Subsídio - Conservando Os Valores e Guardando A Identidade 03 - 3Tm 2024 - Gratuito
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Esboço Da Lição 03
Do 3º Trimestre
De 2024
Por Murilo Alencar
DIREITOS AUTORAIS
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O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia e
consuma os corações!
Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.
No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.
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Os jovens cristãos enfrentam diversos desafios nas escolas e universidades, tanto em virtude do
ambiente, quanto em razão do padrão de ensino naturalista e hostil à fé cristã.
Nesta lição, examinaremos como os jovens hebreus enfrentaram desafios semelhantes, uma vez
que precisaram adquirir conhecimento sobre a cultura dos caldeus. Este estudo nos proporcionará uma
oportunidade relevante para contextualizar e refletir sobre os perigos que permeiam a educação secular
contemporânea, frequentemente impregnada de doutrinação política e ideológica.
Assim como Daniel e seus amigos, que preservaram o conhecimento e os valores da cultura
de Judá, o jovem cristão pode defender a sua fé e testemunhar de Cristo dentro do ambiente
educacional.
• TEXTO PRINCIPAL
O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias,
Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego. (Dn 1.7 NVI).
O texto principal é explicado no último subponto do ponto dois. Portanto, não iremos comentá-lo
aqui. No entanto, destacamos a estrutura da narrativa do capítulo 1 do livro de Daniel, para que você
compreenda como foram organizados os conteúdos das lições 2 a 4.
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• Daniel levanta a questão com o chefe do serviço do palácio, que fica com medo (1.9-10).
• O guarda concorda em reter o alimento real por dez dias (1.11 14).
Cena 3: Três anos mais tarde, no palácio do rei: hora do exame (1.18-21).
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Manter a identidade cristã em uma cultura hostil é a principal prova de fidelidade ao Senhor.
Em meio a essa cultura hostil, manter nossa identidade em Cristo se torna um ato de extrema
importância. Somos chamados a sermos "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5.13-16), diferenciando-nos
através de nossas ações, palavras e atitudes. Nossa identidade cristã não se resume apenas a crenças
e dogmas ou filiação religiosa, mas se manifesta em nosso modo de viver, no amor que demonstramos
ao próximo, na justiça que defendemos e na esperança que carregamos em nossos corações.
Ao mantermos firme nossa identidade em Cristo, mesmo diante das adversidades e da hostilidade
do mundo, estamos demonstrando nossa fidelidade ao Senhor. Através da perseverança em nossos
valores e princípios, testificamos a grandeza do nosso Deus e a verdade do Seu evangelho.
A LIÇÃO DIZ: O rei ordenou a Aspenaz, oficial da corte, que os jovens recém-chegados deveriam
ser instruídos sobre a cultura e a língua dos caldeus, ao longo de três anos. Não era mera
generosidade. Esse método fazia parte da estratégia de Nabucodonosor de incorporar os povos
conquistados ao seu serviço real.
Nabucodonozor era estadista e estrategista. Ao mesmo tempo em que seus exércitos eram
devastadores, queimando casas, cidades, demolindo palácios e templos; ao mesmo tempo em que
assassinavam, saqueavam e carregavam manadas para a Babilônia; também cria uma universidade
para formar jovens cativos que pudessem amar a Babilônia e se tornar divulgadores de sua cultura. O
método de Nabucodonozor era deportar a nobreza de cada nação conquistada e integrá-la no serviço
público da Babilônia.
A Bíblia descreve quais eram os pré-requisitos para ser aprovado no “vestibular” e ingressar na
universidade de Babilônia:
Depois, o rei ordenou a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos
filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de
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O vestibular era composto de três exames: 1) Qualidades sociais: linhagem real e dos nobres; 2)
Qualidades físicas e morais: jovens sem nenhum defeito e de boa aparência; 3) Qualidades
intelectuais: instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e
competentes para assistir no palácio.
A LIÇÃO DIZ: Os jovens tiveram aulas de matemática, ciência, astronomia, navegação, política,
história, geografia e religião, certamente. Os caldeus possuíam um padrão de ensino desenvolvido.
Foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também
dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos. No entanto,
destacamos que o ensino caldeu era impregnado de astrologia e misticismo, formando os seus magos,
encantadores e feiticeiros (Dn 2.2).
A maioria dos estudiosos estima que Daniel e seus amigos tinham por volta de 15 anos de idade.
O motivo de serem escolhidos ainda bem novos provavelmente aponta para o fato de serem mais
facilmente moldáveis a uma nova mentalidade.
No contexto da educação babilônica, tudo era explicitamente religioso. Não havia separação entre
ciência (astronomia) e esoterismo (astrologia), ciência (química) e magia (alquimia). Edward Veith
afirma que Daniel “dificilmente leria um tablete cuneiforme sem que este contivesse alguma referência
a deidades e mitologias pagãs. Os babilônios eram mestres na matemática, na astronomia, na
engenharia e na administração, mas as suas próprias descobertas verdadeiras nesses campos eram
totalmente mitologizadas quanto ao modo em que eram compreendidas”.
A LIÇÃO DIZ: Nabucodonosor era um conquistador violento, mas não era um bárbaro em termos
de conhecimento. Ele tinha consciência da importância da formação cultural como estratégia velada de
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É inegável que existe um sistema organizado e maligno atuando com finalidades bem definidas: se
opor a mensagem do Evangelho, destruir a igreja e desconstruir os princípios e os valor cristãos.
• Relativismo Moral. A promoção da ideia de que não existem verdades absolutas e que todas as
crenças e valores são igualmente válidos.
• Pressão dos Pares. Uso da influência dos amigos e colegas para conformar os jovens aos
comportamentos e valores predominantes.
• Educação Secular. Ensino de princípios e teorias que contradizem a cosmovisão bíblica, como
o naturalismo e o evolucionismo.
• Rejeição da Autoridade. Promove a ideia de que a autoridade deve ser sempre questionada e
desrespeitada, incluindo a autoridade bíblica e parental.
A LIÇÃO DIZ: Caso assimilassem o padrão moral da religião dos caldeus, os jovens hebreus
estavam a aceitar a relativização da verdade. Afinal, o relativismo pode se propagar tanto pela
imposição, quanto pela destruição sutil dos referenciais éticos na cultura.
O relativismo, como filosofia, defende a ideia de que não existem verdades absolutas, mas apenas
verdades relativas a cada indivíduo, cultura ou época. Essa perspectiva, embora pareça tolerante, pode
levar à destruição dos referenciais éticos que sustentam a sociedade.
O relativismo se propaga de duas maneiras principais: pela imposição e pela destruição sutil.
• A imposição ocorre quando grupos dominantes tentam legitimar suas concepções através da
coerção, seja por meio da lei, da censura ou da limitação do acesso à informação. Nos dias de
hoje, presenciamos essa imposição em diversas esferas da vida, como na busca por legalizar
comportamentos imorais em nome da liberdade individual ou na tentativa de silenciar vozes
divergentes em nome da tolerância. Essa imposição relativista ataca a liberdade de crença e
expressão, especialmente daqueles que defendem valores tradicionais e religiosos.
• Por outro lado, o relativismo também se propaga através da destruição sutil dos referenciais
éticos. Isso se dá pela corrosão gradual dos valores morais através da banalização do mal, da
normalização de comportamentos nocivos e da negação de princípios absolutos. Essa
desconstrução da ética leva à perda de identidade e à desorientação da sociedade,
especialmente entre os jovens.
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• Imagem de Deus: Nossa identidade é primeiramente definida pelo fato de sermos criados à
imagem de Deus (Gn 1.27). Isso significa que temos dignidade, valor e propósito intrínsecos,
derivados do nosso Criador.
A LIÇÃO DIZ: Naquele tempo os nomes pessoais tinham imenso valor e significado, especialmente
para os judeus, que o entendiam como uma expressão da personalidade e do propósito de vida de
alguém. Seus nomes foram mudados para que a Babilônia pudesse apagar de seus corações e mentes
suas origens. Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito
de mudar seus referenciais e identidades. Com isso, Daniel que significa “Deus é meu juiz”: deram-lhe
o nome Beltessazar, “Bel protege o rei”. Hananias “Deus é gracioso”: chamaram-lhe de Sadraque,
“Iluminado pelo sol”. Misael significa “Quem é como Deus?”; foi chamado de Mesaque, “Aquele que
pertence a deusa Sesaque”. Azarias significa “Deus ajuda”, deram-lhe o nome de Abede-Nego, “Servo
do deus Nego”. Embora não pudessem impedir tal mudança, isso não fez a menor diferença em suas
vidas. A forma como passaram a ser chamados não entrou em seus corações. Os novos nomes sociais
não mudaram suas verdadeiras identidades e muito menos aboliram a centralidade de Deus.
Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão. Em tempos pós-
modernos, em que falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia diabólica de
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Como nunca, a forma de proceder dos jovens hebreus serve como modelo de bravura e resistência
aos ímpetos de destruição identitária. Podem até mudar nosso nome, mas não conseguirão mudar
quem somos: cristãos. Aqueles que creem e vivem em Cristo (ver At 11.26).
A LIÇÃO DIZ: Atualmente, a educação secular encontra-se carregada de ideologias nocivas, que
procuram suplantar a educação clássica e os valores cristãos. Valendo-se de pensadores socialistas,
agnósticos, ateus e alinhados a ideologias anticristãs, muitos professores fazem uso de um ensino
relativista. Muitos centros educacionais são locais hostis aos cristãos, em virtude do ambiente e do
conteúdo ensinado. Não raro, os crentes são pressionados a abandonar suas “crenças ultrapassadas”,
aceitar a “ciência” e deixar as coisas da fé para trás, ou confina-la ao ambiente privado. Isso decorre
do Secularismo. O exemplo de Daniel e seus amigos nos mostra que é possível enfrentar esse
ambiente, estando previamente preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe
3.15).
É importante destacar alguns pontos levantados pelo comentarista da lição quanto ao ambiente
universitário:
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Destacamos que, embora o ambiente universitário atual seja hostil, os jovens cristãos não podem
privar-se de buscar capacitação intelectual de nível superior. Surge a pergunta: mesmo diante dos
desafios, eles devem ir à faculdade? A história de Daniel e seus amigos nos prova que o maior
problema não reside no ambiente universitário em si, mas sim na superficialidade da fé e na ausência
de convicções firmes.
A LIÇÃO DIZ: Nem tudo aquilo que os jovens hebreus aprenderam era negativo e ofensivo à fé em
Jeová. Durante os três anos de estudo, como vimos, eles foram instruídos em diversas áreas do
conhecimento humano. Grande parte desse conteúdo era importante, pois lhes proporcionava
habilidades e competências intelectuais. O segredo é submeter tudo ao crivo das Sagradas Escrituras
(2 Co 10.5; At 17.11).
• O Valor do Conhecimento Universitário. O ensino superior oferece uma gama de benefícios que
podem enriquecer nossa vida e contribuir para o bem da sociedade. Entre os principais pontos,
podemos destacar:
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a. A Bíblia como Guia. A Bíblia serve como guia para nossa vida, oferecendo sabedoria e
direção em todas as áreas, inclusive na educação. Devemos buscar sempre fundamentar
nossos conhecimentos e decisões nos princípios bíblicos.
b. Discernimento e Crítica. A fé em Deus não nos torna ignorantes ou acríticos. Pelo contrário,
devemos ter discernimento para avaliar informações e ideias, confrontando-as com os
ensinamentos da Bíblia.
c. Filtragem de Influências Negativas. O mundo oferece diversas ideias e valores que podem
entrar em conflito com a nossa fé. Através da análise crítica à luz da Palavra, podemos filtrar
essas influências negativas e proteger nossa fé.
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• Exemplos Práticos.
a. Um estudante de medicina cristão pode usar seu conhecimento para cuidar dos enfermos
com compaixão e amor, buscando sempre aliviar o sofrimento e promover a saúde, de acordo
com os princípios bíblicos.
b. Uma engenheira crente pode utilizar suas habilidades para desenvolver soluções
tecnológicas que beneficiem a sociedade, sem comprometer seus valores éticos e cristãos.
A LIÇÃO DIZ: Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão.
Em tempos pós-modernos, onde falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia
diabólica de perda de sentido e significado. Podem até mudar o nosso nome, mas não conseguem
mudar quem somos: cristãos, aqueles que creem e vivem em Cristo (At 11.26).
Em resumo, um crente pode estudar em qualquer faculdade e escolher o curso que desejar. No
entanto, quando se deparar com questões que desafiam os fundamentos de sua fé, ele deve
permanecer fiel ao que a Bíblia ensina, em vez de seguir cegamente o que professores, filósofos ou
ideologias pregam. Aquele que guarda a Palavra não compromete seus princípios nem abre mão de
seus valores. E quem mantém esses princípios desfruta das promessas e bênçãos de Deus.
CONCLUSÃO
A LIÇÃO DIZ: Como vimos, as escolhas e determinação de Daniel e seus amigos nos instigam
a manter nossa identidade espiritual e nossos princípios, mesmo quando enfrentamos desafios que
ameaçam desviar-nos do caminho da verdade. É preciso resistir sabiamente, pois sabemos em quem
temos crido (2 Tm 1.12).
Finalizo nosso estudo com o que disse o pastor Valmir Nascimento em seu livro “O Cristão a
Universidade”:
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