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Subsídio - Conservando Os Valores e Guardando A Identidade 03 - 3Tm 2024 - Gratuito

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

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Conheça o curso para pregadores iniciantes: O Pregador e a Pregação
Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD

Esboço Da Lição 03
Do 3º Trimestre
De 2024
Por Murilo Alencar

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reservados. Você não tem permissão para alterar ou vender este subsídio. Nem tem permissão
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SOBRE O ABRA A JAULA

O Abra a Jaula é um projeto de pregação, evangelismo e ensino da palavra de Deus. O abrir a jaula
pode ser comparado com a ordenança máxima dada a igreja por Jesus "Ide por todo mundo e pregai o
evangelho a toda criatura". Spurgeon disse que o evangelho é como um leão faminto que está
enjaulado, de modo que nosso papel não é salvar ninguém, mas abrir a jaula e deixar que o Leão saia e
consuma os corações!

Nesse sentido, nos colocamos a disposição, principalmente de Deus, para promover um conteúdo
bíblico e pentecostal.

No acervo de vídeos do Abra a Jaula, temos pregações curtas, reflexões bíblicas, pré-aula da Escola
Dominical, dicas de pregação com O Pregador e a Pregação e o personagem da bíblia, além de vários
projetos que ainda estão para serem colocados em prática, pois estamos em constante crescimento.

É um privilégio muito grande contribuir com seu ministério. Nós gostaríamos de te conhecer melhor
e estar mais próximo de você. Faça parte da nossa família, é só clicar nos botões.

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Murilo Alencar | FERRAMENTA EBD
NA COVA DOS LEÕES
O Exemplo de Fé e Coragem de Daniel Para o Testemunho Cristão para os Nossos Dias

Domingo, 21 de julho de 2024

CONSERVANDO OS VALORES E GUARDANDO A IDENTIDADE

O QUE VAMOS ESTUDAR?

Os jovens cristãos enfrentam diversos desafios nas escolas e universidades, tanto em virtude do
ambiente, quanto em razão do padrão de ensino naturalista e hostil à fé cristã.

Nesta lição, examinaremos como os jovens hebreus enfrentaram desafios semelhantes, uma vez
que precisaram adquirir conhecimento sobre a cultura dos caldeus. Este estudo nos proporcionará uma
oportunidade relevante para contextualizar e refletir sobre os perigos que permeiam a educação secular
contemporânea, frequentemente impregnada de doutrinação política e ideológica.

Assim como Daniel e seus amigos, que preservaram o conhecimento e os valores da cultura
de Judá, o jovem cristão pode defender a sua fé e testemunhar de Cristo dentro do ambiente
educacional.

• TEXTO PRINCIPAL

O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias,
Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego. (Dn 1.7 NVI).

O texto principal é explicado no último subponto do ponto dois. Portanto, não iremos comentá-lo
aqui. No entanto, destacamos a estrutura da narrativa do capítulo 1 do livro de Daniel, para que você
compreenda como foram organizados os conteúdos das lições 2 a 4.

A estrutura da narrativa é composta de três cenas:

Cena 1: Jerusalém, no “terceiro ano do reinado de Jeoaquim” (1.1-2).

• O Senhor permite que Nabucodonosor capture Jerusalém (1.2a).

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• Nabucodonosor leva utensílios da casa de Deus para a Babilônia (1.2b).

Personagens: Nabucodonosor e o Senhor.

Cena 2: Babilônia: Daniel e seus amigos são reeducados (1.3-17).

• Daniel e seus amigos são levados para a Babilônia (1.3-7).

• Daniel resolve não se contaminar com a comida real (1.8).

• Daniel levanta a questão com o chefe do serviço do palácio, que fica com medo (1.9-10).

• O guarda concorda em reter o alimento real por dez dias (1.11 14).

• O guarda concorda em continuar a reter a comida real (1.15-16).

• Deus dá sabedoria aos quatro jovens (1.17)

Personagens: Daniel/amigos e o chefe do serviço do palácio; quando o chefe do serviço do palácio


deixa o palco, é substituído pelo guarda.

Cena 3: Três anos mais tarde, no palácio do rei: hora do exame (1.18-21).

• O rei entrevista Daniel e seus amigos (1.18-19).

• O rei instala Daniel e seus amigos em sua corte (1.19-21).

Personagens: Daniel/amigos e o rei.

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• RESUMO DA LIÇÃO

Manter a identidade cristã em uma cultura hostil é a principal prova de fidelidade ao Senhor.

Para entendermos a profundidade dessa afirmação, é fundamental compreendermos o contexto em


que vivemos. A sociedade atual, em muitos aspectos, se distancia dos valores e princípios cristãos.
Somos bombardeados constantemente com mensagens que questionam nossa fé, tentam nos afastar
de Deus e nos moldar à cultura secular.

Em meio a essa cultura hostil, manter nossa identidade em Cristo se torna um ato de extrema
importância. Somos chamados a sermos "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5.13-16), diferenciando-nos
através de nossas ações, palavras e atitudes. Nossa identidade cristã não se resume apenas a crenças
e dogmas ou filiação religiosa, mas se manifesta em nosso modo de viver, no amor que demonstramos
ao próximo, na justiça que defendemos e na esperança que carregamos em nossos corações.

Ao mantermos firme nossa identidade em Cristo, mesmo diante das adversidades e da hostilidade
do mundo, estamos demonstrando nossa fidelidade ao Senhor. Através da perseverança em nossos
valores e princípios, testificamos a grandeza do nosso Deus e a verdade do Seu evangelho.

I. HEBREUS NA “UNIVERSIDADE” DA BABILÔNIA

1.1 Na universidade da Babilônia.

A LIÇÃO DIZ: O rei ordenou a Aspenaz, oficial da corte, que os jovens recém-chegados deveriam
ser instruídos sobre a cultura e a língua dos caldeus, ao longo de três anos. Não era mera
generosidade. Esse método fazia parte da estratégia de Nabucodonosor de incorporar os povos
conquistados ao seu serviço real.

Nabucodonozor era estadista e estrategista. Ao mesmo tempo em que seus exércitos eram
devastadores, queimando casas, cidades, demolindo palácios e templos; ao mesmo tempo em que
assassinavam, saqueavam e carregavam manadas para a Babilônia; também cria uma universidade
para formar jovens cativos que pudessem amar a Babilônia e se tornar divulgadores de sua cultura. O
método de Nabucodonozor era deportar a nobreza de cada nação conquistada e integrá-la no serviço
público da Babilônia.

A Bíblia descreve quais eram os pré-requisitos para ser aprovado no “vestibular” e ingressar na
universidade de Babilônia:

Depois, o rei ordenou a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos
filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de
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boa aparência, sábios, instruídos, versados no conhecimento e que fossem competentes
para servirem no palácio real. E que Aspenaz lhes ensinasse a cultura e a língua dos
caldeus. (Dn 1.3,4 NAA).

O vestibular era composto de três exames: 1) Qualidades sociais: linhagem real e dos nobres; 2)
Qualidades físicas e morais: jovens sem nenhum defeito e de boa aparência; 3) Qualidades
intelectuais: instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e
competentes para assistir no palácio.

1.2 O ensino caldeu.

A LIÇÃO DIZ: Os jovens tiveram aulas de matemática, ciência, astronomia, navegação, política,
história, geografia e religião, certamente. Os caldeus possuíam um padrão de ensino desenvolvido.
Foram pioneiros nos estudos da astronomia e responsáveis pelo avanço da matemática. Eles também
dominavam a escrita cuneiforme, usada para registrar leis, negócios e eventos históricos. No entanto,
destacamos que o ensino caldeu era impregnado de astrologia e misticismo, formando os seus magos,
encantadores e feiticeiros (Dn 2.2).

A maioria dos estudiosos estima que Daniel e seus amigos tinham por volta de 15 anos de idade.
O motivo de serem escolhidos ainda bem novos provavelmente aponta para o fato de serem mais
facilmente moldáveis a uma nova mentalidade.

Esses jovens que possuíam habilidade, conhecimento, compreensão e competência receberam


uma espécie de bolsa integral de estudo para serem treinados na língua e cultura dos caldeus. Em
linguagem atual, eles entraram na Universidade Federal da Babilônia, com tudo pago, a fim de servirem
no palácio junto ao rei Nabucodonosor. Os próximos três anos de “universidade” seriam uma espécie
de reformatação.

No contexto da educação babilônica, tudo era explicitamente religioso. Não havia separação entre
ciência (astronomia) e esoterismo (astrologia), ciência (química) e magia (alquimia). Edward Veith
afirma que Daniel “dificilmente leria um tablete cuneiforme sem que este contivesse alguma referência
a deidades e mitologias pagãs. Os babilônios eram mestres na matemática, na astronomia, na
engenharia e na administração, mas as suas próprias descobertas verdadeiras nesses campos eram
totalmente mitologizadas quanto ao modo em que eram compreendidas”.

1.3 Discernimento diante da estratégia inimiga.

A LIÇÃO DIZ: Nabucodonosor era um conquistador violento, mas não era um bárbaro em termos
de conhecimento. Ele tinha consciência da importância da formação cultural como estratégia velada de
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reeducação e ressignificação das ideias na mente dos exilados, especialmente dos jovens. Afinal, o
inimigo é astuto, e procura trabalhar na mentalidade das pessoas desde tenra idade, sem usar métodos
violentos, mas pedagógicos. Esse mesmo modo de operação se repete hoje, quando os inimigos de
Deus tentam deturpar os valores das crianças, adolescentes e jovens.

É inegável que existe um sistema organizado e maligno atuando com finalidades bem definidas: se
opor a mensagem do Evangelho, destruir a igreja e desconstruir os princípios e os valor cristãos.

As armas são diversas, como:

• Relativismo Moral. A promoção da ideia de que não existem verdades absolutas e que todas as
crenças e valores são igualmente válidos.

• Indiferença Espiritual. Desestimular o interesse por questões espirituais e promover uma


mentalidade materialista e secular.

• Pressão dos Pares. Uso da influência dos amigos e colegas para conformar os jovens aos
comportamentos e valores predominantes.

• Educação Secular. Ensino de princípios e teorias que contradizem a cosmovisão bíblica, como
o naturalismo e o evolucionismo.

• Mídia e Entretenimento. Inundação de conteúdos que promovem valores mundanos, violência,


sexualidade desenfreada e hedonismo.

• Desconstrução da Família. Ataque aos valores e à estrutura familiar tradicional, promovendo


ideias como a irrelevância dos papéis de gênero e a redefinição do casamento.

• Normalização do Pecado. Apresentação de comportamentos pecaminosos como normais e


aceitáveis, muitas vezes romantizados em filmes, músicas e séries.

• Cultura do Cancelamento. Pressão social para conformidade através da exclusão e censura


daqueles que mantêm visões bíblicas impopulares.

• Rejeição da Autoridade. Promove a ideia de que a autoridade deve ser sempre questionada e
desrespeitada, incluindo a autoridade bíblica e parental.

Portanto, a conclusão inevitável é, precisamos de discernimento. Discernimento é a capacidade de


perceber e distinguir entre o certo e o errado, o verdadeiro e o falso, o bem e o mal. É um atributo
crucial para a vida cristã, pois permite que uma pessoa tome decisões sábias e alinhadas com os
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princípios bíblicos. Na Bíblia, discernimento é frequentemente associado à sabedoria e ao
entendimento espiritual. Caso contrário, sem discernimento, nos tronamos pressas fáceis desse
sistema mundano.

II. DA RELATIVIZAÇÃO DE VALORES A DESCONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES

2.1 A relativização da verdade.

A LIÇÃO DIZ: Caso assimilassem o padrão moral da religião dos caldeus, os jovens hebreus
estavam a aceitar a relativização da verdade. Afinal, o relativismo pode se propagar tanto pela
imposição, quanto pela destruição sutil dos referenciais éticos na cultura.

O relativismo, como filosofia, defende a ideia de que não existem verdades absolutas, mas apenas
verdades relativas a cada indivíduo, cultura ou época. Essa perspectiva, embora pareça tolerante, pode
levar à destruição dos referenciais éticos que sustentam a sociedade.

Os jovens hebreus foram submetidos à pressão de se integrarem à sociedade babilônica,


abandonando suas crenças e valores distintos. Optar por adotar os costumes e as crenças da maioria
significaria negar sua identidade judaica e a verdade absoluta na qual acreditavam.

A ameaça da relativização da verdade não se limita à época de Daniel. Na sociedade moderna,


encontramos diversas formas de relativismo que tentam diluir a verdade absoluta e substituí-la por
crenças e valores subjetivos.

O relativismo se propaga de duas maneiras principais: pela imposição e pela destruição sutil.

• A imposição ocorre quando grupos dominantes tentam legitimar suas concepções através da
coerção, seja por meio da lei, da censura ou da limitação do acesso à informação. Nos dias de
hoje, presenciamos essa imposição em diversas esferas da vida, como na busca por legalizar
comportamentos imorais em nome da liberdade individual ou na tentativa de silenciar vozes
divergentes em nome da tolerância. Essa imposição relativista ataca a liberdade de crença e
expressão, especialmente daqueles que defendem valores tradicionais e religiosos.

• Por outro lado, o relativismo também se propaga através da destruição sutil dos referenciais
éticos. Isso se dá pela corrosão gradual dos valores morais através da banalização do mal, da
normalização de comportamentos nocivos e da negação de princípios absolutos. Essa
desconstrução da ética leva à perda de identidade e à desorientação da sociedade,
especialmente entre os jovens.

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Crianças, adolescentes e jovens são alvos desse ataque satânico, proveniente de um sistema
anticristão. Caro professor, seus alunos estão no meio do fogo cruzado. Se você é pai ou mãe, seus
filhos estão sob ataque.

2.2 Desconstruir identidades.

A LIÇÃO DIZ: A segunda forma de disseminação do relativismo é sutil. Ela se dá pela


desconstrução dos referenciais que levam a perda da identidade, o que é identidade?

Identidade é a essência de quem somos, abrangendo nossas características, crenças, valores, e a


compreensão de nosso propósito. Teologicamente, a identidade é enraizada na criação e redenção de
Deus:

• Imagem de Deus: Nossa identidade é primeiramente definida pelo fato de sermos criados à
imagem de Deus (Gn 1.27). Isso significa que temos dignidade, valor e propósito intrínsecos,
derivados do nosso Criador.

• Redenção em Cristo: Para os cristãos, a identidade é transformada e restaurada através da obra


redentora de Jesus Cristo. Em Cristo, somos novas criaturas (2 Co 5.17) e filhos de Deus (Gl
3.26), chamados a viver de acordo com essa nova identidade.

2.3 Novos nomes, a mesma identidade.

A LIÇÃO DIZ: Naquele tempo os nomes pessoais tinham imenso valor e significado, especialmente
para os judeus, que o entendiam como uma expressão da personalidade e do propósito de vida de
alguém. Seus nomes foram mudados para que a Babilônia pudesse apagar de seus corações e mentes
suas origens. Pretendiam substituir o Deus verdadeiro pelos deuses do paganismo, com o propósito
de mudar seus referenciais e identidades. Com isso, Daniel que significa “Deus é meu juiz”: deram-lhe
o nome Beltessazar, “Bel protege o rei”. Hananias “Deus é gracioso”: chamaram-lhe de Sadraque,
“Iluminado pelo sol”. Misael significa “Quem é como Deus?”; foi chamado de Mesaque, “Aquele que
pertence a deusa Sesaque”. Azarias significa “Deus ajuda”, deram-lhe o nome de Abede-Nego, “Servo
do deus Nego”. Embora não pudessem impedir tal mudança, isso não fez a menor diferença em suas
vidas. A forma como passaram a ser chamados não entrou em seus corações. Os novos nomes sociais
não mudaram suas verdadeiras identidades e muito menos aboliram a centralidade de Deus.

Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão. Em tempos pós-
modernos, em que falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia diabólica de
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perda de sentido e significado. O espírito desta época procura seduzir os crentes para fazê-los pensar
que não é necessário ter uma identidade própria, dada por Deus, tratando isso como algo ultrapassado.

O mundo fala em “abrir” a mente, em “flexibilizar” as convicções e em “desconstruir” as tradições


arcaicas. Em cada área da vida, percebe-se a estratégia de “mudança de nomes”. A ideologia de
gênero, por exemplo, procura destruir a identidade sexual. O sincretismo, por sua vez, busca acabar
com a identidade religiosa, e assim vai.

Como nunca, a forma de proceder dos jovens hebreus serve como modelo de bravura e resistência
aos ímpetos de destruição identitária. Podem até mudar nosso nome, mas não conseguirão mudar
quem somos: cristãos. Aqueles que creem e vivem em Cristo (ver At 11.26).

III. ENSINOS PARA HOJE

3.1 Fidelidade nas escolas e universidades.

A LIÇÃO DIZ: Atualmente, a educação secular encontra-se carregada de ideologias nocivas, que
procuram suplantar a educação clássica e os valores cristãos. Valendo-se de pensadores socialistas,
agnósticos, ateus e alinhados a ideologias anticristãs, muitos professores fazem uso de um ensino
relativista. Muitos centros educacionais são locais hostis aos cristãos, em virtude do ambiente e do
conteúdo ensinado. Não raro, os crentes são pressionados a abandonar suas “crenças ultrapassadas”,
aceitar a “ciência” e deixar as coisas da fé para trás, ou confina-la ao ambiente privado. Isso decorre
do Secularismo. O exemplo de Daniel e seus amigos nos mostra que é possível enfrentar esse
ambiente, estando previamente preparados para responder sobre a razão da nossa esperança (1Pe
3.15).

É importante destacar alguns pontos levantados pelo comentarista da lição quanto ao ambiente
universitário:

• O socialismo. O socialismo é uma ideologia política e socioeconômica que orienta de forma


prática como instaurar a revolução materialista e igualitarista. A finalidade é alcançar uma
sociedade igualitária, sem classes e apátrida, sem nacionalidade. Em 1848, Marx e Engels
escreveram o Manifesto Comunista e apresentaram ao mundo o socialismo científico. O
conceito de socialismo científico concretizou a ideia do que é socialismo, sendo uma etapa
anterior ao comunismo. Resumindo, o socialismo é o terreno fértil onde muitas correntes
anticristãs florescem.

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• O agnosticismo. O agnosticismo é uma posição filosófica que se caracteriza pela falta de
certeza ou convicção absoluta sobre a existência de Deus ou de qualquer entidade divina.
Os agnósticos reconhecem que não é possível provar ou refutar a existência de Deus de
forma definitiva. Eles podem se posicionar como agnósticos teístas (que acreditam que a
existência de Deus é desconhecida, mas possível) ou agnósticos ateus (que consideram a
existência de Deus improvável, mas não a descartam completamente).

• O ateísmo. O ateísmo é a negação da crença em qualquer divindade ou ser supremo. Os


ateus afirmam que não há evidências suficientes para a existência de Deus e, portanto, não
acreditam em sua existência. Existem diferentes graus de ateísmo, desde o ateísmo forte
(afirmação categórica da inexistência de Deus) até o ateísmo fraco (simples ausência de
crença em Deus).

• As ideologias anticristãs. As ideologias anticristãs são inúmeras: secularismo, niilismo,


materialismo, hedonismo, narcisismos, ideologia de gênero, individualismo, etc.

Destacamos que, embora o ambiente universitário atual seja hostil, os jovens cristãos não podem
privar-se de buscar capacitação intelectual de nível superior. Surge a pergunta: mesmo diante dos
desafios, eles devem ir à faculdade? A história de Daniel e seus amigos nos prova que o maior
problema não reside no ambiente universitário em si, mas sim na superficialidade da fé e na ausência
de convicções firmes.

3.2 Retendo o que é bom.

A LIÇÃO DIZ: Nem tudo aquilo que os jovens hebreus aprenderam era negativo e ofensivo à fé em
Jeová. Durante os três anos de estudo, como vimos, eles foram instruídos em diversas áreas do
conhecimento humano. Grande parte desse conteúdo era importante, pois lhes proporcionava
habilidades e competências intelectuais. O segredo é submeter tudo ao crivo das Sagradas Escrituras
(2 Co 10.5; At 17.11).

A Importância do Conhecimento Universitário e o Crivo da Palavra de Deus: Uma Análise


Detalhada.

• O Valor do Conhecimento Universitário. O ensino superior oferece uma gama de benefícios que
podem enriquecer nossa vida e contribuir para o bem da sociedade. Entre os principais pontos,
podemos destacar:

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a. Desenvolvimento de Habilidades e Competências. A graduação proporciona o aprendizado
de habilidades e competências específicas para cada área de estudo, preparando-nos para
o mercado de trabalho e para lidar com os desafios da vida profissional.

b. Ampliação da Visão de Mundo. O contato com diferentes áreas do conhecimento e com


diversas perspectivas nos permite ter uma visão mais ampla do mundo, tornando-nos mais
críticos e reflexivos.

c. Crescimento Pessoal. O ambiente universitário nos proporciona a oportunidade de conhecer


pessoas de diferentes origens e culturas, expandir nossa rede de contatos e desenvolver
habilidades interpessoais, além de promover o nosso crescimento pessoal e intelectual.

• Analisando o Conhecimento pelo Crivo da Palavra. Embora o conhecimento universitário seja


valioso, é fundamental analisá-lo à luz da Palavra de Deus. Isso nos permite discernir o que é
bom e verdadeiro, e o que pode ser prejudicial à nossa fé e aos nossos valores.

a. A Bíblia como Guia. A Bíblia serve como guia para nossa vida, oferecendo sabedoria e
direção em todas as áreas, inclusive na educação. Devemos buscar sempre fundamentar
nossos conhecimentos e decisões nos princípios bíblicos.

b. Discernimento e Crítica. A fé em Deus não nos torna ignorantes ou acríticos. Pelo contrário,
devemos ter discernimento para avaliar informações e ideias, confrontando-as com os
ensinamentos da Bíblia.

c. Filtragem de Influências Negativas. O mundo oferece diversas ideias e valores que podem
entrar em conflito com a nossa fé. Através da análise crítica à luz da Palavra, podemos filtrar
essas influências negativas e proteger nossa fé.

• Retendo o que é Bom e Construindo com Sabedoria. Ao analisarmos o conhecimento


universitário pelo crivo da Palavra, podemos reter aquilo que é bom e construir uma base sólida
para nossa vida.

a. Integração Fé e Conhecimento. A integração da fé com o conhecimento nos torna indivíduos


mais completos e preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

b. Contribuição para a Sociedade. Com base em uma fé sólida e em um conhecimento bem


fundamentado, podemos contribuir para o bem da sociedade de forma ética, responsável e
transformadora.

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c. Glorificando a Deus. Todo o nosso conhecimento e habilidades devem ser usados para
glorificar a Deus e servir ao próximo.

• Exemplos Práticos.

a. Um estudante de medicina cristão pode usar seu conhecimento para cuidar dos enfermos
com compaixão e amor, buscando sempre aliviar o sofrimento e promover a saúde, de acordo
com os princípios bíblicos.

b. Uma engenheira crente pode utilizar suas habilidades para desenvolver soluções
tecnológicas que beneficiem a sociedade, sem comprometer seus valores éticos e cristãos.

c. Um professor evangélico pode integrar sua fé ao ensino, promovendo valores como o


respeito, a responsabilidade e o amor ao próximo, além de transmitir conhecimento de forma
clara e engajadora.

3.3 Mantendo a identidade em tempos pós-modernos.

A LIÇÃO DIZ: Tal como fez Aspenaz, o mundo procura meios de mudar a identidade do cristão.
Em tempos pós-modernos, onde falta firmeza e consistência moral e espiritual, existe uma estratégia
diabólica de perda de sentido e significado. Podem até mudar o nosso nome, mas não conseguem
mudar quem somos: cristãos, aqueles que creem e vivem em Cristo (At 11.26).

Em resumo, um crente pode estudar em qualquer faculdade e escolher o curso que desejar. No
entanto, quando se deparar com questões que desafiam os fundamentos de sua fé, ele deve
permanecer fiel ao que a Bíblia ensina, em vez de seguir cegamente o que professores, filósofos ou
ideologias pregam. Aquele que guarda a Palavra não compromete seus princípios nem abre mão de
seus valores. E quem mantém esses princípios desfruta das promessas e bênçãos de Deus.

CONCLUSÃO

A LIÇÃO DIZ: Como vimos, as escolhas e determinação de Daniel e seus amigos nos instigam
a manter nossa identidade espiritual e nossos princípios, mesmo quando enfrentamos desafios que
ameaçam desviar-nos do caminho da verdade. É preciso resistir sabiamente, pois sabemos em quem
temos crido (2 Tm 1.12).

Finalizo nosso estudo com o que disse o pastor Valmir Nascimento em seu livro “O Cristão a
Universidade”:

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a universidade pode ser comparada a um campo de batalha, o que não significa
que ela deva ser evitada. Como cristãos, devemos nos preparar para entrar no
combate e, assim como o apóstolo Paulo, dizermos, ao término da graduação,
que combatemos o bom combate e guardamos a fé (2 Tm 4.7).

ABRA JAULA – PB MURILO ALENCAR

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