Bíblia de Biologia Da 9 Classe
Bíblia de Biologia Da 9 Classe
Bíblia de Biologia Da 9 Classe
Discente:________________________________________________
Autor: __________________________________
António Raúl Bernardo ‘’Químiquinho’’
Técnico Superior em Ciências da Educação, opção
Ensino de Química.
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
Tema 1: A CÉLULA COMO UNIDADE ESTRUTURAL E FUNCIONAL DOS SERES VIVOS
......................................................................................................................................................... 2
1.1. Microscópio óptico e o estudo da célula .......................................................................... 2
1.1.1. Conceito do microscópio ........................................................................................... 2
1.1.2. A invenção do Microscópio óptico ........................................................................... 2
1.1.3. Teoria Celular ............................................................................................................ 3
1.1.4. Constituição do microscópio e funções das partes do microscópio .......................... 4
1.1.5. Características das imagens dadas pelo microscópio óptico ..................................... 6
1.1.6. Técnicas citológicas para o microscópio óptico ........................................................ 7
1.2. A célula como unidade estrutural e funcional dos seres vivos ......................................... 8
1.2.1. A célula procariota e eucariótica ............................................................................... 8
1.2.2. Estudo das células procariotas................................................................................... 9
1.2.3. Estudo da célula eucariótica ou eucariota. Animal e vegetal. ................................... 9
1.2.4. Aspectos comparativos da célula procariótica e da célula eucariótica .................... 12
1.2.5. Comparação estrutural da célula animal e a célula vegetal ..................................... 13
1.3. Seres unicelulares e seres pluricelulares ......................................................................... 15
1.3.1. Os seres eucarióticas unicelulares ........................................................................... 15
1.3.2. Seres eucarióticas pluricelulares ............................................................................. 15
1.4. O metabolismo celular .................................................................................................... 16
1.4.1. Definição ................................................................................................................. 16
1.4.2. Importância.............................................................................................................. 16
1.4.3. Captação de energia pelos seres vivos .................................................................... 17
1.4.4. Produção da energia metabólica .............................................................................. 17
Tema 2: ORGANIZAÇÃO DAS PLANTAS ............................................................................... 19
2.1. Organização estrutural das plantas ................................................................................. 19
2.1.1. Definição ................................................................................................................. 19
2.1.2. Classificação das plantas superiores ....................................................................... 19
2.2. Estrutura e função dos tecidos de formação de meristemas ........................................... 19
2.2.1. Conceito de tecido vegetal ...................................................................................... 19
2.2.2. Estrutura dos tecidos das plantas angiospérmicas ................................................... 20
2.3. Estrutura e função dos órgãos vegetais........................................................................... 23
2.3.1. A raiz ....................................................................................................................... 23
2.3.2. O caule..................................................................................................................... 24
2.3.3. A folha ..................................................................................................................... 24
2.4. Mecanismo da fotossíntese ............................................................................................. 25
2.5. Pigmentos fotossintéticos e a sua localização. ............................................................... 26
Tema 3: ORGANIZAÇÃO DOS ANIMAIS ................................................................................ 27
3.1. Estrutura e função dos diferentes tipos de tecidos animais. ........................................... 27
3.1.1. Tecidos epiteliais ..................................................................................................... 28
3.1.2. Tecidos conjuntivos................................................................................................. 29
3.1.3. Tecido sanguíneo..................................................................................................... 32
3.1.4. Tecidos musculares ................................................................................................. 33
3.2. Estrutura e função do sistema de órgãos dos vertebrados .............................................. 34
3.2.1. Sistema digestório ou digestivo............................................................................... 35
3.2.2. Sistema respiratório. ................................................................................................ 36
3.2.3. Sistema circulatório. ................................................................................................ 36
3.2.4. Sistema linfático ...................................................................................................... 37
3.2.5. Sistema excretor ...................................................................................................... 37
3.2.6. Sistema Endócrino................................................................................................... 38
3.2.7. Sistema nervoso....................................................................................................... 39
3.2.8. Sistema reprodutor .................................................................................................. 44
BIBLIOGRAFIAS ........................................................................................................................ 49
INTRODUÇÃO
O homem paleolítico conhecia toda soma variada de animais (fauna) habituada do clima frio.
Tudo isto mostrava que desde os tempos passados o homem se interessava pelo mundo vegetal e
animal que lhes rodeava. Cada uma destas actividades fornecia-lhes conhecimentos de orada
uma destas actividades fornecia-lhes conhecimentos de ordem biológica fundamentados na
observação.
Porém, o homem primitivo fazia biologia sem saber; com o avanço científico permitiu conhecer
os seus ramos a sua definição e as suas ciências auxiliares.
1. Definição
A Biologia é a ciência que estuda os seres vivos no seu modo de vida e as suas estruturas e
funções.
2. Ramos da Biologia
Química
Física
Biofísica
Geografia
Matemática
Paleontologia
Antropologia, etc.
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Tema 1: A CÉLULA COMO UNIDADE ESTRUTURAL E FUNCIONAL DOS SERES VIVOS
a) A célula: é a unidade básica, estrutural e funcional dos seres vivos. Caracteriza-se por
possuir uma estrutura e organização própria.
b) O microcópio: é um instrumento óptico com capacidade de ampliar as imagens de
objectos muito pequenos.
A observação e a descoberta das características externas e internas nos seres vivos foi uma
dedicação de muitos cientistas desde antiguidade afim de poder classificá-los.
Apenas no século XVII fez-se o aperfeiçoamento dos lentes e microscópios também passavam
das observações macroscópicas (olho nú) às observações microscópicas (com microscópio).
Em 1300, descobriu-se um tipo de lente específica em aumentar o tamanho das imagens dos
corpos. A partir daí, essas lentes foram usadas para melhorar a visão.
No fim do século XVI, Galileu descobriu quase duas lentes num tubo, obteria um aparelho que,
olhando por uma das extremidades permitia a visualização pormenorizada de objectos distantes.
Este aparelho constitui o primeiro telescópio, que permitia olhar objectos pequenos invisíveis ao
olho nu.
Antoine Van Leeuwenhoek (1632 – 1723) era um comerciante de tecidos Holandeses o seu
passatempo era polir lentes e construir microscópio, estes eram apenas para variar qualidade dos
tecidos.
Marcelo Malpighi (1628 – 1694) foi um Médico anatomista e biólogo italiano. Realizou uma
série de estudos sobre a anatomia microscópica dos animais e das plantas descobrindo a camada
mais interna da pele, as papilas da língua e os glóbulos vermelhos de sangue.
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Robert Hooke (1635 – 1703) um dos maiores cientistas ingleses do século XVII. Estudou a
estrutura das penas das aves, das patas de moscas e da cortiça. E toda perfurada e porosa,
assimilando-se muito um favo de bel.
Em 1665, Hooke descreveu as suas observações sobre a cortiça nos seguintes termos:
‘’Pude perceber, com extraordinária clareza, que a cortoça é toda perfurada e porosa,
assemelhando-se muito a um favo de mel… Além disso, esses poros, ou células, não eram muito
fundos e sim constituídos por um grande número de pequenas caixas’’…
Hooke utilizou, na anterior descrição, o termo „‟Célula‟‟ (pequena cela) para designar as
pequenas cavidades que observou na cortiça. No entanto, analisando cortes de partes de plantas
vivas, chegou à conclusão de que, em alguns casos, as células se encontram preenchidas por um
líquido. Depois destas primeiras descobertas, os estudos microscópicos progrediram muito
pouco.
Em 1833, Robert Brown encontrou em células de orquídeas uma formação densa e globosa, que
denominou núcleo. Ele admitiu que estes núcleos se encontravam nas células de outras plantas.
Exercícios
As plantas inferiores são todas constituídas por uma única célula, enquanto as superiores são
constituídas por muitas células.
No ano seguinte, 1839, o fisiologista Theodor Schwann entendeu a generalização anterior para
os animais que eram constituídos por partículas elementares, idênticas às células das plantas.
Nos anos 1958, o Rudolf Virchow declarou que a célula não só é a unidade estrutural dos seres
vivos, mas também a sua unidade fisiológica, onde ocorrem um conjunto de reacções químicas.
O Rudolf acrescentou ainda o seguinte princípio: toda célula tem origem em outra célula
preexistente. Este principio veio inaugurar uma nova época na história da Citologia.
Em suma, a teoria celular é composta, portanto, pelas ideias de Schwann, Schleiden e Virchow e
baseia-se em três ideias básicas:
1. Todos os organismos vivos são formados por uma ou mais células e pelas estruturas por
elas produzidas;
2. As células são consideradas unidades morfológicas e funcionais de todas as formas de
vida;
3. Todas as células originam-se de outra célula preexistente, ou seja, todas as células
apresentam capacidade de divisão.
Recentemente, a teoria celular foi acrescentada segundo a qual todas as células contém matéria
hereditária, através do qual as características passam de uma célula-mãe para célula-filha.
1. Sistema de iluminação
a) Lâmpada: as fontes luminosas indirectas mais utilizadas são a luz do sol e uma
lâmpada eléctrica.
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b) Espelho: é nos casos em que a fonte luminosa é indirecta. Tem a função de reflectir para
a preparação a luz que recebe da fonte luminosa.
c) Condensador: é composto de três lentes cuja a finalidade de concentrar os raios emitidos
pela fonte luminosa.
d) Diafragma: está ligado ao condensador e serve para regular a intensidade da luz.
2. Sistema de ampliação
Esta parte é constituída: pé ou base, Braço ou coluna, platina, canhão ou tubo, revólver ou
porta-objectivas, parafusos macro métricos e micrométricos.
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1.1.5. Características das imagens dadas pelo microscópio óptico
O aumento de imagens proporcionado pelo microscópio óptico tem a ver com à conjugação dos
poderes ampliadores da objectiva e da ocular.
A lente ocular terá uma ampliação de 10x, e as três objectivas tem a sua ampliação de 10x, 40x,
100x.
( ) ( )
Exemplos:
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Dados: Incog. Fórmula Aplicação:
VAOc = 10x VAI=? VAI = VAOc x VAOb VAI = 10 60
VAOb = 60x VAI = 600x
1. Noção
2. Tipos de preparação
a) Preparações temporárias: são aquelas que permitem fazer a observação de células vivas
no meio natural (água doce, salgada, soro fisiológico).
Estes tipos de preparações permitem observar o material vivo , mas durante um período de
tempo limitado.
b) Preparações definitivas: são aquelas em que as células são fixada, ou seja, são mortas
instantaneamente e coradas para melhor observação dos seus componentes.
3. As técnicas citológicas
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Técnica de corte: pode ser utilizada uma lâmina adequada ou aparelhos denominados
por micrótomos.
4. Tipos de corantes
1. Definição
A célula é uma estrutura muito pequena, invisível a olho nu e extremamente complexa. Ela
precisa de mecanismos que lhe permita obter e usar a energia para a sua reprodução, ingestão e
digestão de alimentos e a excreção.
2. Tipos de células
Organitos celulares: são estruturas que se encontram dentro das células que desempenham
diferentes funções como:
N.B:
Características
Apresentam tamanho pequeno;
Reproduzem-se rapidamente;
Apresentam diversas formas de nutrição.
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1.2.2. Estudo das células procariotas
Como já vimos, as células procariotas são células mais simples, possuem um número reduzido
de organitos celulares e não têm um núcleo organizado.
E Seres procariotas ou procariontes são seres constituídos por células procariotas. Exemplo:
Bactérias, amiba, etc.
Existem células que apresentam diferenças celulares, consideráveis (como bactérias), de que se
refere a dimensão, estrutura e complexidade em relação às células eucarióticas.
Nas células das bactérias, o material nuclear não está delimitado por um invólucro pelo que fica
em contacto directo com o citoplasma, não existe um núcleo individualizado, por este facto,
essas células são chamadas procariotas.
Pro = antes
Karyon = núcleo
O material nuclear destas células chama-se nucleóide, pois não constitui um verdadeiro núcleo
individualizado.
Definição
As células eucarióticas são células complexas com um núcleo organizado e muitos organitos.
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A palavra eucariótica vem do grego:
Eu = verdadeiro
Karyon = núcleo
Ao observares este tipo de célula (eucarióticas) ao microscópio, podes notar que tem os seguintes
organitos:
Como exemplos dessas estruturas, podem-se referir organitos locomotores, como os ciclos da
paramecia e flagelo de euglema.
Os seres eucarióticas pluricelulares: são aqueles constituídos por mais de uma célula.
Apesar de grande estudo das células eucarióticas, dentro destes existem três componentes ou
organitos fundamentais:
Membrana celular
Citoplasma
Núcleo
1. Membrana celular:
É um organito celular que limita o citoplasma separando o meio intracelular e extracelular. Ela
envolve a célula e através dela a célula estabelece trocas com o meio. Também é chamada
membrana citoplasmática ou plasmática ().
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A propriedade que a membrana celular possui da partida passagem de determinadas substâncias
e determinadas alturas chama-se Permeabilidade Selectiva (permitir o intercâmbio de matéria
celular e o meio).
2. Citoplasma
a) Vacúolo: é uma cavidade que contém substâncias inorgânicas (água e sais minerais) e
substâncias orgânicas absorvidas pela célula.
b) Mitocôndrias: estão presentes em todas as células eucarióticas. Onde se produz a energia
de todos os processos vitais da célula (o centro) e responsáveis pela transformação da
energia contida nos alimentos em energia metabólica (ATP). Essas transformações são
chamadas no seu conjunto por respiração celular.
c) Plastos: são organitos das células vegetais. Eles elaboram e acumulam determinadas
substâncias, podendo, de acordo com a sua função, considerar-se:
Cloroplastos: onde se localiza os pigmentos verdes – as clorofilas.
Cromoplastos: onde estão localizados outros pigmentos não verdes que são responsáveis
pelas diversas cores das flores e frutos.
Amidoplastos: onde é armazenada uma substância de reserva, o amido.
3. Núcleo: é o centro coordenador de todas as actividades celulares. E é o local onde se
encontra toda a informação genética.
4. Retículo endoplasmático
Faz parte do extenso sistema endomembranar que compõe a maioria do citoplasma da célula
eucariótica.
Este retículo está dividido em:
Retículo endoplasmático rugoso e
Retículo endoplasmático liso.
a) Retículo endoplasmático rugoso: onde se encontram ribossomas e locais de síntese
proteica.
b) Retículo endoplasmático liso: não contem ribossomas só intervém na síntese de lípidos
glicoproteinas e polissacarídeos.
5. Complexo de golgi: Este nome foi atribuído pelo cientista italiano, que primeiro
observou o microscópio óptico composto, tendo forma de um saco « membranoso
achatado» e é chamado Sistema ou pequenos vesículos. Ele é um centro de
armazenamento e transformação de substâncias.
6. O centrossoma: é localizado perto do núcleo, desempenha a função importante na
divisão celular. Ao centro encontra-se um centríolo
7. O núcleo: nas células vivas, o núcleo tem a forma esférica ou ovóide envolvido pelo
invólucro nuclear, onde ocorre as trocas de substâncias entre o citoplasma e o
núcleoplasma.
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O núcleo coordena todas as actividades celulares e onde ocorrem todas as informações genéticas,
dentro dele encontramos os nuclídeos, o seu conjunto designa-se de cromatina faz-se parte dos
nucleares onde encontramos cromossomas.
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Exercícios
As diferenças entre célula animal e vegetal são muitas e estão relacionadas, principalmente, com
a presença e ausência de determinadas organitos. Como sabemos, as células são as unidades
fundamentais da vida, sendo encontradas em todo e qualquer ser vivo, com excepção dos vírus.
Apesar de manterem diversas características em comum, algumas possuem peculiaridades, sendo
esse o caso das células animais e vegetais. As células vegetais e animais possuem várias
diferenças e semelhanças em sua estrutura.
As células animais não têm parede celular ou cloroplastos, que por sua vez existem nas células
vegetais. Seu formato também é diferente pois as células animais são redondas e têm forma
irregular, enquanto as células vegetais possuem formas fixas e rectangulares.
Tanto as células vegetais como as animais são eucarióticas. É por isso elas apresentam várias
características em comum, como a presença de uma membrana celular e de organitos como o
núcleo, as mitocôndrias e o retículo endoplasmático.
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Armazenamento Armazenam energia em forma de glicogénioArmazenam energia como
de energia amido
Crescimento As células animais aumentam de tamanho As células vegetais ficam
ao multiplicar o número de suas células maiores aumentando o tamanho
de suas células
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1.3. Seres unicelulares e seres pluricelulares
Os seres eucarióticas unicelulares: são aquelas que são constituídos apenas por uma célula
apesar disso, realizam todas as suas funções vitais como nutrição, respiração, reprodução e
locomoção, em alguns casos.
Exercícios
1. Definição
Os seres pluricelulares são seres constituídos por mais de uma célula, ou seja, por várias
células. Exemplos: Invertebrados, vertebrados e plantas superiores.
2. Desenvolvimento
As dimensões dos organismos pluricelulares são determinadas por número de células que o
constitui e não pelo volume do indivíduo dessas células.
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Geralmente, as células crescem até ao limite próprio antes de se dividir. Esse crescimento faz-se
assimilação e transformação de matéria do exterior em novas partes celulares.
Nos organismos pluricelulares há divisão através da qual a partir da célula mãe forma-se duas
células filhas. Com conteúdos nucleares e citoplasmática assimilares entre si e ao da célula-mãe.
1. Vantagens
No organismo pluricelular a divisão celular provoca o aumento do número de células;
Com a divisão celular aparece a distribuição de trabalhos, onde cada célula vai realizar
uma função especializada, dando o tecido, os órgãos e os sistemas de órgãos;
A divisão celular garante a sucessão continua dos conteúdos celulares assimilares
permitindo a perpetuação (a continuidades das espécies através da reprodução).
2. Desvantagens
Quando uma célula é muito especializada, menor será a sua capacidade de divisão;
1.4.1. Definição
1.4.2. Importância
Anabolismo
Catabolismo
Catabolismo: é a reacção que lava a degradação das moléculas, os nutrientes com transferência
de energia e eliminação de resíduos.
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1.4.3. Captação de energia pelos seres vivos
A captação de energia pelos seres vivos pode ser realizada em dois processos, que são: a
fotossíntese e a quimiossintese.
Os seres vivos fixam o dióxido de carbono (CO2) à água (H2O) e produz a glicose (C6H12O6),
libertando oxigénio para atmosfera.
Os seres que utilizam a energia luminosa como fonte de energia chamam-se fototróficos.
Os seres que usam a energia química como fonte de energia chamam-se quimiotróficos.
Existem dois processos fundamentais pelos quais as células mobilizam e transferem a energia
dos nutrientes:
Respiração aeróbia
Fermentação
O oxigénio do meio externo penetra no meio interno e chega às células onde é utilizado;
São transportados para o meio externo os produtos resultantes de degradação sofrida
pelos nutrientes como: dióxido de carbono e a água;
Parte da energia dos nutrientes é transferida e armazena moléculas de adenosina
trifosfato (ATP);
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A respiração aeróbia pode se traduzir na seguinte equação:
Tipos de fermentação
Existem vários tipos de fermentação, mas apenas estudaremos dois (2); fermentação alcoólica e
fermentação láctica.
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Tema 2: ORGANIZAÇÃO DAS PLANTAS
2.1.1. Definição
Gimnospérmicas
Angiospérmicas
ANGIOSPÉRMICAS
„‟Monocotiledóneas e dicotiledóneas’’
Estas são constituídas por diferentes órgãos, com estruturas próprias e funções especializadas.
Exemplo: laranjeira de uma roseira (qualidade e quantidade).
As diferenças entre as folhas, caules e raízes, resultam não só dos tipos de tecidos constituintes,
mas sobretudo no arranjo e proporções destes mesmos tecidos.
Toda diversidade de aspectos apresentada nas raízes, folhas e flores são apenas formas de que
as mesmas servem para conseguirem sobreviver e reproduzir-se.
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O termo histologia (do grego hystos = tecido + logos = estudo) refere-se ao estudo dos tecidos
biológicos de animais e plantas, sua formação, estrutura e função. As células agrupadas com as
mesmas características formam um tecido.
Numa planta em desenvolvimento certos órgãos, como as folhas e flores têm um crescimento
limitado, mas as raízes e o caule podem crescer durante toda a vida da planta.
Diferentes tecidos associam-se para formarem os vários órgãos que constituem a planta.
I. Meristemas
São tecidos compostos por células de forma cubicas e paredes celulósicas finas que têm a
capacidade de se dividirem. Essas células gerem novas células nas proximidades das zonas de
crescimento das plantas.
As células meristemáticas, dividem-se formando células que, constituem tecidos definitivos, nos
quais fazem parte da diversidade dos órgãos que constituem as plantas.
Os tecidos definitivos são constituídos por células que perderam a capacidade de divisão após a
sua completa diferenciação. As células dos tecidos definitivos adquirem formas e
estruturas próprias, especializadas para desempenhar determinadas funções. Estas células
permanecem inalteráveis e, por esse motivo, recebem a designação de tecidos definitivos.
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Tecidos definitivos Função Localização
Epiderme Protecção
Dérmico Periderme (súber) Trocas com o meio Revestimento
Secreção, armazenamento Disseminado em vários
Parênquima de reservas e fotossíntese órgãos: caule, raiz, folhas e
frutos
Abaixo da superfície da
Fundamentais Colênquima Suporte planta
Em diferentes órgãos da
Esclerênquima Suporte planta, com em caules e
certas folhas
Tecidos condutores da Raiz, caule, folhas
Xilema seiva bruta.
Tecido de suporte também
Condutores Floema Condução da seiva Raiz, caule, folhas
elaborada
Epiderme: é um tecido vivo constituído por uma camada de células que reveste certos
órgãos. Como folhas, caules e raízes jovens, peças florais, frutos e sementes.
Estomas: são estruturas de epidermes cutinizados, elas controlam as trocas gasosas com o meio.
E essas podem ser fechadas ou abertas.
Um estoma é constituído por duas células labiais e células-guarda, que delimitam uma abertura
chamada ostíolos. O ostíolo dá acesso a um pequeno espaço chamado câmara estomática.
Periderme: é um tecido que substitui a epiderme na raiz e no caule ao nível de zona não
tão jovem.
Tecidos complexos: são aqueles tecidos compostos por dois ou mais tipos de células.
São classificados por três (3) tipos simples: parênquimas, colênquimas e esclarênquimas.
a) Parênquimas: são tecidos essenciais elaboradas, formados por células vivas pouco
diferenciadas com parede celulósicas.
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Os parênquimas desempenham importantes actividades metabólicas nas plantas.
Tipos de parênquimas
Parênquimas clorofinas: são parênquimas das células que contem cloroplastos que
podem ser diferentes na forma e no número.
Parênquimas de reservas: elaboram as células e apresentam diferentes substâncias
armazenadas como amido, as proteínas, etc.
Parênquimas secretores: elabora, substâncias que são utilizadas na nutrição das
plantas.
Parênquimas lactíferos produzem leite.
Parênquimas resiníferos produzem resina.
b) Colênquimas e eclarênquimas
Colênquimas: são tecidos simples constituídos por células vivas de forma geral
prismáticas, cujas paredes espessadas por depósitos sucessivos de celulose.
Esclarênquimas: é constituído por células mortas, cuja as paredes são espessadas devido
à deposição de lenhina, uma substância que lhes permite a resistência e rigidez.
Nas plantas vasculares existem dois tipos de tecidos de transporte: xilema n e fluema.
Constituição do xilema
2º. Tranqueados ou trancoides são células longas, afiadas nas extremidades pelas quais
contactam-se entre si.
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4º. Parênquimas lenhosos são as únicas células vivas do xilema e desempenha a função de
reserva.
O floema ou liber: é também conhecido por tecido crivoso, ele transporta água e
substâncias orgânicas, tais como aminoácidos, hormônios, sacarose e ácidos nucleicos. O
transporte dessas substâncias ocorre no sentido do órgão produtor para o órgão
consumidor.
Constituição do floema
2.3.1. A raiz
1. Noção
As raízes constituem os órgãos subterrâneos das generalidades das plantas. Ela fixa a planta ao
solo ou a outro substrato, absorve a água e sais minerais e permite a condução dessas substâncias
às outras partes das plantas. Serve também como local de armazenamento de substâncias de
reservas produzidas a partir da fotossíntese.
2. Zonas de raízes
As raízes apresentam três zonas: zona de ramificação, zona pilosa e zona de alongamento.
A secção transversal de uma raiz mostra que nela os tecidos se organizam em três zonas:
Epiderme
Zona cortical
Zona central
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2.3.2. O caule
1. Conceito
O caule é um órgão da planta que suporta as folhas, flores e frutos. É através dele circua a seiva
(seiva bruta e elaborada). Também dá firmeza e forma ao vegetal.
2. Constituição de um caule
Na sua organização o caule apresenta três partes, que são: nós, entrenós e gomos laterais. Estes
podem desenvolver-se, originando ramos com folhas e flores.
Epiderme
Zona cortical
Cilindro central
Epiderme: é formada por células cuja a membrana externa está coberta por uma cutícula
(cutina) que impede a perda de água.
Zona cortical: é constituída por um parênquima clorofilino, nesta, existem tecidos de
suporte.
Cilindro central: é nesta zona que se desenvolvem os ácidos condutores: floema e
xilema.
2.3.3. A folha
1. Conceito
A folha é um órgão da planta que tem a função principal de realizar a fotossíntese. É no limbo
que ocorre a maior parte da fotossíntese na planta.
2. Constituição da folha
A folha é constituída por seguintes partes: bainha, pecíolo, limbo, nervura principal, margem,
página inferior e superior.
Geralmente, o limbo liga-se ao caule pelo pecíolo, a qual contém tecido condutor que une o
sistema vascular.
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2.4. Mecanismo da fotossíntese
1. Noções
As plantas superiores, as algas e as bactérias são capazes de captar energia luminosa e solar, e
convertê-la em energia química que fica armazenada em compostos orgânicos constituídos a
partir das substâncias minerais simples.
O processo da fotossíntese ocorre nos cloroplastos presentes nas células das folhas.
Clorofila
Através de várias experiencias, sabe-se, hoje, que o oxigénio provém da água. A água, por acção
da luz solar, é dissociada em oxigénio e hidrogénio, processo a que se dá o nome de hidrólise da
água.
Depois de fazer a fotossíntese e fabricar a glicose, a planta realiza outro processo que é a
respiração. Durante a respiração as plantas absorvem o oxigénio e libertam a energia.
Outros processos realizados pelas folhas é a transpiração, que consiste na eliminação do vapor
de água.
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2.5. Pigmentos fotossintéticos e a sua localização.
Quando a luz, a água e outros factores forem óptimos, a concentração do dióxido de carbono
(CO2) é o factor que limita a velocidade da fotossíntese. Diz-se que a concentração do CO2
funciona como factor limitante.
Factor limitante: é o factor de maior carência ou favorecimento mais baixo que limita o
desenvolvimento de um processo.
A intensidade luminosa aumenta com a temperatura óptima a partir do qual decresce por por
ocorrer a degradação das enzimas que actuam no processo de fotossíntese.
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Tema 3: ORGANIZAÇÃO DOS ANIMAIS
1. Noção
2. Tecidos animais
Tecidos epiteliais
Tecidos conjuntivos
Tecidos musculares
Tecidos nervosos
Qualquer órgão é constituído por uma diversidade de tecidos que funcionam em cooperação.
Exemplo: a pele.
a) A pele
A pele forma a superfície externa do organismo. Está em contacto com varios agentes
agressivos.
A sua função de protecção contra agentes agressivos é essencial. Além desta importante função ,
a pele é também o principal órgão de regulação da temperatura do corpo e ainda de sensibilidade.
Na estrutura da pele podem-se distinguir uma zona superficial, a epiderme, e uma mais
profunda, a derme.
A epiderme é constituída por um tecido epitelial, enquanto a derme é constituída por tecidos
conjuntivos.
A pele possui vários anexos: pêlos e unhas, glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas.
Existem também receptores nervosos variados relacionados com o tacto, pressão, dor e
temperatura.
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3.1.1. Tecidos epiteliais
1. Noção
Os tecidos epiteliais são formados por células poliédricas justapostas e com grande coesão
devido ao grande número de desmossomas entre elas, sem irrigação e sem substância
intercelular.
De acordo com a função que desempenham no organismo, os tecidos epiteliais podem ser
classificar-se em três (3) conjuntos, que são:
A existência de uma só camada das células em certos órgãos permite a passagem de substâncias
através dessas células.
O epitélio Simples – composto por apenas uma camada de células, pavimentoso dos alvéolos
pulmonares: onde ocorrem as trocas gasosas (O2 e CO2).
O epitélio simples cilindro do intestino delgado : permite a absorção dos nutrientes para o
sangue e para a linfa.
As secreções produzidas são levadas para o exterior das células secretoras, podendo intervir em
vários processos.
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As glândulas podem ser unicelulares ou, a situação mais comum, multicelulares, sendo
classificadas em relação ao local onde o produto de secreção é lançado:
Exemplos:
2.3. Neuroepitelios
Os neuroepitelios são tecidos constituídos por células reprodutores de estímulos, cada um deles
sensível a determinada agente e localizado nos órgãos dos sentidos.
1. Noção
Os tecidos conjuntivos são um grupo muito diversificado, embora todos com origem
mesodérmica. Os tecidos pertencentes a este grupo podem diferenciar-se posteriormente
produzido fibras e substâncias intercelulares, tornando-se as células menos matérias. As suas
células apresentam geralmente prolongamentos citoplasmáticos finos.
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2. Funções dos tecidos conjuntivos
Tecido cartilaginoso
Tecido ósseo
Sangue
Tecido adiposo
Tecido linfático
Este é o chamado tecido conjuntivo menos diferenciado, mais genérico, preenchendo todos os
espaços entre os restantes tecidos, logo presente em todos os órgãos, estabelecendo a ligação
entre eles. Permite igualmente o transporte de metabolitos e participa na defesas do organismo.
Todos os tecidos conjuntivos apresentam os mesmos componentes básicos que são: células ,
fibras e substância fundamental ou matriz.
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c) Fibras – são formações longas e finas formadas por proteínas. Umas são muito elásticos,
outras são muito resistentes à tracção.
1. Tecido cartilaginoso:
1.1. Definição
O tecido cartilaginoso é uma forma de tecido conjunto mais rígido que possui uma cicatrização
lenta por ser a vascular.
1.2. Constituição
O tecido cartilaginoso é formado por células de forma, quase sempre arredondada ou oval.
O tecido cartilaginoso no homem forma a parte saliente do nariz, as lâminas que ligam as
costelas do exterior, o lóbulo da orelha e os discos intervertebrais e a traqueia.
O nariz e as orelhas de um idoso são maiores de que quando era jovem porque este tecido nunca
deixa de crescer.
Neste tipo de tecido, a matriz e a rede densa de fibras estão absorvidas com sais minerais
(fósforo e cálcio) formando a matriz óssea ou osseiana.
Osteoblastos - estas células apenas são activas durante cerca de 8 dias, tempo durante o
qual produzem a matriz e as fibras. Após esse tempo ficam incluídas no tecido ósseo,
passando a designar-se osteócitos;
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Osteócitos - células fusiformes e com numerosos prolongamentos citoplasmáticos que
atravessam canais no osso, ligando as diversas células entre si e aos vasos sanguíneos que
as alimentam. Cada célula localiza-se numa cavidade na osseína designada osteoplasto;
Osteoclastos - estas células apenas vivem cerca de 2 dias, são grandes e multinucleadas.
Apresentam uma zona com vilosidades que se encontra em contacto com o osso formado,
o qual destroem para retirar fósforo e cálcio.
N.B: A unidade estrutural do osso designa-se osteona ou sistema de Havers. No entanto, esta
estrutura não é geral a todos os tipos de ossos, apenas ocorrendo em ossos longos.
1. Definição
O sangue é um liquido não transparente de cor vermelho que circula por todo o corpo, é um
conjunto de células suspensas no plasma.
Os elementos celulares do sangue podem ser separados do plasma por centrifugação. As células
depositam-se no fundo do tubo da centrífuga e o plasma, mais claro, na parte superior.
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3. Elementos celulares do sangue
1. Definição
Os tecidos musculares são tecidos que permitem os movimentos corporais, bem como na
contracção de diferentes órgãos como os movimentos peristálticos ao longo do tubo digestório.
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Atendendo as características morfológicas e funcionais, pode distinguir-se três tipos de tecidos
musculares:
1. Definição
2. Os sistemas de órgãos
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3.2.1. Sistema digestório ou digestivo.
1. Definição
O tubo digestivo estende-se da boca até ao ânus ou cloaca para as aves e anfíbios. Este
tem como órgãos intermediários faringe, esófago, estômago e delgado.
A boca é a abertura onde o alimento é ingerido.
Nas aves, o estômago é formado por dois compartimentos que são: proventrículo e moela.
Nos herbívoros ruminantes como os bois, ovelhas, cabras, girafas… o estômago está dividido em
quatro (4) partes ou compartimentos: pança ou rúmen, barrete, folhoso e coalheira.
O intestino delgado apresenta três partes, que são: duodeno, jejuno e íleo.
No intestino grosso dos mamíferos fazem parte de três zonas: ceco, cólon e recto.
Nas aves, anfíbios e reptes o intestino termina na cloaca, bem como os canais reprodutores.
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3.2.2. Sistema respiratório.
1. Definição
Existem três (3) tipos de superfícies respiratórias nos vertebrados: tegumento, brônquios e
pulmões.
O sistema respiratório tem como função realizar as trocas gasosas, ou seja, levar o oxigénio nas
células e eliminar o CO2.
1. Definição
O sistema circulatório tem como função de transportar as substâncias pelo corpo. Garante a
chegada de nutrientes e oxigénio a todas as células e faz a remoção dos produtos nocivos
produzidos pelo metabolismo.
Nos vertebrados, o sangue circula dentro de um sistema fechado constituído pelo coração e
vasos sanguíneos.
O coração é um órgão oco (escavado) de paredes musculares que serve como bombeador de
sangue.
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Os vasos sanguíneos são estruturas tubulares no interior dos quais circula o sangue.
As artérias são vasos nos quais o sangue circula afastando-se do coração para todas as
partes do corpo.
As veias são vasos nos quais o sangue circula aproximando-se do coração.
Os capilares : é neste nível que se processa a troca de substâncias entre o sangue e os
tecidos.
Os peixes, por sua vez, possuem circulação fechada. O seu coração tem duas cavidades, uma
aurícula e um ventrículo.
Nos anfíbios (batráquios) a circulação é fechada. O coração apresenta três cavidades: duas
aurículas e um ventrículo.
N.B: A diferença entre o sistema circulatório de aves e mamíferos está na curvatura da artéria,
que sai do ventrículo esquerdo. Nas aves curva-se à direita enquanto nos mamíferos a curva é à
esquerda.
A linfa é um liquido circulante a nível tecidual. Existem vasos linfáticos finíssimos que recebem
a linfa e a lançam nos vasos linfáticos maiores. Ao longo do sistema de vasos linfáticos há
numerosos gânglios linfáticos que agem como filtros.
Nos vertebrados, a eliminação do dióxido de carbono faz-se através dos órgãos respiratórios,
sendo a remoção do produtos azotados feita pelos rins que também eliminam o excesso de água.
Nos peixes de água doce entra no organismo água em excesso, visto que vivem num meio menos
concentrado que o meio interno.
Os rins eliminam esse excesso de água excretando urina abundante e diluída. Os peixes de água
salgada enfrentam problema inverso assim por viverem num meio mais concentrado do que o do
seu organismo e como têm falta de água no organismo, eliminam pouca água através dos rins,
sendo a urina muito concentrada.
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Eliminação dos subprodutos do catabolismo, muitos dos quais tóxicos;
Controlo da concentração de sais e de água no organismo.
O prónefro é o primeiro rim que se forma no embrião de qualquer vertebrado dando depois
lugar a um segundo tipo de rim o mesónefro; em alguns vertebrados, o mesonefro persiste na
vida adulta, enquanto em outros dá origem a um terceiro tipo de rim o metânefro.
Dos rins partem uréteres, que, nos anfíbios, repteis e aves, abrem da cloaca, enquanto, nos
mamíferos, comunicam directamente com a bexiga, da qual sai um canal único, a uretra, que se
abre no exterior.
Hormona é uma palavra grega (hormon = hormona) que significa „‟excitante‟‟. Este termo foi
empregado pela primeira vez por Starling, em 1905.
Uma hormona é um agente libertado pelas células e difundido ou transportado a todas as partes
do organismo para realizar ajustes no funcionamento do organismo.
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3.2.7. Sistema nervoso
4. Definição
O sistema nervoso é um sistema sensorial que monitora, une e regula as actividades das células,
tecidos, dos vários órgãos e sistema do organismo. O SN recebe impulsos de vários sistemas
sensoriais, quer do meio ambiente, como dos órgãos e sistemas, integra toda informação
recebida, analisa-os e da o comando ao organismo para responder adequadamente regula a
actividade comportamental e psíquica de um ser humano.
I- Neurónio - é a células que compõe o tecido nervoso e elas conduzem impulsos elétricos.
Os neurónios dividem-se em 3 partes:
Em torno do axônio geralmente são formadas as “bainhas de mielina”, compostas de por “células
de Schwann”, que contem material lipídico. Essa bainha faz com que o transporte de impulsos
elétricos seja mais rápido. Alguns axônios podem ultrapassar 1 metro de comprimento.
Estrutura de neurónio
II- Nervos
Os nervos são vários agrupamentos de feixes de axônios e dendritos.
Nervos Cranianos: são nervos que partem do encéfalo.
Nervos Raquidianos: são nervos que iniciam na medula espinhal.
SNC SNP
1- cérebro
3- espinha dorsal.
O sistema nervoso autónomo regula as actividades que não estão sob controle da
consciência de um individuo e é dividido em:
O sistema nervoso simpático – é o sistema que estimula todos os sistemas com excepção ao
sistema digestivo, genitourinário e pupila. Ele responde ao perigo iminente ou stresse, e é
responsável pelo incremento do batimento cardíaco e da pressão arterial, entre outras mudanças
fisiológicas, juntamente com a sensação de excitação que se sente devido ao incremento de
adrenalina no sistema.
O sistema nervoso parassimpático - é o sistema que relaxa todos os sistemas com excepção ao
sistema digestivo, pupila e genitourinário. Ele torna-se evidente quando a pessoa está
descansando e sente-se relaxada, e é responsável pela constrição pupilar, a redução dos
batimentos cardíacos, a dilatação dos vasos sanguíneos e a estimulação dos sistemas digestivo e
genitourinário.
- A medula limita-se com o bulbo(ao nível do forame magno do osso occipital) e termina na 2
vértebra lombar.
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TRONCO ENCEFÁLICO
- O tronco encefálico localiza-se entre a medula e o diencéfalo, ou seja, conecta a medula espinal
com as estruturas encefálicas.
- A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam informações
motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele.
- No tronco encefálico passam feixes nervosos denominados tratos, fascículos ou lemniscos (são
corpos de neurónios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas).
1- bulbo
2- mesencéfalo
3- ponte
CEREBELO
CÉREBRO
1- DIENCÉFALO
O diencéfalo é uma estrutura ímpar que é vista na porção mais inferior de cérebro.
2- TELENCÉFALO
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Os dois hemisférios cerebrais são divididos pela fissura longitudinal do cérebro e são
unidos por uma larga faixa de fibras comissurais, denominada corpo caloso.
1. Noção
A reprodução é o processo pelo qual os seres vivos dão origem a outros seres da mesma
espécie, aumentando assim a população.
Para o seu estudo, os órgãos reprodutores, tanto masculinos como femininos, serão apresentados
em dois aspectos: externos e internos.
Os órgãos reprodutores internos estão localizados na cavidade pélvica enquanto que os externos
podem ser vísiveis localizando-se na região baixa da pélvis
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3. Sistema reprodutor masculino
Órgãos externos:
No homem, os órgãos externos são: o pénis e a bolsa escrotal, que contém os testículos.
Pénis – é um órgão de forma cilíndrica, através do qual sai a urina e o esperma no momento da
ejaculação e que tem na sua constituição a glande e o prepúcio. Tanto a urina como o esperma
passam pela uretra.
Os espermatozóides passam pelos testículos até às vesículas seminais, através dos canais
deferentes e, daí, pela uretra, para o exterior. Nas vesículas seminais é produzido um líquido
viscoso, no qual vão evoluir os espermatozóides. Esse líquido, completado por outros líquidos,
chama-se esperma.
Órgãos internos:
Próstata: É uma pequena glândula que tem como função fornecer um líquido nutritivo e
protector aos espermatozóides.
Uretra: Canal de saída da urina e esperma, curto nas mulheres e longo nos homens.
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4. Sistema reprodutor feminino
Estes órgãos formam um conjunto chamado vulva. Ela é constituída pelos pequenos lábios,
grandes lábios, clítoris e uretra.
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Pequenos lábios – rodeiam a abertura da vagina e o meato urinário.
Clítoris – órgão sensível que se situa no ponto de união dos pequenos lábios.
Órgãos internos:
A vagina é um canal muscular cilíndrico com paredes elásticas e pregueadas. Os ovários são dois
órgãos de tamanho e forma de azeitona grande onde se faz a maturação dos óvulos.
O útero é um órgão muscular oco, com forma de abacate invertido. Comunica, de um lado com
as trompas e, do outro com a vagina, através do colo do útero. É no útero que se desenvolve o
bebé, durante a gravidez. O nosso corpo em geral e muito especialmente os órgãos sexuais
necessitam de uma higiene diária.
Após a fecundação, o ovo formado entra em divisão ainda nas trompas. Divide-se em duas outras
células, que se mantêm coladas umas às outras. Em seguida, estas duas dividir-se-ão novamente
em duas, as quais se dividirão também em duas e assim sucessivamente.
Ao fim de cinco ou seis dias, há já aproximadamente 150 células provenientes de uma célula
única. Como o seu aspecto faz lembrar uma fruta pinha ou um morango, dá-se-lhe o nome de
mórula.
O embrião neste período desenvolve-se e dirige-se para o útero, onde vai instalar-se. A esse
fenómeno chama-se nidação.
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Da fecundação ao nascimento do novo ser, a mulher encontra-se em estado de gravidez. Já a
partir do primeiro mês de gravidez, a mulher deve fazer várias consultas pré-natais no posto de
saúde materno-infantil mais próximo da sua residência. A mulher grávida deve vacinar-se contra
o tétano.
A partir do 6.º mês, a mulher grávida deve evitar ou reduzir os trabalhos domésticos pesados
como, por exemplo, carregar muita lenha ou muita água. Durante este período, deve repousar
muitas vezes ao dia e poupar as suas forças.
Durante a gravidez, o feto fica ligado à placenta por meio de um cordão (cordão umbilical),
através do qual passam os vasos sanguíneos por onde circula o sangue com nutrientes
necessários para sustentá-lo. Este factor, estabelece uma relação de dependência entre o feto e a
mãe. Por isso, a mulher grávida deve ter uma alimentação saudável equilibrada por formas a
fornecer nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento do bebé.
Após o parto, o cordão umbilical é cortado pelo médico ou pela parteira, separando-se assim o
bebé da mãe. O bebé, a partir deste instante, inicia uma vida independente. No entanto, ficará por
toda a vida a cicatriz desta ligação: o umbigo. Alguns minutos após o parto (entre 15 a 20
minutos), a placenta é expulsa do interior da mãe.
Nota: As mulheres devem evitar os partos nos domicílios. Devem realizá-los na maternidade
mais próxima de sua casa.
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BIBLIOGRAFIAS
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