1 Agravo de Instrumento

ALMEIDA ADVOCACIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
PRIORIDADE – IDOSOS
DOENÇA GRAVE
Processo Originário nº 5134029-18.2022.8.24.0023
Execução Fiscal nº 0020358-16.1996.8.24.0023
ADEMIR BRAULIO BENTO, brasileiro, casado, portador do RG n°
143517 e CPF nº 179.783.359-68 e IDINETE DORALICE BENTO, brasileira,
casada, portadora do RG n° 2500583-9 e CPF n° 070.669.939-42, ambos residentes e
domiciliados na Servidão Bento, 34, Bairro Pantanal, Florianópolis/SC, por seu
advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandado anexo, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Artigo
1.015, inciso I do CPC, propor:
AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM PEDIDO DE MÁXIMA URGÊNCIA
Rua Padre Lourenço de Andrade, 200, Sato. Antônio de Lisboa - Florianópolis - SC - CEP: 88.050-400
Fone / Fax: (048) 3211-8423 – Whatsapp: (48) 99148-3630
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ALMEIDA ADVOCACIA
Contra decisão interlocutória proferida no Ev. 04, junto à Ação Anulatória
supracitada, que indeferiu o pedido de Antecipação de Tutela, com base nas
razões de fato e de direito que passa a expor e ao final requerer.
1). DAS PRELIMINARES PROCESSUAIS.
Aqui, antes de adentrar nas questões fáticas e meritórias, expõem-se alguns
pontos indispensáveis nesta ordem.
1.1). DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Em primeiro plano, ressalta-se o cabimento do presente agravo de
instrumento, uma vez que o objeto da demanda se encontra no rol do art. 1.015,
inciso I do Código de Processo Civil, como dispõe1:
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
Do exposto, verificada a hipótese de cabimento do presente agravo e
reconhecida às formalidades exigidas por lei, requer o recebimento, admissão e
posteriormente, o julgamento com o devido deferimento do presente agravo.
1 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
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ALMEIDA ADVOCACIA
1.2). DA TEMPESTIVIDADE
A contagem para interposição do presente caso começou a correr quando
a decisão fora prolatada no evento 19 onde fora sentenciada os Embargos
declaratórios, iniciando-se a contagem do prazo no dia 07 de fevereiro de 2023 e
findando no dia 16 de fevereiro de 2023, portanto, hoje, 08 de fevereiro de 2023, o
Agravo é tempestivo.
1.3). DA DISPENSA DO PREPARO E DOCUMENTOS
Diante do reconhecimento da hipossuficiência financeira dos Autores nos
autos originários, o R. julgador concedeu os benefícios da justiça gratuita, nos
termos do Artigo 98 do CPC, motivo pelo qual deixa de juntar o preparo recursal.
Ademais, nos termos do art. 1.017, §5º, é dispensada a juntada de peças ao
agravo de instrumento quando o processo tramita de forma eletrônica, razão pela
qual os agravantes deixam de juntar as peças mencionadas nos incisos I e II do art.
1.017 do Código de Processo Civil.
1.4). DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Os Agravantes informam os nomes e endereço dos advogados habilitados
nos autos, aptos a serem intimados dos atos processuais, conforme estabelece o
art. 1016, IV, do Código de Processo Civil.
DOS AGRAVANTES: Dr. José Roberto de Almeida Souza Junior,
brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/SC 21.962 e CPF n° 862.392.441-04,
com escritório na Rua Padre Lourenço de Andrade, 200, Santo Antônio de Lisboa,
Florianópolis - SC - CEP: 88.050-400
DO AGRAVADO: Dr. Ubiraci Farias, inscrito sob a OAB/SC 21.650
2). DA SÍNTESE DA DEMANDA
Inicialmente, cumpre destacar, que os Agravantes ingressaram com Ação
Anulatória com Tutela de Urgência de leilão judicial em face do município de
Florianópolis e da Arrematante do bem imóvel de propriedade deste, buscando a
nulidade da arrematação ocorrida nos Autos da Execução Fiscal nº 0020358-
16.1996.8.24.0023. Ademais, cumpre destacar em sede inicial, que os Agravantes
são pessoas idosas, que possuem diversos problemas de saúde, conforme abordar-
se-á em ponto específico.
O fato é que mesmo sendo um leilão eivado de nulidades, notadamente
pela ausência de citação e intimação, válidas, afinal:
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a). Nítida justa causa e falha na representação jurídica, bem como:
b). Nítida ocorrência da prescrição intercorrente;
c). Nítida ausência de litisconsórcio passivo necessário;
d). Nítida irregularidade de representação processual;
e). Nítida desatenção na ordem de preferência legal dos penhoráveis;
Enfim, nestas linhas, e, mesmo assim, o R. magistrado indeferiu o pleito
urgente e necessário de suspensão dos atos expropriatórios.
Em ato continuo, fora oposto Embargos Declaratórios, buscando o
aperfeiçoamento decisório, afinal, a decisão fora omissa e contraditória, todavia o
R. magistrado rejeitou os embargos, mantendo a decisão nada justa.
Deste modo, não resta alternativa diversa da interposição do presente
recurso, para buscar a concessão da tutela de urgência e evitar prejuízos
irreparáveis aos Agravantes, que conforme já dito, são pessoas idosas de saúde
extremamente frágil.
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ALMEIDA ADVOCACIA
2.1). DA NECESSÁRIA SÍNTESE DA EXECUÇÃO.
A Execução Fiscal nº 0020358-16.1996.8.24.0023 iniciada em 1996, se deu
em decorrência de supostos créditos de IPTU, referentes aos anos de 1992 à
1995, sob o imóvel matriculado no nº 52.094.0720.001-368, em nome do Autor.
Ainda no ano de 1996, o Autor recebeu a citação com a determinação de
pagamento sob pena de penhora. O Autor constituiu advogado, que,
supostamente apresentou Embargos à Execução em 10/09/1996, contudo, não
consta nos Autos tal Embargos. O que já soa estranho de plano e não permite
aqui maiores aprofundamentos, muito menos juízo algum de valor, afinal,
como tratar de algo que não existe ?
Após, em 1998 fora expedido termo de penhora do imóvel (Ev. 82 – Auto
de Penhora 14). Em 2006, após 08 (oito) anos parado o processo, adveio
sentença (Ev. 82 – Translado de Peças 16-18), onde julgou antecipadamente a
lide e rejeitou os, supostos embargos, determinado o prosseguimento da
execução, veja:
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ALMEIDA ADVOCACIA
Após diligências quanto às informações da matrícula do bem, pasmem, o
próprio Município, aqui Réu, pugnou pela realização do BACENJUD (Ev. 82 -
Petição 52 e 57), em substituição à penhora existente do imóvel, na franca
tentativa de obedecer à ordem legal de penhora.
Porém o juízo nada fez para a já dita obediência legal, e pior, provocada
pela parte adversa. Nítido absurdo. Com todas as vênias. Afinal, tal
inobservância é um dos fortes motivos de tudo isto agora estar acontecendo.
Pasmem a divida era de aproximados 5 (cinco) mil Reais.
Assim, em ato contínuo, adveio decisão, determinando a reavaliação do
bem, e intimação do Executado e Conjugue (Ev. 85). Após (Ev. 89), mais uma
vez, sem medo de redundâncias, desconsiderando totalmente o pleito
realizado pelo Exequente e a ordem legal e preferencial.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Após, o patrono do Autor à época, renuncia o mandado sem comunicar
o Autor. Em setembro de 2021, é expedida intimação com a data do leilão (Ev.
95).
Em ato sucessivo, fora juntado certidão do oficial de justiça informando
que intimou o Executado e a conjugue, todavia, não comprova a efetiva
intimação através das assinaturas dos mesmos (Ev. 102).
Em 05/11/2021, o Autor recebe através de AR, a intimação da Renúncia
do mandado, conferindo 15 (quinze) dias para constituir novo advogado (Ev.
117). Ocorre que em 11/11/2021 sai a ata do leilão, informando a venda do bem
(Ev. 118). E em 17/11/2021 advém decisão abrindo prazo para manifestação do
Executado, este que sequer tinha esgotado o prazo para constituir novo
advogado (Ev. 122).
A Carta de arrematação foi expedida em 06/12/2021 (Ev. 134). Após o
processo ficou suspenso, diante da medida cautelar incidental decorrente do
Preceito Fundamental n. 828.
Por fim, fora proferida decisão que determinou a expedição de mandado
de imissão não posse (Ev. 166). Deste modo, e somente agora, com o
conhecimento familiar da situação envolvendo o caso, estes subscritores foram
contratados para intervir no feito. Todavia, por ter se esgotado o prazo para
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ALMEIDA ADVOCACIA
atuação no processo originário, ingressou com ação autônoma, afim de anular o
leilão, nulo ocorrido e se restabelecer a justiça.
3). DA DECISÃO AGRAVADA.
Com todas as vênias, colar-se-á trechos da decisão proferida pelo juiz
singular, onde negritar-se-á as partes que serão alvo de enfrentamento em tópico
seguinte.
(...) Passo à análise do pedido de concessão de tutela de
urgência, o qual, adianto, não comporta acolhimento.
No particular do caso dos autos, verifico que,
em cognição sumária, própria do pedido antecipatório deduzido
pela parte requerente, não se encontra presente um dos
fundamentos autorizadores da concessão da tutela
antecipada pleiteada, sem a oitiva da parte contrária, ou
seja, a plausibilidade das teses jurídicas ventiladas (art.
300 do CPC).
Com efeito, da análise dos elementos de prova trazidos aos autos
pela parte requerente, tem-se que a execução fiscal de autos
n. 0020358-16.1996.8.24.0023 tramitou regularmente, pois
percebe-se que o executado foi citado e posteriormente intimado a

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ALMEIDA ADVOCACIA
respeito dos atos processuais praticados até a ultimação da
alienação do bem, tendo apresentado embargos que oportunamente
foram julgados e rejeitados, o que revela, por ora, a inexistência
de nulidade aparente que enseje o acolhimento das teses
deduzidas nessa fase processual.
A alienação do imóvel em que reside não configura fato
novo e desconhecido da parte requerente, uma vez que a
carta de arrematação do bem foi expedida há um ano, em
06/12/2021, cujo cumprimento estava suspenso diante da
decisão proferida pelo Exmo. Ministro Luís Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal, nos autos da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental n. 828. Ademais,
como dito, o executado foi regularmente intimado dos atos
praticados no bojo da execução tendentes à expropriação do
bem (Evento n. 102 e 117).
Outrossim, tratando-se de execução referente ao IPTU, a
preferência pela penhora recai sobre o imóvel que deu
origem à dívida. Além do mais, não há litisconsórcio passivo
necessário em tal espécie, havendo apenas a necessidade de
intimação do cônjuge a respeito dos atos de expropriação, o
que foi observado nos autos.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Por fim, não passa despercebido por este Juízo que parte da
documentação atrelada à inicial para embasar o pedido de
urgência foi emitida ainda no mês de agosto deste ano, o
que revela o pleno conhecimento, tanto da arrematação do
bem, quanto da futura desocupação.
Isso posto, INDEFIRO a tutela de urgência pleiteada.
Cite-se a parte requerida, com as advertências de estilo, para
resposta no prazo de 30 (trinta) dias, a teor dos arts. 335, III c/c
183 do CPC.
Havendo juntada de documentos pela parte requerida, intime-se a
parte requerente, na pessoa de seu advogado, para oferecer réplica
à contestação em 15 dias (CPC, art. 437, § 1.º).
Concedo à parte requerente os benefícios da gratuidade da justiça,
nos termos do art. 98 do CPC.
Intimem-se e cumpra-se.
Como dito, daqui por diante o combate será bastante elucidativo e acredita-
se, que, será capaz de envolver Vs. Exas., na tão esperada a ser reestabelecida
JUSTIÇA.
4). DAS RAZÕES PARA REFORMAR DA DECISÃO.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Como dito, passa-se ao combate pontual dos tópicos e fundamentos, com
máximas vênias, equivocados, isto da decisão interlocutória que indefere pleitos
de máxima urgência.
4.1.1). DA PRESENÇA DE PLAUSIVIDADE DAS TESES EXORDIAIS.
Excelências, o magistrado de primeiro grau entendera pela ausência de um
dos requisitos autorizadores da tutela, qual seja, da probabilidade de direito.
Ocorre Exas., que tal assertiva não merece prosperar, isto porque, restou mais
que demonstrado a probabilidade do direito no presente caso. Isto porque, o
processo executivo que ensejou o leilão está eivado de vícios, e afrontas ao bom
direito, conforme demonstrar-se-á à Vossas Excelências pontualmente, conforme
segue.
4.1.2) DA PRESCRIÇÃO “EX OFÍCIO”.
O primeiro grande vício que enseja o deferimento da tutela de urgência,
e demonstra a probabilidade de direito dos Agravantes, se refere a prescrição
intercorrente, que, diga-se de passagem, poderia/deveria ser reconhecida ex
ofício, afinal é absoluta, visto que, a dívida ensejadora do mencionado leilão,
estava a muito tempo prescrita.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Exas., o processo ficou parado por 08 (oito) anos, tendo ocorrido a
prescrição intercorrente. Ou seja, desde 1998 quando houve a expedição do Auto
de Penhora (Ev. 82 – Auto de Penhora 14), voltando o processo a tramitar
somente em 2006 (Ev. 82 – Translado De Peças 16-19), quando fora proferida
sentença, ou seja, permanecendo por 08 (oito) anos sem nenhuma movimentação
processual.
Deste modo, nos termos do Artigo 206, § 5º, I, do Código Civil, o prazo o
prazo da prescrição intercorrente é de 5 (cinco) anos, que dispõe: o prazo para
exercer a pretensão executória é de 5 anos, sendo este, também,
o prazo da prescrição intercorrente, contados a partir do fim da suspensão por 1 (um)
ano concedida.
Ademais, a Súmula 150 do STF é clara: “Prescreve a execução no mesmo prazo
de prescrição da ação”.
Veja também a jurisprudência consolidada do STJ sobre o tema2:
APELAÇÃO CÍVEL - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA -
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL OBTIDO EM AÇÃO DE
COBRANÇA - ART. 1º, DO DECRETO Nº 20.910/32 -
2STJ - REsp: 1976625 SE 2021/0365430-8, Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA, Data de Publicação: DJ
13/12/2021
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ALMEIDA ADVOCACIA
DEMANDA ANTERIOR SEM DETERMINAÇÃO DE
CITAÇÃO - NÃO COMPROVAÇÃO DE CAUSA
INTERRUPTIVA -APLICAÇÃO DA SÚMULA 150, DO STF
- PRESCRIÇÃO CONSUMADA -SENTENÇA MANTIDA -
RECURSO IMPROVIDO.
I. A prescrição é regulada pelo disposto no art. 1º, do
Decreto nº 20.910/92, que assim dispõe: "as dívidas passivas
da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e
qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual
ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em
cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originaram."
II. O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou acerca do
processamento da execução, por meio da Súmula de nº 150,
in verbis: "Prescreve a execução no mesmo prazo de
prescrição da ação.
III. In casu, tem-se a ausência de demonstração da
ocorrência de causa interruptiva – que apenas ocorreria com a
citação válida em demanda anterior, ainda que operada em ação
extinta sem julgamento do mérito–, do curso do prazo
prescricional.
Recurso improvido.
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ALMEIDA ADVOCACIA
Isto posto, não há como negar a existência de nulidade absoluta, que,
pode sim, inclusive ser deflagrada sem provocação específica.
4.1.3). DO PREÇO VIL.
Além da clara nulidade diante do prosseguimento do feito e leilão de um
imóvel por uma dívida que estava a muito tempo prescrita, o imóvel fora
leiloado por preço vil, fato que se comprovou na exordial através de avaliação
realizada por profissional qualificado.
O imóvel em questão fora vendido por preço muito inferior ao de
mercado, ou seja, por apenas R$ 166.000,00 (cento e sessenta mil reais). Todavia
o imóvel possui o valor de mercado superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil
reais), veja a avaliação idônea, assinada por profissional expert, que colaciona-se
e segue anexo:
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ALMEIDA ADVOCACIA
Deste modo Exas., é nítido que o imóvel foi vendido por preço vil, por ser
inferior a 50% da avaliação atual do imóvel o que, certa e logicamente, é nítida
situação de anulabilidade da arrematação prescrita.
Vejam a jurisprudência uníssona nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ANULATÓRIA DE
ARREMATAÇÃO POR PREÇO VIL.
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ALMEIDA ADVOCACIA
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA QUE
DETERMINOU A ANULAÇÃO DA
ARREMATAÇÃO PORQUE REALIZADA
A PREÇO VIL, INFERIOR A 50% DA
AVALIAÇÃO3.
E mais:
ARGUIDA NÃO CONFIGURAÇÃO DE PREÇO VIL. TESE
DERRUÍDA. IMÓVEL ARREMATADO
POR PREÇO INFERIOR A 50% DA
AVALIAÇÃO. PREÇO VIL CARACTERIZADO.
PRECEDENTES4.
Igualmente, o STJ entende, veja:
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
ANULATÓRIA. ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL
POR PREÇO VIL. OCORRÊNCIA. ACÓRDÃO
3 TJ-SC - AI: 40107205620168240000 Blumenau 4010720-56.2016.8.24.0000, Relator: Vilson Fontana, Data

de Julgamento: 07/06/2019, Quinta Câmara de Direito Público
4 TJSC, Apelação Cível n. 0300231-10.2014.8.24.0166, de Forquilhinha, rel. Des. Denise de Souza Luiz
Francoski, Quinta Câmara de Direito Público, j. 12/07/2018

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ALMEIDA ADVOCACIA
RECORRIDO. ALEGADA OFENSA AO ART. 535, I E II,
DO CPC/73. INEXISTÊNCIA. FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF. INCIDÊNCIA, POR
ANALOGIA. REEXAME DE PROVA. ÓBICE DA
SÚMULA 7/STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
PREJUDICADA. AGRAVO INTERNO IMPROVIDO. [...]
IV. Orienta-se a jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça no sentido de que o preço vil caracteriza-se
pela arrematação do bem em valor inferior a menos da
metade da avaliação. Nesse sentido: STJ, AgInt no REsp

1.461.951/PR, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe de 24/02/2017; AgRg no
AREsp 386.761/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, DJe de 09/10/2013; RCDESP no AREsp
100.820/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe de 12/04/2012.(...) VIII. Agravo interno
improvido. (STJ, AgInt no AREsp 871.115/PR, rel. Min.
Assusete Magalhães, Segunda Turma, j. 05/06/2018, DJe
08/06/2018). Essa é também a regra subsidiária estampada no
art. 891, parágrafo único, do CPC, segundo o qual "considera-
se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e
constante do edital, não tendo sido fixado preço mínimo,
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ALMEIDA ADVOCACIA
considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do
valor da avaliação"
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE PEDIDO
DE ARREMATAÇÃO DE BEM POR VALOR INFERIOR À
METADE DA AVALIAÇÃO. PREÇO VIL.
CARACTERIZAÇÃO. DECISÃO MANTIDA. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO. "1. O Superior
Tribunal de Justiça firmou entendimento no
sentido de que, mesmo no segundo leilão, a
arrematação do bem não pode ocorrer por valor
inferior à metade da avaliação. (...) (STJ. AgRg no

REsp 995.449/SP, Rel. Min. Denise Arruda, j. em 5.2.2009)5".
Deste modo, é evidente que o bem foi vendido à preço vil, o que colabora
com a probabilidade de direito dos Agravantes, motivo pelo qual reforça a
necessidade de reforma da decisão que indeferiu a tutela de urgência.
4.2) DA IRREGULAR TRAMITAÇÃO DA AÇÃO EXECUTÓRIA.
5TJ-SC - AI: 20150045684 Araranguá 2015.004568-4, Relator: Sebastião César Evangelista, Data de
Julgamento: 20/08/2015, Primeira Câmara de Direito Civil
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ALMEIDA ADVOCACIA
A Decisão combatida sustenta a ausência de nulidades que ensejariam o
deferimento da tutela, pois segundo o magistrado, inexistem irregularidades na
tramitação do feito. Ocorre que tal fundamentação não merece prosperar, isto
porque o processo não ocorreu de forma regular, conforme demonstrar-se-á
seguir.
4.2.1) DA NULA REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.
O r. magistrado de primeiro grau, desconsiderou totalmente o a
nulidade processual pela renúncia imperfeita, isto porque além de todas as
peculiaridades envolvendo o presente caso, o Agravante fora abandonado a
própria sorte pelo próprio representante legal, e o pior, sem ser sequer
notificado de tal renúncia, veja (Ev. 89):
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ALMEIDA ADVOCACIA
Um total absurdo e desrespeito com o cliente contratado, violando
inclusive o Art. 112 do Código de processo Civil, veja:
Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a
qualquer tempo, provando, na forma prevista neste
Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de
que este nomeie sucessor.
Além do descaso com o cliente, o representante violou também o
próprio Regulamento Geral da Ordem dos Advogados, que também estipula a
obrigatoriedade de notificação ao cliente em caso de renúncia, veja:
Art. 6º O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao
mandato (art. 5º, § 3º, do Estatuto), preferencialmente
mediante carta com aviso de recepção, comunicando, após,
o Juízo.
Ou seja, a conduta antiética do ex-patrono, acarretou diversos prejuízos
ao Executado, que ficou sem defesa nos Autos, e o pior, sem o conhecimento
da ausência de defesa.
Mais uma clara nulidade processual inobservada !
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ALMEIDA ADVOCACIA
4.2.2). DOS INVÁLIDOS ATOS JUDICIAIS PELA JUSTA CAUSA.
Ademais Exas., conforme já dito, os Agravantes são pessoas idosas, que
enfrentam diversos problemas de saúde. Inclusive, em tópico próprio, tais
situações serão em muito aprofundadas, posto serem seríssimas e que não é e
nunca será a intenção de alguém vivenciar.
Isto porque, o Sr. Ademir, desde 2012 encontra-se com a saúde
extremamente debilitada, tendo enfrentado desde então, dois cânceres
malignos. E mais, em 2017 descobriu outra neoplasia, esta originária da
camada de revestimento interno do trato urinário, presente na bexiga.
Ademais, os probelmas de saúde que acometeu e até hoje acomete o
Agravante, desencadiou outro problamas de saúde, como diabetes, colesterol,
depressão e ansiedade, conforme documentos médicos anexos, também
colacionados.
Vejam:
22
ALMEIDA ADVOCACIA
Agora vejam para que é utilizado os medicamentos:
6 https://consultaremedios.com.br/sinvastatina/bula
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ALMEIDA ADVOCACIA
E mais, vejam outra receita de ansiolitico e depressivo que o Agravante
faz o uso diário:
7 https://consultaremedios.com.br/glifage/bula
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ALMEIDA ADVOCACIA
8
Senão bastasse, vejam a receita e a indicação do medicamento
Sintocalmy:
8 https://consultaremedios.com.br/cloridrato-de-sertralina/bula
9 https://consultaremedios.com.br/sinvastatina/bula
25
ALMEIDA ADVOCACIA
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Ou seja, quando supostamente teve o conhecimento do leilão do imóvel,
estava totalmente incapacitado física e mentalmente, visto que desenvolveu
diversas sequelas e debilidades em decorrência dos dois tumores que
enfrentou. Além disso enfrenta diversos problemas psicológicos de depressão
e ansiedade, conforme comprovou-se.
Como se não bastasse a fragilidade do Agravante, a esposa, Sra. Idinete,
que também conta com 71 (setenta e um) anos de idade, e também enfrenta
sérios problemas de saúde. Isto porque no ano de 2017, foi atropelada por um
veículo, e em decorrência do grave acidente ficou com sequelas.
Deste modo Exas., é nítido que diante da condição de saúde frágil dos
Agravantes, os mesmos não tinham condições de entender a importância que
a situação em apreço merecia, e sequer, inteligir o que fazer ou não fazer,
afinal, ali apenas a vida e a manutenção dela são alvos dos focos dos
Agravantes.
10 https://consultaremedios.com.br/sintocalmy/bula
26
ALMEIDA ADVOCACIA
Agora reflitam Exas., é razoável imaginar que uma pessoa idosa e
extremamente fragilizada de saúde, que passou por dois canceres
recentemente, e enfrenta problemas psicológicos, entenderia toda a
problemática que envolve o caso?
A verdade é que o Agravante no estado crítico que se encontra, nunca
imaginou que poderia perder o bem de família por uma dívida de apesar R$
6.000,00 (seis mil reais), até porque de fato existe uma desproporcionalidade
gigantesca na medida imposta, sendo razoável o entendimento do mesmo até
para juristas aqui sujeitos processuais.
E a Agravante Exas., que após um casamento de quase 50 (cinquenta)
anos, se depara com o leilão do imóvel bem de família sem saber de nada?
E as filhas?
E a neta criança?
Sendo assim Exa., diante da comprovada saúde frágil dos Agravantes, é
possível afirmar que existe sim probabilidade de direito no presente caso. E
mais, existe justa causa para a ausência de defesa e manifestação dos
Agravantes nos Autos da Execução, merecendo a reforma da decisão que não
27
ALMEIDA ADVOCACIA
considera a justificativa e considera a regular tramitação do processo
executório.
Ademais, importante mencionar que o juízo ainda afirma que o
Executado teve pleno conhecimento da ação, tendo inclusive apresentado
Embargos à Execução. Todavia, a mencionada impugnação não consta no
processo, motivo pelo qual viola o princípio do contraditório, ampla defesa e
devido processo legal.
Deste modo Exas., indiscutível que diversamente do que dispõe a
decisão, existe sim os requisitos autorizadores da tutela de urgência, qual seja,
a probabilidade de direito e o perigo na demora, merecendo a mencionada
decisão ser reformada.
4.3). DAS NULIDADES PROCESSUAIS ESPECÍFICAS.
Como se não bastasse, a r. decisão afirma que inexiste nulidade na
ordem de preferência por se tratar de dívida de IPTU, além da inexistência de
nulidade pela ausência de litisconsorte e necessário.
Todavia, tal fundamentação, com todas as vênias, não merece prosperar,
conforme passa-se a enfrentar.
28
ALMEIDA ADVOCACIA
4.3.1) DA NÃO OBSERVÂNCIA LEGAL À ORDEM DE
PREFERÊNCIA.
Apesar do entendimento diverso do r. julgador, houve nítida violação
ao texto legal, diante da não observância da ordem de penhora nas execuções,
estabelecida no Art. 11 da Lei 6.830/80 e 835 do CPC, que dispõe:
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a

seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em
depósito ou aplicação em instituição
financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito
Federal com cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;
V - bens imóveis;
VI - bens móveis em geral;
VII - semoventes;
VIII - navios e aeronaves;
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;
29
ALMEIDA ADVOCACIA
X - percentual do faturamento de empresa devedora;
XI - pedras e metais preciosos;
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e

venda e de alienação fiduciária em garantia;
XIII - outros direitos.
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro,

podendo o juiz, nas demais hipóteses,
alterar a ordem prevista no caput de
acordo com as circunstâncias do caso
concreto.
Ou seja, a lei é clara ao afirmar que deve ser seguida a ordem legal, sem
mencionar qualquer exceção no tocante a dívida de IPTU, e mais, é categórica
ao dispor que a penhora em dinheiro é prioritária. O fato é que não foi
respeitada a legislação supracitada, e mais, o próprio Exequente, por duas
ocasiões, pediu a realização do BACENJUD (Ev. 82 - Petição 52), em
substituição à penhora existente do imóvel (Ev. 82 – Petição 52), pedido que foi
totalmente desconsiderado pelo juízo, veja:
30
ALMEIDA ADVOCACIA
Após, adveio certidão sem prolação da decisão, encaminhando os Autos
para expedição do mandado de penhora, veja:
Em ato sucessivo, o Município reitera o pleito, requerendo a
reconsideração da decisão, pugnando novamente pelo prosseguimento do
feito e penhora via BACENJUD (Ev. 82 Petição 57-58).
31
ALMEIDA ADVOCACIA
Ocorre que, mesmo diante dos pedidos expressos do Exequente, o R.
juízo a quo, não analise o pedido e nem obedece a ordem legal, mantendo a
penhora do imóvel, e optando pela execução mais gravosa ao Executado.
Mais uma estranheza!
Vejam jurisprudência recente do R. Tribunal Catarinense:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO
FISCAL. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
PENHORA ON-LINE DE VALORES.
IMPOSSIBILIDADE. DIREITO DO CREDOR
À OBSERVÂNCIA DA ORDEM LEGAL DE
PREFERÊNCIA, DISPOSTA NO ART. 11 DA
LEI N. 8.630/1980 E NO ART. 835 DO CPC.

ÔNUS DO DEVEDOR QUANTO À
IMPENHORABILIDADE DOS VALORES
EVENTUALMENTE BLOQUEADOS. PRECEDENTES
DESTA CORTE. REFORMA DA DECISÃO. "Citado o
executado e não efetivado o pagamento nem a nomeação
válida de bens à penhora, cabível a determinação de
penhora de valores via Sisbajud com vistas à efetividade

32
ALMEIDA ADVOCACIA
da execução fiscal, incumbindo ao devedor o ônus de
demonstrar a necessidade de afastamento da ordem legal de
preferência. [...]”11
Deste modo, não há que se falar em ausência de nulidade pela violação à
ordem de preferência, merecendo ser reformada a decisão.
4.3.2) DA NULIDADE PELA AUSÊNCIA DO LITISCONSÓRCIO
O r. magistrado firmou o entendimento que não há litisconsórcio
passivo necessário para tal espécie, bastando apenas a intimação do conjugue
a ciência da expropriação.
Ocorre que por ser casado com a Agravante, a mesma deveria sim ter
figurado como litisconsórcio necessário, visto que o bem em discussão é bem
comum do casal e que a Agravante é meeira do imóvel, e não figurou como
polo passivo na ação, sendo um verdadeiro absurdo o prosseguimento do
leilão sem a participação da meeira como litisconsórcio necessário.
11 TJSC, Agravo de Instrumento n. 5001602-63.2021.8.24.0000, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina,

rel. Odson Cardoso Filho, Quarta Câmara de Direito 50319843920218240000 Tribunal de Justiça de Santa
Catarina 5031984-39.2021.8.24.0000, Relator: Vera Lúcia Ferreira Copetti, Data de Julgamento: 30/09/2021,
Quarta Câmara de Direito Público Público, j. 29-04-2021). RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJ-SC
- AI:
33
ALMEIDA ADVOCACIA
Deste modo, diferentemente do que alega o magistrado de primeiro
grau, com todas as vênias, o cônjuge meeiro deve ser incluído no lançamento
do crédito tributário, bem como na Certidão de Dívida Ativa, para viabilizar
sua letigimatio ad causam passiva para a execução fiscal, o que também não
ocorreu no presente caso.
Veja jurisprudência nesse sentido:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO.
EXECUÇÃO FISCAL. AÇÃO ANULATÓRIA DE
PENHORA A ARREMATAÇÃO. SUSPENSÃO DA
IMISSÃO NA POSSE. CO-PROPRIEDADE DA
COMPANHEIRA DO EXECUTADO NO IMÓVEL
ARREMATADO. SITUAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
AMPLAMENTE COMPROVADA NOS AUTOS.
AUSÊNCIA DE CITAÇÃO/INTIMAÇÃO NO PROCESSO
DE EXECUÇÃO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO
RECORRIDA. No caso, restando amplamente
comprovado nos autos a situação de união estável da
autora com o executado, desde o momento da
aquisição do imóvel arrematado e, não tendo havido a
devida ciência a respeito do processo, tampouco da
penhora e da arrematação do referido bem, a fim de

34
ALMEIDA ADVOCACIA
que a companheira pudesse defender sua meação, deve
ser mantida a decisão recorrida, que deferiu a
antecipação de tutela pretendida, suspendendo a
ordem de imissão de posse determinada na execução

fiscal nº 087/1.13.0002394-8. AGRAVO DESPROVIDO.
UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70080459324,
Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Francisco José Moesch, Julgado em 11/04/2019). (TJ-RS
- AI: 70080459324 RS, Relator: Francisco José Moesch, Data de
Julgamento: 11/04/2019, Vigésima Segunda Câmara Cível, Data
de Publicação: Diário da Justiça do dia 17/04/2019)
Assim sendo, requerer-se-á a reforma da decisão, diante da ausência do
litisconsórcio passivo necessário, na ação de execução fiscal, ou seja, mais uma
nulidade importante a ser dirimida.
4.4). DAS OUTRAS RAZÕES A NECESSÁRIA REFORMA.
Como se não bastasse, de forma totalmente infundada, o magistrado
afirma que o Agravante tinha pleno conhecimento da arrematação e
desocupação do imóvel.
35
ALMEIDA ADVOCACIA
Ocorre que tal argumento é de se considerar no mínimo estranho, isto
porque o tratamento e interpretação dada a uma aflição tão dura de um colega
servidor do mesmo estado do Agravante, que inclusive, por anos fora responsável
pela segurança da portaria deste r. tribunal, como da portaria da casa do
governador. Outras vênias pelas assertivas.
Este subscritor é advogado da família dos Autores há mais de 15 (quinze)
anos, porém não a tempo da já citada ação que remonta 1996, mesmo porque, se
fosse este subscritor, jamais essa situação estaria acontecendo.
Ademais, conforme já posto nos Embargos declaratórios que rechaçou a
inverdade posta na decisão, ciente de que este subscritor vem acompanhando há
anos essa família, porque então, se a família tinha conhecimento do leilão e
arrematação, nada fizeram?
Porque um PM aposentado, íntegro e idôneo mentiria? Para perder a
casa?
Ou de fato, pelos contundentes probantes médicos de saúde, não tem quiçá
condições, junto da semi-analfabeta esposa e também doente esposa, agora, graças
as filhas, estão cientes e bem representados na busca da verdade real?
36
ALMEIDA ADVOCACIA
O fato é que os únicos documentos atrelados a exordial emanados em
agosto de 2022, são certidões negativas de propriedade imobiliárias dos Autores,
que em nada serve para embasar pleito de urgência, e sim, apenas para embasar o
concedido e deferido direito à gratuidade.
Como isso pode revelar pleno conhecimento de leilão e arrematação?
Agora, o porquê deste subscritor deter documentos desta natureza,
remontados a agosto de 2022. A razão é que a filha, também cliente deste
subscritor, em meados do ano, ter procurado este subscritor para fins de proceder a
usucapião do imóvel da família, e, este subscritor então, de plano mandou
credenciais e solicitou documentos iniciais, e uns destes eram as certidões negativas
de imóveis.
Será que ela sabia da situação? Jamais!
Alegara a filha, que precisava o quanto antes ver a situação, em especial
em nome da situação de saúde dos pais, que já estão muito debilitados.
Será que se fosse para instruir o feito de gratuidade deste processo as
certidões do DETRAN também não seriam de agosto de 2022?
Pois bem!
37
ALMEIDA ADVOCACIA
Apenas para exaurir o tema, e demonstrar que este subscritor jamais fugira
da ética para lidar com os embates da labuta escolhida, segue o print da tela do
computador deste subscritor, onde facilmente notar-se-á a verdade. Note:
38
ALMEIDA ADVOCACIA
Deste modo, necessários o reexame da matéria aqui ventilada, para,
unicamente em nome da JUSTIÇA, reformar a injusta decisão aqui agravada.
4.5) DA CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Mesmo diante de tantas irregularidades no decorrer do processo, os
Agravantes ao protocolar a ação anulatória consignaram em juízo o valor do
débito tributário executado, fato que comprova a boa-fé do Agravante.
5). DA NECESSÁRIA APRESENTAÇÃO APROFUNDADA DOS
AGRAVANTES.
O Agravante, senhor de 71 (setenta e um) anos, além da idade avançada,
enfrenta diversos problemas de saúde a anos. Isto porque, o mesmo sofre de
severos problemas de saúde desde 2012, ano que descobriu a existência de um
câncer maligno na próstata veja:
39
ALMEIDA ADVOCACIA
Como se não bastasse, em 2017 descobriu outra neoplasia, esta originária
da camada de revestimento interno do trato urinário, presente na bexiga, veja:
40
ALMEIDA ADVOCACIA
Ademais, os probelmas de saúde que acometeu e até hoje acomete o
Agravante, desencadeou outros problamas de saúde, como diabetes, depressão
e ansiedade, conforme documentos médicos anexos.
Como se não bastasse, a Agravante, que igualmente conta com 71 (setenta
e um) anos de idade, também enfrenta sérios problemas de saúde. Isto porque
em 2017, foi atropelada por uma motocicleta, e em decorrência do grave
acidente ficou com sequelas, veja trecho do encaminhamento hospitalar, que
também segue em anexo:

41
ALMEIDA ADVOCACIA
O fato é que após o trauma, a Agravante, uma idosa vem enfrentando
dificuldades, estando inclusive com encaminhamento médico para apresentar
ao neurologista, visto que está sofrendo de esquecimentos abruptos e
dificuldade na fala, veja:
42
ALMEIDA ADVOCACIA
Sendo assim Exas., diante da saude frágil dos Agravantes, suplica
novamente, sem medo de redundância, pela análise cuidadosa, e imediata
aplicação das leis, diante dos prejuízos que a ausência do amparo legal possa
causar na vida dos mesmos, que se encontram extremamente debilitados de
saude física, mental, e agora patrimonial, visto que tiveram o único imóvel, bem
de família leiloado indevidamente.
5.1). DO SERVIÇO PÚBLICO DE LONGOS ANOS E DA FAMÍLIA DO
AGRAVANTE.
Importante mencionar também, que o Agravante é policial militar
aposentado e que sempre serviu com muito louvor e amor a profissão, que
desempenhou por anos. Deste modo, deve-se levar em consideração as
43
ALMEIDA ADVOCACIA
peculiaridades envolvendo o presente caso, não podendo a justiça “virar as
costas”, para um servidor público, que dedicou a vida ao Estado, veja:
Mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelos Agravantes, os mesmos
sempre prezaram pela família, criando e educando as três filhas, uma inclusive
servidora pública da área da saúde, veja:
44
ALMEIDA ADVOCACIA
Ademais, a Sra. Gabriela Bento possui uma filha que reside juntamente
no imóvel leiloado, Srta. Isadora, criança, absolutamente incapaz, com apenas
12 (doze) anos de idade, conforme anexos comprovantes de identificação e
residência.
Além da Sra. Daniela Bento, filha mais velha, que trabalhou por 12
(doze) anos na mesma empresa, conforme documentos anexos. Ressalta-se,
prestando serviços na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.
O fato é que, apesar dos Agravantes possuírem uma base familiar
sedimentada, acredita-se que, frente a todos os problemas de saúde
enfrentados, bem como, para preservar a família, e ainda, por ter advogado,
cientista o representando, o Agravante, escondeu da família o processo que
originou o presente leilão, bem de família, além da inocência de acreditar que
jamais perderia o imóvel por uma dívida de aproximadamente R$ 6.000,00 (seis
mil reais), ainda mais diante das debilidades de saúde que enfrentava e ainda
enfrenta.
Ocorre Exas., que se a família tivesse conhecimento da presente ação,
jamais teria deixado chegar no ponto em que chegou. Por isso, agora que
possuem conhecimento, estão todos juntos, lutando, e “correndo atrás” de
45
ALMEIDA ADVOCACIA
probantes capazes de reverter a situação trágica, que, seria a perda do bem de
família.
6). DA TUTELA DE MÁXIMA URGÊNCIA.
Excelências, diferentemente do que dispõe a decisão, resta claro que estão
presentes os requisitos para concessão da tutela de urgência.
A existência do fumus boini iuris mostra-se clara, uma vez que se verifica
de plano diversas nulidades processuais, bem como restou comprovado que o
bem foi leiloado por preço vil, além da nulidade absoluta pela ausência de
citação/intimação da esposa do executado.
O periculum in mora resta mais que demonstrado, visto que diante da
saúde frágil dos Agravantes, que são pessoas idosas cita-se novamente, ambos
com 71 (setenta e um) anos e com diversos problemas de saúde física e
psicológica, estando ambos extremamente debilitados, e tendo o único imóvel
bem de família, que residem à 30 (trinta) anos, junto com uma das filhas e a neta
de apenas 12 (doze) anos de idade, penhorado.
Ademias tendo em vista que o bem já fora inclusive arrematado em
leilão, já existindo inclusive mandado de imissão na posse. Ou seja, a demora
pode tornar o ato irreversível e causar um prejuízo inestimável aos Agravantes.
46
ALMEIDA ADVOCACIA
Além disso, deve-se levar em consideração a reversibilidade da medida,
visto que o pedido em sede de tutela de urgência, além da invalidação do leilão
é a suspensão dos atos expropriatórios, medida sucessiva, facilmente reversível.
Ademais, o Art. 300 do CPC, prevê a possibilidade de concessão da
concessão da tutela de urgência, veja:
Art. 300: A tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Nestes termos, colhe-se do julgado, o qual corrobora como o alegado:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA.
INTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERIU O PEDIDO DE
TUTELA DE URGÊNCIA. RECURSO DOS AUTORES.
ALEGADA AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DOS
DEVEDORES PARA PURGAR A MORA E,
POSTERIORMENTE, ACERCA DA REALIZAÇÃO DOS
LEILÕES. INADIMPLÊNCIA INCONTROVERSA.
INTIMAÇÃO DOS AUTORES PARA PURGAR A MORA
COMPROVADA. VÍCIO NÃO VISLUMBRADO. LEILÕES
47
ALMEIDA ADVOCACIA
EXTRAJUDICIAIS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO
DA INTIMAÇÃO PESSOAL DOS AUTORES DOS
ATOS DE ALIENAÇÃO. NECESSÁRIA PRÉVIA
CIENTIFICAÇÃO DOS DEVEDORES ACERCA DA
DATA DOS PRACEAMENTOS. PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA
CORTE. EFEITOS DA ARREMATAÇÃO REALIZADA
QUE DEVEM SER SUSPENSOS ATÉ A
COMPROVAÇÃO PELO BANCO DA INTIMAÇÃO
PESSOAL DOS AGRAVANTES. IMPOSSIBILIDADE DE

EXIGIR-SE A PRODUÇÃO DE PROVA NEGATIVA POR
PARTE DA AUTORA QUE JUSTIFICA O
RECONHECIMENTO DO PRESSUPOSTO DA
PROBABILIDADE DO DIREITO (ART. 300, CPC).
PEDIDO DE SUSPENSÃO DOS LEILÕES QUE PERDEU
O OBJETO EM RAZÃO DE JÁ TEREM SIDO
REALIZADOS QUANDO DA INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E
PARCIALMENTE PROVIDO12.
12TJ-SC - AI: 40125352020188240000 Itajaí 4012535-20.2018.8.24.0000, Relator: Soraya Nunes Lins, Data de
Julgamento: 23/05/2019, Quinta Câmara de Direito Comercial
48
ALMEIDA ADVOCACIA
E mais:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE
EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. ANTECIPAÇÃO DE
TUTELA INDEFERIDA. ALEGADA NOVAÇÃO DO
CONTRATO OBJETO DA NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL. FATO NOVO. AUSÊNCIA DE
NOTIFICAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DE LEILÃO.
COMPROVAÇÃO DE CONSOLIDAÇÃO DA
PROPRIEDADE E DESIGNAÇÃO DE LEILÃO EM 2ª
PRAÇA PARA DATA PRÓXIMA. REQUISITOS PARA
CONCESSÃO DA TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA. PERIGO DE DANO COMPROVADO.
APARENTE IRREGULARIDADE DO
PROCEDIMENTO DE ALIENAÇÃO EXTRAJUDICIAL
ANTE A ALEGADA AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
PARA O LEILÃO. DECISÃO REFORMADA.
Comporta concessão a tutela antecipada
cautelar para suspender o leilão agendado em
alienação extrajudicial de bem, quando aparente
a inobservância do procedimento previsto na Lei
9.514/97, consistente na ausência de intimação
49
ALMEIDA ADVOCACIA
da data do leilão (art. 27, § 2o-A). RECURSO
PROVIDO13.
Veja ainda:
Agravo de instrumento – Ação de tutela cautelar antecedente
de anulatória com pedido de tutela antecipatória de
sustação de leilão de imóvel - Contrato de financiamento de
imóvel com cláusula de alienação fiduciária – Deferimento
para suspensão do leilão extrajudicial do bem
objeto do litígio – Tutela de urgência –
Deferimento - Decisão mantida. A complexidade
das questões de fato e de direito versadas nestes
autos recomenda que o processo prossiga com a
liminar deferida pela douta magistrada de
primeiro grau em razão do perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo; tenha-se em
conta que a antecipação de tutela concedida
pode ser revogada a qualquer tempo, desde que
novos elementos o recomendem (art. 273, § 4º, c.c. art.
13TJ-PR - AI: 00155078220208160000 PR 0015507-82.2020.8.16.0000 (Acórdão), Relator: Desembargador

Hayton Lee Swain Filho, Data de Julgamento: 24/06/2020, 15ª Câmara Cível, Data de Publicação: 24/06/2020
50
ALMEIDA ADVOCACIA
125, I, do CPC/1973; art. 298, c.c. art. 139, I, do CPC/2015).
Agravo desprovido, com observação14.
Ante o exposto, diante da presença dos requisitos necessários à
concessão da tutela antecipada de urgência, requerer-se-á os Agravantes a
reforma da decisão, com o consequente deferimento da tutela de urgência, afim
de anular o leilão e a arrematação já ocorridos, ou sucessivamente a suspensão
dos atos expropriatórios, pelas razões já expostas, em especial até o
exaurimento do procedimento cognitivo.
Além de desde já, anunciar o requerimento de restituição dos valores
dispensados pelo segundo Réu, isto via alvará judicial àquele.
6.1). DOS NOVOS FATOS URGENTES.
Mesmo ciente de que a apresentação de novos documentos pode ensejar
a supressão de alçada, quanto o probante apresentado tratar-se de nova prova,
pode-se o magistrado em atenção ao resultado útil e justo do processo, analisar
o novo probante.
Isto porque, a prova nova é de fato de extrema relevância ao processo,
visto que após o protocolo da Ação Anulatória, afim de tentar solucionar o
14 TJ-SP - AI: 20934344320228260000 SP 2093434-43.2022.8.26.0000, Relator: Lino Machado, Data de

Julgamento: 24/06/2022, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/06/2022
51
ALMEIDA ADVOCACIA
feito de forma amigável, este subscritor entrou em contato com a representante
da arrematante, afim de tentar compor de forma extrajudicial, já que preza
pela auto composição, ainda mais quando os clientes são pessoas idosas e
doentes.
Ocorre que, após o contato com a representante, o mesmo fora
surpreendido com o retorno que a arrematante deu à subscritora, que
confirmando a compra da um imóvel à preço vil, propôs o pagamento de valor
superior ao dobro do valor pago pela mesma, ou seja, a importância de R$
350.000,00 (trezentos e cinquenta mil reais), veja print da conversa onde a
cliente faz a proposta indecente, que também segue anexo:
52
ALMEIDA ADVOCACIA
53
ALMEIDA ADVOCACIA
Deste modo Exas., resta claro que a Arrematante ao adquirir o bem por
preço vil, tenta tirar vantagem financeira com isso, e pior, em desfavor dos
próprios Agravantes, que tiveram de forma ilegal e injusta o bem leiloado.
Por fim, importante citar o Artigo 435 do CPC, que trata sobre a prova
nova, veja15:
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos
autos documentos novos, quando destinados a fazer prova
de fatos ocorridos depois dos articulados ou para
contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de
documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem
como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis
após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o
motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo
ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo
com o art. 5º .
15 https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
54
ALMEIDA ADVOCACIA
Deste modo, requer o recebimento da prova nova, para que Vossas
Exas., ao final reformem a decisão e concedam a tutela de urgência necessária
para a aplicação da Justiça.
7). DOS REQUERIMENTOS FINAIS.
Ante o exposto, requer à Vossas Excelências, que o presente agravo seja
recebido e julgado integralmente provido, nos seguintes termos:
a) Seja recebida a prova nova;
b) Liminarmente, em sede de máxima urgência, seja reformada a decisão
para deferir a tutela de urgência, anulando o leilão ilegal, revogando o
mandado de imissão na posse;
c) De forma sucessiva e ainda em sede de máxima urgência, caso Vossas
Excelências entendam pela impossibilidade de anulação do leilão, seja
então deferida a suspensão dos atos expropriatórios até finda ação
anulatória;
d) Após, sejam os Agravados intimados para contras razões;
e) No mérito sejam confirmadas as tutelas.
55
ALMEIDA ADVOCACIA
Pede deferimento
Florianópolis, 10 de fevereiro de 2023.
José Roberto de Almeida S. Jr. Vanessa Adriana Bion
OAB/SC 21.962 OAB/SC 62.747
56

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ALMEIDA ADVOCACIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA

Processo Originário nº 5134029-18.2022.8.24.0023

Execução Fiscal nº 0020358-16.1996.8.24.0023

ADEMIR BRAULIO BENTO, brasileiro, casado, portador do RG n°

143517 e CPF nº 179.783.359-68 e IDINETE DORALICE BENTO, brasileira,

casada, portadora do RG n° 2500583-9 e CPF n° 070.669.939-42, ambos residentes e

domiciliados na Servidão Bento, 34, Bairro Pantanal, Florianópolis/SC, por seu

advogado devidamente constituído pelo instrumento de mandado anexo, vem,

respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no Artigo

1.015, inciso I do CPC, propor:

COM PEDIDO DE MÁXIMA URGÊNCIA

Fone / Fax: (048) 3211-8423 – Whatsapp: (48) 99148-3630

supracitada, que indeferiu o pedido de Antecipação de Tutela, com base nas

razões de fato e de direito que passa a expor e ao final requerer.

1). DAS PRELIMINARES PROCESSUAIS.

Aqui, antes de adentrar nas questões fáticas e meritórias, expõem-se alguns

pontos indispensáveis nesta ordem.

1.1). DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Em primeiro plano, ressalta-se o cabimento do presente agravo de

inciso I do Código de Processo Civil, como dispõe1:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões

interlocutórias que versarem sobre:

Do exposto, verificada a hipótese de cabimento do presente agravo e

reconhecida às formalidades exigidas por lei, requer o recebimento, admissão e

posteriormente, o julgamento com o devido deferimento do presente agravo.

Fone / Fax: (048) 3211-8423 – Whatsapp: (48) 99148-3630

A contagem para interposição do presente caso começou a correr quando

a decisão fora prolatada no evento 19 onde fora sentenciada os Embargos

declaratórios, iniciando-se a contagem do prazo no dia 07 de fevereiro de 2023 e

findando no dia 16 de fevereiro de 2023, portanto, hoje, 08 de fevereiro de 2023, o

1.3). DA DISPENSA DO PREPARO E DOCUMENTOS

Diante do reconhecimento da hipossuficiência financeira dos Autores nos

autos originários, o R. julgador concedeu os benefícios da justiça gratuita, nos

Ademais, nos termos do art. 1.017, §5º, é dispensada a juntada de peças ao

agravo de instrumento quando o processo tramita de forma eletrônica, razão pela

qual os agravantes deixam de juntar as peças mencionadas nos incisos I e II do art.

1.017 do Código de Processo Civil.

1.4). DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS.

Fone / Fax: (048) 3211-8423 – Whatsapp: (48) 99148-3630

art. 1016, IV, do Código de Processo Civil.

DOS AGRAVANTES: Dr. José Roberto de Almeida Souza Junior,

brasileiro, casado, advogado inscrito na OAB/SC 21.962 e CPF n° 862.392.441-04,

Florianópolis - SC - CEP: 88.050-400

DO AGRAVADO: Dr. Ubiraci Farias, inscrito sob a OAB/SC 21.650

2). DA SÍNTESE DA DEMANDA

Inicialmente, cumpre destacar, que os Agravantes ingressaram com Ação

Anulatória com Tutela de Urgência de leilão judicial em face do município de

Florianópolis e da Arrematante do bem imóvel de propriedade deste, buscando a

nulidade da arrematação ocorrida nos Autos da Execução Fiscal nº 0020358-

16.1996.8.24.0023. Ademais, cumpre destacar em sede inicial, que os Agravantes

se-á em ponto específico.

O fato é que mesmo sendo um leilão eivado de nulidades, notadamente

pela ausência de citação e intimação, válidas, afinal:

Fone / Fax: (048) 3211-8423 – Whatsapp: (48) 99148-3630

a). Nítida justa causa e falha na representação jurídica, bem como:

b). Nítida ocorrência da prescrição intercorrente;

c). Nítida ausência de litisconsórcio passivo necessário;