Herculano Pires Diante Da Revista Espírita-eBook
Herculano Pires Diante Da Revista Espírita-eBook
Herculano Pires Diante Da Revista Espírita-eBook
Paulo Neto
Copyright 2024 by
Paulo da Silva Neto Sobrinho (Paulo Neto)
Belo Horizonte, MG.
Capa:
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Revisão:
Hugo Alvarenga Novaes
Paulo Cesar Pfaltzgraff Ferreira
Diagramação:
Paulo Neto
site: https://paulosnetos.net
e-mail: paulosnetos@gmail.com
2
Índice
Prefácio............................................................................. 4
Introdução......................................................................... 9
As menções mais importantes à Revista Espírita............12
Herculano Pires diante da Revista Espírita......................36
Conclusão........................................................................51
Referências bibliográficas...............................................53
Dados biográficos do autor.............................................56
3
Prefácio
4
Miguel conheceu o Espiritismo através de
Herculano Pires, que costumava fazer reuniões
espíritas na garagem de sua residência na Rua Dr.
Bacelar, bairro de Vila Clementino em São Paulo,
meu avô assistiu e gravou várias de suas palestras
em fita cassete. Essas fitas ainda as tenho, há mais
de 20 anos, emprestei-as ao Sr. Molina, e a
FUNDAÇÃO HERCULANO PIRES, fez cópias das
mesmas, tenho a impressão, não uma certeza, de
que o trecho desta pesquisa que cita comentários da
Palestra do Professor Herculano Pires, tenha sido
fruto desta permuta de acervo e da transcrição de
uma dessas palestras.
5
índice remissivo da Revista, que em absoluto não foi
um trabalho encomendado, surgiu de fato, de uma
necessidade pessoal de suas pesquisas, ao atingir o
último artigo de dezembro de 1868, Allan Kardec
escreveu o seguinte:
6
virtude, de a grande maioria dos Centros Espíritas,
não manterem cursos de estudo da Revista Espírita,
e de muito pouco a mencionarem.
7
É Indispensável o estudo da Revista Espírita e
do pensamento do Codificador contido nela, por isso
Paulo Neto, te agradeço, por lembrar-nos e deixar
“acesa a chama” do Estudo da Revista Espírita, no
resumo que nos trouxe das palavras de Allan
Kardec e do Professor Herculano Pires, vida-longa
a ti e as vossas excelentes pesquisas, abraços.
Diretor Administrativo
www.ccdpe.org.br
17/03/2024
8
Introdução
Ao nos referimos à
Revista Espírita (1)
vimos, por inúmeras
vezes, confrades, alguns
até com um certo olhar
de desdém, se
manifestarem contra a
sua utilização como
fonte de referência. A maioria deles serve-se do
“fatal argumento” de que Allan Kardec (1804-1869)
disse ser ela apenas “um terreno de ensaio”, daí
entendem que nada dela pode ou deve ser levado à
conta de ensinamento espírita.
9
por exemplo, citam dois artigos da Revista Espírita
1859: a) “Quadro da vida espírita”, publicado no mês
de abril (2) e b) “Mobiliário de além-túmulo”, no mês
de agosto (3), como apoio aos argumentos favoráveis
a certos temas que desenvolvem, porém, jamais se
dão conta de que o teor desses artigos não será
encontrado em nenhuma outra obra da Codificação
senão na própria Revista Espírita, justamente a obra
que, para eles, “não tem nenhum valor doutrinário”.
10
_____
(3) “O Livro dos Espíritos”, “O Livro dos Médiuns”, “O
Céu e o Inferno”, “O Evangelho segundo o
Espiritismo”, “A Gênese” e, sobretudo, as revistas
que versam estudos altamente interessantes
sobre os mais variados temas. (4)
11
As menções mais importantes à
Revista Espírita
12
esse perigo, que deixa de sê-lo para quem escrute,
ao mesmo tempo, a forma e o fundo da linguagem
dos seres invisíveis com os quais se comunicam.
Não podemos repetir aqui o que dissemos a
esse respeito: leia-se, atentamente, nessa
Revista, em O Livro dos Espíritos e em nossa
Instrução Prática, ver-se-á que nada é mais fácil
que premunir-se contra semelhantes fraudes, por
pouco que nisso se coloque de boa vontade. […].
(5) (Nas transcrições e no texto normal todos os
grifos em negrito são nossos. Quando ocorrer de
não ser, avisaremos.)
13
Aí está o que chamamos uma polêmica útil, e o
será sempre quando ocorrer entre duas pessoas
sérias, que se respeitarem bastante para não se
afastarem das conveniências. Pode-se pensar
diferentemente, e, com isso, não se estimar
menos. Que procuramos nós todos, em definitivo,
nessa questão tão palpitante e tão fecunda do
Espiritismo? Esclarecer-nos; nós, primeiramente,
procuramos a luz, de qualquer parte que ela venha,
e, se emitimos a nossa maneira de ver, isso não é
senão uma opinião individual que não pretendemos
impor a ninguém; nós a entregamos à discussão, e
estamos prontos para renunciá-la, se nos for
demonstrado que estamos em erro. Essa
polêmica, nós a fazemos todos os dias em
nossa Revista, pelas respostas ou refutações
coletivas que tivemos ocasião de fazer a propósito
de tal ou tal artigo, e aqueles que nos dão a honra
de nos escreverem, ali encontram sempre a
resposta ao que nos perguntam, quando não nos é
possível dá-la individualmente por escrito, o que o
tempo material nem sempre nos permite. Suas
perguntas e suas objeções são igualmente
assuntos de estudos, que aproveitamos para
nós mesmos, e os quais ficamos felizes em
fazer nossos leitores aproveitarem, tratando-os
à medida que as circunstâncias trazem os fatos
que possam ter relação com eles. Igualmente nos
alegramos em dar verbalmente explicações que
podem nos ser pedidas pelas pessoas que nos
honram com a sua visita, e nessas conferências,
marcadas por uma benevolência recíproca, nos
esclarecemos mutuamente. (7)
14
4º) Revista Espírita 1859, mês de maio,
artigo “Cenas da vida particular Espírita”, parágrafo
inicial:
15
Em resumo, nós persistimos, de acordo nisso
com a Sociedade Espírita, em considerar as
pessoas como os verdadeiros médiuns, que
podem ser ativos ou passivos, segundo a sua
natureza e a sua aptidão; chamamos, querendo-
se, os instrumentos de médiuns inertes, é uma
distinção talvez útil, mas se estaria em erro
atribuindo-lhe o papel e as propriedades de seres
animados nas comunicações inteligentes; dizemos
inteligentes, porque é necessário ainda fazer a
distinção de certas manifestações espontâneas
puramente físicas. É um assunto que temos
tratado amplamente na Revista. (9) (itálico do
original)
16
artigo “O trapeiro da rua dos Noyers”
17
elementares do Espiritismo. Dir-se-á
suficientemente esclarecido porque assistiu a uma
sessão? Certamente não duvidamos de sua
perspicácia, mas. […]. (12)
18
passatempo.
3ª O Livro dos Médiuns – Destina-se a guiar
os que queiram entregar-se à prática das
manifestações, dando-lhes o conhecimento dos
meios mais apropriados para se comunicarem com
os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns
como para os evocadores, e o complemento de O
livro dos espíritos.
4ª Revista Espírita – Variada coletânea de
fatos, de explicações teóricas e de trechos
isolados, que completam o que se encontra nas
duas obras precedentes, e que representam, de
certo modo, a sua aplicação. Sua leitura pode ser
feita ao mesmo tempo que a daquelas obras,
porém será mais proveitosa e, sobretudo, mais
inteligível, se for feita depois de O Livro dos
Espíritos. (13)
19
Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem
conhecer tudo de uma ciência devem ler
necessariamente tudo o que se ache escrito
sobre a matéria, ou, pelo menos, as coisas
principais, não se limitando a um único autor.
Devem mesmo ler os prós e os contras, as críticas
como as apologias, iniciar-se nos diferentes
sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.
Sob esse aspecto, não preconizamos, nem
criticamos obra alguma, pois não queremos
influenciar, de nenhum modo, a opinião que dela se
possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício,
colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e
parte e não alimentamos a ridícula pretensão de
ser o único distribuidor da luz. Compete ao leitor
separar o bom do mau, o verdadeiro do falso. (14)
20
romances.
21
explicando a um ouvinte como se deve “iniciar no
Espiritismo”. Após citar as cinco obras que resume a
Doutrina dos Espíritos – O Livro dos Espíritos, O Livro
dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O
Céu e o Inferno e A Gênese – disse-lhe:
22
10º) Herculano Pires agregou os livros a) O
Espiritismo Em Sua Mais Simples Expressão, b) O
Que é o Espiritismo e c) Instruções Práticas Sobre as
Manifestações Espíritas, em Introdução ao
Espiritismo: Livro de Introdução à Teoria e
Prática da Doutrina (2009), do qual tomaremos do
final do tópico “Terceiro diálogo – o padre” do
capítulo “I – Pequenas conferências espíritas”, do
livro O Que é o Espiritismo, os seguintes
parágrafos, que foram inseridos por Allan Kardec a
partir da 4ª edição, publicada em 1863,
provavelmente no último trimestre:
23
poder entender como esse músculo transpõe as
portas e as muralhas nas quais os golpes são
ouvidos; a quarta, enfim, é que esse músculo
embusteiro deve ter uma propriedade excepcional
de mover uma pesada mesa, levantá-la, abri-la,
fechá-la. mantê-la suspensa sem ponto de apoio e
quebrá-la ao deixá-la cair. Duvidamos um pouco
que esse músculo tenha tantas virtudes. (Revista
Espírita, junho 1859, página 141, “O músculo
estalante”.) (18)
24
74. (O Livro dos Médiuns, nº 279 – Revista
Espírita, fevereiro, março e junho de 1864, “A
jovem obsedada de Marmande”)
25
de Garibaldi”. – Id., 1862, p. 97: “Frenologia
espiritualista e espírita”)
26
154. Nota: (Revista Espírita, 1858, página 17:
“Mãe, estou aqui!”)
27
11º) Na Revista Espírita 1864, temos:
28
somente nela é que se encontrará aquilo que ele
chama a atenção do leitor.
29
verdade, que em O Que é o Espiritismo, no capítulo
“II – Noções elementares de Espiritismo”, tópico
“Escolhos da mediunidade”, no item 74 o Codificador
recomendará a leitura do item 279 de O Livro dos
Médiuns bem como o caso da jovem obsediada de
Marmande, publicado na Revista Espírita 1864, nos
meses de fevereiro, março e junho. (24)
30
O segundo motivo está na natureza mesma de
nossa Revista, que não é propriamente um
jornal, mas o complemento e o
desenvolvimento de nossas obras doutrinárias.
Nela a forma periódica permite-nos introduzir mais
variedade que num livro e aproveitar as
atualidades. Aí vêm agrupar-se, conforme as
circunstâncias e a oportunidade, os fatos mais
interessantes, as refutações, as instruções dos
Espíritos; nela se desenham as diferentes fases
do progresso da ciência espírita; enfim, nela vêm
ensaiar-se, sob forma dubitativa, as teorias
novas, que só podem ser aceitas depois de
haverem recebido a sanção do controle
universal. (25)
31
esboços, a maioria das ideias desenvolvidas
aqui nesta obra, conforme o fizemos com relação
às anteriores. Muitas vezes a Revista representa,
para nós, um terreno de ensaio, destinado a
sondar a opinião dos homens e dos Espíritos
sobre alguns princípios, antes de os admitir
como parte constitutiva da Doutrina. (26)
32
obsessão, e em vários artigos desta Revista, a
isso acrescentaremos algumas considerações
novas que tornarão a coisa mais fácil de ser
concebida. (28)
33
conhecimento.
34
A Revista foi, até hoje, e não podia ser senão
uma obra pessoal, tendo em vista que faz parte de
nossas obras doutrinárias, tudo em servindo de
anais ao Espiritismo. É lá que todos os princípios
novos são elaborados e colocados em estudo.
Era, pois, necessário que ela conservasse o seu
caráter individual para a fundação da unidade. (32)
35
Herculano Pires diante da Revista
Espírita
36
debates são obrigatórias em todas as instituições.
Aparentemente elas não são mediúnicas, mas na
realidade o são, pois é fácil constatar-se que em
todas elas os espíritos orientadores estão
presentes, auxiliando na orientação dos trabalhos,
e às vezes até mesmo se manifestam para algum
esclarecimento ou advertência. O estudo e os
debates devem cingir-se às obras da
Codificação. Substituir as obras fundamentais
por outras, psicografadas ou não, é um
inconveniente que se deve evitar. Seria o mesmo
que, num curso de especialização em Pedagogia,
passar-se a ler e discutir assuntos de Mecânica, a
pretexto de variar os temas. O aprendizado
doutrinário requer unidade e sequência, para que
se possa alcançar uma visão global da Doutrina.
Todas as obras de Kardec devem constar
desses trabalhos, desde os livros iniciáticos,
passando pela Codificação propriamente dita,
até aos volumes da Revista Espírita. Precisamos
nos convencer desta realidade que nem todos
alcançam: Espiritismo é Kardec. Porque foi ele o
estruturador da Doutrina, permanentemente
assistido pelo Espírito da Verdade. Todos os
demais livros espíritas, mediúnicos ou não, são
subsidiários. […]. (33)
37
O “Livro dos Espíritos” nos oferece a súmula do
trabalho gigantesco de Kardec. Mas se quisermos
conhecer esse trabalho em profundidade temos
de ler toda a bibliografia kardeciana: os cinco
volumes da codificação doutrinária, os volumes
subsidiários e mais os doze volumes da Revista
Espírita, que nos oferecem o registro minucioso
das pesquisas realizadas na Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas. E precisamos nos
interessar também pelos trabalhos posteriores
de Camille Flammarion, de Gabriel Delanne, de
Ernesto Bozzano, de Léon Denis (que foi o
continuador e o consolidador do trabalho de
Kardec). (34)
38
Ernesto Bozzano, Alexandre Aksakof, Gabriel
Delanne e tantos outros companheiros de Allan
Kardec, que trabalharam ao seu lado, ou que
vieram, posteriormente, enriquecendo o
Espiritismo com suas pesquisas, seus
trabalhos, seus estudos. É necessário lembrar
também que existe a Revista Espírita, de Allan
Kardec. São nada menos que 12 volumes, com
cerca de 400 páginas cada um, mas é uma
coleção indispensável ao bom conhecimento
da Doutrina Espírita. Isto o nosso ouvinte pode
observar na própria leitura das obras básicas,
onde constantemente há indicações de Allan
Kardec, pedindo ao leitor que procure o
esclarecimento ou a continuidade de um
determinado assunto nesse ou naquele número
da Revista Espírita.
A Revista Espírita, de Allan Kardec, já existe,
felizmente, no Brasil, editada em português em 12
volumes. Posteriormente a Kardec, a Revista
continuou sendo publicada. Mas o que nos
interessa, sob o ponto de vista doutrinário, é a
coleção referente à época do Codificador (1858
a 1869), porque não traz somente o seu
pensamento, mas também os fatos que ele
observou, as pesquisas que fez durante cerca
de 12 anos, na Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas.
Constam nesses 12 volumes da Revista os
relatos das pesquisas, as comunicações
importantes por ele recebidas e os seus
estudos, desenvolvendo aspectos do
Espiritismo que ele, naturalmente, não pôde
39
desenvolver nas Obras Básicas, que tinham o
fim de estruturar a doutrina, mas não entrar em
minúcias, em pormenores, que viriam depois e que
são importantes para o seu conhecimento mais
profundo. (35)
40
professores de cursos doutrinários e,
particularmente, pelos oradores e
conferencistas espíritas. O desinteresse pela
Revista Espírita é prova de falta de formação
cultural e, portanto, de falta de compreensão
doutrinária. Espiritismo é cultura, e a Revista
Espírita é a maior fonte de enriquecimento cultural
no campo doutrinário.
É um absurdo, e até mesmo uma vergonha, que
só agora tenhamos a coleção da Revista Espírita
em nossa língua no país em que o espiritismo se
aclimatou melhor em todo o mundo. As obras
completas de Allan Kardec não se constituem
de apenas seis ou dez volumes, como muita
gente o supõe. Constitui-se de vinte volumes
de quatrocentas páginas em média cada um.
Não conhece espiritismo quem não conhece
esses vinte volumes. Kardec afirma a todo
momento nos seus livros que o conhecimento do
espiritismo não é fácil, depende de estudos
prolongados e sérios, acompanhados de práticas
mediúnicas muito bem controladas. Precisamos
fazer com que espíritas e não espíritas
compreendam bem isto. Sem estudo apurado e
meditado de toda a obra de Kardec, ninguém
pode dizer-se conhecedor do Espiritismo.
Até agora o Espiritismo foi para o Brasil o que a
Lua foi para a Terra: um mundo conhecido apenas
por uma face. A face oculta do Espiritismo que
somente alguns privilegiados conheciam está
agora ao alcance de todos. É a coleção da
Revista Espírita que guarda muitas surpresas
para muitos pretensos doutores em
41
Espiritismo. Por isso vamos nos empenhar junto à
editora Edicel, a única editora que lançou a Revista
em português, para repetirmos ainda neste ano a
façanha de nova distribuição de coleções da
Revista aos nossos ouvintes. Ainda neste ano, se
Deus quiser, voltaremos a distribuir a coleção da
Revista Espírita aos que derem respostas certas às
nossas perguntas doutrinárias. (37)
42
no espaço, o espírito da pessoa viva, quais são as
sensações que ele tem, tudo isto foi pesquisado
intensivamente por Kardec, durante doze anos de
pesquisas. Então, aí nós temos a Ciência
Espírita. E O Livro dos Médiuns é o livro
fundamental dessa ciência. (38)
43
Esse mesmo ambiente carregado de ameaças
excitava ainda mais a curiosidade popular,
podendo desencadear represálias de parte dos
poderes eclesiásticos, ainda muito vigilantes. A
serenidade com que Kardec enfrentou esse
ambiente pode ser apreciada na Revista Espírita,
obra indispensável ao estudo da doutrina e que
já temos em nossa língua, em seus doze volumes
redigidos pelo mestre, na tradução do saudoso
Julio Abreu Filho. (40)
44
Comunicação): Conceituação da Mediunidade e
Análise Geral dos seus Problemas Atuais
(jul/1978), os seguintes trechos:
45
prevenidos pelo médium através de um
comportamento regular na vida, dedicando-se aos
estudos doutrinários sistemáticos para mais ampla
compreensão das funções mediúnicas. As relações
regulares e permanentes com os espíritos
orientadores, no interesse de bem servir a todos os
espíritos necessitados, de qualquer ordem, e
particularmente a frequência às sessões, com
inteira disposição de atender a todos os espíritos
que dele se aproximarem. […]. (43)
46
trabalhos mediúnicos eficazes. […]. (44)
47
Espírita já era recomendada como
indispensável. E a verdade é que esses livros iam
sair das suas páginas. A Revista era a fonte em
que borbulhavam as águas da III Revelação. (45)
Indicações de Kardec
Aliás, todo estudioso da Codificação sabe
que Kardec indica, frequentemente, nos seus
livros, a consulta à Revista Espírita. Problemas
que não podiam ser esclarecidos amplamente nos
livros, que deviam sujeitar-se a limites de espaço,
estão expostos com todas as minúcias na Revista.
Impossível, pois, absolutamente impossível, um
conhecimento aprofundado do Espiritismo sem a
consulta a essa obra. E dizer que somente agora
ela aparece em português e que a maioria dos
confrades ainda pergunta se haverá necessidade
de lê-la! (46)
Laboratório Espírita
Os relatórios das sessões da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, sob a direção de
Kardec, orientadas pelo Espírito de São Luís,
mostram-nos o critério científico dos trabalhos. A
publicação [na Revista Espírita] por extenso dos
diálogos de Kardec com os espíritos comunicantes
revela que a sala de sessões era um verdadeiro
laboratório espírita, em que os instrumentos de
pesquisa não eram mecânicos, mas mediúnicos. O
interrogatório dos espíritos seguia um método
científico, pacientemente elaborado e habilmente
aplicado. Mas a ciência espírita não é materialista,
e por isso vemos também os elementos da religião,
48
como o recolhimento, a prece e a fé, servindo de
ingredientes do processo científico.
O problema das curas mediúnicas foi
amplamente estudado por médicos espíritas. Há o
caso da srta. Desiré Godu, médium curadora,
observado pelo médico Mohrery, em sua clínica.
Esse médico enviava seus relatórios a Kardec, que
os estudava, analisava e os submetia à apreciação
dos Espíritos Protetores dos trabalhos. Os
problemas do magnetismo animal e do
magnetismo espiritual, as primeiras aceitações do
magnetismo pelas ciências oficiais, na forma de
hipnotismo, todas essas questões e outras
muitas fazem dos volumes da Revista Espírita
verdadeiros repositórios de estudos valiosos,
que não podemos ignorar. As pesquisas atuais
da Parapsicologia ficam muito aquém das
pesquisas profundas e amplas que a Revista nos
apresenta, oferecendo uma base sólida e
inabalável ao Espiritismo. (47)
49
Edicel, na tradução do prof. Klors Werneck. Verá o
leitor que não só os mortos recentes se
comunicam, mas também as pessoas vivas. Na
coleção da Revista Espírita, também já
publicada em português, podem ser apreciadas
as pesquisas de Kardec a respeito, que marcam
um dos episódios científicos mais importantes
do Espiritismo. (48)
50
Conclusão
51
Pedimos-lhe o favor de nos informar caso
perceba que nesse ebook tenha alguma coisa
imprópria, pois como sempre dizemos “não quero ser
o dono da verdade, mas quem divulga a verdade.”
52
Referências bibliográficas
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9/142892650_2755556494686232_805186122537539
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SILVA NETO SOBRINHO, P. Novidades que não foram
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https://paulosnetos.net/article/novidades-que-nao-
foram-acrescentadas-as-obras-basicas. Acesso em: 02a
ago. 2024.
55
Dados biográficos do autor
56
Kardec?; 4) Espírito de Verdade, Quem Seria Ele?; 5) A
Reencarnação Tá na Bíblia; 6) Manifestações de Espírito
de Pessoa Viva (Em Que Condições Elas Acontecem); 7)
Homossexualidade, Kardec Já Falava Sobre Isso; 8) Os
Nomes dos Títulos dos Evangelhos Designam os Seus
Autores?; 9) Apocalipse: Autoria, Advento e a
Identificação da Besta; 10) Chico Xavier e Francisco de
Assis Seriam o Mesmo Espírito?; 11) A Mulher na Bíblia;
12) Todos Nós Somos Médiuns?; 13) Os Seres do Invisível
e as Provas Ainda Recusadas Pelos Cientistas; 14) O
Perispírito e as Polêmicas a Seu Respeito; 15) O Fim dos
Tempos Está Próximo?; 16) Obsessão, Processo de Cura
de Casos Graves; 17) Umbral, Há Base Doutrinária Para
Sustentá-lo?; 18) A Aura e os Chakras no Espiritismo; 19)
Os Quatro Evangelhos, Obra Publicada por Roustaing,
Seria a Revelação da Revelação?; 20) Espiritismo:
Religião Sem Dúvida; 21) Allan Kardec e Suas
Reencarnações; 22) Médiuns São Somente os Que
Sentem a Influência dos Espíritos?; 23) EQM: Prova da
Sobrevivência da Alma; 24) A Perturbação Durante a Vida
Intrauterina; 25) Os Animais: Percepções, Manifestações e
Evolução; 26) Reencarnação e as Pesquisas Científicas;
27) Reuniões de Desobsessão (Momento de Acolher
Espíritos em Desarmonia); 28) Haveria Fetos Sem
Espírito?; 29) Trindade: O Mistério Imposto Por Um Leigo e
Anuído Pelos Teólogos; e 30) Herculano Pires Diante da
Revista Espírita.
57
1 REVISTA ESPÍRITA, Coleção 1858-1859, disponível em:
https://scontent.fplu41-1.fna.fbcdn.net/v/t1.6435-
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1.fna&oh=00_AfAA-0vjGV4KG_CginbXnAdMGeo199XD34
OJ3inR4JtT1Q&oe=661F778F
2 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 85-93.
3 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 197-206.
4 DELANNE, A Evolução Anímica, p. 15.
5 KARDEC, Revista Espírita 1858, p. 192-193.
6 KARDEC, Revista Espírita 1858, p. 244.
7 KARDEC, Revista Espírita 1858, p. 294.
8 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 113.
9 KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 266.
10 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 157.
11 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 239.
12 KARDEC, Revista Espírita 1860, p. 276.
13 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 40-41.
14 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 41.
15 ALLAN KARDEC.ONLINE, Cataloque Raisonné, disponível
em:
https://www.allankardec.online/uploads/pdf/20019931506
08c16c59a6489.05621072.pdf
16 CARNEIRO, No Limiar do Amanhã: Lições de Espiritismo
com Herculano Pires, p. 114-115.
17 PIRES, Introdução ao Espiritismo: Livro de Introdução à
Teoria e Prática da Doutrina, p. 203.
18 PIRES, Introdução ao Espiritismo: Livro de Introdução à
Teoria e Prática da Doutrina, p. 84.
58
19 PIRES, Introdução ao Espiritismo: Livro de Introdução à
Teoria e Prática da Doutrina, p. 103.
20 Quanto à expressão “raça negra”, ver FEB – Nota
Explicativa em razão do TAC, disponível em:
https://paulosnetos.net/article/feb-nota-explicativa-em-
razao-do-tac
21 PIRES, Introdução ao Espiritismo: Livro de Introdução à
Teoria e Prática da Doutrina, O Que é o Espiritismo, p.
216-307, passim.
22 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 48.
23 KARDEC, Revista Espírita 1864, p. 168.
24 KARDEC, O Que é o Espiritismo, p. 177.
25 KARDEC, Revista Espírita 1864, FEB, p. 469-470.
26 KARDEC, A Gênese, p. 11-12.
27 SILVA NETO SOBRINHO, Novidades que não foram
acrescentadas às obras básicas, disponível em:
https://paulosnetos.net/article/novidades-que-nao-foram-
acrescentadas-as-obras-basicas
28 KARDEC, Revista Espírita 1862, p. 353.
29 KARDEC, Revista Espírita 1868, p. 167.
30 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 90.
31 KARDEC, O Livro dos Médiuns, p. 319.
32 KARDEC, Revista Espírita 1868, p. 386.
33 PIRES, O Espírito e o Tempo, p. 190.
34 PIRES, Introdução à Filosofia Espírita, p. 10.
35 CARNEIRO, No Limiar do Amanhã: Lições de Espiritismo
com Herculano Pires, p. 114-115.
36 Nota da transcrição: Allan Kardec, Revista Espírita.
Tradução de Júlio Abreu Filho, tradução de poesias e
notas J. Herculano Pires. São Paulo, 1964 (Coleção 12
volumes).
59
37 GARCIA, No Limiar do Amanhã: Um Desafio no Espaço –
Editoriais / J. Herculano Pires, P. 44-46.
38 FUNDAÇÃO MARIA VIRGÍNIA E J. HERCULANO PIRES, Uma
Visão Geral da Estrutura da Doutrina Espírita (palestra),
disponível em: https://fundacaoherculanopires.org.br/o-
que-fazemos/acervo-j-herculano-pires/120-palestras-na-
garagem/556-transcri%C3%A7%C3%A3o-da-
palestra-1.html
39 PIRES, A Pedra e o Joio, p. 16.
40 PIRES, Evolução Espiritual do Homem (Uma Perspectiva
da Doutrina Espírita), p. 64.
41 PIRES, Na Hora do Testemunho, p. 19.
42 PIRES, Mediunidade (Vida e Comunicação): Conceituação
da Mediunidade e Análise Geral dos Seus Problemas
Atuais, p. 26.
43 PIRES, Mediunidade (Vida e Comunicação): Conceituação
da Mediunidade e Análise Geral dos Seus Problemas
Atuais, p. 87.
44 PIRES, O Centro Espírita, p. 26.
45 PIRES, O Homem Novo, p. 71.
46 PIRES, O Homem Novo, p. 72.
47 PIRES, O Homem Novo, p. 73.
48 PIRES, O Mistério do Bem e do Mal, p. 64.
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