TR Laudo de Caracterização Ambiental
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente termo para a elaboração do LAUDO DE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL (LCA)
em consonância com o disposto no Decreto Municipal 9.227/2018, informa o conteúdo mínimo
a ser apresentado para o pedido de autorização ou regularização de intervenção em Área de
Preservação Permanente (APP), assim definidas pela Lei Federal 12.651/12 (Código Florestal).
Compete a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA autorizar ou regularizar, nos
casos permitidos pela legislação, intervenções em APP enquadradas no subitem 9 do item I do
Anexo I da Deliberação Normativa CONSEMA 01/18.
A SMMA poderá solicitar novos estudos ou informações em complemento ao
apresentado pelo LCA caso a análise técnica conclua por sua necessidade, ou indeferi-lo em
caso de omissão de informação, informação ou alegação incorreta, superficial, inconsistente,
vaga, genérica, imprecisa ou infundada.
2. PROFISSIONAIS HABILITADOS
O documento deve ser elaborado e assinado pelos seguintes profissionais habilitados:
2.1. Engenheiro agrônomo, de acordo com o Decreto Federal 23199/33, art. 6º e
Resolução CONFEA 218/1973, art. 5º;
2.2. Engenheiro florestal, de acordo com a Resolução CONFEA 218/73, art. 10;
2.3. Biólogo, de acordo com a Resolução CFBio 227/10, art. 4 º;
2.4. Arquiteto e Urbanista, de acordo com Resolução CONFEA nº 218/73, art. 2º e 21, e
Lei nº 12.378/10, art. 10.
Outros profissionais não discriminados nessa relação poderão elaborar o estudo desde
que as habilitações definidas pelo conselho de classe sejam amparadas por lei e o profissional
apresente respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
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3. OBJETIVO
As informações apresentadas no LCA objetivam comprovar a viabilidade ambiental da
intervenção em APP pretendida ou a executar, devendo: caracterizar nascentes, cursos ou
corpos d’água e suas respectivas APPs, relacionadas ao lote; identificar a possibilidade técnica e
legal de se autorizar a intervenção pretendida ou regularizar aquelas já existentes, identificar as
limitações e restrições legais e as medidas de mitigação, recuperação e/ou compensações
ambientais cabíveis.
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6. CONTEÚDO MÍNIMO
A elaboração do estudo em questão deve observar o conteúdo mínimo, conforme
exposto a seguir e as observações gerais constantes no Anexo II.
6.1. Introdução
Apresentar o objeto do estudo e a finalidade do laudo.
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propriedade.
c) Apresentar coordenadas geográficas de localização da área autuada. Indicar o DATUM
SIRGAS 2000.
d) Incluir cópia do Auto de Infração.
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j) Para definir a faixa de APP de reservatório artificial prevista para o artigo 4º, inciso III
da Lei Federal 12.651/12 considerar:
• Área urbana: 30 metros;
• Área rural: 15 metros para reservatórios com até 20 ha de superfície e 100 metros para
reservatórios com mais de 20 ha de superfície.
6.7.2 Caracterização da vegetação nativa
a) No caso de solicitação de autorização para o corte de árvores nativas isoladas, a
caracterização da vegetação nativa que houver na propriedade poderá ser de forma expedita
indicando o bioma e fisionomia, bem como poderão ser utilizados levantamentos anteriores
como referência a fim de subsidiar o diagnóstico.
b) Deverá ser observada a Res. SMA 57/2016 para identificação de presença de espécies
de flora ameaçadas de extinção do Estado de São Paulo. No caso de ocorrência de espécie
ameaçada de extinção deverá ser comprovado que a supressão para instalação do
empreendimento não colocará em risco a sobrevivência dessas espécies.
c) Para caracterização da fisionomia e estágio sucessional deverão ser aplicadas: a Res.
SMA/IBAMA 01/94 para Floresta Ombrófila e Estacional.
d) Avaliar tecnicamente cada parâmetro de referência indicados nas normas citadas
para a classificação de estágio sucessional.
e) É indispensável a realização de amostragem indicando a metodologia, motivação da
escolha, e espacialização do método em imagem de satélite com coordenadas geográficas e
DATUM SIRGAS 2000.
f) Para as áreas de vegetação ecotonal (tensão ecológica) deverá ser aplicada a Res.
SMA/IBAMA 01/94, conforme artigo 1º do Decreto Federal 6.660/08.
6.7.3 Árvores Nativas Isoladas
a) Levantamento de todas as árvores isoladas existentes na propriedade, indicando as
que serão objeto da solicitação de autorização para corte, devendo obrigatoriamente conter:
nome científico, nome popular, DAP, altura, volume, origem (nativa ou exótica), categoria de
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ameaça.
b) Delimitar todas as árvores em planta, nas respectivas coordenadas geográficas e
utilizar o DATUM SIRGAS 2000.
c) Todas as árvores objeto da solicitação de autorização deverão estar devidamente
identificadas por meio de placas indicativas.
6.7.4 Áreas especialmente protegidas
a) Unidade de Conservação:
i. Indicar se a área solicitada para Autorização se encontra ou não no interior de
Unidade de Conservação e/ou em Zona de Amortecimento.
ii. Especificar a Unidade de Conservação (federal, estadual e municipal) e indicar
a legislação vinculada. Especificar se há restrições legais previstas em eventual plano de
manejo, caso existente, e na própria legislação vinculada à UC.
iii. As informações sobre os limites das Unidades de Conservação Estaduais,
exceto RPPN, estão disponíveis no www.datageo.sp.gov.br.
b) Mananciais:
i. Indicar se a área solicitada para Autorização se encontra ou não no interior de
Área de Proteção de Mananciais (APM) ou Área de Proteção e Recuperação de
Mananciais (APRM).
ii. Especificar a APM ou APRM e indicar a legislação vinculada. Especificar se há
restrições legais previstas na legislação vigente.
iii. As informações sobre os limites das APMs e APRMs estão disponíveis no
www.datageo.sp.gov.br.
6.7.5 Relatório Fotográfico
a) Fotografias atuais com legendas, com destaque para as áreas pleiteadas para a
Autorização.
b) Indicação da direção da tomada da foto na planta ambiental da situação atual.
6.8. Caracterização da Intervenção
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na seguinte ordem:
a) Regularização amparada na anterioridade ao Código Florestal
Para os casos de regularização de intervenção amparada pela anterioridade ao Código
Florestal a descrição da situação deverá, no mínimo, conter:
- Identificação, caracterização e localização dos cursos, nascentes ou corpos d’água e
delimitação das APPs, conforme vigente no Código Florestal à época da instalação do uso e
ocupação da área, conforme o caso a Lei Federal 4.771/65 ou 7.511/86;
- Identificação, localização e caracterização dos usos e ocupações existentes em APP e
sua cronologia de implantação referentes às alterações do Código Florestal (Leis Federais
4.771/65, 7.811/86 e 12.651/12), instruída com foto aérea, projetos de construção aprovados
pela prefeitura, certidão de áreas e datas ou outro documento de valor probatório;
- Identificação, caracterização e localização atual dos cursos, nascentes ou corpos d’água
e delimitação das APPs, conforme vigente no Código Florestal atual (Lei Federal 12.651/12);
- Identificação, localização e caracterização da vegetação, se existente;
- Informações sobre a bacia hidrográfica e sub-bacia que incidem no entorno.
Nessa hipótese deverá ser apresentada, apenas para as áreas do imóvel não amparadas
pela anterioridade, medidas de recuperação, mitigação e/ou compensação de acordo com a Lei
Federal 11.428/06, Lei Federal 12.651/12, Resolução CONAMA 429/11, Resoluções SMA 32/14,
20/17 e 72/17, e demais legislações pertinentes.
b) Intervenção ou regularização amparada nas excepcionalidades do Código Florestal
Para os casos de intervenção ou regularização amparada pelas excepcionalidades do
Código Florestal, conforme Artigo 8º da Lei Federal 12.651/12, a descrição da situação deverá,
no mínimo, conter:
- Identificação, caracterização e localização atual das nascentes, cursos ou corpos d’água
e sua respectiva APP, conforme Lei Federal 12.651/12;
- Identificação, localização e caracterização da vegetação;
- Unidades de Conservação federais, estaduais e municipais e respectivas zonas de
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TOTAL (ha)
Área total da
propriedade (ha)
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Área total do
empreendimento (ha)
* Classificação envolve: estágio sucessional e fisionomia, solo exposto, impermeabilizado, cobertura de vegetação
exótica, árvores isoladas, outra área (obrigatório especificar).
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6.11. Conclusão
De acordo com o caso objeto do Laudo Técnico de Caracterização Ambiental, apresentar
as conclusões em relação:
a) A incidência, localização e caracterização das nascentes, corpos ou cursos d’água no lote
e seu entorno e respectivas APPs;
b) Ao enquadramento do caso concreto em uma das hipóteses previstas no item 6.8.1
(Descrição da Situação) ;
c) A viabilidade ambiental da intervenção ou regularização, de acordo com seu
enquadramento em uma das hipóteses previstas no item 6.8.1 (Descrição da Situação);
d) A conformidade, ou não, da ocupação com a legislação vigente à época de sua
implantação;
e) As funções ambientais atuais da APP e a possibilidade, ou não, de restabelecimento de
suas funções ambientais previstas no Código Florestal;
f) A identificação e caracterização dos impactos negativos decorrentes do desfazimento
das intervenções;
g) As medidas propostas para a recuperação, mitigação e/ou compensação ambiental, de
acordo com seu enquadramento em uma das hipóteses previstas no item 6.8.1
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(Descrição da Situação);
h) Ao plano de desfazimento das edificações, ocupações ou usos não passiveis de
regularização, com base nas hipóteses abordadas no item 6.8.1 (Descrição da Situação).
A intervenção ou regularização deverá ser enquadrada em apenas uma das hipóteses
previstas no item 6.8.1 (Descrição da Situação), por eliminação na ordem em que são
apresentadas.
Não sendo possível enquadrá-la em nenhuma destas hipóteses o pedido será indeferido
e adotado, quando cabível, os procedimentos de fiscalização e atribuição de penalidades, nos
termos da legislação vigente.
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- http://www.suzano.sp.gov.br/web/meio-ambiente/
7. ANEXOS
- Apresentar as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) do conselho de classe do(s)
profissional(s) habilitado(s) responsável(s) pelo Estudo e plantas.
- Juntar Plantas Ambientais, conforme item 6.9.
- Juntar via original, devidamente preenchida e assinada, da Declaração de Responsabilidade,
conforme modelo constante no Anexo I do presente Termo.
- Documentos comprobatórios do uso e ocupação da área anterior à publicação da Lei Federal
4.771/65 ou 7.811/86, conforme o caso, tais como: foto aérea, projetos de construção
aprovado pela Prefeitura, Certidão de Áreas e Datas, etc.
- Registros fotográficos, pretéritos e atuais, contendo dados que possam confirmar as
informações apresentadas no LCA.
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DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
___________________________________________________________________________,
RG. _______________________, Órgão expedidor _______, Responsável Legal pela
(regularização ou intervenção) em Área de Preservação Permanente, pretendida para o imóvel
localizado na (especificar o endereço e classificação fiscal), em conjunto com
_________________________________________________________________________, RG.
_______________________, Órgão expedidor _______, Responsável Técnico, DECLARAM, sob
as penas da lei e de responsabilização administrativa, civil e penal que todas as informações
prestadas ao Secretaria Municipal de Meio Ambiente no Laudo de Caracterização Ambiental
(LCA) e seus anexos, são verdadeiras e contemplam integralmente as exigências estabelecidas
pela legislação ambiental e requeridas pelo SMMA no procedimento de licenciamento
ambiental da referida atividade.
_____________________________________ ______________________________________
Assinatura do Responsável Técnico Assinatura do Responsável Legal
Nome completo Nome completo
______________________________________ ______________________________________
CPF CPF___________________________________
______________________________________
CREA/CAU_____________________________
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ART/RRT
_______________________________
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