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Aula 1 - 2 - Princípios de Direito Penal - Legalidade

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DIREITO PENAL

Princípios de Direito Penal - Legalidade


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PRINCÍPIOS DE DIREITO PENAL - LEGALIDADE

Princípio da legalidade

Previsão constitucional e legal

Infração Penal

• CF, Art. 5º, XXXIX – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;”
• CP, Art. 1º – “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia comi-
nação legal.”

O princípio da legalidade subdivide-se em:

• Princípio da estrita legalidade ou reserva legal.


• Princípio da anterioridade.
• Princípio da taxatividade.

Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade


5m

É possível haver a incriminação de condutas somente por meio de Lei Ordinária e Lei
Complementar. Quando o art. 1º da CF dispõe que “não há crime sem lei”, significa que não
há infração penal.

• Nullum crimen nulla poena sine lege (Não há crime, não há pena, sem que haja lei).
• Direito fundamental de 1ª geração (dimensão), limitando o poder punitivo do Estado.
• Cláusula pétrea – Art. 60, § 4º, CF “Não será objeto de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:

(...) IV – os direitos e garantias individuais.”

• Somente lei ordinária ou lei complementar pode criar crimes ou agravar penas.
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• É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a Direito Penal (CF,
art. 62, § 1º, I, b) seja para prejudicar ou beneficiar o réu. Entretanto, o STF admite
medidas provisórias que versem sobre direito penal favorável ao réu (RHC 117.566/
SP, julgado em 24/09/2013).
10m

 Obs.: O Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade se aplica apenas a normas incri-
minadoras ou prejudiciais ao réu.

• Inadmissível que lei delegada verse sobre direito penal. Não serão objeto de dele-
gação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência
privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal e sobre direitos individuais
(Art. 68, § 1º e II, CF).

Como decorrência desse Princípio, não é permitida a analogia in malam partem no Direito
Penal, tampouco o uso de costumes (direito consuetudinário) para criar infrações penais.

 Obs.: A analogia é aplicada quando o legislador deixou de escrever sobre determinada


situação e uma norma análoga ao caso é aplicada. Somente é permitido prejudicar o
réu se houver previsão legal.

Por exemplo, o fato de alguém praticar homicídio contra o cônjuge ou parente consan-
guíneo até o terceiro grau de um policial em razão da função, configura homicídio funcional.
15m
No entanto, se um indivíduo matar o(a) filho(a) adotivo(a) de um policial, não responderá
por homicídio funcional, visto que não é permitida a analogia in malam partem.
Esse princípio é igualmente aplicável às contravenções penais (“crime” deve ser interpre-
tado como infração penal) e às medidas de segurança (“pena” deve ser interpretado como
sanção penal).

Princípio da anterioridade

A lei deve ser anterior à conduta criminosa.


A Lei Carolina Dieckmann foi criada em 2012 e dispõe sobre a invasão de dispositivo
informático (art. 154‒A do Código Penal).
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Supondo que um indivíduo tenha invadido um dispositivo informático em 2011, ele não
poderá ser punido, em virtude do Princípio da anterioridade. Somente será punido o indivíduo
que tiver invadido um dispositivo informático após 2012.
20m
Em outra hipótese, supondo-se que a Lei Carolina Dieckmann tenha sido publicada em
junho de 2012, e entrado em vigor somente 30 dias depois, se um indivíduo praticasse a con-
duta de invasão de dispositivo durante o intervalo de 30 dias, também não seria punido. A lei
deve estar em vigor para ser aplicada.

Princípio da taxatividade

Os tipos penais e o preceito primário das leis penais devem ser claros e objetivos em
relação ao seu texto. O art. 121 que dispõe sobre o homicídio é um tipo penal taxativo, visto
que não deixa dúvidas em relação ao teor da conduta criminosa. Por outro lado, o conceito
do ato obsceno é não taxativo.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Érico de Barros Palazzo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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