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Sofistas

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Sofistas

Todos os temas em nosso mundo podem ser pensados a partir da razão. Ao

contrário de Sócrates, os sofistas buscavam a verdade própria de cada um,

diziam que a verdade não é absoluta, mas relativa e individual.

Para eles, a utilidade do conhecimento era mais importante que a verdade, e

que deveríamos convencer as pessoas utilizando a opinião, e para isso deveriam

usar a arte de falar bem (retórica).

Segundo os sofistas, tudo devia ser avaliado segundo interesses do ser

humano e de acordo com a forma como este vê a realidade. os sofistas

ensinavam as pessoas que mentir é algo necessário.

O objetivo dos sofistas era atribuir aos seus alunos materiais linguísticos

para que fossem capazes de dominar a argumentação.

Os sofistas ensinavam a arete, que significa “excelência” ou “virtude”. Entre

os principais sofistas conhecidos estão Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias,

Trasímaco, Antifonte e Crátilo.

O termo “sofistas” vem de “sophistes”, que deriva de “sophia” e “sophos”,

significando “sabedoria” ou “sábio”. O termo sophistes foi utilizado por

H omero para descrever alguém habilidoso em uma determinada atividade

Eles foram os primeiros a desafiar que a sabedoria seria recebida pelos

deuses, que na prática da virtude, por meio da retórica e da oratória, poderia

melhorar os seus alunos.

O foco de seus ensinamentos era prático, direcionando a estratégias de

argumentação e oratória.
Os sofistas são conhecidos pela crítica de seus oponentes. Uma das principais

críticas aos sofistas era de que sua posição baseava-se em apenas

verossimilhança, que é quando um argumento parece verdadeiro mas não é. O

objetivo dos sofistas é vencer o debate sem se preocupar com a verdade.

Desta forma eles não davam atenção à compreensão da natureza, do

universo e da origem do mundo, mas se concentravam nas atividades humanas.

Era comum que os sofistas viajassem em grupos pelas cidades gregas e

romanas, elaborando discursos e acalorados debates públicos para atrair

alunos. Os estudantes de suas escolas eram nobres, homens de estado e jovens

que pudessem pagar pelos estudos. Eles foram muito criticados por Platão e

Aristóteles por só ensinarem a quem podia pagar pela educação.

Sócrates

Ele é conhecido como pai da filosofia, seus alunos foram Platão e Xenofonte.

Sócrates também é conhecido pela sua contribuição nos campos de ética. Uma

de suas citações é “Só sei que nada sei”, simboliza que o reconhecimento da

própria ignorância é a maneira de alcançar a sabedoria. A preocupação de

Sócrates era levar as pessoas por meio do autoconhecimento , à sabedoria e à

prática do bem.

Na empreitada de serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava só,

pensadores sofistas, igualmente se voltavam para o homem, mas com objetivo

de transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber

enciclopédico, além de desenvolver sua eloquência.

Sócrates pensava que o homem era um composto de dois princípios, alma ou

corpo.
Na obra de Platão do livro Apologia de Sócrates, o filósofo considerava

sua missão de “andar por aí persuadindo jovens e velhos não se preocuparem

tanto, nem em primeiro lugar, com o corpo ou com a fortuna, mas antes a

perfeição da alma “

Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito

importante o contato direto com interlocutores, suas ideias foram recolhidas

principalmente por Platão.

Sócrates se fazia acompanhar frequentemente por jovens, alguns

pertencentes às mais ricas famílias de Atenas. Para ele, ninguém pode conduzir

a si próprio ou aos demais se não tiver autodomínio. Depois dele, isso se

transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se

transformou em conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se

deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por

intermédio da educação, afloram de seu interior.

Opondo-se ao relativismo, Sócrates valorizava a verdade e as virtudes.O

pensador afirmava que só o conhecimento conduz à prática da virtude em si

mesma, que tem caráter uno e indivisível.

Segundo ele, só age erradamente quem desconhece a verdade, introduzindo

na história do pensamento a discussão sobre a finalidade da vida.

O despertar do espírito

O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido,

despertando sua cooperação para que ele consiga por si próprio "iluminar" sua

inteligência e sua consciência. Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de


conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele deve, segundo

Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua função iluminadora,

permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que

contestam os argumentos dos alunos. Para o filósofo, só a troca de ideias dá

liberdade ao pensamento e a sua expressão — condições imprescindíveis para o

aperfeiçoamento do ser humano. O nascimento das ideias, segundo 0 filósofo

Sócrates comparava sua função com a profissão de sua mãe, parteira"0 diálogo

socrático tinha dois momentos". O primeiro corresponderia às "dores do

parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia,

levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber

as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração

intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade — chegar a ela constituía

a segunda parte do processo. Aí, ocorria o "parto das ideias" (expresso pela

palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio

interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por

aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e

sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico. Já

para a educação do espírito, Sócrates colocava em segundo plano os estudos

científicos, por considerar que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado

aforismo "conhece-te a ti mesmo", do templo de Delfos, julgava mais

importantes os princípios universais, porque seriam eles que conduziram à

Investigação das coisas humanas.

Biografia
Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a.C . Adquiriu a cultura

tradicional dos jovens atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática.

Lutou nas guerras contra Esparta (432 a.C .) e Tebas (424 a.C .).

Durante o apogeu de Atenas, onde se instalou a primeira democracia da

história, conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos.

Convenceu-se de sua missão de mestre por volta dos 38 anos, depois que seu

amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em Delfos, ouviu do oráculo

que Sócrates era "0 mais sábio dos homens". Deduzindo que sua sabedoria só

podia ser resultado da percepção da própria ignorância, passou a dialogar com

as pessoas que se dispusessem a procurar a verdade e o bem.

Em meio ao desmoronamento do império ateniense e à guerra civil interna,

quando já era septuagenário, Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do

Estado e de corromper os jovens. Julgado e condenado à morte por

envenenamento, ele se recusou a fugir ou a renegar suas convicções para salvar

a vida. Ingenu cicuta e morreu rodeado por seus amigos, em 399 a.C .

Para pensar Ao eleger o diálogo como método de investigação, Sócrates foi o

primeiro filósofo a se preocupar não só com a verdade, mas com o modo como

se pode chegar a ela. Eis por que ele é considerado por muitos o modelo clássico

de professor.

Quanto à questão da Verdade, existe uma antiga parábola que pode nos

auxiliar no processo de encontro a ela.

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