica para o país. Esta época “revelará todos seus
efeitos quando Minas Gerais se torna definitivamente de mineradora em agropastoril,
formando neste terreno entre as principais circunscrições do país” (PRADO JÚNIOR, 1953;
GUIMARÃES, 1990).
Foi a migração geralista o motor que efetivou a ocupação dos cerrados triangulinos
e a reorganização do espaço regional. Expulsos pelo crescimento demográfico e pelo
esgotamento dos solos agricultáveis “centenas de famílias de roceiros e criadores de
gado, vindos da região central de Minas” (SOARES et all, 2005) se instalaram na região,
que passou a ocupar um novo posto na divisão territorial do trabalho, o de fornecedor de
217
produtos primários para o mercado interno, e não mais de pontos de pouso e guariba das
passagens para as minas.
218
O século XIX foi marcado pela importância de Uberaba na hierarquia da rede
urbana regional, centralizando capitais, serviços e decisões. Marca também o
desenvolvimento das estruturas de transporte, a começar pelos portos fluviais, que
dinamizariam o comércio com o estado de São Paulo, e as estradas de rodagens em
direção a Goiás e Mato Grosso. O comércio de sal, e a produção pecuária eram as mais
importantes atividades econômicas da época, todavia, um significativo comércio varejista
se desenvolve, consolidando a funcionalidade dos centros urbanos, e elevando a
importância de Uberaba como o centro mais dinâmico da região.
219
desenvolvimento diversificou a economia regional, que ampliou seus espaços de
acumulação, dinamizaram-se os centros urbanos e o comércio passa a ser concorrente
da pecuária na disputa pela atividade mais determinante. Houve, da mesma forma, a
especialização de algumas localidades, com investimentos em infraestruturas de
transporte, rede de energia elétrica, abastecimento de água, telefonia, entre outros. Há
de se convir, que esses investimentos todos estavam atrelados à necessidade de
adaptação dos centros urbanos para o desenvolvimento das atividades comerciais.
220
34.3. Perfil Demográfico e Socioeconômico
Tabela 20: População total, urbana e rural da AII (Uberlândia) - 1991, 2000, 2010.
1991 2000 2010
Área
Pessoas % Pessoas % Pessoas %
Tabela 21: Crescimento populacional em 10 anos da AII (Uberlândia), Estado de Minas Gerais e
Brasil.
2000 2010 Crescimento (%)
221
crescimento foi superior (36,9%) ao registrado pela área urbana (20,1%). Isso sugere a
ocorrência de alguma movimentação populacional rumo à área rural, talvez conduzida
por parte da população migrante, entretanto pouco significativa dado o pequeno
contingente de pessoas. A Tabela 22 mostra esses dados.
Fontes: IBGE: Censos Demográficos, 2000 e 2010; Secretaria Municipal de Planejamento Urbano
de Uberlândia - Banco de Dados Integrados (BDI), 2012.
222
hab./km2 (Contagem) – concentração populacional bem superior à apresentada por
Uberlândia - quando considerada pela totalidade da área territorial.
Tabela 24: Taxas de urbanização e densidade demográfica na AII (Uberlândia) - 2000 e 2010.
Taxas de urbanização (%) Densidade demográfica (hab./km2)
Fontes: IBGE: Censos Demográficos, 2000 e 2010; Secretaria Municipal de coleta Urbano de Uberlândia -
Banco de Dados Integrados (BDI), 2012
Tabela 25: Densidade demográfica na área urbana e rural da AII (Uberlândia) - 2000 e 2010.
Superfície Habitante/Km2
Área
Km2 2000 2010
Fontes: IBGE: Censos Demográficos, 2000 e 2010; Secretaria Municipal de Planejamento Urbano
de Uberlândia - Banco de Dados Integrados (BDI), 2012.
223
Total 604.013 219.125
Fontes: IBGE: Censos Demográficos, 2000 e 2010; Secretaria Municipal de Planejamento Urbano
de Uberlândia - Banco de Dados Integrados (BDI), 2012.
População masculina e feminina e Razão de Sexo
Tabela 27: População masculina e feminina e Razão de Sexo da AII (Uberlândia) – 2000 e 2010.
Homens Mulheres Razão de Sexo
Tabela 28: Mortalidade proporcional (%) por idade e sexo na AII (Uberlândia) – 2000 e 2010.
2000 2010
Faixa Etária
Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total
224
50 a 59 anos 9,0 5,0 14,0 8,3 5,3 13,6
Estrutura Etária
Verifica-se que o grupo de menores de 14 anos, entre 2000 e 2010, apresentou uma
redução de cerca de seis pontos percentuais em relação à população total. Já o grupo
dos adultos de 30 a 64 anos e dos idosos de 65 anos ou mais apontaram um aumento de
aproximadamente 5% e 2%, respectivamente, nos anos considerados. Por sua vez, o
contingente de jovens apresentou uma pequena variação para baixo de -1,8%. Os valores
crescentes e decrescentes encontram-se assinalados na Tabela abaixo.
225
Tabela 29: Distribuição da população por faixa etária na AII (Uberlândia) - 2000 e 2010.
2000 2010
Faixa etária
Pessoas % Pessoas %
226
Figura 45: Pirâmide etária - Uberlândia. Distribuição por Sexo, segundo os grupos de idade, 2010.
80 anos e mais
75 a 79 anos
70 a 74 anos
65 a 69 anos
60 a 64 anos
55 a 59 anos
50 a 54 anos
45 a 49 anos
40 a 44 anos Homens
35 a 39 anos Mulheres
30 a 34 anos
25 a 29 anos
20 a 24 anos
15 a 19 anos
10 a 14 anos
5 a 9 anos
0 a 4 anos
15 10 5 0 5 10 15
Tabela 30: Grupos etários e Razão de Dependência (RD) na AII (Uberlândia) - 2000 e 2010.
2000 2010
Uberlândia
0 a 14 15 a 64 15 a 64
65 + anos RD 0 a 14 anos 65 + anos RD
anos anos anos
Fonte: IBGE: Censos Demográficos, 2000 e 2010, PNUD, Ipea e Fundação João Pinheiro.
Tabela 31: Expectativa ou esperança de vida ao nascer na AII (Uberlândia) - 1991, 2000 e 2010.
1991 2000 2010
2000 2010
Uberlândia
17 14
228
A redução da taxa de natalidade invariavelmente está relacionada a alguns
fatores, especialmente em centros urbanos mais desenvolvidos tal como o município em
estudo, como por exemplo acesso aos métodos anticoncepcionais, elevado custo de
vida, elevado grau de escolaridade da população. Já taxas mais elevadas são associadas
a condições socioeconômicas precárias.
Os dois índices, o IDHM e o IDH Global (calculado pela Organização das Nações
Unidas), possuem o objetivo de comparar estágios do desenvolvimento humano em
contraponto a outro indicador comumente utilizado que considera apenas os aspectos
econômicos do desenvolvimento que é Produto Interno Bruto (PIB) per capita. A principal
diferença entre esses indicadores é a unidade geográfica apreendida para comparação;
no primeiro caso são comparados contextos municipais e no segundo, entre países. As
dimensões consideradas para o cálculo final são as mesmas, ou seja, longevidade,
educação e renda.
0,000 - 0,499 0,500 - 0,599 0,600 - 0,699 0,700 - 0,799 0,800 - 1,000
Figura 46: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na AII (Uberlândia), Estado de
Minas Gerais e Brasil – 1991, 2000 e 2010.
1
0,9 0,789
0,8 0,702
0,7 0,577 0,731
0,6 0,624 0,727
0,5 0,612 IDHM Uberlândia
0,478
0,4 0,493 IDH Minas Gerais
0,3 IDH Brasil
0,2
0,1
0
1991 2000 2010
0,800 - 1,000 0,700 - 0,799 0,600 - 0,699 0,500 - 0,599 0,000 - 0,499
Isso mostra uma taxa de crescimento de 37% para o município, 53% para o estado
de MG e de 47% para o país, e uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento
humano de 50%, 52% e 54%, respectivamente, no intervalo considerado.
Em 2010 a dimensão que mais contribuiu para o IDHM do município foi Longevidade
com índice de 0,885. Já, Renda e Educação obtiveram 0,776 e 0,716, respectivamente, tal
como disposto na Tabela 34.
230
Tabela 34: Componentes do Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) da na AII (Uberlândia) –
1991, 2000 e 2010.
IDHM e componentes 1991 2000 2010
Nota-se no quadro acima que cada dimensão é composta por alguns indicadores
que resultarão primeiramente num valor correspondente ao índice por tema (IDHM
Longevidade, IDHM Educação e IDHM Renda) e, posteriormente, no indicador mais amplo
que é o IDHM do município.
Vale lembrar que o IDHM Educação é composto por indicadores que medem o
acesso ao conhecimento da população pelo o fluxo escolar, pela conclusão dos ciclos
escolares por crianças e jovens e pela escolaridade da população adulta. O IDHM
Educação de Uberlândia quando comparado aos outros municípios mineiros está em
sexto lugar e quando comparado aos municípios brasileiros localiza-se na posição 193.
O IDHM Renda considera a renda média per capita, ele mede a capacidade de
consumo e aquisição de bens e serviços pela população capazes de garantir as
necessidades básicas, tais como água, alimento e moradia. O crescimento da renda
média per capita em Uberlândia foi da ordem de 70,03% entre 1991 e 2010. Segundo o
Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, a taxa média de crescimento anual no
período foi de 2,83%. Em comparação com os índices obtidos pelos demais municípios
mineiros, Uberlândia destaca-se em terceiro lugar já no cenário nacional posiciona-se me
71º lugar.
Destaca-se que o PIB per capita a preços correntes no município, em 2012 - último
ano de referência com dados disponíveis - foi de R$ 34.575,29, ao passo que no estado foi
de R$ 20.324,58 e no Brasil de R$ 23.655,00.
Vale ressaltar que, segundo o IBGE, no ranking dos 100 maiores PIBs por município
no Brasil, Uberlândia ocupou, em 2011, 29ª posição.
Tabela 35: Evolução do PIB Municipal, PIB Per Capita e Participação no PIB Estadual, na AII
(Uberlândia) – 2012.
2008 2009 2010 2011 2012
PIB Per capita (R$ correntes) 22.899,50 25.368,00 30.463,70 30.585,15 34.575,29
233
É possível notar que no intervalo de cinco anos, compreendido pela tabela, o PIB
municipal teve um crescimento de 50%, passando de R$ 14.253.571.000,00 para R$
21.420.638.000,00.
Tabela 36: Valor Adicionado Bruto por Setor da Economia, na AII (Uberlândia) – 2012.
Observa-se que o setor de serviços responde por 70,61% da economia local, seguido
pela indústria (26,67%) e pela agropecuária (2,72%).
Tabela 37: Participação do Valor Adicionado Bruto por Setor da Economia, na AII (Uberlândia),
Minas Gerais e Brasil – 2012.
Agropecuária Indústria Serviços*
34.6.1. Educação
Ensino
50 62 1 70 183 61,7 38,3
Fundamental
235
Tabela 39: Escolaridade da população de 10 anos ou mais de idade, na AII (Uberlândia), Minas
Gerais e Brasil – 2010.
Pessoas de 10 anos
Minas
ou mais de idade Uberlândia Brasil
Gerais
(Pessoas/Uberlândia (%) (%)
(%)
)
Sem instrução e
211.400 40,35 52,7 50,24
fundamental incompleto
Fundamental completo e
103.309 19,72 17,07 17,4
médio incompleto
Percebe-se, nos dados expostos acima, que à exceção do grupo de pessoas “Sem
instrução e fundamental incompleto”, todos os níveis de escolaridade, no contexto de
Uberlândia, apresentam índices superiores aos registrados pelo estado mineiro e pelo país.
236
Figura 47: Taxa de analfabetismo na AII (Uberlândia), Minas Gerais e Brasil 2010.
237
Tabela 40: Condições Gerais de Segurança Pública na AII (Uberlândia) – 2010.
Instância/ Serviço Existência
Tabela 41: Domicílios particulares permanentes segundo a forma de abastecimento de água, AII
(Uberlândia), Minas Gerais e Brasil– 2010.
Forma de Abastecimento de água Uberlândia Minas Gerais Brasil
238
Rio, açude, lago ou igarapé (%) 0,04 0,77 1,3
Nota: Domicílio particular permanente é o domicílio que foi construído a fim de servir
exclusivamente para habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia
a uma ou mais pessoas.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.
Valores superiores aos registrados no estado de Minas Gerais e no Brasil.
Tabela 42: Domicílios particulares permanentes segundo o tipo de esgotamento sanitário, AII
(Uberlândia), Minas Gerais e Brasil – 2010.
Tipo de Esgotamento Sanitário Uberlândia Minas Gerais Brasil
Rede geral de esgoto ou pluvial
96,53 75,37 55,45
(%)
Fossa séptica (%) 1,65 3,24 11,61
Pode-se dizer que o serviço de energia elétrica é o serviço público que apresenta a
maior cobertura no município. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, 99,87% dos
domicílios particulares permanentes tinham energia elétrica fornecida pela distribuidora
CEMIG. Observa-se na Tabela 43 que o cenário de alto percentual de cobertura dos
domicílios é condizente também para o contexto estadual e nacional.
Tabela 43: Domicílios particulares permanentes segundo a existência de energia elétrica na AII
(Uberlândia), Minas Gerais e Brasil – 2010.
Uberlândia Minas Gerais Brasil
Nota: Domicílio particular permanente é o domicílio que foi construído a fim de servir
exclusivamente para habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia
a uma ou mais pessoas.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.
Valores superiores aos registrados no estado de Minas Gerais e no Brasil
240
O alto índice de cobertura de energia elétrica no país deve-se à expansão do
serviço em todo território nacional implementada especialmente pelo Programa Luz para
Todos, cujo objetivo principal consiste em acabar com a exclusão elétrica, cuja meta foi
de levar energia elétrica gratuitamente para 10 milhões de pessoas do meio rural, até 2010.
Essa meta foi ultrapassada e o saldo do programa para 2015 já é de 15,5 milhões de
moradores rurais beneficiários.
Tabela 44: Domicílios particulares permanentes segundo a coleta de resíduos na AII (Uberlândia),
Minas Gerais e Brasil – 2010.
Minas
Uberlândia Brasil
Gerais
241
Coletado em caçamba de serviço de
1,03 4,03 7,18
limpeza
Nota: Domicílio particular permanente é o domicílio que foi construído a fim de servir
exclusivamente para habitação e, na data de referência, tinha a finalidade de servir de moradia
a uma ou mais pessoas.
Fonte: IBGE - Censo Demográfico, 2010.
Valores superiores aos registrados no estado de Minas Gerais e no Brasil
242
34.11. Saúde Pública
Tabela 45: Tipo dos principais estabelecimentos de saúde na AII (Uberlândia) - Julho, 2015.
Tipo de Estabelecimento Qtde.
Policlínica 57
Posto de Saúde 6
Total 1.391*
* Nota: Além dos estabelecimentos listados, existem mais 33, cuja somatória individual é pouco
expressiva, totalizando 1.424: Central de regulação (2); Centro de atenção hemoterápica e/ou
hematológica (1) Centro de atenção psicossocial-CAPS (6); Cooperativa (4); Pronto-atendimento
(1); Secretaria de saúde (2); Serviço de atenção domiciliar isolado(home care) (2); Unidade de
vigilância em saúde (3); Unidade mista (8); Unidade móvel de nível pré-hosp-
urgência/emergência (1); Unidade móvel terrestre (3).
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES.
243
Tabela 46: Leitos de internação e leitos complementares “SUS” e “Não SUS” na AII (Uberlândia) -
Julho, 2015.
Leitos de internação 1.281
% SUS no total 66
% SUS no total 69
Fonte: Ministério da Saúde - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES.
244
população quanto à idade e sexo. Considera-se que taxas elevadas de mortalidade
refletem baixas condições socioeconômicas ou até mesmo alta proporção de população
idosa (DATASUS/RIPSA, 2009).
Ainda no que diz respeito à Taxa de Mortalidade Infantil, vale salientar que esse é
um dos indicadores considerados pela Organização das Nações Unidas no âmbito da
Declaração do Milênio - acordo firmado em 2000 entre 189 países para combate à
extrema pobreza e outros males das sociedades - que resultou em oito objetivos, são eles:
1) redução da pobreza; 2) atingir o ensino básico universal; 3) igualdade entre os sexos e
a autonomia das mulheres; 4) reduzir a mortalidade na infância; 5) melhorar a saúde
materna; 6) combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; 7) garantir a
sustentabilidade ambiental; 8) estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
A meta para o objetivo 4 “Reduzir a Mortalidade na Infância” é de reduzir em dois terços,
entre 1990 e 2015, a mortalidade entre crianças menores de 5 anos, inclusive a Taxa de
Mortalidade Infantil.
Tabela 47: Taxa Bruta de Mortalidade e Taxa de Mortalidade Infantil na AII (Uberlândia) – 2000 e
2010.
Taxa de Mortalidade Taxa de Mortalidade Infantil
Fontes: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM; PNUD, Ipea e Fundação
João Pinheiro.
Valores inferiores e mais favoráveis aos registrados pelo Estado de MG.
245
Observa-se na tabela acima que a Taxa de Mortalidade registrada para o contexto
de Uberlândia é inferior aos valores registrados para o contexto estadual, tanto em 2000
quanto em 2010 – o que indica um cenário mais favorável. Entretanto é possível observar
que a taxa de mortalidade aumentou nesse intervalo de dez anos, passando de 5,2 mortes
para 6,5 a cada mil habitantes. Contudo, tendo em vista os indicadores de qualidade de
vida do município acredita-se que o crescimento da Taxa de Mortalidade está mais
relacionado à questão do aumento da expectativa de vida e consequentemente a maior
concentração do número de óbitos no grupo das pessoas idosas do que às condições
socioeconômicas.
246
Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais
247
parasitárias. A Tabela 49 apresenta as morbidades hospitalares com maior incidência, por
capítulo da CID 10, que totaliza cerca de 85% do total.
Tabela 49: Número de internações por Capítulo CID-10 (por local de residência), na AII
(Uberlândia) – 2014.
Capítulo Nº %
248
Tabela 50: Doenças de notificação compulsória na AII (Uberlândia) – 2012, 2013 e 2014.
2011 2012 2013 2014
Notificações
Dengue 443
Casos Confirmados
Leishmaniose Visceral 2
Leishmaniose Tegumentar 15
Sífilis Congênita 10
Sífilis Gestante 32
Hanseníase 106
Tuberculose 179
Tabela 53: Cobertura dos programas da Atenção Básica e número de médicos, AII (Uberlândia),
2014.
Total
Foram levantadas 1.730 entidades sem fins lucrativos que atuam na AII, segundo
resultados da Pesquisa Fundações Privadas e Associações Sem Fins Lucrativos, realizada
pelo IBGE em 2010.
Vale destacar que a categoria Assistência Social é regulamentada por lei e constitui
em política pública praticada pelo Ministério de Desenvolvimento Social desenvolvida por
meio de gestão participativa e articulação de esforços e recursos dos três níveis de
governo, isto é, município, estados e União.
250
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) possui como objetivo garantir a
proteção social dos cidadãos. A PNAS possui dois tipos de ações. A primeira é a Proteção
Social Básica destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio de programas,
projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social.
A segunda é a Proteção Social Especial focada em famílias e indivíduos que já se
encontram em situações de riscos, cujos direitos já foram violados por acontecimento de
abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros (Ministério do
Desenvolvimento Social/MDS).
251
Tabela 54: Entidades sem fins lucrativos por grupo de classificação, na AII (Uberlândia), 2010.
Classificação Nº
Religião 326
Cultura e recreação 80
Saúde 21
Habitação 2
Total 1730
Quadro 18: Entidades de Assistência Social por tipo de atividade, na AII (Uberlândia), 2014.
Tipo de Atividade Nº
252
34.13. Inserção da AID/ADA no Macrozoneamento Municipal
Foi utilizado como base metodológica o pressuposto teórico proposto por TUAN
(1983). Questionários foram utilizados como instrumento para se obter dos entrevistados
suas características e relatos de suas experiências. Depois de uma análise individual destes
relatos, procurou-se encontrar os pontos de convergência entre as diversas descrições
fornecidas a respeito dos assuntos pesquisados. Assim, o trabalho de percepção procurou
detectar o que é gerado, a partir da realidade obtida pelas visões dos indivíduos que
viveram períodos de sua história no local ou que se vincularam de formas diversas ao lugar.
A pesquisa abrangeu moradores de forma heterogênea quanto ao sexo e idade.
a. Socioeconômico
b. Apropriação da Paisagem
253
d. Conhecimento dos Problemas Socioambientais Locais
e. Comportamento Ambiental
254
Em relação à renda, verificou-se que individualmente a média foi inferior a R$
2.200,00 mensais. Somente um entrevistado (aposentado) declarou ter renda superior a R$
10.000,00, e outro entrevista relatou receber salário mínimo (doméstica).
b. Apropriação da paisagem
Tem conhecimento de algum problema que atinja grande parte dos moradores da
comunidade e que deve ser melhor esclarecido?
255
A manutenção das vias e a ausência de equipamentos de segurança foram
questões apontadas por todos os entrevistados. Observou-se ainda duas respostas
relacionadas a geração de poeira nas vias não pavimentadas.
Dos seis entrevistados, apenas um declarou fazer uso de recurso natural, no caso, o
solo para plantio de horta.
Qual lugar na região te chama mais atenção, ou por você gostar ou por apresentar
algum tipo de problema?
256
Quais as mudanças positivas e/ou negativas perceberam no meio ambiente?
Conforme já relatado, a segurança foi resposta unânime para esta pergunta. Soma-
se a falta de pavimentação das vias e o escasso atendimento pela rede de transporte
público.
257
e. Comportamento Ambiental
258
Você identifica alguma forma da BRF contribuir para a comunidade?
Dois entrevistados declaram que a BRF poderia dar mais empregos para as pessoas
que moram próximas. Os outros não quiseram opinar ou não sabiam responder.
Dois entrevistados disseram que algumas vezes o vento traz mau cheiro, sendo que
um deles declarou não ter realmente certeza se o odor era proveniente da granja.
259
Dos aspectos negativos, estes pouco se relacionaram com as atividades
desenvolvidas na granja, tendo maior vínculo com problemas tipicamente urbanos
como falta de equipamentos de segurança e ausência de pavimentação nas vias.
Apenas dois entrevistados relataram haver, em alguns dias do ano, mau cheiro
trazido pelo vento;
A exposição ao ruído é uma das principais causas das perdas auditivas relacionadas
ao trabalho, pois o ruído é um agente físico emitido em boa parte dos processos industriais,
260
máquinas, ferramentas e motores. Essa exposição pode ser constante ou intermitente. O
tempo de exposição, a intensidade do ruído e a susceptibilidade do indivíduo têm relação
direta com os danos à saúde. Seus efeitos nocivos não se restringem à audição, podendo
acarretar distúrbios emocionais, cardiovasculares, fadiga e estresse.
O uso de tratores, quando necessário, gera valores médios de ruído de 66.4 decibéis.
Este ruído é reduzido a 35 decibéis a partir de uma distância de 25 metros da máquina,
portanto considerando-se o meio biótico, tais ruídos são cíclicos e temporários. Durante o
transporte de produtos e pessoas há um fluxo de veículos nas vias vicinais que dão acesso
à propriedade.
261
Os resíduos classe I – perigosos são aqueles cujas propriedades químicas, físicas ou
infectocontagiosas podem acarretar riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente
quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Para que um resíduo seja
apontado como classe I, ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR 10.004/04 ou
apresentar uma ou mais das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e patogenicidade. Alguns exemplos são: óleo lubrificante usado
ou contaminado; equipamentos descartados contaminados com óleo.
Classe II B – inertes: são quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma
representativa, segundo a ABNT 10.007, e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme
ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum dos seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da NBR 10.004, como por
exemplo, plástico, vidro e outros resíduos recicláveis.
262
35.3. Efluentes Líquidos (identificação, quantificação, características físico-químicas)
No caso de efluentes líquidos podem-se citar os sanitários que são gerados a partir
da utilização das instalações sanitárias presentes no empreendimento e os gerados a partir
dos dejetos dos animais.
Com relação aos efluentes gerados a partir dos dejetos, estes representam um dos
principais fatores que deve ser tratado, de modo a se encontrar alternativas menos
traumáticas possíveis, que possibilite a continuidade do crescimento dessa atividade
produtiva. Existem à disposição para adoção, diversas tecnologias de manejo dos dejetos
oriundos da suinocultura, mas somente eficientes se monitoradas durante todas as fases
do processo que estruturam o mesmo, reduzindo desta forma a níveis bastante baixos os
riscos de contaminação ambiental dos recursos naturais, e mais especificamente a água.
Em termos comparativos o poder poluente dos dejetos gerados na suinocultura, é muito
superior aos dejetos de outras espécies, estimando-se que seja equivalente a 3,5 pessoas
263
São constituídos por excrementos (fezes e urina), água, resíduos de ração, pelos,
poeiras e outros materiais oriundos do processo de criação (KONZEN, 1983), apresentando
uma composição variável de nutrientes, principalmente nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio, sódio, magnésio, manganês, ferro, zinco, cobre e alguns outros elementos químicos
incluídos na dieta nutricional deste animal. Na Tabela 55 encontram-se dados referentes à
composição química média presente nos dejetos gerados na suinocultura.
UPL 02 - 3100
Biodigestores Lagoas.
1 – 40.00x11.00 4 – 131.00x53.00
2 – 40.00x11.00
3 – 40.00x11.00
264
MULTIPLICADORA 02 - 1100
Biodigestores Lagoas.
1 – 27.00x12.00 3 – 108.00x44.00
2 – 27.00x12.00 4 – 109.00x43.00
1 – 37.00x12.00 3 – 94.00x47.00
2 – 37.00x12.00 4 – 128.00x47.00
EFLUENTES LÍQUIDOS
I - SUINOCULTURA
265
melhor conversão alimentar, o que reduziu a excreção de nitrogênio, fósforo, potássio e
outros nutrientes nos dejetos.
II – PRODUÇÃO DE DEJETOS
As lagoas de retenção impermeabilizadas com manta de PEAD 0,8 mm, com tempo
de retenção de 120 dias, garantem a estabilização do nitrogênio, através da sua
transformação da forma amoniacal para nítrica, produzindo um fertilizante líquido que é
utilizado nas pastagens, em substituição a adubação mineral.
267
Como as rações são produzidas pela BRF em fábrica com controle de qualidade
podemos garantir que os animais estão recebendo alimentos de acordo com sua
necessidade, minimizando a perda de nutrientes além do normalmente aceito.
Quadro 20: Oferta de nitrogênio, fósforo e potássio calculada a partir da excreção do equivalente
em N, P2O5 e K2O por unidade animal alojado nos diferentes sistemas de produção.
Sistema de produção Unidade animal Excreção anual por animal alojado
N P2O5 K2O
--------------- kg ano-1 ---------------
Unidade de
Suíno alojado 8,00 4,30 4,00
Terminação1
UPL 25 kg2 Fêmea alojada 25,70 18,00 19,40
por ano e 12 suínos terminados por fêmea alojada por ano. Calculado a partir dos dados de UPL 25
kg e terminação. Fonte: CORPEN (2003); Dourmade et al. (2007).
Em função de não haver dados atualizados disponíveis referente à excreção de N, P 2O5 e K2O por
unidade animal alojada nos rebanhos para UPL e creche no Estado de Santa Catarina, utilizou-se
como referência CORPEN (2003) e Dourmade et al. (2007), devido à similaridade do sistema de
produção e número de animais entre os rebanhos da França e Santa Catarina.
a) Perdas de nutriente
268
Quadro 21: Perdas ou remoção de nutrientes em diferentes sistemas de tratamento ou
armazenamento dos dejetos.
Sistema de tratamento e
Nutriente
armazenamento
N P2O5 K2O
--------------- % --------------
Esterqueiraa 40 - 50 0 0
Biodigestor e lagoa anaeróbiab 50 - 60 0 0
Compostagemc 60 - 70 0 0
Separação de fases (decanter) –
remoção da fase líquida (dejeto 10 -15 50 - 55 15-25
fresco)d
Separação de fases (decanter) –
remoção da fase líquida (dejeto 10 -15 45 -50 15-25
velho)d
Já as fontes difusas são assim chamadas por não terem um ponto de lançamento
específico (sem delimitação geográfica) ou por não advirem de um ponto preciso de
geração de efluente atmosférico, tornando-se assim de difícil controle e identificação.
Partículas Inaláveis: podem ser definidas como aquelas cujo diâmetro é menor que
10 µm. As partículas inaláveis podem ainda ser classificadas como partículas
inaláveis finas - MP 2,5 (<2,5 µm) e partículas inaláveis grossas (2,5 a 10 µm). As
partículas finas, devido ao seu tamanho pequeno, podem atingir os alvéolos
pulmonares, enquanto as grossas ficam retidas na parte superior do sistema
respiratório.
270
Os hidrocarbonetos das emissões a diesel são, em média, muito mais pesados que
os das emissões à gasolina. O Quadro a seguir mostra as concentrações médias dos
compostos emitidos por motores a diesel e a gasolina do final da década de 80.
271
Instrução aos motoristas dos caminhões, carretas, máquinas a não excederem a
velocidade máxima de rotação do motor, determinada em função do tipo de
veículo e da carga transportada;
Trafegar em baixa velocidade nas áreas próximas às residências existentes nas vias
de acesso ao empreendimento.
272
Em relação ao resíduo doméstico produzido no empreendimento, a parte orgânica
é direcionada para as composteiras. O restante do resíduo (vidro, papel, plástico,
materiais metálicos) passa pelo processo de coleta seletiva e, posteriormente é
encaminhado para a central de campo, de onde os recicláveis são segregados e
comercializados. Os rejeitos são encaminhados ao aterro sanitário municipal;
Os resíduos sólidos da avicultura de corte são constituídos pela maravalha e cama
de frango. A cada 6 meses é feita a retirada parcial da cama de frango e vendida
para produtores rurais que utilizam como adubo orgânico, utilizado na produção
de mudas, culturas anuais e permanentes;
Os restos culturais, constituídos de folhas, galhos e raízes, são depositados e
incorporados ao solo de maneira que assim contribua para melhorar as
características físicas e químicas deste solo.
A seguir são apresentadas Fotos da composteira utilizada dentro do
empreendimento para correta destinação de alguns resíduos produzidos em sua área de
produção.
273
Foto 76: Composteira da suinocultura, vista interna.
274
Quadro 23: Descrição da segregação e destinação dos resíduos nas atividades.
Identificação
dos resíduos
sólidos Classificação Disposição do
Nome do (Identificar cada segundo a Quantidade Gerada resíduo na área Destinação final do
resíduo resíduo sólido ABNT NBR (kg/mês) do resíduo
conforme etapa 10.004 empreendimento
do processo
produtivo)
Aprox.533 suínos
Animais mortos (considerando
Valoriza Fertilizantes
na Suinocultura mortalidade de 2,5 a
3%/lote) Células de
Composto Classe I
Aprox. 111.000 aves Compostagem
Adubação
Animais mortos (considerando
Orgânica
na Avicultura mortalidade de
(Produtores rurais)
2,5%/lote)
Aproximadamente
Medicação dos 18,3 Kg/mês
suínos
Embalagens
INCA – Incineração
de Tambores
Classe I Aproximadamente e Controle
medicament identificados
Medicação das 72kg/mês 3.700.000 Ambiental
os
aves
aves
Resíduos de
banheiro serão
Lixo destinados ao
doméstico Tambores aterro municipal de
Residências Classe I Aprox. 360 Kg
identificados Uberlândia-MG, e
os restos de comida
serão
compostados.
Realizado a
separação dos
resíduos na
Embalagens propriedade e
Tambores
e materiais Residências Classe II Aprox. 120 Kg encaminhados
identificados
recicláveis para associações
de reciclagem no
município de
Uberlândia-MG.
275
O empreendedor tem uma preocupação constante em acompanhar as questões
que envolvem os resíduos sólidos, para garantir seu gerenciamento adequado. Nesse
sentido, a empresa constantemente promove treinamentos e capacitações para o
pessoal envolvido no gerenciamento de resíduos, bem como aos terceiros florestais, sendo
esta uma exigência ao se contratar a empresa prestadora de serviços.
A água utilizada neste processo é canalizada e destinada a uma fossa séptica. Além
de possuir uma caixa separadora de água e óleo, que é um equipamento fundamental
para a manutenção das boas práticas ambientais
276
maiores e também trabalha com conceito baseada na velocidade de flutuação dos
óleos.
Lavanderia de roupas
Existem lavanderias para os uniformes dos funcionários nas portarias dos núcleos de
suínos. Toda a água utilizada é canalizada e destinada a fossa séptica.
Efluentes sanitários
277
A disposição dos efluentes sanitários de todo o empreendimento deverá ser em
fossa séptica, que atenda aos padrões propostos nas NBR 7.229 e 13.696. As fossas sépticas
são unidades de tratamento primário de esgoto doméstico nas quais são feitas a
separação e a transformação físico-química da matéria sólida contida no esgoto. É uma
maneira simples e barata de disposição dos esgotos indicada, sobretudo, para a zona rural
ou residências isoladas.
O esgoto in natura deve ser lançado em um tanque ou em uma fossa para que
com o menor fluxo da água, a parte sólida possa se depositar, liberando a parte líquida.
Uma vez feito isso bactérias anaeróbias agem sobre a parte sólida do esgoto
decompondo-o. Esta decomposição é importante pois torna o esgoto residual com menor
quantidade de matéria orgânica, pois a fossa remove cerca de 40% da demanda
biológica de oxigênio e o mesmo agora pode ser lançado de volta à natureza, com menor
prejuízo à mesma. Numa fossa séptica somente ocorre a decomposição anaeróbia devido
à ausência quase total de oxigênio (Figura 49).
Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/como-funciona-a-fossa-septica/
2018.
278
higiene das populações rurais e de localidades não servidas por redes de coleta pública
de esgotos.
Esse tipo de fossa consiste em um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos
e água servida), retém a parte sólida e inicia o processo biológico de purificação da parte
líquida (efluente). Mas é preciso que esses efluentes sejam filtrados no solo para completar
o processo biológico de purificação e eliminar o risco de contaminação.
As fossas sépticas não devem ficar muito perto das moradias (para evitar mau
cheiros) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas). A distância recomendada
é de cerca de quatro metros. Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar
curvas nas canalizações. Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de
poços, cisternas ou de qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo trinta
metros de distância), para evitar contaminações, no caso de eventual vazamento (Figura
50).
Figura 50: Distâncias que a fossa séptica deve possuir para ficar dentro dos padrões exigidos.
Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/como-funciona-a-fossa-septica/
2018.
279
Normas Técnicas (ABNT), através das normas NBR 7229 e 13969, estabelece todos os
parâmetros que devem ser obedecidos para a construção de fossas sépticas. Na Foto a
seguir pode ser visualizada uma fossa séptica do empreendimento.
Dejetos da suinocultura
Sistema de Tratamento Proposto
280
Figura 51: Oferta de nutrientes e demaida de nutrientes.
Como no caso proposto a ON < DN, a Aplicação de DLS (Dejeto Líquido Suíno) na
fertilização das áreas agrícolas da propriedade é a melhor opção em substituição a
fertilização mineral (Foto 80). O Projeto de Fertirrigação está apresentado no Anexo 23.
281
Manejo de Dejetos
Todos os dejetos produzidos pelos animais nas instalações são conduzidos por
canaletas impermeáveis até a caixa de inspeção, e posteriormente por canos de esgoto
(PVC) até os biodigestores + lagoa de estabilização. Estes dejetos são conduzidos por
gravidade e pressão da água, proveniente do sistema de gotejamento, limpeza, lavagem,
lâmina de água e desperdício nos bebedouros.
Para que o grande potencial fertilizante presente nos dejetos produzidos não se
tornem efetivamente um problema ambiental, deve-se utilizá-lo em conformidade com as
recomendações técnicas e de acordo com a necessidade das culturas, substituindo total
ou parcialmente à fertilização mineral, reduzindo desta forma a pressão sobre os recursos
naturais, principalmente petróleo, rochas fosfatadas e rochas potássicas.
282
apresentem diferenças entre si de acordo com o tipo de solo, clima e plantas cultivadas
na região, seguem os mesmos princípios agronômicos.
Exportação de nutrientes
283
Plantas que se
explora caule kg/ton de madeira (Pereira et al, 1984) kg/100 m3ton de madeira
(madeira)
Eucalipto 2,3 0,11 0,8 0,5 0,2 - 370 230 110 5100 1100
Observações: Todos os valores se referem à concentração no material a ser exportado (matéria
seca da parte aérea para forrageiras e cana de açúcar e grãos para os demais). Os teores se
referem a valores médios, a real concentração é altamente variável a depender das condições
ambientais e principalmente da concentração do nutriente no solo. O teor de N nas plantas
forrageiras, por exemplo, pode variar de 14 a 40 kg/ton MS a depender da disponibilidade de N no
solo e das condições de crescimento. Literaturas que apresentaram faixas, calculou-se o valor
médio.
284
Para os efluentes atmosféricos oriundos de fontes difusas (poeira fugitiva e fumaça
preta dos veículos a diesel) são ou podem ser adotadas as seguintes medidas mitigadoras
para minimizar os impactos sobre os colaboradores da área:
As principais atividades geradoras de poeira fugitiva no empreendimento são o
transporte e eventuais manutenções de estradas. Nestes casos todos os funcionários
trabalham dentro das máquinas, que são completamente fechadas, ou seja, os
operadores ficam dentro de cabines protegidos das partículas que são emitidas por
estas atividades;
Os veículos e máquinas a diesel passam por revisão periódica para manutenção,
com o intuito de mantê-los dentro dos padrões legais de emissão atmosférica;
Os motoristas são capacitados e orientados quanto às corretas práticas de direção,
redução da velocidade nos pontos de maior suspensão de poeira e manutenção
dos veículos.
285
seu transporte poderiam causar danos ambientais. Os fertilizantes utilizados compostos por
nitrogênio, fósforo e potássio são substâncias químicas de baixa toxicidade, se
recomendados e utilizados conforme as necessidades da cultura, baseado em análises
físico-químicas dos solos. Geralmente, não acarretam problemas de poluição do solo, mas
se incorretamente aplicados, podem ser carreados para cursos d'água por meio de
enxurradas. Os defensivos químicos utilizados são herbicidas para controle de ervas
daninhas e iscas para controle de formigas. De acordo com a classificação do IBAMA
sobre potencial de periculosidade ambiental de agrotóxicos, os produtos utilizados são das
classes II, III e IV.
Outro risco ambiental grave da suinocultura é a emissão de gases voláteis pela urina
e pelas fezes de suínos. O carbamato de amônia é um composto presente nos dejetos
suínos, de odor desagradável e com a capacidade de se dissociar nos gases de amônia
e dióxido de carbono. A amônia é um gás que provoca efeitos adversos ao ser humano,
como irritação ocular, nasal e na pele, além de gerar distúrbios na condução neural do
cérebro. A amônia ainda pode provocar a chuva ácida, que tem implicações tóxicas
sobre o solo e a água. O dióxido de carbono é um dos gases que causam o efeito estufa,
286
agravando o aquecimento global. Outro gás que pode causar riscos ao meio ambiente é
o metano, que é um produto da decomposição anaeróbica de material orgânico. Trata-
se de um gás 21 vezes mais impactante ao efeito estufa que o gás carbônico.
a) MEIO
287
Biótico
Físico
Socioeconômico
c) SEQUÊNCIA OU AÇÃO
d) REVERSIBILIDADE
e) DURAÇÃO
f) TEMPORALIDADE
288
g) ABRANGÊNCIA ESPACIAL
Local: impacto cujos efeitos se fazem sentir apenas nas imediações ou no próprio
sítio onde se dá a ação – ADA
Regional: impacto cujos efeitos se fazem sentir além das imediações do sítio onde
se dá a ação – AII
Estratégico: impacto cujos efeitos têm interesse coletivo ou se fazem sentir em nível
nacional
h) PROBABILIDADE
Grande
Média
Pequena
289
l) SIGNIFICÂNCIA: classificada em três graus de acordo com a combinação dos
níveis de magnitude e importância.
Muito significativo
Significativo
Pouco significativo
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Adverso
Ação: Direto
Duração: Temporário
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Baixa
Magnitude: Média
290
Importância: Média
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Adverso
Ação: Direto
Duração: Temporário
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Baixa
Magnitude: Média
Importância: Média
291
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Adverso
Ação: Direto
Duração: Cíclico
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Média
Magnitude: Pequena
Importância: Pequena
292
Além disso, existe a possibilidade de contaminação do ar pela decomposição dos
dejetos dos animais, que liberam gases prejudiciais a atmosfera, caso não seja tratado de
forma correta.
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Adverso
Ação: Direto
Duração: Cíclico
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Média
Magnitude: Pequena
Importância: Pequena
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Adverso
Ação: Direto
293
Abrangência: Local (AID E ADA)
Duração: Permanente
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Média
Magnitude: Média
Importância: Média
Significância: Significativo
Avaliação do Impacto
Meio: Físico
Natureza: Benéfico
Ação: Direto
Duração: Permanente
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Média
Magnitude: Média
Importância: Grande
294
38.3. Meio Socioeconômico
Avaliação do Impacto
Meio: Socioeconômico
Natureza: Benéfico
Ação: Direto
Duração: Permanente
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Alta
Magnitude: Média
Importância: Média
295
Avaliação do Impacto
Meio: Socioeconômico
Natureza: Benéfico
Ação: Direto
Duração: Permanente
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Alta
Magnitude: Média
Importância: Média
Avaliação do Impacto
Meio: Socioeconômico
Natureza: Benéfico
Ação: Direto
Duração: Permanente
Reversibilidade: Reversível
Probabilidade: Alta
296
Magnitude: Alta
Importância: Alta
Quadro 24: Natureza, importância e significância dos impactos ambientais observados na Granja
C.
SIGNIFICÂNCIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
MEIO FÍSICO
Nº IMPACTO AMBIENTAL NATUREZA IMPORTÂNCIA SIGNIFICÂNCIA
01 Contaminação do solo Adverso Média Pouco Significativo
02 Derramamento de óleo e Adverso Média Pouco Significativo
combustíveis do maquinário
03 Contaminação em virtude da Adverso Pequena Pouco Significativo
geração de esgoto sanitário
04 Emissões atmosféricas provenientes Adverso Pequena Pouco Significativo
dos equipamentos utilizados
(tratores, caminhões, etc).
MEIO BIÓTICO
Nº IMPACTO AMBIENTAL NATUREZA IMPORTÂNCIA SIGNIFICÂNCIA
05 Intervenção em APP Adverso Média Significativo
297
06 Reflorestamento de APP`s Benéfica Grande Muito Significativo
MEIO SOCIOECONÔMICO
Nº IMPACTO AMBIENTAL NATUREZA IMPORTÂNCIA SIGNIFICÂNCIA
07 Geração de emprego Benéfico Média Muito Significativo
08 Arrecadação de impostos Benéfico Média Muito Significativo
09 Benefícios sociais Benéfico Alta Muito Significativo
298
Quadro 25: Avaliação dos impactos ambientais por etapa na Granja C.
MEDIDA MITIGADORA E/OU COMPENSATÓRIA
IMPACTO
Adubação do solo Contaminação do solo Os efluentes são tratados em lagoas de estabilização
Tratamento de dejetos de e depois utilizados na fertirrigação;
suínos As composteiras, que podem gerar chorume,
Compostagem de animais possuem canaletas de contenção que direcionam
mortos para as lagoas de tratamento de dejetos;
Periodicamente é realizada a rota ambiental na
propriedade para verificar se está havendo algum
impacto ambiental;
Os veículos são lavados em área impermeável com
grelha que direciona para uma caixa separadora de
água e óleo;
O auto monitoramento (análises de solo e dejetos)
são realizados semestralmente para verificar se está
havendo contaminação do solo.
Abastecimento de Derramamento de óleo e Para evitar que haja o risco de derramamento de óleo e/ou
maquinários combustíveis do maquinário combustíveis, causando impactos ao meio ambiente,
realiza-se a troca de óleo dos maquinários em oficinas
terceirizadas fora da granja.
Casas dos residentes e Contaminação em virtude da O esgoto sanitário é tratado em fossas sépticas
portarias da granja geração de esgoto sanitário
Tráfego de caminhões Emissões atmosféricas provenientes É feita a manutenção periódica dos equipamentos para
Tratores dos equipamentos utilizados (tratores, evitar a emissão atmosférica fora dos parâmetros legais
caminhões, etc).
299
39. PASSIVOS AMBIENTAIS
300
40.1.2. Derramamento de óleo e combustíveis do maquinário.
A BRF atua sempre pautada por sua política ambiental que estabelece
diretrizes para o aprimoramento de seus processos, produtos e serviços, visando
à melhoria contínua da qualidade ambiental e minimização dos impactos
ambientais associados. Tal política tem com princípio adotar um modelo de
301
gestão com base num conjunto de diretrizes, práticas e ações que visem
resultados simultâneos nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. A
companhia entende que contribuir para o desenvolvimento da sociedade,
significa garantir a sustentabilidade de seu negócio.
302
disseminação de boas práticas para a preservação ambiental através da
educação e do comprometimento de seus funcionários, terceiros e dos
envolvidos na cadeia produtiva.
A partir da Política Ambiental do empreendimento é possível constatar a
importância dada para a manutenção de um meio ambiente saudável. Desse
modo é primordial o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental, que
informem e sensibilizem funcionários e comunidade a agir de acordo com essa
política. Assim sendo, serão apresentadas algumas ações que já foram
desenvolvidas pela BRF.
303
o Responsabilidade Ambiental: disseminar boas práticas e atuar de forma
transparente junto aos diversos públicos de relacionamento;
o Mudanças climáticas: atuar de forma pública na mitigação e
compensação das emissões de gases de efeito estufa em sua cadeia
produtiva;
o Riscos ambientais: promover a melhoria contínua dos processos
operacionais;
o Coleta seletiva: Separação e destinação correta para reciclagem dos
resíduos e tratamento especial para resíduos perigosos, a fim de evitar
contaminação do ambiente e das pessoas;
o Recursos naturais: Conscientização do consumo dos recursos naturais,
evitando desperdício e dano ao meio ambiente;
o Tratamento de água e efluentes: Conscientização para redução de
efluentes, para redução da carga orgânica e apresentação do processo
de tratamento (Foto 81).
Foto 81: Integração dos novos funcionários do empreendimento.
Plano Socioeconômico
A companhia atua de forma sistemática na comunidade das áreas de
influência direta e indireta, com projetos e ações que visam a melhoria da
qualidade de vida dos colaboradores e da comunidade. As ações da BRF S.A
englobam desde visitas técnicas às instalações da empresa, geralmente
realizadas por escolas estaduais e municipais, projetos de voluntariado
304
juntamente com os colaboradores, projetos que envolvem qualidade de vida e
atividades físicas em parceria com ONGs e com a comunidade como um todo.
Expandindo o raio
No mês de fevereiro/16, a BRF de Uberlândia em parceria com o Instituto
Voluntários da Polícia Militar, que tem como principal objetivo oferecer aos
jovens da comunidade o incentivo ao esporte, realizou a reabertura do Instituto
Voluntários na quadra do bairro Jardim Brasília e contaram com o apoio da BRF
com chuteiras, coletes, cones, bolas, etc. (Foto 82).
Doação de sangue
No mês de abril/16, aproximadamente 20 voluntários BRF foram ao
Hemocentro de Uberlândia para doar sangue, se tornando multiplicadores
dessa ação tão importante para a vida das pessoas (Foto 83).
305
Foto 83: Projeto Doação de Sangue.
Promovendo Saúde
A BRF aposta na transformação para melhorar a vida das pessoas, de
seus funcionários e da comunidade. Baseados nessa premissa, foi realizado nos
dias 20 e 21/05 na escola estadual Antônio Thomaz Ferreira Rezende, duas
ações dos voluntários BRF. No dia 20 foi plantada uma horta na escola para
promoção da conscientização quanto a importância da alimentação
equilibrada e saudável para os alunos.
306
Foto 84: Projeto Promovendo a Saúde
Fortalecendo Vínculos
Visita ao abrigo São Vicente de Paula, onde foi celebrado o aniversário
da BRF com um momento de prosa com os idosos, a fim de resgatar as receitas
e trabalhar com o tema “amor aos alimentos”, através de degustação, bem
como favorecer a integração social e elevar a autoestima dos idosos internos.
Fazendinha Camaru
No Camaru 2016, a BRF apoia o projeto Fazenda Escola, onde foram
realizadas apresentações de mini animais, horta em mandala, estandes
expositivos das cadeias produtivas de alimentos presentes no dia-a-dia e
apresentação teatral. A BRF teve contato com aproximadamente 10 mil alunos
de escolas estaduais e municipais. Os alunos conheceram o processo de
transformação do alimento e educação ambiental.
Projeto Escreva
Em novembro, houve o lançamento do livro “ As memórias de ontem são
os poemas de hoje” em parceria com as escolas Antônio Thomaz de Rezende
307
e Afrânio Rodrigues da Cunha. Os contos foram produzidos pelos próprios alunos
das escolas com o apoio e patrocínio do Comitê de Investimento Social da BRF.
308
realizada pela Engenheira Agrônoma Stella Arruda Lellis. Houve participação
dos integrados com perguntas e troca de experiências (Foto 85).
309
Na prática de campo realizou-se uma visita a composteira, onde o
técnico que atende a propriedade, Sandro Gabriel, explicou sobre a estrutura
e manejo adequado (Foto 87).
310
Foto 88: Demonstração do sistema de fertirrigação.
Foi realizado o sorteio de brindes (kits Sadia) para os integrados (Foto 89).
311
No final do evento os participantes foram convidados para um lanche
(Foto 90).
Programação do evento;
Folder explicativo de licenciamento;
Bloco de anotações;
Caneta;
Boné personalizado (Foto 91).
Foto 91: Materiais distribuídos na realização do evento.
312
Foto 92: Banners informativos utilizados durante o evento.
313
SSMA
Não se aplica.
Não é possível obter nenhum dado ou até mesmo gerar algum relatório
na ferramenta ZEE. A plataforma não responde aos comandos solicitados, libera
dados divergentes e ainda não classifica a área a qual solicita a análise de
acordo com a camada escolhida.
Caracterização da Fauna
Mirmecofauna
BOLTON, B. 1994. Identification Guide to the Ant Genera of the World. Harvard
University Press. Cambridge.
CHAO, A.; CHAZDON, R. L.; COLWELL, R. K.; SHEN, T. J. 2005. A new statistical
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315
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Ambio 22:64-68.
HÖOLLDOBLER, B.; WILSON, E. O. 1990. The Ants. The Belknap Press of Harvard
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45. ANEXOS
335
ANEXO 1: ANOTAÇÕES DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA -ART
336
ANEXO 2: CADASTRO AMBIENTAL RURAL - CAR
337
ANEXO 3: MATRÍCULAS DA PROPRIEDADE
338
ANEXO 4: PLANTA DE LOCALIZAÇÃO
339
ANEXO 5: COMPROVANTE RESERVA LEGAL
340
ANEXO 6: MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
341
ANEXO 7: PROCEDIMENTO OPERACIONAL AVICULTURA
342
ANEXO 8: PROCEDIMENTO OPERACIONAL SUINOCULTURA
343
ANEXO 9: MAPA DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA MEIO FÍSICO, BIÓTICO E
SOCIOECONÔMICO
344
ANEXO 10: MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO MEIO FÍSICO E BIÓTICO
345
ANEXO 11: MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO MEIO FÍSICO E BIÓTICO
346
ANEXO 12: MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA DO MEIO SOCIOECONÔMICO
347
ANEXO 13: MAPA DA ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA DO MEIO
SOCIOECONÔMICO
348
ANEXO 14: AUTORIZAÇÃO DE CAPTURA, COLETA E TRANSPORTE DE
MIRMECOFAUNA, HERPETOFAUNA, MASTOFAUNA, ICTIOFAUNA E PESCA
CIENTÍFICA
349
ANEXO 15: MAPA DE GEOLOGIA
350
ANEXO 16: MAPA DE GEOMORFOLOGIA
351
ANEXO 17: ANÁLISES DAS AMOSTRAS DE SOLO
352
ANEXO 18: MAPA DE SOLOS
353
ANEXO 19: MAPA HIDROGRÁFICO
354
ANEXO 20: ANÁLISE DAS AMOSTRAS DE ÁGUA
355
ANEXO 21: PEDIDO DE DISPENSA DE MANIFESTAÇÃO DE ÓRGÃO INTERVENIENTE
PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E CULTURAL GRANJA C
356
ANEXO 22: LICENÇAS DAS EMPRESAS TRANSPORTADORAS E DESTINADORAS DE
RESÍDUOS SÓLIDOS
357
ANEXO 23: PROJETO DE FERTIRRIGAÇÃO
358
ANEXO 24: ANÁLISE DOS DEJETOS
359
ANEXO 25: PLANO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
360
ANEXO 26: PROJETO TÉCNICO DE RECONSTITUIÇÃO DE FLORA – PTRF
361
ANEXO 27: AUTORIZAÇÃO PARA INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO
PERMANENTE
362
ANEXO 28: CRONOGRAMA SSMA
363
ANEXO 29: PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PEA
364