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Aula 01 - Portugu - Ês - Aula 01

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PACOTE DE EXERCÍCIOS COMENTADOS PARA

AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL


PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA

Apresentação do Professor

Caro Aluno,
Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me
aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre
minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para
concursos.
Sou graduado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade
de Brasília (UnB) e possuo especialização em Língua Portuguesa pelo
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a
Universidade Castelo Branco.
Há onze anos ministro aulas voltadas para concursos públicos.
Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem.
Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e
interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas
bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,
FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais
importantes concursos nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU,
Tribunais, Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, PF, BRB, BB, CEF,
PCDF, TCDF, ICMS-DF etc.).
Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como
instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para
auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições
profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial.
Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:
albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar
ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

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Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada


oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”
(Winston Churchill).

Apresentação do Curso

Agora que você já me conhece melhor, que tal falarmos sobre o


curso?
Este é um curso de exercícios comentados, indicado para quem já
possui conhecimento da parte teórica. Nele, os assuntos abordados são os que
figuraram no edital do último concurso, organizado pelo Cespe. Está dividido
em oito aulas, cada uma delas será disponibilizada a você semanalmente. Eis a
distribuição do conteúdo:

Aula 1 – Ortografia e acentuação gráfica


Significação das palavras
Aula 2 – Emprego das classes de palavras
Aula 3 – Regência e crase
Aula 4 – Sintaxe da oração e do período
Aula 5 – Pontuação
Aula 6 – Sintaxe de concordância
Aula 7 – Texto: tipologia, compreensão e interpretação
Aula 8 – Redação de correspondências oficiais

Utilizarei questões de provas elaboradas anteriormente pelo


Cespe/UnB para direcionar os nossos estudos. Reproduzirei os textos e os itens
(será respeitada a grafia original dos enunciados) que tratam do assunto
abordado em cada aula. Como a instituição tem o costume de usar um mesmo
texto para, a partir dele, apresentar várias assertivas, é possível que eu repita
o mesmo texto (ou fragmento dele) na explicação do conteúdo de outras
aulas. Portanto, não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente
didático. Dessa forma, pretendo aproximar você – futuro policial federal –
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daquilo que vem sendo exigido pelo Cespe acerca de determinado assunto da
Língua Portuguesa em concursos públicos.

Apresentação da Matéria

A partir de agora, começo a ministrar os primeiros conteúdos deste


curso, que correspondem à aula 1.
Acredito que você obterá uma noção de como as explicações serão
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos próximos encontros.
Espero que aproveite cada explicação da melhor forma possível.
Interaja comigo nos fóruns. A sua participação é fundamental para o bom
rendimento do curso. No mais, vamos ao que interessa!

[...]

1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”


poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).

Comentário – Questão muito fácil. Você nem precisa ter o trabalho de


analisar tudo o que a banca propôs. De acordo com o que foi explicado sobre o
assunto, jamais a expressão por que (com separação; equivale-se a pela
qual, no caso sob análise) poderá ser substituída corretamente pela expressão
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porque (sem separação; conjunção causal ou explicativa, dependendo do


caso). O texto é até dispensável. Assim, você não desperdiça tempo durante
uma prova.
Resposta – Item errado.

[...]
22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O
discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, não são apenas os grandes líderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que
31 estão surgindo a partir das transformações que estamos
vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
[...]
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia


ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos
termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.

Comentário – De acordo com o texto, “as oportunidades” (l. 30) são o efeito
das “transformações que estamos vivendo” (l. 31-32). Essa ideia é corroborada
pela expressão “a partir das”, que ajuda a expressar essa noção de causa (ou
motivo, razão) e consequência (ou efeito). Não há prejuízo sintático ou

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semântico ao texto devido às mudanças propostas. Vamos reescrever a


passagem e tirar a dúvida:
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo por razão das transformações que estamos
vivendo.”
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo em consequência das transformações que
estamos vivendo.”
– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as
oportunidades que estão surgindo com as transformações que estamos
vivendo.”
Resposta – Item certo.

3. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do


vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —
ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que
passaria a significar também.

Comentário – O significado do vocábulo “ainda” é o mesmo; ele não se altera


por causa da mudança proposta pela banca. A ideia, já presente no texto
original, é de continuidade (noção de tempo), e não de inclusão. O período
seguinte fortalece essa ideia:
“O discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados
em modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da
maneira tradicional, deixando as externalidades para a
sociedade” (l. 23-26).
Resposta – Item errado.

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4. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,


é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo


abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.

Comentário – Repara na expressão “afim de”, usada para exprimir finalidade,


propósito, intento. Nesse sentido, a grafia correta é separada: a fim de.
Resposta – Item errado.

[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth
22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e
conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]

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34 O fenomenal crescimento da economia mundial no


decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.
Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

5. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão


“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.

Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito


dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o
mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.
O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem
(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).
Resposta – Item certo.

6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências


deletérias” (l.36-37) significa resultados que não podem ser
apagados, alterados.

Comentário – Não adianta resmungar. Às vezes o examinador abre o


dicionário e de lá retira uma palavra (que quase ninguém usa) para montar
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uma questão de prova. Literalmente, o adjetivo deletério significa algo que


prejudica a saúde, é insalubre; que destrói, causa dano. Figuradamente, indica
aquilo que corrompe, que é degradante.
Resposta – Item errado.

1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21


países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência
Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra,
4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações
como fórum de diálogo, cooperação e concertamento
7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais
que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma
unidade na diversidade.
[...]

Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente.


Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).

7. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras de


acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l.
2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma:
íbero-americanos.

Comentário – A palavra “ibero” é paroxítona terminada em “o”; por isso não


recebe acento. Ela não possui dupla prosódia, ou seja, não há variação da
sílaba tônica – como em “acrobata” (paroxítona) ou “acróbata” (proparoxítona)
– para justificar sua pronúncia como uma proparoxítona.
Resposta – Item errado.

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1 O poder político é produto de uma convenção, não


da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da
10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à
preservação da propriedade.
[...]
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,
ciência & vida. Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).

8. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a


substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem
prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção
gramatical.

Comentário – A palavra “contato” foi empregada figuradamente para indicar


relação de proximidade, relacionamento contínuo, coexistência, mesmo
significado que “convivência”.
Resposta – Item certo.

9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto


mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em
significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de
posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção
gramatical do texto.

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Comentário – Não se deixe levar pelo “canto da sereia”. Esse jogo de


palavras tem a finalidade de distraí-lo. Vá ao texto e troque os dois termos de
posição: “...e nasce juntamente com os homens, quando a sociedade
decidem...”. Apesar de os dois termos serem sinônimos textuais e de estarem
empregados em sentido conotativo (a “sociedade” não nasce literalmente e
“homens” não representa apenas seres do sexo masculino), a troca causa
prejuízo à correção gramatical do texto, pois desfaz-se a concordância entre o
verbo “decidem” e o sujeito correspondente.
Resposta – Item errado.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já


apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]
Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por


acerca de manteria a correção gramatical do período.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não


devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre.
Resposta – Item errado.

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11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o


sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).

Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto


que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende
dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do
imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”.
Resposta – Item errado.

[...] Tendo como principal propósito a


13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).

12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo


empregada com o sentido de árduo, difícil.

Comentário – Cuidado com as aparências. Em se tratando de significação


contextual de palavras e expressões, a melhor coisa que você deve fazer é ir
ao texto. O adjetivo crucial pode realmente ser utilizado para caracterizar algo
árduo, difícil, espinhoso: Deixar a casa paterna foi uma decisão crucial. Mas,
no texto em que surge, ele expressa a importância para que algo aconteça,
ocorra, ou exista; é o mesmo que capita; essência; fundamental.
Resposta – Item errado.

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1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente


difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

13. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da


textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência
nem para a correção gramatical do texto.

Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado


com verbo estático (“vivem”) e pede a preposição em; na língua portuguesa
não existe a contração nonde, supostamente indicada por em + onde.
O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual.
Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o
caso.
Resposta – Item certo.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro


do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.
4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]

Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

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14. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção


gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.

Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como


o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando
tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos.
Resposta – Item certo.

15. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,


“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.

Comentário – Sim, todas são proparoxítonas e por isso devem ser


acentuadas.
Resposta – Item certo.

16. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras


“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – A justificativa é uma só. Ambas são palavras proparoxítonas e


devem ser acentuadas por isso.
Resposta – Item errado.

O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,


ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.

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Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o


10 acordo. [...]
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.

17. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está


sendo empregada com o sentido de sancionaram.

Comentário – Sim, ela significa dar aprovação ou aceitação a; confirmar,


ratificar; aprovar; sancionar: O presidente chancelou a proposta do ministro.
Resposta – Item certo.

Canção do Ver (fragmento)

1 Por viver muitos anos


dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.

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19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a


[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.

Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.

18. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto


acima, assinale a opção incorreta.

a) “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas,


assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por
determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b) O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades
semânticas de “pegou” (v.4).
c) Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo
derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
originário, gerador, causal, seminal.
d) Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado
alude a regras gramaticais.
e) O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como
disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.

Comentário – Mais uma vez quero frisar que o contexto não deve ser
desprezado durante a resolução de questões sobre o significado de palavras.
No texto, a expressão “Moda ave” significa maneira ou modo distinto e peculiar
como o menino vivia: de acordo com os hábitos de uma ave.
O contato com vários alunos me fez perceber que muitos
ficaram com dúvida em relação ao item “b”. Esclareço que o verbo pegar
admite a ideia de um agente desencadeador da ação, sendo ele mesmo o
responsável por ela. O verbo contrair sugere um sujeito paciente, alguém que
é acometido de algo (independentemente da sua vontade). Este é o sentido no
texto.
Resposta – A
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A diferença na linguagem

1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na


arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso
prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do
Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10 atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à
modulação da voz significa estar cego às modalidades do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à
16 linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição
entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre
presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento
22 essencialmente homogêneo.

Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.

19. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3,


julgue (C ou E) o item a seguir.

A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento”


(l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.

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Comentário – Esta questão é para você constatar como o Cespe


recentemente cobrou noções de polissemia em uma de suas provas. Creio que
não é difícil perceber os sentidos das palavras destacadas, mas é bom ficar
atento e não se deixar levar pelas “aparências”.
Na linha 3, a palavra “acentos” se refere a sinais gráficos
(como acento circunflexo, agudo, til, grave etc.) usados para marcar, por
exemplo, nasalização, diferença entre plural e singular (têm/tem) entre classes
de palavras (preposição por, verbo pôr), fusão de sons iguais etc.
Na linha 7, a palavra "acento" se refere ao timbre, à
pronúncia tônica ou átona, à melodia e ao ritmo, aspectos que não são visuais,
e sim audíveis, não se identificam por meio dos sinais gráficos.
Resposta – Item certo.

20. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e


aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo.

a) O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da


visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.

b) É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático”


(l.9) e em Gramática (l.21).

Comentário – Alternativa A: é o contrário! Pela afinidade de sentidos


existente entre elas, as palavras do mesmo campo semântico contribuem com
a coerência e a coesão do texto.
Alternativa B: os motivos são diferentes. Na linha 9, o termo
designa o profissional; na linha 21; designa o nome de uma disciplina, uma
área do conhecimento.
Lemos em Cegalla (Novíssima gramática da Língua
Portuguesa, 2008, página 66) que o emprego de iniciais maiúsculas é
facultativo nos dois casos (repare como a mesma palavra surgiu na linha 1). O

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autor nos dá os seguintes exemplos: Doutor Paulo ou doutor Paulo; Professor


Renato ou professor Renato; Matemática ou matemática.
Resposta – Itens errados.

Receita – 96:924$985

1 No orçamento do ano passado houve supressão de


várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4 E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam
7 os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores.
[...]
Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.

21. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os


sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo.

A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora


menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).

Comentário – Para acertar esta questão, você precisa saber (ou pelo menos
“perceber”) o significado das seguintes palavras:

a) “raspados” – deixados sem nada, furtados, roubados;


b) “escorchados” – diz-se de quem foi explorado (O fiscal
corrupto tinha até uma lista dos comerciantes
escorchados.);

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c) “esbrugados” – que está sem carnes, descarnado (Osso


esbrugado.); figuradamente, diz-se de quem ficou sem
nada, sem nenhum recurso, foi exposto totalmente;
d) “exatores” – cobrador de impostos.

Resposta – Item certo.

[...]

10 A declaração não previu que o desenvolvimento


capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. [...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).

22. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção


gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l.
12) por aleatoriamente.

Comentário – Não, pois aleatoriamente tem a ver com o acaso, com fatores
incertos ou acidentais; que ocorrem fortuita ou casualmente. Essa ideia
afasta-se do sentido original, que transmite a noção de uma situação
repetitiva, sistemática, mas sem sofrer qualquer tipo de controle ou gerência.
Resposta – Item errado.

23. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,


“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.

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Comentário – São proparoxítonas apenas “últimas”, “trânsito” e “econômica”.


A palavra “contribuírem” é paroxítona e é acentuada porque:
a) a letra I representa a segunda vogal do hiato formado
com a vogal representada pela letra U,
b) ela (a letra I) representa a sílaba tônica da palavra e
c) está só na sílaba.
Resposta – Item errado.

24. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em


“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.

Comentário – Então, o que achou? A explicação da acentuação da palavra


“contribuírem” (questão acima) serve perfeitamente para a acentuação da
palavra contribuíram.
Resposta – Item errado.

25. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras


“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.

Comentário – Todas as palavras são proparoxítonas, sendo acentuadas por


esse motivo.
Resposta – Item errado.

26. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras


iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.
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Comentário – Além de sempre usada no início de períodos, nos títulos de


obras artísticas ou técnico-científicas, a letra maiúscula (caixa alta) é
convencionalmente usada na grafia de substantivos singulares para indicar
deferência e, ainda, nos casos abaixo:
• nomes, sobrenomes (José Ferreira) e cognomes (Ivan, o Terrível) das
pessoas;
• alcunhas (Sete Dedos); pseudônimos (Joãozinho Trinta); de nomes
dinásticos (os Médici);
• topônimos (Brasília, Paris);
• regiões (Nordeste, Sul);
• nomes de instituições culturais, profissionais e de empresa (Fundação
Getúlio Vargas, Associação Brasileira de Jornalistas, Lojas Americanas);
• nome de divisão e de subdivisão das Forças Armadas (Marinha, Polícia
Militar);
• nome de período e de episódio histórico (Idade Média, Estado Novo);
• nome de festividade ou de comemoração cívica (Natal, Quinze de
Novembro);
• designação de nação política organizada, de conjunto de poderes ou de
unidades da Federação (golpe de Estado, Estado de São Paulo);
• nome de pontos cardeais (Sul, Norte, Leste, Oeste);
• nome de zona geoeconômica e de designações de ordem geográfica ou
político-administrativa (Agreste, Zona da Mata, Triângulo Mineiro);
• nome de logradouros e de endereço (Av. Rui Barbosa, Rua Cesário
Alvim);
• nome de edifício, de monumento e de estabelecimento público (edifício
Life Center, Estádio do Maracanã, Aeroporto de Cumbica, Igreja da Sé);
• nome de imposto e de taxa (Imposto de Renda);
• nome de corpo celeste, quando designativo astronômico (“A Terra gira
em torno do Sol”);

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• nome de documento ao qual se integra um nome próprio (Lei Áurea, Lei


Afonso Arinos).

Resposta – Item certo.

27. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e


“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.

Comentário – O vocábulo “políticas” é acentuado por ser proparoxítono; mas


“desperdício” e “carcerária” recebem acento por serem palavras paroxítonas
finalizadas em ditongo oral.
Resposta – Item errado.

28. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento


gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.

Comentário – Sim, o emprego do acento em ambas as palavras justifica-se


porque elas são paroxítonas terminadas em ditongo oral.
Resposta – Item certo.

29. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que


justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

Comentário – Não. A primeira palavra é paroxítona terminada em ditongo


oral: a-e-ro-por-tu-á-ria; a segunda é proparoxítona: me-te-o-ro-ló-gi-ca.
Resposta – Item errado.

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30. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",


"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

Comentário – As duas primeiras são paroxítonas terminadas em ditongo oral:


es-pé-cies, di-fí-ceis. A última, entretanto, é proparoxítona: his-tó-ri-cas.
Resposta – Item errado.

31. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração


o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

Comentário – Vamos com calma! Os vocábulos têxtil e pênsil pluralizam-se


assim, respectivamente: têxteis e pênseis. A terminação átona
–il dá lugar à terminação –eis. Não confunda com a terminação tônica: funil
> funis, em que o –l dá lugar ao –s. No singular, o acento circunflexo em
têxtil e pênsil ocorre porque as palavras são paroxítonas terminadas em L.
No plural, o acento permanece porque as palavras são paroxítonas terminadas
em ditongo oral.
As palavras obsolescência e ciência também recebem acento
porque são paroxítonas terminadas em ditongo oral: ob-so-les-cên-cia,
ci-ên-cia.
Déspota(s) recebe acento por ser proparoxítona (todas são
acentuadas, independentemente de estarem no singular ou no plural).
Resposta – Item certo.

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32. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio


colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia
ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

Comentário – Também existe no léxico da nossa Língua a palavra cheque, o


seu significado nada tem a ver com xeque. Entenda:
– cheque: documento fornecido por um banco a quem nele
tem conta, que equivale a dinheiro, uma vez preenchido com determinada
quantia e assinado pelo titular da conta.
– xeque (conforme usado no trecho): situação que representa
ameaça, perigo, risco, contratempo, transtorno: A paz está em xeque.
Resposta – Item errado.

33. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo


recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com


acento – récorde.

Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente


por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de
silabadas. O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses
equívocos aconteçam.

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas


Cateter austero ádvena
Cister avaro aeródromo
Condor aziago aerólito
Gibraltar batavo édito (ordem judicial)

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Hangar ciclope elétrodo


Masseter edito (lei, decreto) ínterim
Mister filantropo lêvedo
Negus fortuito arquétipo
Nobel gratuito aríete
Novel ibero crisântemo
Obus látex hieróglifo
Oximel maquinaria ímprobo
Ureter misantropo lúgubre
necromancia munícipe
rubrica notívago (ou noctívago)
nenúfar protótipo
pudico recôndito
recorde trânsfuga
vermífugo
zênite

Resposta – Item errado.

34. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança


monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]

Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”


por acerca de.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não


devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade
aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva
a respeito de.
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Resposta – Item errado.

35. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,


“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.

Comentário – Sim, a sílaba tônica delas é a antepenúltima, outra maneira de


dizer que são proparoxítonas.
Resposta – Item certo.

36. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e


“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – Não. A primeira é acentuada porque é uma proparoxítona; a


segunda se enquadra na regra do hiato: letra I o U representando a segunda
vogal do hiato, constituindo a sílaba tônica da palavra e estando só ou
acompanhada de S (país, saúde, Grajaú etc.).
Resposta – Item errado.

37. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que


estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão
“dali para a frente” por dali pra frente.

Comentário – A forma pra representa uma variação linguística conhecida


como linguagem informal ou popular, que não tem aceitação em documentos
oficiais, justamente por se distanciar da norma gramatical. Abaixo há um
quadro que assinala a diferença entre a variação padrão (formal, culta) e a não
padrão (informal ou popular) por meio de outros exemplos:

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FORMAL INFORMAL
Está Tá
Falar Falá
Queijo Quejo
Vamos Vamo
Vou Vô
Regência do verbo visar Ele visa o bem público. (deveria ser ao)

Resposta – Item errado

38. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e


“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – A primeira recebe acento por ser proparoxítona (ô-ni-bus); a


segunda, por ser paroxítona terminada em ditongo oral (-eis).
Resposta – Item errado.

39. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos


“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Os dois primeiros são acentuados por serem proparoxítonos


(qui-lô-me-tro / em-ble-má-ti-co); “picolé” é oxítona terminada em E.
Resposta – Item errado.

40. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos


“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.

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Comentário – Sim, os dois acentos são usados porque as palavras são


proparoxítonas (todas são acentuadas): a-na-lí-ti-ca / te-rí-a-mos.
Resposta – Item certo.

[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm


direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]

41. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento


gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

Comentário – Sim, o acento é obrigatório. Este acento serve para diferenciar


a terceira pessoa do plural (“os alunos de ótimo boletim” = eles) da terceira
pessoa do singular (ele). Nem mesmo a vigência do novo Acordo o aboliu.
Resposta – Item certo.

42. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e


“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

Comentário – Negativo. O acento agudo em países justifica-se pela regra dos


hiatos. A vogal I é a segunda do hiato (pa-í-ses), está sozinha na sílaba e
constitui a sílaba tônica da palavra. Em áreas, o acento ocorre porque a
palavra é paroxítona terminada em ditongo (á-reas).
Resposta – Item errado.

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43. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)


e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

Comentário – Sim, pois ambas são palavras proparoxítonas (pú-bli-co,


ca-ó-ti-co). Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Resposta – Item certo.

Então, o que você achou? Posso esperá-lo na próxima aula?


Lembre-se de que o êxito deste curso também depende do diálogo
entre nós dois. Portanto participe dos fóruns, esclareça suas dúvidas e mande
suas sugestões.
Um grande abraço e que Deus o abençoe!

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Pontos Importantes da Matéria

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Lista das Questões Comentadas

[...]

1. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Na linha 26, “por que”


poderia, sem prejuízo para a correção gramatical, ser grafado porque,
em razão de estar empregado como conjunção causal, tal como ocorre em
“mas o mandamento de agir unicamente porque se trata de um dever”
(L.31-32).

[...]
22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter
dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O
discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em
25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira
tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.
E mais, não são apenas os grandes líderes do setor
28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete
recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores
e jornalistas também não entenderam as oportunidades que
31 estão surgindo a partir das transformações que estamos
vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica
pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.
[...]

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Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,


26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

2. (Cespe/AGU/Administrador/2010) O trecho “a partir das” (l.31) poderia


ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por um dos
termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.

3. (Cespe/AGU/Administrador/2010) Na linha 22, o deslocamento do


vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —
ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que
passaria a significar também.

4. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Na opção a seguir,


é apresentado trecho adaptado de texto extraído do sítio dos Correios na
Internet. Julgue-a quanto à correção gramatical.

O progresso comercial advindo da chegada da família real no novo mundo


abriu caminhos afim de que o serviço postal se desenvolvesse. Esse fato
permitiu a elaboração do primeiro Regulamento Postal do Brasil, o
funcionamento regular dos Correios Marítimos e a emissão de novos
decretos que criassem os Correios Interiores.

[...]
O planejamento caiu em descrédito com a queda do
16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a
contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que
se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito
19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das
pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e
atualizar o planejamento. Até Jeffrey Sachs — diretor do Earth

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22 Institute, da Columbia University, em Nova Iorque, e


conselheiro do secretário-geral das Nações Unidas —
pronuncia-se em favor de um planejamento flexível a longo
25 prazo, voltado para o enfrentamento dos três desafios
simultâneos da segurança energética, segurança alimentar e
redução da pobreza, buscando uma cooperação tripartite entre
28 os setores público e privado e a sociedade civil.
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento.


Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

5. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O sentido da expressão


“mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria prejudicado
caso se substituísse “mal” por mau.

6. (Cespe/Aneel/Cargos de Nível Superior/2010) O termo “consequências


deletérias” (l.36-37) significa resultados que não podem ser
apagados, alterados.

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1 Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21


países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência
Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra,
4 Bolívia, reiteramos o nosso propósito de continuar a
fortalecer a Comunidade Ibero-Americana de Nações
como fórum de diálogo, cooperação e concertamento
7 político, aprofundando os vínculos históricos e culturais
que nos unem, e admitindo, ao mesmo tempo, as
características próprias de cada uma das nossas múltiplas
10 identidades, que permitem reconhecer-nos como uma
unidade na diversidade.
[...]
Na trilha de Salvador: a inclusão social pela via do trabalho decente.
Brasília: MTE, Assessoria Internacional, 2004, p. 27, 30 e 35 (com adaptações).

7. (Cespe/MTE/Agente Administrativo/2008) De acordo com as regras de


acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos” (l.
2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma: íbero-
americanos.

1 O poder político é produto de uma convenção, não


da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente
com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus
direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,
na liberdade e em outros bens. Mesmo antes do estado de
7 sociedade, o homem não é um ente isolado, avesso ao
contato com outras pessoas. De um lado, a sociedade
conjugal tem o escopo de possibilitar a perpetuação da

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10 espécie. De outro lado, a sociedade política visa à


preservação da propriedade.
[...]

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia,


ciência & vida. Ano III, nº 27, p. 40-1 (com adaptações).

8. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A organização do texto permite a


substituição da expressão “ao contato” (l.7-8) por à convivência, sem
prejuízo para a coerência entre os argumentos e para a correção
gramatical.

9. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) Na linha 3, a argumentação do texto


mostra que “a sociedade” e “os homens” podem ser considerados, em
significação conotativa, como sinônimos textuais; por isso, a troca de
posição entre esses dois termos preservaria a coerência e a correção
gramatical do texto.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já


apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,
como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem
4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.
[...]
o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma
28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois
quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais
movimentadas. [...]

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

10. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A substituição de “cerca de” (l.2) por


acerca de manteria a correção gramatical do período.

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11. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Manteria a correção gramatical e o


sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois
quarteirões” (l.28-29).

[...] Tendo como principal propósito a


13 interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à
constituição de uma nação-Estado verdadeiramente
unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no
16 país explicitavam firmemente a sua crença de que o
crescimento era enormemente inibido pela ausência de um
sistema nacional de comunicações e de que o
19 desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial
para o alargamento da base econômica do país. [...]

Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.gov.br> (com adaptações).

12. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A palavra “crucial” (l.19) está sendo


empregada com o sentido de árduo, difícil.

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente


difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os
primeiros homens em contato com a natureza. [...]
José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e
História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

13. (Cespe/Antaq/Especialista – Economia/2009) No desenvolvimento da


textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no qual
vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a coerência nem
para a correção gramatical do texto.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro


do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é
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obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.


4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às
vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,
concepções de desenvolvimento e interesses distintos e
7 conflitantes.
[...]
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade
nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

14. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção


gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no
qual”.

15. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) As palavras “líderes”,


“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base
na mesma justificativa gramatical.

16. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) As palavras


“catástrofe” e “climática” recebem acento gráfico com base em
justificativas gramaticais diferentes.

O protocolo de adesão, assinado em julho de 2006,


ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.
7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da própria
Venezuela já votaram pela entrada do país no MERCOSUL.
Apenas o Paraguai e o Brasil ainda não chancelaram o
10 acordo. [...]
Maria Clara Cabral. Folha de S.Paulo,18/12/2008.

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17. (Cespe/MRE–IRBr/Bolsas-Prêmio/2009) A palavra “chancelaram” (l.9) está


sendo empregada com o sentido de sancionaram.

Canção do Ver (fragmento)

1 Por viver muitos anos


dentro do mato
Moda ave
4 O menino pegou
um olhar de pássaro –
Contraiu visão fontana.
7 Por forma que ele enxergava
as coisas
Por igual
10 como os pássaros enxergam.
As coisas todas inominadas.
Água não era ainda a palavra água.
13 Pedra não era ainda a palavra pedra. E tal.
As palavras eram livres de gramáticas e
Podiam ficar em qualquer posição.
16 Por forma que o menino podia inaugurar.
Podia dar às pedras costumes de flor.
Podia dar ao canto formato de sol.
19 E, se quisesse caber em uma abelha, era só abrir a
[palavra abelha e entrar dentro dela.
Como se fosse infância da língua.
Manoel de Barros. Poemas rupestres. Rio de Janeiro: Record, 2004.

18. (Cespe/MRE-IRBr/Diplomata/2009) A respeito do vocabulário do texto


acima, assinale a opção incorreta.

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a) “Moda” (v.3) significa conjunto de opiniões, gostos e apreciações críticas,


assim como modos de agir, viver e sentir coletivos, aceitos por
determinado grupo humano em um dado momento histórico.
b) O sentido do vocábulo “Contraiu” (v.6) restringe as possibilidades
semânticas de “pegou” (v.4).
c) Na expressão “visão fontana” (v.6), o vocábulo sublinhado, adjetivo
derivado de fonte, foi metaforicamente empregado com sentido de
originário, gerador, causal, seminal.
d) Em “As palavras eram livres de gramáticas” (v.14), o vocábulo sublinhado
alude a regras gramaticais.
e) O vocábulo “posição” (v.15) refere-se à sintaxe, entendida como
disposição harmoniosa de partes ou elementos da frase.

A diferença na linguagem

1 “Para os gramáticos, a arte da palavra quase se esgota na


arte da escrita, o que se vê ainda pelo uso que fazem dos
acentos, muitos dos quais fazem alguma distinção ou evitam
4 algum equívoco para os olhos mas não para os ouvidos.”
Neste texto Rousseau nos sugere que, para ler bem, é preciso
prestar ouvidos à voz original, adivinhar as diferenças de
7 acento que a articulam e que se tornaram imperceptíveis no
espaço homogêneo da escrita. Na leitura, o olho treinado do
Gramático ou do Lógico deve subordinar-se a um ouvido
10 atento à melodia que dá vida aos signos: estar surdo à
modulação da voz significa estar cego às modalidades do
sentido. Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da
desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas
também a indicação do estatuto que Rousseau confere à

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16 linguagem. O que é importante notar aqui é que a oposição


entre falar e escrever não se funda mais na oposição entre
presença e ausência: não é a ausência do sujeito falante que
19 desqualifica a escrita, mas a atonia ou a homogeneidade dos
signos visuais. Se a essência da linguagem escapa à
Gramática, é porque esta desdobra a linguagem num elemento
22 essencialmente homogêneo.

Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130.

19. (Cespe/MRE/IRBr/Diplomata/2009) Com relação às ideias do texto 3,


julgue (C ou E) o item a seguir.

A palavra “acentos” (l.3) refere-se a sinais gráficos, ao passo que “acento”


(l.7) designa qualidades como inflexão ou modulação.

20. (CESPE/MRE/IRBr/Diplomata/2009 – adaptada) Com relação às ideias e


aos aspectos gramaticais do texto, julgue as opções abaixo.

a) O uso recorrente de vocábulos pertencentes aos campos semânticos da


visão e da audição prejudica a coerência e a coesão do texto.

b) É a mesma a justificativa para o uso de inicial maiúscula em “Gramático”


(l.9) e em Gramática (l.21).

Receita – 96:924$985

1 No orçamento do ano passado houve supressão de


várias taxas que existiam em 1928. A receita, entretanto,
calculada em 68:850$000, atingiu 96:924$985.
4 E não empreguei rigores excessivos. Fiz apenas
isto: extingui favores largamente concedidos a pessoas que
não precisavam deles e pus termo às extorsões que afligiam

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7 os matutos de pequeno valor, ordinariamente raspados,


escorchados, esbrugados pelos exatores.
[...]

Graciliano Ramos. 2.º relatório ao sr. governador Álvaro Paes pelo prefeito do
município de Palmeira dos Índios. In: Relatórios Graciliano Ramos.
Record/Fundação de Cultura de Recife, 1994, p. 51.

21. (Cespe/Sefaz-AC/Fiscal da Receita Estadual/2009) Considerando os


sentidos e aspectos gramaticais do texto, julgue a opção abaixo.

A expressão explorados pelos cobradores de impostos, embora


menos enfática, é coerente com o sentido geral do trecho “ raspados,
escorchados, esbrugados pelos exatores” (l.7-8).

[...]

10 A declaração não previu que o desenvolvimento


capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. [...]

Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).

22. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) Preservam-se a correção


gramatical e o sentido original do texto ao se substituir “sem controle” (l.
12) por aleatoriamente.

23. (Cespe/MPS/Análise de Comprovantes/2010) As palavras “últimas”,


“trânsito”, “econômica” e “contribuírem” recebem acento gráfico por
serem proparoxítonas.

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24. (Cespe/SEDU-ES/Agente de Suporte Educacional/2010) As palavras


“metrópoles”, “acúmulo”, “inúmeros” e “mínimas” recebem acento gráfico
com base em justificativas gramaticais diferentes.

25. (Cespe/TRE-ES/Técnico/Operação de Computadores/2011) Em


“contribuíram”, o emprego do acento gráfico justifica-se pela presença de
ditongo em sílaba tônica.

26. (Cespe/TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2010) O uso das letras


iniciais maiúsculas em "Império Romano", "Cristianismo" e "Revolução
Francesa" são exemplos de que substantivo usado para designar ente
singular deve ser grafado com inicial maiúscula, como, por exemplo, Lei
nº 8.888/1998.

27. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) Os vocábulos “políticas”, “desperdício” e


“carcerária” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação.

28. (Cespe/TRT-21ª Região/Analista Judiciário/2011) O emprego de acento


gráfico no vocábulo “barbárie” deve-se à mesma regra que se observa no
emprego de acento em “caleidoscópio”.

29. (Cespe/STM/Técnico Judiciário/2011) A regra de acentuação gráfica que


justifica o emprego do acento gráfico em “aeroportuário” é a mesma que
justifica o emprego do acento em “meteorológica”.

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30. (Cespe/PC-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos "espécies",


"difíceis" e "históricas" são acentuados de acordo com a mesma regra de
acentuação gráfica.

31. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Superior/2011) Levando-se em consideração


o que está previsto na ortografia oficial vigente, é correto afirmar que: o
vocábulo “têxtil” (L.2), que segue o padrão de flexão do vocábulo pênsil,
é acentuado também na forma plural; “obsolescência” (L.12) é vocábulo
que segue o padrão do vocábulo ciência, no que se refere ao emprego de
sinal de acentuação; a acentuação gráfica do vocábulo “déspotas” (L.18)
também é empregada quando o vocábulo é grafado na forma singular.

32. (Cespe/Serpro/Técnico – Operação de Redes/2010) No trecho “O episódio


colocou em xeque a viabilidade do modelo”, a palavra “xeque” poderia
ser, facultativamente, grafada da seguinte forma: cheque. Nesse caso,
seriam mantidos a correção gramatical do texto e seu sentido original.

33. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

[...] e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo


recorde [...]

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com


acento – récorde.

34. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010)

[...] Criada em 1983 pela doutora Zilda Arns, a Pastoral da Criança


monitora atualmente cerca de 2 milhões de crianças de até 6 anos de
idade e 80 mil gestantes [...]
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Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de”


por acerca de.

35. (Cespe/Inca/Técnico em Análise Clínica/2010) As palavras “Único”,


“críticas” e “público” recebem acento gráfico porque têm sílaba tônica na
antepenúltima sílaba.

36. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) As palavras “amazônico” e


“viúva” acentuam-se de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

37. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2010) Estaria de acordo com o que


estabelece a prescrição gramatical para textos escritos no nível formal da
linguagem, tais como documentos oficiais, a substituição da expressão
“dali para a frente” por dali pra frente.

38. (Cespe/Correios/Cargos de Nível Superior/2011) As palavras “ônibus” e


“invioláveis” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

39. (Cespe/Correios/Agente de Correios/2011 – adaptada) Os vocábulos


“quilômetros”, “emblemático” e “picolé” são acentuados de acordo com a
mesma regra de acentuação gráfica.

40. (Cespe/TJ-ES/Analista Judiciário/Taquigrafia/2011) Os vocábulos


“analítica” e “teríamos” recebem acento gráfico com base na mesma regra
de acentuação.
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[...]

19 Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm


direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora.
[...]

41. (Cespe/FUB/Cargos de Nível Médio/2011) Em razão do contexto, o acento


gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.19) é obrigatório.

42. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) Os vocábulos “países” e


“áreas” são acentuados de acordo com a mesma regra de acentuação
gráfica.

43. (Cespe/PC-ES/Perito Criminal Especial/2011) Os vocábulos “público” (L.9)


e “caótico” (L.12), que foram empregados no texto como adjetivos,
obedecem à mesma regra de acentuação gráfica.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. Item errado 30. Item errado


2. Item certo 31. Item certo
3. Item errado 32. Item errado
4. Item errado 33. Item errado
5. Item certo 34. Item errado
6. Item errado 35. Item certo
7. Item errado 36. Item errado
8. Item certo 37. Item errado
9. Item errado 38. Item errado
10. Item errado 39. Item errado
11. Item errado 40. Item certo
12. Item errado 41. Item certo
13. Item certo 42. Item errado
14. Item certo 43. Item certo
15. Item certo
16. Item errado
17. Item certo
18. A
19. Item certo
20. Item errado
21. Item certo
22. Item errado
23. Item errado
24. Item certo
25. Item errado
26. Item certo
27. Item errado
28. Item certo
29. Item errado
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