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Desenvolvimento Infantil: Como Ajudar Meu Filho em Casa

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Autoras

Jéssica Gomes da Silva


• Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

Leticia Pereira Pujoni


• Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

Lívia Cristina da Silva


• Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

Luana Moreira da Silva


• Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

Rayssa Guimarães Caldoncelli Franco


• Graduando em Psicologia pelo Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

Mentora
Lívia Oliveira Maciel
• Bibliotecária

Orientação
Alexandre Augusto Macêdo Corrêa
• Diretor do curso de Psicologia do Centro Universitário Ozanam Coelho.
SUMÁRIO

O DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................................................ 01

FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................................ 03

DIMENSÕES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ...................................... 04

ATIVIDADES INDICADAS PARA CADA IDADE DA CRIANÇA ................... 09


1. O DESENVOLVIMENTO INFANTIIL

O desenvolvimento humano se inicia dentro da barriga da mãe, o feto


começa a desenvolver lentamente, os ossos, os membros, os órgãos, já são
capazes de ouvir, sentir gostos, já tem pelos, mês a mês ele se desenvolve.
Quando nasce conhece sensações, aprende a controlar os movimentos do
corpo, andar, correr, falar, começam a ser independentes, ter suas próprias
conclusões, e assim é o desenvolvimento, a cada dia, semana, mês, anos, o ser
humano vai se modificando e evoluindo.
É na infância que a criança tem o seu primeiro contato com os processos
básicos do desenvolvimento, o motor, o cognitivo, o de linguagem e o
emocional/comportamental.

O desenvolvimento motor, são todos os movimentos


que a criança aprende a realizar e a controlar, como: segurar
algum objeto e levá-lo para algum lugar, sentar sozinho,
engatinhar, andar, correr, subir degraus, recortar figuras,
escrever e milhares e outros movimento que dependem do nosso corpo e de
como o conduzimos (Gallo & Alencar).

O desenvolvimento cognitivo, que se diz do


amadurecimento intelectual da criança, onde expressam suas
curiosidades e habilidades de resolver problemas, exemplo: ter
o entendimento de tempo (hoje, amanhã, semana que vem),
noção espacial (um frasco alto e estreito pode armazenar a
mesma quantidade que um de água do que um curto e largo), saber que a mãe
está nervosa e brava mas que mesmo assim pode amá-la e também reconhecem
que remédios podem ter um gosto ruim mas que podem fazê-la se sentir melhor
(Gallo & Alencar)..

O desenvolvimento da linguagem, é a compreensão


que a criança adquire através da fala, elas conseguem
entender atitudes, aprender reconhecer objetos e pessoas ou
até se comunicar como: dá (o desejo de querer alguma coisa),

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mama ou papa (estou com fome), e com poucas palavras já conseguem manter
uma comunicação com outras crianças maiores e com adultos (Gallo & Alencar)..

O desenvolvimento emocional/comportamental, cada


criança tem um temperamento e humor individual, e são a
partir de choros, risadas e expressões faciais que
conseguimos distinguir as emoções sentidas das crianças que
ainda não conseguem falar, já crianças que conseguem se
comunicar, podem verbalizar suas emoções ou vão testando
elas mesmas como, autoconhecimento, interação social, adaptação e outros
comportamentos que vão indicar a personalidade da criança (Gallo & Alencar)..

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) as crianças têm seis


direitos de aprendizagem e desenvolvimento: 1 conviver; 2 brincar; 3 participar,
4 explorar; 5 expressar; 6 conhecer-se (BNCC, p. 38). E assegurando esses
direitos em conjuntos com teorias de grandes autores como Jean Piaget e Lev
Vygotsky, podemos afirmar a importância das crianças passarem por todas os
processo de aprendizagem e desenvolvimento. Com tudo, a criança precisa de
apoio além da escola, da família também, pois são os lugares onde elas passam
a maior parte do tempo e tem estímulos e exemplos.
As brincadeiras são uma oportunidade de desenvolvimento para as
crianças, elas podem possibilitar inúmeras sensações, emoções, podem
elaborar a autonomia, lidar com frustrações, fazer escolhas, ter limites e vários
outros aprendizados.
Para brincar com uma criança não precisa-se de muito. Com materiais
simples, caneta e papel, garrafas pet, canos PVC e outros materiais que temos
em casa ou de fácil acesso podemos criar brincadeiras que irão estimular a
aprendizagem e desenvolvimento delas.
O desenvolvimento infantil ocorre na interação entre o indivíduo e o meio
em que ele convive. Proporcionar um ambiente facilitador do desenvolvimento é
fundamental para a criança em todos os aspectos: cognitivo, afetivo, psicomotor
e social. Os pais/cuidadores fazem parte deste contexto e, portanto, estabelecer
uma relação afetiva com a criança vai permitir que ela construa relações de
confiança com o seu entorno, potencializando o seu desenvolvimento.

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“O desenvolvimento infantil ocorre na interação entre o indivíduo e o meio
em que ele convive. Proporcionar um ambiente facilitador do desenvolvimento é
fundamental para a criança em todos os aspectos: cognitivo, afetivo, psicomotor
e social. Os pais/cuidadores fazem parte deste contexto e, portanto, estabelecer
uma relação afetiva com a criança vai permitir que ela construa relações de
confiança com o seu entorno, potencializando o seu desenvolvimento.”
- Cristina Toledo – Mestra em Educação, Especialista em Neuropsicologia Psicóloga e
Professora no curso de Psicologia no Centro Universitário Governador Ozanam Coelho.

2. FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL,


SEGUNDO JEAN PIAGET

2.1 – Sensório motor (0 a 2 anos)

Durante este estágio, as crianças aprendem sobre o mundo por meio dos
seus sentidos e da manipulação de objetos. A principal conquista durante este
estágio é a permanência do objeto, ou seja, saber que um objeto ainda existe,
mesmo que você não possa vê-lo. Isso requer a capacidade de formar uma
representação mental dos objetos (Bock, Furtado &Teixeira, p. 131, 1999)

2.2 – Pré-operatório (2 a 7 anos)

Durante esse estágio, as crianças desenvolvem a imaginação e a


memória. Elas também são capazes de entender a ideia de passado e futuro, e
interpretar as coisas simbolicamente. O pensamento nessa fase ainda é
egocêntrico, desse modo, a criança tem dificuldade em ver o ponto de vista dos
outros (Bock, Furtado &Teixeira, p. 131, 1999).

2.3 – Operações concretas (7 a 11 anos)

Durante esse estágio, as crianças se tornam mais conscientes do


sentimento dos outros e dos eventos externos. Elas vão se tornando menos
egocêntricas, começando a entender que nem todos compartilham seus
pensamentos, crenças ou sentimentos. Para Piaget, esse estágio é um grande
ponto de virada no desenvolvimento cognitivo da criança, pois marca o início do

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pensamento lógico ou operacional. Isso significa que a criança pode resolver as
coisas internamente em sua cabeça, em vez de apenas fisicamente (Bock,
Furtado &Teixeira, p. 131, 1999).

2.4 – Operações formais (11 anos ou mais)

O estágio operacional formal começa aproximadamente aos onze anos e


dura até a idade adulta. Durante esse estágio, as crianças são capazes de usar
a lógica para resolver problemas, planejar seu futuro e ver o mundo ao seu redor.
O adolescente é capaz de pensar em termos abstratos, de formular hipóteses e
de testá-las sistematicamente independentemente da verdade factual (Bock,
Furtado &Teixeira, p. 131, 1999).

3. DIMENSÕES DO .
DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Na infância, presenciamos o despertar


de algumas dimensões do desenvolvimento
infantil, um conjunto de fatores físicos, sócio-
ambientais que influenciam na qualidade das
experiências vividas e que seu desenvolvimento depende dos estímulos
externos que receberá ao longo da vida. Observamos as grandes e rápidas
mudanças que ocorrem no primeiro ano de vida do bebê/criança 0- 5 anos.
É importante que respeitem o ritmo e a singularidade individual de cada
criança, o estudo do desenvolvimento humano ajuda conhecer as características
comuns da faixa etária em determinado tempo e idade para assim poder
estimular a criança adequadamente.
Muitos fatores interferem e interagem com o desenvolvimento, devemos
estar atentos aos amadurecimentos de cada fase e cada criança se estão
progredindo adequadamente independentemente da idade. Para que o
desenvolvimento possa ser considerado um atraso, há técnicas e intervenções
para a estimulação adequada, às vezes uma não correção postural pode gerar
um atraso nesse processo. Quem cuida precisa estar ciente das possibilidades

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de fazer ajustes.
O desenvolvimento físico afeta o desenvolvimento social, emocional e
intelectual da criança, e estes também interferem na aquisição das habilidades
motoras.

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3.1 – Desenvolvimento físico

O desenvolvimento físico se dá no fortalecimento gradual da musculatura, ou seja, no crescimento orgânico.

0 aos 6 meses Levanta cabeça por alguns segundos; Coloca o bico na boca; Quando segurado pela mão tenta levantar;
Inicia o rolar.

6 aos 12 meses Senta-se com apoio; Faz o movimento de ‘’saltar’’; Senta-se sem apoio; Começa a engatinhar; Aprende
a indicar algo com o dedinho; Primeiros passos com apoio.

12 aos 24 meses Sobe degraus engatinhando; Começa a andar com equilíbrio instável; Rabisca; Anda com equilíbrio e
coordenação.

3 aos 4 anos Corre; Salta’ Veste-se sozinho com ajuda; Come sozinho sem derrubar.

4 aos 5 anos Maior controle dos movimentos; Escova os dentes sozinhos; Veste-se com pouca ajuda; Grandes
atividades motoras.
3.2 – Desenvolvimento intelectual

O desenvolvimento intelectual se na aprendizagem através dos sentidos, nos pensamentos, raciocínio, a criança necessita
passar por um processo progressivo de maturação física e psicológica. Esse desenvolvimento depende de estímulos, como atenção
familiar para participar das brincadeiras, contar histórias e responder as indagações infantis, além de praticar alguma arte, tocar um
instrumento musical ou executar trabalhos manuais, entre outros.

0 aos 6 meses Vocaliza quando interagem com outra pessoa; Emite sons vocais; Começa a imitar sons.

6 aos 12 meses Emite sons consonantais - ‘’MA”, ‘’PA’’; Primeiras palavras com significados ‘’mamãe’’; Responde ao
nome ou apelido.

12 aos 24 meses Compreende ordens simples; Desenvolve o entendimento de rotina; Nomeia animais com sons –

‘’au-au’’.

3 aos 4 anos Copia imagens geométricas; Compreende quase tudo que escuta; Sabe o nome, sexo e idade.

4 aos 5 Canta canções simples; Presta atenção em histórias; Conta numerais; Corresponde em ordens e frases
negativas.
3.3 – Desenvolvimento social

O desenvolvimento social se dá a qual maneira a criança reage diante outras pessoas, sua interação ao mundo dos humanos.

0 aos 6 meses Reconhece seu cuidador; Sorriso social; Distingue as pessoas conhecidas com estranhas.

6 aos 12 meses Sorri intencionalmente; Inicia imitação ‘’ tchau’’ ‘’palma’’; Brinca de esconde-esconde; Interagem com
outros bebês.

12 aos 24 meses Interação com os adultos; Falas simples; Usa a 3ª pessoa para referir a si mesmo.

3 aos 4 anos Apresenta medo de animais e estranhos; Autoconfiança; Distingue o certo com errado; Interesse com
atividades grupais e com outras crianças.

4 aos 5 anos Compreende tudo que é dito; Faz muitas perguntas; Aceita regras e a vez do outro.
3.4 – Desenvolvimento emocional

O desenvolvimento emocional se dá através de como cada criança reage com suas experiências através dos movimentos
corporais.

0 aos 6 meses Se cômica através do choro que pode indicar, fome, sono, desconforto; Apresenta descontentamento
com barulhos inesperados, pessoas estranhas e dor.

6 aos 12 meses Laço afetivo com o cuidador principal; Chora diante estranhos; Começa entender o ‘’não’’; Gosta de
jogar objetos no chão para as pessoas pegarem e devolver os mesmos.

12 aos 24 meses Começa a confiar em adultos que cuidam; Sentimento de posse; Dificuldade em partilhar suas coisas.

Entendimento entre realidade e fantasia; Os pesadelos são comuns; Facilidade em fantasiar; Amigos
imaginários; Consciência do certo e errado; Culpa os outros pelos seus erros.
4 aos 5 anos
4 – ATIVIDADES INDICADAS PARA CADA IDADE DA CRIANÇA

Toda criança precisa brincar. Esse hábito não é apenas um momento de


diversão dos pequenos, mas também é a hora em que eles estão descobrindo o
mundo, por mais simples que seja a brincadeira. Por isso, é importante que as
mamães, papais e responsáveis levem em consideração que é necessário
estimular seus filhos a brincarem com coisas adequadas para sua idade, de
modo que eles possam aprender mais e desenvolver suas habilidades.
Mas qual é a brincadeira ideal para cada idade? Neste livro,
recomendamos algumas opções para garantir que seu filho tenha um
desenvolvimento cada vez melhor e mais saudável, além de também ensinar
como criá-las juntos, gerando belas lembranças.

Entrevistado: a importância das atividades (brincadeiras) durante o


desenvolvimento – benefícios.

4.1 – Brincadeiras para crianças de 0 a 1 ano


Nessa faixa etária, podemos fazer atividades e brincadeiras que
estimulam o sensorial da criança (olfato, visual, auditivo, gustativo e tátil), e para
isso podemos utilizar objetos que temos em casa como:

• Escova de cabelo com cerdas molinhas ou penas; pode passar no pé ou


na mão do bebê para fazê-lo sentir o estímulo de cócegas.

● Gelatina; a criança pegar, esmagar colocar na boca é uma maneira de


estimular a coordenação e sentir outra textura além de estar gelada.
● Cantar música simples como: borboletinha, alecrim dourado, cai cai balão
e outras músicas conhecidas pelos pais e/ou cuidadores.

Ou podemos criar materiais:

● Potinhos sensoriais
Objetivo: Estimular o sentido visual da criança.

Como confeccionar: 4 garrafinhas d'água: uma com glitter+água, uma com


água+bolinhas, uma com água+elástico e uma com óleo-água; Como brincar: a
criança pode utilizar as garrafas da forma que quiser, sempre voltada a visualizar

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o objeto;
Sugestões: feche bem as garrafas, use garrafas pequenas e transparentes;

● Mãos sensoriais
Objetivo: Estimular os sentidos táteis da criança.

Como confeccionar: Faça moldes das mãos em folhas (a que estiver


disponível) e recorte, quantas vezes for necessário, em cada mão coloque uma
superfícies que as crianças não estão acostumadas por exemplo: a parte verde
da esponja e a parte amarela cada uma em mãos diferentes, cole pedras de
tamanhos diferentes, lixa de pedreiro, tampinhas de garrafas pet, cole macarrão
cru e você pode colocar vários materiais que tenha em casa para a criança
descobrir esses objetos e desenvolver o sensorial tátil dela.

Como brincar: deixe as mãos no chão ou em alguma superfície lisa e primeiro


faça você, ensinando a criança o que deve fazer, se for preciso pegue a mão
dela no primeiro momento e a coloque em cima das mãos confeccionadas.

Sugestão: Converse com a criança durante esse processo e não force algo que
ela não queira.

● Garrafas musicais
Objetivo: Estimular o sentido auditivo da criança.

Como confeccionar: Pegue garrafas pet pequenas vazias, escolha grãos que
tenha em casa (arroz, milho, feijão, semente de girassol ou outros) coloque uma
quantidade de até o meio da garrafa, a deixe bem fechada.

Como brincar: Disponibilize a garra para a criança e a deixe explorar e descobrir


o que ela faz.

Sugestão: Cante músicas em conjunto com o som das garrafas.

4.2 – Brincadeiras para crianças de 1 a 3 anos

Exemplos de atividades para estimular a linguagem:

● Brinque de executar ordens simples: buscar o sapato da mamãe, chamar


o papai na sala, colocar a mamadeira em cima da mesa, acender a luz,
fechar a porta. Aos poucos, invertem-se os papéis e a criança também
pode ser aquela que brinca de dar as ordens.
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● Olhe livros e revistas e vá apontando e nomeando figuras para a criança.
É outro modo agradável de aumentar seu vocabulário.

● Produza junto com a criança uma caixa que contenha objetos cujos
nomes ela já entende bem. Eventualmente, peça que ela vá até a caixa,
pegue determinado objeto e o traga. No dia seguinte, peça dois objetos e
vá aumentando aos poucos.

● Outra opção é preparar uma “caixa de surpresas”. Use uma caixa de


sapato fechada com abertura suficiente para que a criança coloque a mão.
Ponha pequenos objetos na caixa e peça para a criança retirá-los e
nomeá-los.

4.3 – Brincadeiras para crianças de 3 a 4 anos

Atividades de concentração:

● Jogo da Memória: O jogo que mais exige concentração. A partir dos 3


anos de idade, as crianças já podem brincar com quebra-cabeças de
poucas peças, grandes e com a ajuda dos pais.

● Brincadeiras de ordenar as coisas: Existem vários jogos que têm esse


mesmo princípio. A brincadeira muito conhecida “Fui à lua” consiste em
memorizar os objetos e a ordem em que eles foram falados. A primeira
pessoa começa falando um objeto, a seguinte repete e adiciona mais um.
Por exemplo “Fui à lua e levei uma bola”, a seguinte deve falar “fui à lua
e levei uma bola e uma peteca”, a próxima pessoa aumenta mais um
objeto na lista, e assim por diante. Pouco a pouco o grau de dificuldade
aumenta, fazendo com que a criança tenha que prestar atenção na ordem.

● Completar o desenho ou ligar os pontos: Além de trabalhar


coordenação, eles trabalham a capacidade de concentrar. A atividade de
ligar os pontos a criança deve seguir determinada ordem para completar
o desenho. Caso contrário, ela não vai conseguir ver a figura que irá

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formar. A curiosidade encoraja a criança a concentrar e,
inconsequentemente, faz com que ela aprenda a ficar atenta.

Atividades de exploração do ambiente: as atividades que exploram


ambientes despertam a criatividade, além de estimularem a busca pelo
conhecimento.

● Esconde - esconde
● · Plantação
● Escutar sons do ambiente onde a criança está inserida: telefone,
campainha, passos, vozes de crianças, de adultos, canto de pássaros,
latido de cachorro, etc.

Exemplos de atividades para trabalhar a coordenação motora fina

● Dobrar, rasgar furar colar papéis;


● Recortar com tesoura;
● Ligar pontos; fazer contornos
● Fazer contornos e colorir; desenhar, colorir/pintar com giz de cera, lápis
de cor, pincéis;
● Montar lego;
● Modelar massinha ou argila;
● Amarrar cadarço.

4.4 – Brincadeiras para crianças de 5 a 6 anos

Quanto mais lúdico for o ensino nessa fase dos 4 e 5 anos maior é o
aprendizado da criança. Os jogos e brincadeiras recreativas dirigidas a elas
devem desenvolver habilidades específicas, como:

Coordenação motora;
Orientação espacial;
Ritmo, equilíbrio;
Organização temporal;
Desenvolver a linguagem como forma de comunicação.

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E na idade dos 5 anos, tendo a percepção que a criança está se
desenvolvendo harmonicamente, já pode ser inserida em modalidades
esportivas como a natação, o futebol, o ballet, por exemplo.

Exemplos de brincadeiras para essa idade:

Corda
Objetivo: Desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal,
estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade e
melhorar o tônus muscular.

Material: A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros em média.


Execução: Pode ser utilizada no chão, em que a criança ande descalça sobre a
corda, com os braços abertos, procurando manter o equilíbrio.

Aproveitando a mesma atividade só que agora a criança vai andar de costas


sobre a corda.
Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e
para direita consecutivamente

Sapos em Fila
Objetivo: coordenação, trabalho em grupo, atenção.
Material: giz e apito.
Execução: Trace duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma delas, os
participantes são reunidos em dois grupos iguais (pode ser mais grupos com
número igual de participantes).
Em fila, os alunos seguram firme na cintura de quem está na frente. Dado
o sinal, os participantes avançam pulando com os dois pés ao mesmo tempo. Se
a fila romper, o grupo volta a linha de largada. Vence a turma que alcançar a
linha de chegada primeiro.

4.5 – Brincadeiras para crianças de 7 a 10 anos


Nessa idade, é importante ir aumentando a complexidade das atividades
e estimular as que envolvem regras, movimentos, flexibilidade e atenção
seletiva. A partir dos 7 anos as crianças estarão concluindo o seu processo de
alfabetização. Nessa fase, é esperado que já consigam compreender e escrever

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letras de fôrma e cursiva, os conceitos matemáticos mais complexos são
apresentados.

Exemplos de brincadeiras para essa idade:

Adedanha
Objetivo: estimular as habilidades cognitivas como a coordenação psicomotora
e a sociabilidade.
Material: papel e caneta para cada jogador

Execução: Defina junto com os outros jogadores as categorias que vão entrar
no jogo (escolha pelo menos cinco), como: NOME, ANIMAL, FRUTA, COR e
CEP (cidade, estado ou país). O objetivo é preencher todas as categorias com a
letra sorteada primeiro que os colegas. Quem terminar primeiro deve dizer:
“stop”, então todos devem parar de escrever e contar os pontos.

Mímica
Objetivo: trabalho em grupo, atenção, imaginação, criatividade, memória,
movimentos
Material: papel e caneta

Execução: As crianças deverão ser divididas em dois grupos. Em alguns


pedaços de papel, as equipes devem escrever nomes de filmes, pessoas
famosas, desenhos animados. Sortear os papeizinhos entre um participante de
cada equipe, o qual não poderá revelar o que está escrito para o restante do
grupo. Através de gestos, o restante do grupo deverá tentar adivinhar qual a
frase, título de filme ou o nome que estiver escrito no papel. Cada acerto valerá
um ponto e a cada rodada, a equipe deverá trocar o participante.

4.6 – Brincadeiras para crianças de 10 a 12 anos


Nessa fase é provável que haja uma mudança de interesse, antes voltada
para brincadeiras mais lúdicas, e agora ligada a atividades mais maduras como
livros, jogos de tabuleiro, baralho, ou conversar com o amigo da escola a tarde

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toda. As crianças a partir dos 10 anos já estão prontas para ótimas e sólidas
relações de amizade. Essa é a etapa do descobrimento, já conhece os seus
interesses e gostos pessoais. Estimule a independência guiada, mostre as
responsabilidades, e também os deveres, converse com a criança e aproveite
os momentos para reforçar sua autoconfiança.

Exemplos de brincadeiras para essa idade:

Criar histórias em quadrinho


Objetivo: imaginação, criatividade, estimular pensamentos abstratos.
Material: papel, caneta, lápis de cor

Execução: Imprimir algumas folhas com diferentes tipos de quadrinhos. Cada


folha pode conter uma história ou pode ser página diferente de uma mesma
história. Depois é só colocar as folhas com quadrinhos na frente das crianças e
deixar a imaginação correr solta para que elas criem sua própria história em
quadrinhos.

Jogo de tabuleiro
Objetivo: proporcionar regras a serem seguidas e oportunidades para
elaborarem problemas (conflitos), encontrando soluções para os mesmos.
Material: tabuleiro do jogo escolhido (na internet consegue imprimir o tabuleiro
e as cartas necessárias)

Batalha naval
Acompanha duas maletas que se transformam em duas plataformas de grandes
batalhas, onde você vai sentir a emoção e descobrir onde seu inimigo está
escondido e pronto para te atacar. Neste jogo os dois participantes devem jogar
sobre a mesa, um de frente para o outro, de maneira que um não veja o jogo do
outro. O jogador posiciona em sua maleta os seus cinco navios de maneira
estratégica, dificultando a adivinhação do adversário. Na outra maleta ele tenta
localizar os navios do seu oponente. Planeje a estratégia para destruir a frota

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inimiga e seja o vencedor. O vencedor será aquele jogador que afundar os 5
navios de seu adversário.

Baralho
Objetivo: Desenvolver pensamento lógico, rapidez e raciocínio matemático.
Material: Um baralho completo.

Execução: as cartas são embaralhadas e distribuídas igualmente entre os dois


jogadores, sem que eles vejam quais são. As cartas de cada jogador são
mantidas fechadas em um monte em frente a cada um. Ao mesmo tempo, cada
jogador vira a primeira carta de seu monte. Quem anunciar primeiro o resultado
da multiplicação dos dois números pega as duas cartas. Vence quem coletar
mais cartas.

Desenho sem fio

Objetivo: estimular a concentração, atenção, relações interpessoais


Material: papel e caneta

Execução: Inicialmente, os participantes precisam se sentar em fila indiana, um


de costas para o outro. A frente de cada participante fica a folha de papel e o
lápis. A brincadeira funciona assim. O último da fila começa fazendo um desenho
qualquer na folha de papel.

O ideal é começar com desenhos de formas simples, como corações e


quadrados. Depois, a pessoa que começou a atividade precisa reproduzir o
desenho que fez no papel nas costas do amigo à sua frente. Ela deve usar os
dedos das mãos para fazer esta reprodução e o amigo da frente vai sentir o que
está sendo desenhado.

Após isso, o participante tem que reproduzir no papel aquilo que sentiu. Em
seguida, repetir o processo de desenhar nas costas da pessoa da frente o que
estava desenhado no seu papel. E assim sucessivamente com cada um dos
participantes até chegar no último da fila.
Aí é a hora de comparar o desenho que foi feito pela primeira pessoa com o feito
pela última pessoa. E colocar todo mundo para comparar quem entendeu o que.
Acontecem coisas ótimas como a diferença entre o primeiro e o último desenho.

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Referências:

BNCC, Base Nacional Comum Curricular – Educação é a Base. p,38. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

Bock, A, M, B.; Furtado, O.; Teixeira, M. L. T. (1999) Psicologias – Uma introdução ao estudos de
Psicologia. P. 131. Ed. Saraiva

Gallo, Alex E.; Alencar, Juliana S. A. (2021) - Psicologia do Desenvolvimento da Criança. Maringá.

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