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Conners Manual

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EXAME PSICOLÓGICO INFANTIL

ESCALA REVISTA DE CONNERS


Teste de Despiste Comportamental
____________________________________

Sílvia Santos Ruivo


9 de Junho de 2012
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Conteúdos

I. Introdução ao Teste
II. Material
III. Aplicação
IV. Cotação
V. Interpretação
VI. Relatório
EXAME PSICOLÓGICO INFANTIL

ESCALA REVISTA DE CONNERS


Teste de Despiste Comportamental
__________________________________
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

As Escalas para Pais e Professores de Conners (1969, 1978, 1980)


apresentam um grande difusão a nível internacional, tendo sido utilizado em
países como a Austrália, Grã-Bretanha, Estados Unidos, entre outros, pelo
que se transformou num importante meio de comparação transcultural (Farré
& Narbona, 2003).

Em Espanha, a Escala de Conners (versão reduzida de 28 e 48, para pais e


professores, respectivamente) foi adaptada pelos autores em 1984 (Farré &
Narbona, 1989).
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

A versão original da Escala de Conners para professores surgiu em 1969,

posteriormente Goyette, Conners e Ulrich em 1978, apresentam a Escala

Revista de Conners para professores – Conners 28.

A escala destina-se a identificar problemas de


comportamento, em especial, problemas de
hiperactividade, em crianças e adolescentes.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

Simões (1998) faz referência às diversas versões


das escalas de Conners e considera que são
úteis no despiste inicial da psicopatologia, mas
que não conseguem abranger a mesma
amplitude de dimensões psicopatológicas de
escalas como o Child Behavior Checklist (CBCL)
e o Teacher Report Form (TRF).
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

Destina-se a identificar problemas de


comportamento, em especial problemas de

‒ Hiperactividade
Comportamento
associado
‒ Impulsividade
‒ Défice de atenção

em crianças e adolescentes.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução
Faz parte do um vasto conjunto de instrumentos habitualmente
utilizados para diagnosticar a PHDA, tendo sido alvo de vários
estudos, quer de âmbito nacional, (Fonseca; Ferreira; Simões, Rebelo &
Cardoso, 1996; Rodrigues, 2005; Rodrigues 2006), quer de âmbito
internacional (Conners, 1997), com vista à sua estandardização para
os países em causa e à sua utilização no processo de
referenciação e avaliação da PHDA.

“um dos instrumentos mais antigos e mais utilizados”


(Fonseca, Ferreira, Simões, Rebelo, & Cardoso, 1996), na avaliação clínica
de crianças e de adolescentes, com elevada consistência interna
e capaz de “discriminar eficazmente (…) crianças com
problemas de comportamento”.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

1. Escala de Conners Pais / Professores (versão


original, Conners, 1969)

2. Escala Revista de Conners Pais / Professores –


Conners 28 (Goyette, Conners & Ulrich, 1978)

3. Versão portuguesa da Escala Revista de Conners


Pais / Professores – Conners 28 (Fonseca e col.,
1996)
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Introdução

Estudos realizados em Portugal

Amostra:

- Total de 1420 alunos, número aproximadamente


igual de rapazes e raparigas
- Alunos do 2º, 4º e 6º anos de escolaridade, em
número idêntico
- Escolas do ensino básico do concelho de Coimbra
- Classe média e média inferior (na grande maioria)
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Aplicação
Material/ Tarefa:

• A Escala de Conners para professores – versão revista (forma


reduzida) (Conners, 1997) está organizada em 28 itens
relativos a várias características típicas da PHDA, e a outras
que lhe estão associadas, como a oposição, a irrequietude e a
desatenção (Rodrigues, 2005).

• Os diferentes comportamentos a que se referem podem ser


observados em vários níveis de escolaridade, desde o básico
ao secundário.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Aplicação

Material/ Tarefa:

A tarefa do pai/professor consiste em indicar com que


frequência ocorre o comportamento descrito para a
criança em causa, de acordo com uma escala Likert de 4
pontos,

Muito Frequentemente – 3 pontos


Frequentemente - 2 pontos
Pouco – 1 ponto
Nunca – 0 pontos

Pode ser utilizada com sujeitos dos 3 aos 17 anos de


idade, abarcando os três ciclos de ensino.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Aplicação

INSTRUÇÃO:

A seguir estão discriminados os problemas mais comuns que afectam


as crianças no seu percurso de desenvolvimento. Muitas destas
características são normais e passageiras desde que não se
manifestem com elevados valores ao nível da intensidade,
frequência e duração. Por favor responda avaliando o
comportamento da criança durante o último mês. Por cada item,
pergunte-se: "Com que frequência isto aconteceu no último mês?",
e marque a melhor resposta para cada um. Nenhuma, nunca,
raramente ou com pouca frequência, pode marcar 0.
Verdadeiramente, ou se ocorre muitas vezes e frequentemente,
marque 3. Pode marcar 1 ou 2 para classificações entre um e outro.
Por favor responda a todos os itens.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Aplicação
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Aplicação
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Cotação
- A Cotação resume-se no registo de tabelas para cada escala
(Pais e Professores), de acordo com o nível assinalado em cada
subescala:

 Problemas de Oposição
 Problemas de Desatenção/Cognitivos
 Problemas de Excesso de Actividade Motora
 Índice da PHDA (que diz respeito às características nucleares da PHDA)

- Correspondência do Resultado Bruto para o Resultado


Padronizado através da tabela de percentis, de acordo com o
género, para cada subescala.
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Cotação
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Cotação
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Interpretação

Indicadores que é possível calcular

• Análise quantitativa
a) Índice de Hiperactividade
Itens: 1, 5, 7, 8, 10, 11, 14, 15, 21, 26
Ponto discriminante: 2 d.p. acima da média
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Interpretação

• Análise quantitativa

b) Resultado Total
Todos os itens
Ponto discriminante: Percentis 85, 90 e 95
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Interpretação

• Análise quantitativa
c) Resultados específicos: factores
‒ Hiperactividade/ Anti-Social (1, 2, 4, 5, 8, 11, 12, 14, 15, 19, 23)
‒ Problemas de Atenção/Imaturidade (7, 13, 16, 18, 20, 21,
22, 26, 28)
‒ Problemas Sociais/ Impopular (17, 24, 25, 27)
‒ Problemas Emocionais/Hipersensibilidade (3, 6, 9, 10)
Ponto discriminante: 2 d.p. acima da média

[a relativizar, em termos de utilização]


ESCALA REVISTA DE CONNERS
Interpretação

Indicadores que é possível calcular

• Análise qualitativa

Considerando o conteúdo concreto dos itens


mais pontuados (com 3 ou com 2 pontos)
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Interpretação

Permite determinar um valor para cada subescala em função da idade e sexo


do sujeito que pode ser interpretado numa tabela pelo valor padronizado
e pelo percentil correspondente.

Nota T Percentil Observação


Marcadamente Atípico
70 + 98 + ( Indicação de problema significativo)
Moderadamente Atípico
66 – 70 95 - 98 (Indicação de problema significativo)
Medianamente Atípico
61 - 65 86 - 94 (Possibilidade de problema significativo)
Ligeiramente Atípico
56 - 60 74 - 85 (Borderline, deve preocupar)
Média
45 - 55 27 - 73 (Resultado típico, não de levantar preocupação)
Ligeiramente Atípico
40 - 44 16 - 26 (Não levanta problemas)
Medianamente Atípico
35 - 39 6 - 15 (Não levanta problemas)
Moderadamente Atípico
30 - 34 2-5 (Não levanta problemas)
Marcadamente Atípico
< 30 <2 (Não levanta problemas)
ESCALA REVISTA DE CONNERS
Resultados da Prova
Conclusões dos estudos portugueses:

- Estrutura factorial da escala port. diferente da da americana;


nenhum factor é “puro”, i.e., não foca exclusivamente um conjunto
de problemas de comportamento (necessários novos estudos)

- Os valores obtidos nos estudos port. são mais elevados que os


equivalentes americanos

- Os rapazes apresentam resultados mais elevados que as raparigas

- O número de problemas da criança tende a diminuir com a idade e


com o nível escolar

- Alunos de níveis sócio-económicos mais baixos apresentam


frequências mais altas de problemas de comportamento
ESCALA REVISTA DE CONNORS
Relatório

ESCALA REVISTA DE CONNORS PARA PAIS/PROFESSOR

Os resultados nesta Escala dão conta de uma disparidade ao nível dos valores
indicadores do comportamento em contexto escolar e em contexto familiar.
A escala comportamental aponta para uma franca dificuldade ao nível da focagem
da atenção e hiperactividade no contexto escolar, com um quadro ligeiramente atípico.
Em ambos os contextos não são percepcionadas dificuldades relativas à agitação
psicomotora, impulsividade, ou defeitos na mobilização da atenção.
Não revela comportamentos opositores associados a perda de controlo e
impulsividade agressiva face ao outro.
É no âmbito escolar que o comportamento do João se apresenta mais
desorganizado, no que concerne às dificuldades de atenção associadas a uma
hipercinésia motora e hiperactividade cerebral.
Os resultados apontam para um quadro de desorganização comportamental no
contexto escolar.
EXAME PSICOLÓGICO INFANTIL

ESCALA REVISTA DE CONNORS


Teste de Despiste Comportamental

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