Fisioterapia Dermatofuncional
Fisioterapia Dermatofuncional
Fisioterapia Dermatofuncional
Epiderme:
➢ É a camada mais externa;
➢ Formada por:
➢ Sistema Ceratinócito:
➢ Formado pelos queratinócitos, que possuem alto índice de multiplicação
celular;
➢ Os queratinócitos são células importantes na separação das células
justapostas externas e internas;
➢ Corresponde a 80% da epiderme;
➢ Possui função estrutural, inflamatória, e imunológica;
➢ Sistema Melânico:
➢ Formado pelos melanócitos, que agem na pigmentação da pele;
➢ Os melanócitos produzem melanina;
➢ O melanócito é responsável pela absorção e difusão das radiações UV;
➢ O melanócito é predominante na camada basal, na proporção de 1
melanócito para cada 10 queratinócito;
➢ Os melanossomos fazem síntese e deposição de melanina;
➢ A radiação UV forma melanossomos maiores e mais numerosos;
➢ Células de Langerhans:
➢ Possui função imunológica na pele;
➢ Corresponde de 2 a 8% das células da epiderme;
➢ Se distribui da camada basal até a camada granulosa;
➢ Células de Merkel:
➢ Ainda possui função desconhecida;
➢ Está entre as células basais, aderidas por desmossomos;
➢ Mecanorreceptores, fazem sensibilidade tátil;
➢ Recebe estímulo externo pela deformação dos queratinócitos;
● Camadas da Epiderme:
➢ A epiderme possui 4 camadas no geral;
➢ Na palma da mão e planta do pé, a epiderme possui uma 5º camada, a
camada lúcida;
➢ Camada Basal (ou Germinativa):
➢ É a camada mais profunda;
➢ Possui função de fazer manutenção e formação da junção dermoepidérmica,
e renovação da epiderme;
➢ É composta por uma única fileira de queratinócitos justapostos, e possui
grande capacidade de multiplicação;
➢ As células se deslocam da camada basal para a camada córnea;
➢ Leva entre 52 a 75 dias distribuídos para fazer a renovação celular;
➢ Leva 19 dias para fazer a divisão celular;
➢ Trânsito da camada de Malpighi entre 26 a 46 dias;
➢ Trânsito da camada córnea leva 19 dias;
➢ Camada Espinhosa (ou de Malpighi):
➢ Realiza modificações nos queratinócitos;
➢ Possui citoplasma ácido, e rico em desmossomos;
➢ Possui formato achatado, e realiza migrações para a camada córnea;
➢ Camada Granulosa:
➢ Células organizadas em fileiras;
➢ Possui grânulos de cerato-hialina no citoplasma;
➢ Possui grande atividade metabólica, faz parte do processo final de
cornificação;
➢ Formada por células em degeneração, sendo grânulos de queratina ou a
melanina no citoplasma;
➢ Aumenta a quantidade de grânulos, gera desintegração do núcleo,
promovendo a morte celular;
➢ Faz liberação de grânulos lamelares no espaço intercelular durante a
transição para a camada córnea;
➢ Camada Córnea:
➢ A camada mais superficial da epiderme;
➢ Possui função de servir como limite entre o indivíduo e meio externo, além de
promover proteção mecânica, e prevenir o trânsito de água e de substâncias
solúveis;
➢ Possui células acidófilas e planas, que causam a descamação;
➢ Possui células superficiais que fazem eliminação contínua do tecido
(abrasão), e as substitui;
➢ Camada Lúcida:
➢ Composta por várias camadas de células achatadas com fibrilas de
queratina;
➢ É mais proeminente em áreas de pele espessa como as mãos e pés, e
podem estar ausente em outros locais;
➢ Junção Dermoepidérmica:
➢ Possui função de unir a derme e a epiderme de maneira sinuosa, além de dar
suporte a epiderme, no crescimento, no desenvolvimento, e na organização;
➢ As cristas epidérmicas são as estruturas de epiderme que penetram na
derme;
➢ As papilas dérmicas são a projeção dérmica sobre a epiderme;
Derme:
➢ A derme dá sustentação à epiderme;
➢ As principais funções da derme são: nutrição, sensibilidade, termorregulação
e hidratação;
➢ É formada por tecido conjuntivo, fibras, células (fibroblastos e mastócitos),
vasos, e nervos;
➢ É dividida em superficial, profunda, e advencial;
➢ Camada Superficial (ou Papilar):
➢ Possui grande quantidade de células, e feixes colágenos verticais;
➢ As papilas dérmicas aumentam a zona de contato entre a derme e a
epiderme, trazendo maior resistência à pele;
➢ Apresenta um suprimento sanguíneo bastante rico;
➢ Camada Profunda (ou Reticular):
➢ Possui feixes grossos de colágeno, ondulado e dispostos horizontalmente;
➢ É mais espessa e constituída por tecido conjuntivo denso;
➢ As fibras colágenas são dispostas em forma de rede, que se entrelaçam;
➢ Possui pouca vascularização;
➢ Camada Adventícia:
➢ Está em torno dos folículos pilo-sebáceos, glândulas, e vasos, constituída por
feixes finos de colágeno como a derme papilar;
➢ Fibras da Derme:
➢ Fibras Colágenas: Correspondem a 75% do peso seco da derme, e possui
função de dar resistência e elasticidade;
➢ Fibras Elásticas: Estão na junção dermoepidérmica e na hipoderme,
possuem entre 1 a 2% do peso seco da derme, e entremeiam-se com as fibras
colágenas;
➢ Inervação da Derme:
➢ Corpúsculo de Paccini: São órgãos táteis (de pressão) localizados na
hipoderme das regiões planta palmares;
➢ Corpúsculo de Meissner: Estão disposto ao longo das papilas dérmicas,
sobretudo na ponta dos dedos, possui função de sensibilidade tátil;
➢ Corpúsculo de Krause: Estão ligados a sensibilidade de frio, localizados nas
áreas transicionais da pele com mucosas;
➢ Corpúsculo de Ruffini: São numerosos na superfície plantar, e são receptores
de calor;
Hipoderme:
➢ É a camada mais profunda, e não faz parte da pele;
➢ Armazena gordura;
➢ É composta por adipócitos, colágeno com vasos sanguíneos, linfáticos, e
nervos;
➢ Possui função de proteção, servir como isolante térmico, e dar mobilidade
aos tecidos adjacentes;
● Função da Pele:
➢ Proteção:
➢ Resistência, gerada pelas fibras colágenas, elásticas, e hipoderme;
➢ Absorção da radiação UV;
➢ Manutenção do ph da camada córnea;
➢ Proteção química pela atividade microbiana do manto lipídico e imunológico;
➢ Percepção:
➢ Calor, frio, dor, e tato;
➢ Hemorregulação:
➢ Se dá pelos extensos plexos vasculares presente na pele;
➢ Estes podem se contrair ou dilatar;
➢ Altera o débito sanguíneo periférico, influenciando no débito circulatório geral;
➢ Termorregulação:
➢ Conjunto de mecanismos que regulam a temperatura corporal;
➢ Mantém a temperatura corporal compatível a vida, quando a temperatura do
meio externo varia;
➢ Secreção:
➢ Elementos como a citoqueratina, melanina, sebo, e suor, possuem função de
barreira protetora;
➢ Excreção:
➢ Secreção de água, eletrólitos, HCO3, e ureia;
➢ Metabolização:
➢ Sintetiza hormônios como a testosterona e dihidrotestosterona, que possuem
papel importante na alopecia, acne, e síntese e metabolização da vitamina D;
➢ Folículo Pilosebáceo:
➢ São os poros;
➢ Formado pelo folículo piloso;
➢ O folículo piloso envia queratinócitos para a derme;
➢ O folículo piloso possui três regiões, sendo elas:
➢ Infundíbulo: Faz a abertura do óstio e envia a sebácea;
➢ Istmo: Localiza-se as glândulas sebáceas, e os músculos eretores dos pelos;
➢ Bulbo: Onde encontra-se a matriz do pelo, e ocorre sua produção;
➢ Os pelos possuem função de proteção e proteção térmica;
➢ Os pelos mudam a cor com a pigmentação e envelhecimento;
➢ Glândula sebácea;
➢ Músculo eretor dos pêlos;
➢ Glândulas Sudoríparas:
➢ Cloreto de sódio, uréia, fosfatos, e sulfatos (mecanismo termorregulador);
➢ Unhas:
➢ Lâminas de ceratoqueratina que recobrem as falanges (matriz ungueal);
Nota* Desmossomos são interdigitações que servem para dar adesão às células!
Nota* A pele descamada é uma alteração da camada lipídica, acentuada na pele
seca!
Nota* As estrias ocorrem quando a epiderme não faz contato com a derme, e
mantém cor esbranquiçada devido a falta de vascularização!
Nota* Alopecia (ou calvície) é a perda de cabelo permanente!
Nota* A depilação a laser faz a destruição dos bulbos!
Envelhecimento Cutâneo:
➢ Definido como processo progressivo de deterioração morfológica e funcional
da pele;
➢ O envelhecimento intrínseco é inevitável pelo processo de senescência;
➢ O envelhecimento extrínseco é causado por exposição de agentes
agressores extremos como a agressão UV, tabagismo, álcool, umidade do ar,
aquecimento ambiental, poluição, e ventilação artificial;
➢ O envelhecimento extrínseco está ligado aos fototipos mais baixos de
Fitzpatrick;
➢ O envelhecimento inicia-se a partir da 3º década de vida;
➢ É mais frequente em mulheres a partir da menopausa, com relação a queda
dos níveis de estrogênio e testosterona;
● Patogênese:
➢ O envelhecimento intrínseco e extrínseco causa aumento do dano celular,
devido a exposição aos radicais livres;
➢ A radiação UV é absorvida pelos cromóforos da pele, DNA, e ácido
araquidônico, que causam reações químicas (oxidação);
➢ A radiação UV causa desarranjo no DNA dos queratinócitos, como mutações;
➢ A radiação UV também faz com que o ácido araquidônico cause oxidação da
membrana lipídica ocasionando dano celular;
➢ O oxigênio reativo danifica as proteínas e o ácido araquidônico, e seus
metabólitos causam aumento da elastose;
➢ O tabagismo torna as metaloproteínas responsáveis pela degradação
do colágeno e aumenta a degradação da derme;
➢ Alterações hormonais diminuem os níveis de estrogênio e colágeno, e a
matriz extracelular diminui a elasticidade e flexibilidade da pele;
● Manifestações Clínicas:
➢ Pele:
➢ Pele pálida e fina, diminuição da elasticidade e firmeza da face, do
preenchimento do dorso das mãos, prurido e dermatite, e aumento do índice de
infecções;
➢ Pelos:
➢ Diminuição do número e volume dos pêlos, diminuição dos pelos do couro
cabeludo, branqueamento, aumento do espessamento e crescimento dos pelos na
região do supercílio, nariz, e orelhas;
➢ Unhas:
➢ Diminuição da velocidade de crescimento (principalmente acima de 30 anos),
frágil, estriada, quebradiça, perda do brilho, e distrofias;
➢ Outras Manifestações:
➢ Diminuição do brilho e aspereza, alterações de pigmentação (melasmas),
queratoses seborreicas, rugas finas e aumento das dobras cutâneas, rugas
perilabiais, e no pescoço a presença de Poiquilodermia de Ciratti;
Nota* Melasmas são manchas na pele!
Nota* Queratose são lesões nos queratinócitos!
● Classificação do Envelhecimento:
➢ Grau I:
➢ Sinais clínicos presentes apenas na epiderme e referem-se a alterações de
pigmentação devido ao aumento da espessura do estrato córneo (aspereza);
➢ De 20 a 30 anos;
➢ Poucas alterações de pigmentação;
➢ Ausência de queratose;
➢ Grau II:
➢ Alterações da epiderme e derme (papilas dérmicas):
➢ Associa-se às alterações do grau I, o aumento da pigmentação e textura da
pele;
➢ Rugas dinâmicas e sulco nasogeniano;
➢ De 30 a 40 anos;
➢ Queratoses palpáveis;
➢ Grau III:
➢ Presentes na epiderme, derme, e camada reticular;
➢ Associa-se às alterações de graus I e II, as rugas mais acentuadas;
➢ Pele espessa e coloração amarelada;
➢ Acima de 50 anos;
➢ Presença de rugas estáticas;
➢ Melanoses e queratoses;
➢ Grau IV:
➢ Acima de 60 anos;
➢ Somente rugas;
➢ Coloração amarelo acinzentada;
● Histopatologia:
➢ Envelhecimento Intrínseco:
➢ Diminuição da espessura da epiderme;
➢ Diminuição das células de Langerhans;
➢ Diminuição das fibras de colágeno;
➢ Diminuição da hipoderme;
➢ Envelhecimento Extrínseco:
➢ Displasia epidérmica;
➢ Perda da polaridade dos queratinócitos e infiltrados inflamatórios;
➢ Elastose das fibras elásticas;
● Tipos de Pele:
➢ Pele Normal:
➢ Textura lisa, suave e flexível, sem sinais de lesões ou sensação de
desconforto;
➢ Secreção sebácea e sudorípara em equilíbrio;
➢ Aspecto liso, aveludado com elasticidade e não brilhante;
➢ Apresenta uma camada hidrolipídica;
➢ Pele Oleosa (ou Seborréica):
➢ Brilhosa, de aparência espessa, poros dilatados (região central da fronte, na
região nasal, malar, e mento);
➢ Orifícios pilossebáceos estão aumentados e os comedões apresentam-se
abertos ou fechados;
➢ Aspecto pálido e irritável;
➢ A irritação e a inflamação fazem oxidação de substâncias graxas em excesso
e contaminação bacteriana do folículo pilosebáceo;
➢ Associado a acne, dermatite seborreica, placas de atrofia cutânea, e
descamação;
➢ Pele Seca:
➢ Redução de água e lipídios;
➢ Sensação de estiramento com aspereza e descamação;
➢ Diminuição do estrato córneo e aumento da perda de água transepidérmica;
➢ Pele fina e opaca (rugas precoces):
➢ Facilmente irritável e vulnerável às alterações de temperatura e umidade
ambientais;
➢ Pele Envelhecida:
➢ Caracteriza-se pela secura e a sensação tátil de ondulação;
➢ Rugosidades, flacidez;
➢ Alterações irregulares da pigmentação e lesões actínicas (exposição solar
crônica);
● Tratamento:
➢ Fotoproteção desde a infância;
➢ Uso de substâncias antioxidantes, como vitaminas C e E, selênio, zinco, e
isoflavona de soja;
➢ Tretinoína tópica, padrão ouro no fotoenvelhecimento;
➢ Cirurgias, como peeling químico e físico, subcisão, preenchimento, toxina
botulínica, e laser;
Fisiopatologia Facial:
● Acne Vulgar:
➢ A acne (todos os tipos) é um distúrbio da glândula sebácea;
➢ É uma dermatose crônica comum em adolescentes;
➢ Caracterizada como doença do folículo pilossebáceo;
➢ Faz hiperprodução sebácea;
➢ Faz hiperqueratinização folicular;
➢ Faz aumento da colonização por propionibacterium acnes;
➢ Faz inflação dérmica periglandular;
➢ Ocorre em todas as raças, mas com menor frequência e impacto em negros
e orientais;
➢ Mais grave no sexo masculino, atinjindo as costas de forma mais agressiva;
➢ Acomete cerca de 35 a 90% dos adolescentes;
➢ Entre esses adolescentes, 55% dos meninos e 83% das meninas aos 16
anos de idade, sendo mais acentuado nas meninas devido às alterações hormonais
importantes que ocorrem por volta desta idade;
● Etiopatogenia:
➢ Hiperprodução de Sebo Glandular:
➢ É composto por 57,5% de triglicerídio e ácidos graxos, e 26% de ésteres de
cera;
➢ O colesterol e os ésteres presentes no sebo são de origem epidérmica
(glandular):
➢ Hiperqueratinização Infundibular:
➢ Comedogênese;
➢ Redução do ácido linoléico, facilitando assim a penetração de organismos na
derme, promovendo infecção e inflamação;
➢ Colonização Bacteriana Infundibular:
➢ Temos um microorganismo na pele responsável pelo surgimento da acne,
chamado propionibacterium acnes;
➢ Associada a hiperprodução sebácea, há proliferação dessa bactéria
favorecendo o aparecimento da acne;
➢ Localizada na face e no tronco superior, em locais com maior concentração
lipídica, mostrando relação direta entre a população bacteriana e seborreica local;
➢ Inflamação Folicular Dérmica:
➢ A alteração na barreira epidérmica encontrada em portadores de acne é
facilitado pelo surgimento da inflamação periglandular dérmica;
➢ Influência Hormonal:
➢ O papel de andrógenos na acne é estimular as glândulas sebáceas e
produzir sebo, graças às ações dos receptores celulares;
● Classificação da Acne:
➢ Comedão:
➢ Popularmente chamado de cravo;
➢ Hiperceratose de retenção no folículo pilossebáceo;
➢ Manifesta-se como um pequeno grão miliar, levemente saliente na pele sã;
➢ Quando o orifício folicular dilata, passa o comedão aberto tomando aspecto
de ponto negro;
➢ É a lesão elementar da acne primária;
➢ Pápula:
➢ Surge com área de eritema e edema ao redor do comedão com pequenas
dimensões, até 3 mm;
➢ A pápula pode aparecer antes de se encontrar com seu parceiro (a), pois
está relacionada aos hormônio sexuais;
➢ Pústula:
➢ A pústula surge da mesma forma que a pápula, com a diferença de possuir
inflamação e conteúdo purulento;
➢ Nódulo:
➢ É idêntico à pápula, mas com dimensões maiores, de até 2 cm;
➢ Quisto:
➢ É um grande comedão que sofreu reincidência repetidas vezes;
➢ Sofreu várias rupturas e recapsulaçõçes, é globoso, tenso, saliente, e com
conteúdo pastoso e caseoso;
➢ Cicatriz:
➢ Uma depressão irregular, com cobertura de pele atrófica, fina, resultante de
destruição do folículo pilossebáceo por reação inflamatória;
● Tratamento:
➢ Antinflamatórios tópicos;
➢ Limpeza de pele;
➢ Laser;
● Rosácea:
➢ É um distúrbio acneiforme inflamatório crônico comum das unidades
pilossebáceas da face, associada ao aumento da reatividade dos capilares levando
ao rubor e a telangiectasias;
➢ Acomete cerca de 10% dos indivíduos de pele clara;
➢ Idade entre 30 e 50 anos;
➢ Mais comum no sexo feminino;
➢ Não há comedões;
● Manifestações Clínicas:
➢ Rosácea Eritemato-telangiectásica:
➢ Flushing e eritema centro facial persistente;
➢ Rosácea Papulopustular:
➢ Eritema persistente acompanhada de pápulas e pústulas transitórias, com
distribuição centro facial;
➢ Rosácea Fimatosa:
➢ Caracterizada pelo espessamento da pele com contornos irregulares
envolvendo orelhas, bochechas, região mentoniana, fronte, e nariz;
➢ Rosácea Ocular:
➢ Sintomas de queimação, secura, prurido, vermelhidão, olhos e sensibilidade
ocular à luz;
● Manifestações Clínicas:
➢ Vermelhidão na face (rubor), em resposta a líquidos quentes, alimentos
apimentados, bebidas alcoólicas, sol, e calor;
➢ Duração das lesões, podem ser dias, semanas, ou até meses;
● Lesões Cutâneas:
➢ Localizações distribuídas simetricamente na face;
➢ As recorrências são comuns, e podem desaparecer espontaneamente;
➢ Diagnóstico diferencial:
➢ Alguns tipos de lesões:
➢ Rinofima:
➢ Nariz aumentado;
➢ Metofima:
➢ Tumefação em torno da almofada da região da fronte;
➢ Blefarofima:
➢ Tumefação palpebral;
➢ Otofima:
➢ Tumefação da orelha;
➢ Gnatofima:
➢ Tumefação do mento;
● Tratamento:
➢ Tópico:
➢ Metronidazol, e antibióticos tópicos;
➢ Sistêmico:
➢ Antibioticoterapia oral;
➢ Fisioterapêutico:
➢ Fototerapia (UVA), e luz pulsada (elimina as telangiectasias se deixar
sequelas);
● Psoríase:
➢ É uma doença de pele comum, crônica, e não contagiosa;
➢ Causa desconhecida (caráter imunológico);
➢ Pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum entre 50 e 69 anos;
➢ Lesão de pele e unhas;
➢ São pápulas e placas avermelhadas localizadas ou generalizada de forma
simétricas, recobertas por descamações brancas ou prateadas;
➢ Causam prurido, ardência, e dor;
➢ Causa alteração da cinética celular dos queratinócitos;
➢ Produção 28 vezes maior das células epidérmicas;
➢ A epiderme e a derme reagem como um sistema integrado, causando
alterações epidérmica;
● Manifestações Clínicas:
➢ Tipo Inflamatório Eruptivo:
➢ Com múltiplas lesões pequenas e tendências a regressões espontâneas;
➢ Psoríase Estável Crônica:
➢ Encontrada na maioria dos pacientes com lesões indolentes crônicas
presentes a meses e/ou anos;
➢ São placas demarcadas, vermelho escuras, com escamas frouxamente
aderidas, lamelares, e branco-prateadas;
➢ As placas formam lesões e podem regredir;
➢ A descamação pode ser facilmente reduzida;
➢ Localizada nos cotovelos, joelhos,, sacroglútea, couro cabeludo, palma, e
plantas;
➢ Sintomas Cutâneos:
➢ O prurido é comum, principalmente no couro cabeludo e anogenital;
➢ Psoríase Gutata Aguda:
➢ Pápula rosa salmão de 2 mm a 1 cm, com ou sem descamação;
➢ As escamas podem ser não visíveis;
➢ São lamelares, frouxas, e facilmente removidas por raspagem;
➢ As lesões são isoladas ou dispersas, geralmente acometem o tronco;
● Distribuição e Locais Preferenciais:
➢ Palmas e Plantas:
➢ Hiperceratose maciça, branco-prateada ou amarelada, que não é facilmente
removida;
➢ A placa inflamatória na base é sempre bem demarcada;
➢ Rachaduras, fissuras dolorosas, e sangramento;
➢ Couro Cabeludo:
➢ Placas nitidamente demarcadas, com descamação espessa e aderida;
➢ São muito pruriginosas;
➢ Não provoca queda do cabelo;
➢ Face:
➢ Não é muito comum;
➢ Quando acometida, está habitualmente associada a um tipo refratário de
psoríase;
➢ Unhas:
➢ Os dedos das mãos e pés são cerca de 25% dos casos;
➢ Maior incidência associada com a artrite concomitante;
● Tratamento:
➢ Luz UVA para clareamento de pele;
➢ Laser;
Vitiligo:
➢ É uma doença autoimune adquirida, e idiopática, que se caracteriza por
máculas brancas nacaradas de diferentes tamanhos;
➢ Atinge todas as raças;
➢ Atinge ambos os sexos em qualquer idade, porém é ligeiramente mais
frequente em mulheres;
➢ Possui origem genética, onde 20% dos pacientes com vitiligo possuem ao
menos 1 parente de 1º grau com a doença;
➢ Presença de antígenos HLA DR4;
➢ Relacionada a fatores ambientais, tais como o stress, e exposição solar
intensa;
➢ Causa manchas hipocrômicas em áreas fotoexpostas, como a face, dorso
das mãos, ao redor de orifícios corporais, e possuem distribuição simétrica;
➢ Acomete pelos, como sobrancelhas, cílios, e pêlos pubianos;
➢ Faz despigmentação da pele;
➢ Na microscopia eletrônica, percebe-se degeneração dos queratinócitos,
melanócitos, e células de Langerhans na camada basal, acompanhado de infiltrado
inflamatório na derme papilar;
➢ A evolução progressiva é lenta, mas pode exacerbar rapidamente;
➢ O diagnóstico é extremamente clínico com máculas acrômicas e pele normal
em um mesmo indivíduo;
● Etiopatogenia:
➢ Teorias da Despigmentação:
➢ Presença de auto anticorpos;
➢ Células linfócitos T citotóxicas, fazem destruição de células anormais;
➢ Ocorre auto destruição dos melanócitos;
➢ Gera defeitos no melanócito;
➢ Teoria Genética:
➢ Componente multifatorial em indivíduos predispostos a doença;
➢ Teoria Autoimune:
➢ Associada a outras doenças, como tireoidite, anemia, esclerodermia,
diabetes, e alopecia areata;
➢ Presença dos auto anticorpos que destroem os melanócitos;
➢ Está relacionada a extensão da despigmentação, e atividade da doença;
➢ Teoria Autotóxica dos Melanócitos:
➢ Fenol, faz lesão nos melanócitos;
➢ Destruição dos melanócitos pelos radicais livres;
➢ Mecanismos de proteção dos melanócitos;
➢ Teoria Neural:
➢ Os melanócitos possuírem origem na crista neural;
● Apresentação Clínica:
➢ Focal:
➢ Presença de uma ou mais máculas em determinada área de distribuição
específica;
➢ Segmentar:
➢ Presença de uma ou mais máculas envolvendo um segmento unilateral do
corpo;
➢ Aparece entre 5 a 30 anos de idade, acomete a face e apresenta-se como
lesão única em 75% dos pacientes;
➢ Generalizada:
➢ Acrofacial: lesões típicas na parte distal da extremidade ou face;
➢ Vulgar: máculas acrômicas de distribuição aleatória;
➢ Mista: de todas as formas;
● Tratamento:
➢ Esteróides:
➢ Corticosteróide (autoimune);
➢ PUVA:
➢ Fotoquimioterapia (utilização de psoratênicos e exposição à radiação UVA);
➢ A repigmentação ocorre mediante estimulação de imunocitoquinas e
mediadores inflamatórios, que agem como mediadores nos melanócitos;
➢ Terapia Oral:
➢ Psoraleno (metoxipsoraleno antes a exposição a UVA);
➢ Efeito colateral ocorre eritema após 24 a 36 horas, podendo causar bolhas ou
vômitos;
➢ Terapia Tópica:
➢ Psoraleno (metoxipsoraleno antes a exposição a UVA);
➢ Aplicar antes a exposição a UVA, até atingir o eritema;
➢ Contraindicações:
➢ Doenças hepáticas e renais;
➢ Complicações:
➢ Aparecimento de bolhas;
Sistema Linfático:
➢ É uma via acessória na qual o líquido pode fluir dos espaços intersticiais para
o sangue;
➢ Faz o transporte de proteínas e material particulado para fora dos espaços
teciduais;
● Canais Linfáticos:
➢ Todos os tecidos possuem canais linfáticos, exceto superfície da pele, SNC, e
endomísio dos músculos e ossos;
➢ Estes tecidos possuem canais pequenos denominados de pré-linfáticos,
através das quais o líquido intersticial pode fluir;
➢ A linfa flui a partir dos capilares sanguíneos, é reabsorvida de volta nas
extremidade venosas dos capilares (cerca de 1/10 do líquido);
➢ Cerca de 3 litros por dia de líquido circula;
➢ O líquido que retorna a circulação por meio do linfático, são proteínas de alto
peso molecular sem impedimento;
➢ A linfa se forma a partir do líquido intersticial;
➢ A concentração de proteínas no líquido intersticial é de 2g/dl;
➢ O sistema linfático é uma das principais vias para absorção de nutrientes;
➢ Cerca de 100 ml de linfa fluem por hora do canal torácico;
➢ Cerca de 20 ml fluem para a circulação a cada hora, através de outros
canais;
➢ Fluxo de linfa em cerca de 120 ml/hora, entre 2 e 3 litros por dia;
➢ Parte Inferior do Corpo:
➢ A linfa flui pelo canal torácico, e deságua no sistema venoso na junção da
veia jugular interna e veia subclávia;
➢ Linfa do Lado Esquerdo:
➢ Cabeça, do braço esquerdo e de partes da região torácica entra no canal
torácico antes que ela se esvazie nas veias;
➢ Linfa do Lado Direito:
➢ Pescoço e da cabeça, do braço direito e de partes da região torácica também
entra no canal linfático direito, que então deságua no sistema venoso da veia
subclávia direita e da veia jugular interna direita;
➢ Capilares Linfáticos:
➢ A borda de uma célula sobrepõe a outra;
➢ O líquido intersticial juntamente com as partículas em suspensão, pode
empurrar e abrir essa válvula diretamente para o interior do capilar linfático;
➢ Bomba Linfática:
➢ Todos os canais linfáticos possuem válvulas;
➢ Se enchem de líquido e distende a parede endotelial, estimulando a
concentração automática da musculatura lisa;
➢ Cada segmento entre válvulas sucessivas, funciona como uma bomba
automática distinta;
➢ O bombeamento causado pela pressão externa dos linfáticos, ocorre por
contração muscular, movimentação dos segmentos corporais, pulsação das artérias
adjacentes ao linfático, e compressão dos tecidos por objetos fora do corpo;
Linfedema:
➢ Crônico, grave, e progressivo;
➢ É um acúmulo de proteínas no interstício, uma deficiência do sistema
linfático;
➢ Pode ser congênito ou adquirida;
➢ 450 milhões de pessoas no mundo possuem linfedema, aproximadamente
15% da população mundial;
➢ Atinge 80% nos MMII, 10% nos MMSS, e abaixo de 1% nas genitais;
➢ O linfedema pode ser:
➢ Linfedema Primário:
➢ Alterações congênitas do sistema linfático;
➢ Linfedema Secundário:
➢ Traumas, lesões, linfadenectomias ou enfermidades infecciosas e crônicas;
● Diagnóstico:
➢ História clínica;
➢ Exame físico, fazendo a medição do membro;
➢ Linfocintilografia, padrão ouro, faz avaliação estática e dinâmica do fluxo
linfático, mostrando áreas de bloqueio e/ou fluxo reverso;
➢ Ressonância linfomagnética, mostra alterações anatômicas do sistema
linfático;
● Avaliação de Edema:
➢ Localização:
➢ Localizado: um segmento do corpo em qualquer área corporal, que causa
varizes, trombose venosa, processos inflamatórios, afecções do sistema linfático, e
edema postural;
➢ Generalizado: ocorre em mais de um local do corpo, e causa distúrbios
sistêmicos;
➢ Intensidade:
➢ Sinal do cacifo;
➢ Com a polpa digital do polegar ou dedo indicador, faz-se uma compressão
firme e sustentada de encontro a uma estrutura rígida subjacente à área do exame,
seja a tíbia, sacro, ou ossos da face;
➢ Verificar depressão no local comprimido (fóvea ou cacifo);
➢ A graduação do cacifo é dada de acordo com a profundidade;
➢ Grau I (ou +): pequena profundidade;
➢ Grau II (ou ++): média profundidade;
➢ Grau III (ou +++): grande profundidade;
➢ Grau IV (ou ++++): edema grave;
➢ Consistência:
➢ Edema mole: a pele fica facilmente depressível;
➢ Edema duro: na palpação apresenta maior resistência para se obter a
formação da fóvea ou cacifo, ex.: linfedema;
➢ Elasticidade:
➢ Observar a volta da pele à posição primitiva quando se termina a
compressão;
➢ Edema elástico: a pele retorna imediatamente à situação normal;
➢ Edema inelástico: é aquele que a pele comprimida demora a voltar à posição
primitiva, ex.: problemas renais;
● Estágios do Linfedema:
➢ Estágio 0:
➢ Não há edema, mas o transporte linfático está alterado;
➢ Pode levar meses ou anos até que o edema se torne aparente;
➢ Estágio 1:
➢ Acúmulo precoce de fluido reversível com elevação de membros ou terapia
compressiva;
➢ Edema com cacifo;
➢ Estágio 2:
➢ Precoce e tardio;
➢ Estágio 3:
➢ Elefantíase;
➢ O tecido é firme (fibroso), e não há cacifo;
➢ Acantose, depósitos de gordura, crescimento de verrugas, e outras
mudanças de pele;
● Tratamento:
➢ Terapia Descongestiva Complexa (TDC):
➢ Padrão ouro no tratamento de linfedema, consiste de um conjunto de
técnicas que inclui drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, cuidados
com a pele, e exercícios linfocinéticos;
➢ Drenagem Linfática Manual:
➢ Redirecionar a linfa para os linfonodos, por meio de diferentes pressões, a
qual é realizada pelas mãos do terapeuta para o deslocamento deste líquido;
➢ Movimentos rítmicos, intermitentes, e lentos, atuando na superfície da pele,
seguindo o trajeto do sistema linfático, até os gânglios;
➢ Promove nutrição celular, eliminação dos produtos finais do metabolismo
tecidual, aumento da absorção dos nutrientes e princípios ativos, através do trato
digestivo e a quantidade de líquidos a serem eliminados favorecendo a diminuição
da fibrose;
➢ Deve-se liberar sempre de proximal para distal;
➢ Enfaixamento:
➢ Após a drenagem linfática manual;
➢ Atadura elástica, bandagem compressiva e vestimenta em velcro, vão
potencializar os efeitos da drenagem, diminuindo o acúmulo de linfa e aumento do
fluxo;
➢ Compressão, realizada de maneira distal para proximal;
➢ Pacientes em uso de enfaixamento compressivo com perimetria estabilizada
abaixo de 2 cm por, mais de 6 meses, pode-se realizar o início de desarme do
enfaixamento compressivo;
➢ Material:
➢ O menos alérgico possível, composto por várias camadas, com o formato de
escama de peixe ou circular, visando a proteção da pele por hidratação e por malha
tubular de algodão, principalmente em protuberâncias ósseas e nervos periféricos;
➢ Exercícios Linfocinéticos:
➢ Movimentos ativos, de mobilização nas cadeias musculares das articulações
dos MMSS, alongamento, e relaxamento muscular;
➢ Processamento lento, sem resistência e com poucas repetições;
➢ Promovem a estimulação da atividade muscular, melhora da ADM das
articulações, melhora o tônus simpático, promove o recrutamento das vias linfáticas
colaterais;
Fibro Edema Gelóide (FEG):
➢ Também conhecida como celulite;
➢ É a infiltração edematosa não inflamatória, polimerização da substância
fundamental (tramas), e fibrose;
➢ É a reação da substância fundamental devido a alteração interna, do qual as
glicosaminoglicanas sofrem um processo de hiperpolimerização (união de
moléculas);
➢ Mas clinicamente falando, é um espessamento não inflamatório das capas
subepidérmicas, que se manifesta de nódulos ou placas, em diversas regiões;
➢ É como um encapsulamento do tecido fibroso;
➢
➢ Possui 4 estágios:
1. Modificação do esfíncter arteriolar venoso, aumentando a permeabilidade de
transudação do edema (pericapilar e adipocitário);
2. Edema faz trocas metabólicas, gerando hiperplasia e hipertrofia do
arcabouço reticular, que forma tramas irregulares;
3. Agregação das fibrilas em fibras colágenas, gerando arranjos capsulares nos
adipócitos, que forma micronódulos;
4. Esclerose faz formação de macronódulos;
➢ Alterações Teciduais:
➢ Fase I:
➢ Hipertrofia das células adiposas;
➢ Diminuição da drenagem do líquido intercelular, gerando congestão;
➢ É transitória;
➢ Compressão dos vasos pela congestão;
➢ A dilatação aumenta a permeabilidade venosa, aumenta a pressão e a
congestão;
➢ Terminações nervosas resultam em dores à palpação;
➢ Fase II:
➢ O líquido causa reações químicas;
➢ Espessamento e proliferação das fibras colágenas (floculação);
➢ Fase III:
➢ Aumento da densidade tecidual (fibrilação);
➢ Compressão tecidual, das veias, artérias, e nervos;
➢ É irreversível;
➢ Fase IV:
➢ Espessamento do tecido conjuntivo adipocitário;
➢ Tecido endurecido e esclerosado;
➢ Irritação das terminações nervosas, gerando dor;
● Estágios do FEG:
➢ Grau I (FEG brando):
➢ Compressão do tecido ou contração;
➢ Não é visível somente na inspeção, e não é doloroso;
➢ Grau II (FEG moderado):
➢ Depressões visíveis sem a compressão;
➢ Na compressão é acentuado;
➢ Margens são fáceis de serem delimitadas;
➢ Alterações de sensibilidade;
➢ Grau III (FEG grave):
➢ Percebido em qualquer posição;
➢ Pele enrugada e flácida;
➢ Relevos, chamados de “sacos de nozes”;
➢ Sensibilidade e dor;
➢ Grau IV (FEG grave):
➢ Visível através de roupas, com formação de nódulos maiores;
➢ Presença de dor e desconforto;
➢ Presença de edema;
● Formas Clínicas do FEG:
➢ Duro (FEG consistente):
➢ Espessamento da pele;
➢ Aumento dos tecidos superficiais, deformação regular e uniforme;
➢ Sem mobilidade a manipulação;
➢ Na epiderme, textura fina e delicada (estrias);
➢ Comum em pessoas obesas;
➢ Flácido (FEG difuso):
➢ Indivíduos com hipotonia muscular;
➢ Diminuição da consistência, e do contorno das áreas;
➢ Na palpação, núcleos endurecidos e edema;
➢ Pode ocorrer em indivíduos obesos e indivíduos com peso acima ou abaixo
do normal, e sedentários;
➢ FEG edematoso:
➢ Aspecto de edema tecidual simples nos MMII;
➢ Consistência variável , firme e flácido;
➢ Aspecto de casca de laranja;
➢ Sinal do cacifo;
➢ Misto:
➢ Pode-se encontrar diferentes formas clínicas em regiões corporais diferentes;
● Avaliação:
➢ Posição ortostática, evitar decúbitos;
➢ Observar alterações de relevo, varizes, equimose, e coloração tecidual;
➢ Palpação:
➢ Teste de compressão, pressionar o tecido adiposo com as mãos;
➢ Pele em casca de laranja;
➢ Teste de preensão, preensão da pele e subcutâneo associada a tração, junto
com alterações de sensibilidade;
➢ Tratamento Cirúrgico:
➢ Lipoaspiração;
➢ Ocorre rompimento das bandas fibrosas e liberação de gordura;
➢ Reabilitação Pós-Cirúrgica:
➢ Drenagem linfática nos MMII, abdômen, região lombar e glútea;
➢ Crioterapia, após 24 horas;
➢ Após 24 horas, US, 3 MHz, intensidade de 0,4 a 0,6 W/cm²;
➢ Laser pontual para cicatrização;
➢ Terapia Medicamentosa:
➢ Mesoterapia utiliza a derme como receptora e difusora de pequenas
quantidades de medicamentos;
➢ Através de injeções intradérmicas associadas a enzimas vasodilatadoras;
➢ O objetivo é difundir pequenas quantidades do produto e determinadas
regiões do organismo;
➢ Possíveis complicações são reações alérgicas, infecções, e abscessos;
➢ Ativos farmacológicos como extrato de hera e castanha da Índia, são ricos
em saponinas;
➢ Ginko biloba é rico em flavonóides, que irá gerar vasodilatação e diminuir a
hiperpermeabilidade e aumento do tônus venoso;
➢ Silício normaliza o metabolismo e a divisão celular, modificando a
permeabilidade capilar venosa e linfática;
➢ Centella asiática faz microcirculação;
➢ Mucopolissacaridoses e hialuronidases são enzimas de difusão, com ação
despolimerizante;
➢ Corrente contínua faz ionização, e US sonoforese;
➢ Fisioterapia:
➢ Fortalecimento e alongamento muscular;
➢ O sedentarismo agrava a FEG, gerando aumento da flacidez
musculotendínea, diminuindo o mecanismo de bombeamento muscular dos MMII, e
diminuindo a massa muscular e aumentando a massa gordurosa;
➢ Corrente galvânica é usada de forma pura ou com drogas despolimerizantes;
➢ Correntes diadinâmicas;
➢ DF, sensibilidade dolorosa presente, melhora da circulação e analgesia
temporária;
➢ Curto período, aumenta a circulação local ou segmentar;
➢ Ritmo sincopado, indicada para terapias de estimulação elétrica
neuromuscular, melhorando a hipotonia muscular associada;
➢ As correntes excitomotoras melhoram o quadro álgico e a força muscular,
além de favorecer a microcirculação;
➢ Eletrolipoforese é aplicada por vários pares de agulhas finas e longas, ligadas
a correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre elas, onde ocorre
uma modificação do meio intersticial, favorecendo as trocas metabólicas e lipólise;
➢ Endermologia, são equipamentos de sucção e mobilização tecidual por rolos
monitorizados;
➢ Faz mobilização profunda da pele e tela subcutânea, permitindo incremento
na circulação sanguínea superficial;
➢ O objetivo, é a melhora da maleabilidade do tecido, suavizando o aspecto
acolchoado da pele;
Cirurgia Plástica:
● Abdominoplastia:
➢ É uma técnica utilizada para retirar o excesso de pele abdominal, gordura,
flacidez, diástase abdominal, abaulamentos, e hérnias;
➢ Remove-se uma grande elipse da pele e tecido adiposo para baixo da parede
do abdômen inferior;
➢ Visa criar um contorno achatado no abdômen;
➢ Visa eliminar a flacidez, as estrias, e a diástase do reto do abdômen;
➢ Visa estimular a definição da região suprapúbica;
➢ É realizada marcações no abdome inferior, centralmente, na linha de incisão
inferior no sulco suprapúbico natural, e então prolongada naturalmente;
➢ Evita-se que a incisão ultrapasse as espinhas ilíacas ântero superior;
➢ Depois da marcação inferior, o paciente é fletido discretamente na cintura, e
utiliza-se a técnica do beliscão;
➢ É feita uma incisão circum-umbilical;
➢ O retalho abdominal é elevado superiormente, em torno do umbigo, até o
apêndice xifóide e a borda costal;
➢ A elevação do retalho deve ser limitada apenas ao que será permitido pela
plicatura adequada da fáscia do reto do abdome, e um avanço adequado do retalho;
➢ Pode gerar seromas, síndrome de choque tóxico, problemas de cicatrização
da ferida, e comprometimento vascular;
➢ Tratamento Fisioterapêutico:
➢ Drenagem linfática manual;
➢ Cinesioterapia;
➢ Ultrassom;
➢ Laserterapia;
➢ Estimulação elétrica nervosa transcutânea;
● Blefaroplastia:
➢ Procedimento cirúrgico que visa corrigir a posição da sobrancelha e da
descida da porção média da face;
➢ Na pálpebra superior, visa preservar o preenchimento orbitário superior e
uma linha de definição do sulco da pálpebra superior;
➢ Na pálpebra inferior, visa a transição tranquila entre a bochecha e a pálpebra,
ao mesmo tempo em que se rejuvenesce o formato do olho;
➢ Para o procedimento ocorrer, analisa-se antes a acuidade visual, mobilidade
ocular, e o planejamento pré-operatório através de fotografias;
➢ As marcações são feitas na prega da pálpebra superior, na altura da linha
média-pupilar;
➢ As marcações são diminuídas caudalmente nas margens nasais e palpebrais
laterais ao longo da curvatura suave da prega da pálpebra superior;
➢ A face nasal da marcação não deve se estender medialmente até a
carúncula lacrimal;
➢ Pode ocorrer perda de visão, diplopia, ptose da pálpebra superior após a
operação, e irritação da córnea ou perda da acuidade visual;
➢ Cuidados Pós Operatórios:
➢ Equimoses periorbitárias;
➢ A elevação da cabeça e utilização de gelo na região periorbitária são
utilizadas após 48 horas da operação;
➢ Pomada antibiótica oftálmica na extensão da linha de sutura;
➢ Retirada dos pontos após 5 a 7 dias;
● Mamoplastia de Aumento:
➢ Procedimento que realiza colocação de próteses de aumento;
➢ A incisão é feita inframamária, periareolar, axilar, e transumbilical;
➢ A prótese utilizada é o silicone;
➢ Pode ocorrer contratura capsular, cicatriz hipertrófica, infecção, hematoma, e
seroma;
➢ Existe a cirurgia de mamoplastia redutora também;
➢ A mamoplastia de aumento possui 4 classes pós-cirúrgicas:
➢ Classe I:
➢ A mama está absolutamente natural;
➢ Impercetível que houve procedimento cirúrgico;
➢ Classe II:
➢ Contratura mínima;
➢ Perceptível que houve operação, porém paciente não apresenta queixas;
➢ Classe III:
➢ Contratura moderada;
➢ Paciente sente algum endurecimento;
➢ Classe IV:
➢ Contratura grave;
➢ Apenas na observação se verifica uma tensão maior da pele;
Estrias:
➢ É uma atrofia do tecido cutâneo;
➢ Possui aspecto linear e sinuoso;
➢ Possui espessura de 1mm ou mais de largura;
➢ Ocorre devido distensão do tecido cutâneo, gerando lesão nas fibras
colágenas, geralmente irreversíveis;
➢ Ocorre na derme;
➢ Na fase inicial (trófica), é avermelhada (devido processo inflamatório), possui
alto relevo, gera dor, prurido, erupção papular e levemente rosada;
➢ Na fase tardia (atrófica), é esbranquiçada e abrilhantada, pode acometer
ambos os sexos, mas é mais incidente no sexo feminino a partir da adolescência;
➢ Só é reversível na fase inicial;
➢ Geralmente surge em meninas de 12 a 14 anos, e em meninos de 12 a 15;
➢ É 2,5x mais frequente em mulheres adultas do que em homens adultos;
➢ Comumente acomete glúteos, seios, abdômen e coxas;
➢ Nos homens pode é mais comum acometer região lombossacra também;
➢ Possui 3 teorias de surgimento:
➢ Teoria Mecânica:
➢ O acúmulo de tecido adiposo gera lesão nas fibras colágenas e elásticas,
gerando estiramento das fibras;
➢ Essa teoria explica o surgimento das estrias na gestação, e durante o
crescimento dos adolescentes, bem como a deposição de gordura no obeso;
➢ Teoria Endócrina:
➢ Descreve uma relação entre os hormônios esteróide e a estria;
➢ Na puberdade, há surgimento de acne, estrias, pelos, e desenvolvimento das
mamas e genital masculino;
➢ Associada ao uso de corticosteróides;
➢ Teoria Infecciosa:
➢ Os processos infecciosos provocam danos nas fibras elásticas, provocando
estrias;
➢ Esta teoria é pouca aceita;
Nota* Prurido é coceira, e ocorre devido a pele seca, devido ao estiramento da pele!
Nota* A mulher acumula mais gordura por causa das curvas, causada pela
progesterona!
● Tratamento:
➢ Eletrolifting:
➢ É uma corrente contínua microgalvânica, filtrada constantemente;
➢ É um método invasivo, por conta dos efeitos da corrente contínua e do efeito
agudo;
➢ Gera aumento acentuado de fibroblastos jovens;
➢ Faz neovascularização;
➢ Há retorno da sensibilidade dolorosa após algumas sessões de aplicação;
➢ O sucesso do tratamento depende de cada paciente e do tipo da estria;
➢ Agulha:
➢ É feito assepsia da pele e esterilização da agulha;
➢ A intensidade não é muito alta, entre 70 a 100 microamperes;
➢ É introduzida subepidérmica, paralela à pele em toda a extensão da estria;
➢ Objetivo é causar hiperemia e edema em toda a extensão da estria;
➢ É aplicada novamente após o desaparecimento dos sinais inflamatórios;
➢ Nas estrias profundas, ocorre retorno da sensibilidade;
➢ Microdermoabrasão:
➢ Chamado de peeling;
➢ Gera esfoliação não cirúrgica de forma não invasiva;
➢ Gera esfoliação da pele por pressão, com sucção, com movimentos de
velocidade de manobras e número de repetições;
➢ Atenua rugas superficiais, gera aumento do tecido epidérmico, sequelas de
acne, clareamento, e pode atenuar as estrias também;
➢ Sinais de Regeneração:
➢ Nivelamento da estria em relação a pele normal, podendo se tornar mais
larga;
➢ Alteração da coloração;
➢ Aumento da sensibilidade dolorosa;
➢ Desaparecimento da estria;
Queimados:
➢ As queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma
de origem térmica;
➢ É uma lesão que possui diversos agentes, provocam danos desde a pele até
tecidos mais profundos, desencadeia sofrimento responsável pela sensação
dolorosa, sintoma presente durante todas as fases do trauma;
➢ No Brasil ocorrem 1 milhão de casos por ano, onde 30% são crianças;
➢ Por ano 100 mil vítimas precisam de atendimento hospitalar;
➢ Por ano ocorre 2,5 mil mortes;
➢ As queimaduras de 1º grau, atingem epiderme apenas, apresenta eritema;
➢ As queimaduras de 2º grau, são mais graves, atingem epiderme e parte da
derme, apresentam eritema e bolhas;
➢ As queimaduras de 3º grau, atingem todas as camadas da pele, incluindo
ossos, a pele fica branca nacarada;
● Diagnóstico Etiológico:
➢ Podem ser por contato com chamas, líquidos quentes, superfícies quentes,
eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito, ou fricção;
● Prognóstico:
➢ Leva em conta a idade, sistema imunológico, e estado nutricional;
➢ A queimadura vai comprometer a região afetada, e o grau de acometimento
vai depender da extensão da lesão e presença ou não de infecção na ferida;
➢ Infecção da queimadura e risco de progressão para sepse;
Nota* A sepse surge quando a resposta do corpo a uma infecção causa danos aos
seus próprios tecidos e órgãos, e pode levar ao choque, falência de múltiplos órgãos
e morte!
● Tratamento:
➢ Prevenir a limitação da funcionalidade;
➢ Minimizar e evitar deformidades;
➢ Prevenir a diminuição da composição muscular e tecidual do segmento
afetado;
➢ Programa de tratamento individualizado e específico;
➢ Assistência diária;
➢ Avaliação funcional frequente de acordo com a evolução do paciente;