DPD, O LETRAMENTO - TEORIA E PRÁTICA
DPD, O LETRAMENTO - TEORIA E PRÁTICA
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Bolsista voluntária no Centro de Educação de Jovens e Adulto Benedito Santana da Silva Freire.
ECS, Sinop/MT, v.3, n.2, p. 341-347, jul./dez. 2013. 341
se ao recorte de diversos textos, pois se derivam de discursos heterogêneos coexistentes no
contexto educacional brasileiro.
Quando refletimos no espaço escolar verificamos existência de algumas falhas, como
carga horária reduzida, profissionais com dificuldades em ministrar as aulas por falta de
habilidade, espaços inadequados para os alunos e docentes, enfim vários discursos aparecem
para justificar a “falha” do ensino.
Estes discursos são tradicionais como aponta Street (1984) que estão enraizados no
sistema cultural educacional, que denomina como Modelo Autônomo de Letramento e refere-
se ao ensino “descontextualizado”, que muitas vezes faz parte da formação acadêmica do
profissional, apresentado e denominado pelos currículos e a pedagogia dos cursos.
Street faz críticas pertinentes sobre algumas matrizes curriculares dos cursos de Letras,
uma por trabalharem com textos abstraídos de suas práticas, porém não valorizam uma
abordagem de leitura em forma de debate e crítica, como se a existência dos textos fossem
independentes de suas práticas. E a outra, direciona-se às produções escritas acadêmicas que
são cobradas pelo conhecimento gramatical das línguas, diagnosticando a estrutura sistêmica
da língua, que para Street esse método de ensino seria “um grande equívoco”, pois é
necessário levar em consideração a “leitura e a escrita” de forma contextualizada, da realidade
do indivíduo, para que possa entender na prática suas funções.
Já o modelo Ideológico, está relacionado com as ideologias presentes no espaço
escolar, apresentado nas práticas de leitura e escrita, e quando interpretadas não são negadas,
e sim respeitadas, através de práticas linguísticas em que o ensino de línguas passa a ser
comprometido com a educação, desta forma o uso da linguagem é visto como fonte de
conhecimento entre letrados e iletrados.
Sendo assim as trocas de conhecimentos ideológicos, de conteúdo, de experiências são
expostas pela intertextualidade e interdiscursividade, estabelecendo uma relação na concepção
da Linguística Textual, em que as “Vozes” dos discursos “estão associadas às identidades”.
Enquanto os discursos “são formas de representação de acordo com um ponto de vista
particular”. Logo, entende-se que somos constituídos de diversos textos/vozes que nos
contextualizam ao espaço que estamos inseridos, atribuindo valores e representações que nos
identifiquem. Então, a intertextualidade é a polifonia nos textos, ou seja, quando se encontram
vozes que estão apropriadas para exatos contextos.
Para contextualizar o espaço social ao escolar, através das práticas de letramento, na
inclusão nos programas de ensino de línguas, uma das propostas de Magalhães está na