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Correção Do Protocolo R.C.P.

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CORRENTES NO SERVIÇO EMERGENCIAL CARDIOVASCULAR

Volume 16, Número 04, Inverno 2005-06

Introdução

Esta edição especial de Currents resume as mudanças contidas no Manual


de Atendimento da American Heart Association (AHA) em 2005 para
Ressuscitação Cardio-Pulmonar (RCP) e Serviços Emergencial Cardiovascular
(SEC). Esta edição de Currents não substitui o Manual de Atendimento da AHA
em 2005 para RCP e SEC. Damos destaques as principais mudanças e provemos
informações com base científica e explanações detalhadas. É especialmente útil
para instrutores e estudantes em curso antes da chegada de novos materiais
didáticos. O Manual de atendimento completo oferece aos instrutores e clínicos
informações extras e mais detalhadas sobre as recomendações para RCP e SEC.
Esta edição de Currents contém 03 seções principais relevantes para RCP
e ECC cursos:

1. Principais mudanças que afetam a todo tipo de socorrista;


2. Mudanças para o socorrista leigo;
3. Mudanças para os socorristas profissionais de Suporte Básico de Vida e
de Suporte Avançado.

Nos destaques da seção de Principais Mudanças, a mais importante é a


nova recomendação que afeta todos os cursos (exceto ressuscitação de recém-
nascidos) e todos os socorristas. A seção do Socorrista Leigo RCP destaca
mudanças para instrutores e participantes em cursos de RCP para leigos,
incluindo primeiros socorros, não inclui certamente informações extensas com
base científica. A seção de socorristas profissionais inclui informações sobre o
processo de avaliação de evidências no qual o manual é baseado. Destaca as
principais mudanças para o suporte básico de vida (SBV) para socorristas
profissionais (SP), desfibrilação, suporte cardiovascular avançado de vida (SCAV),
Síndromes agudas da coronária (SAC), Derrame, Suporte pediátrico avançado de
vida (SPAV) e ressuscitação Neo-natal. A seção para socorristas profissionais
inclui maiores informações com base científica do que a seção para leigos.
Este editorial de Currents não contém referências sobre os estudos usados
para avaliação das evidências para as recomendações feitas no manual. Para
referências detalhadas procure em: 2005 American Heart Association Guidelines
for CPR and ECC (Circulation 112;IV-1-IV-211) Algoritmos e informações sobre
drogas no manual de 2005 também podem ser encontradas em: 2006 Handbook
of Emergency Cardiovascular Care (ECC Handbook).
O desafio: Simplificar o Treinamento em RCP e Promover Eficiência
Doenças do coração são responsáveis por 330.000 mortes estimadas fora
do hospital e de departamentos de emergência, nos Estados Unidos a cada ano. A
maioria das pessoas aceita esta estatística como uma estimativa das mortes por
parada cardíaca súbita (PCS). Esta estimativa, entretanto é incompleta. A parada
cardíaca súbita ainda não é ainda uma causa de morte repassada como um
evento distinto ao Centro Nacional de Estatísticas sobre a Vida do Centro para o
Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Quando o CDC começar a registrar a
parada cardíaca súbita poderemos compreender a incidência verdadeira desta
causa principal da morte e de determinar o impacto das intervenções.
Muitas vítimas de PCS demonstraram fibrilação ventricular (FV) em algum
ponto da parada. Tratamento de FV PCS requer RCP desde logo e o emprego de
choque com um desfibrilador. RCP de alta-qualidade aplicada prontamente pode
dobrar ou triplicar as taxas de sobrevivência por PCS. Infelizmente muito poucas
pessoas recebem RCP desde logo e ainda menos a recebem com uma alta
qualidade de execução. A maior proposta do Manual para RCP e ECC em 2005 e
todas as mudanças nos materiais de treinamento da AHA é promover uma maior
taxa de sobrevivência em PCS incrementando o numero de vítimas que recebem
um RCP de alta qualidade desde logo.
Taxas de sobrevivência para PCS fora do hospital atingem 6,6% ou menos
em estatísticas dos Estados Unidos e do Canadá. Muitos fatores contribuem para
esta baixa taxa de sobrevivência e é difícil controlar estes fatores para um estudo
clínico no cenário fora do hospital. Como resultado muitos estudos usam fatores
com conseqüência de curto-prazo como o retorno espontâneo da circulação ou a
sobrevivência na admissão do hospital do que fatores com conseqüências de
longo-prazo como sistema neurológico intacto após o encaminhamento ao
hospital. Esta mistura de conseqüências deixa extremamente difícil um julgamento
se os resultados dos estudos são aplicáveis a todos os pacientes ou vítimas em
todos os sistemas de atendimento emergencial. Apesar destes desafios a
pesquisa sobre ressuscitação deve se esforçar para identificar os tratamentos que
aumentam a taxa de vítimas com PCS que deixam o hospital vivas e sem lesões
cerebrais.
Alguns programas comunitários com socorristas leigos têm reportado altas
taxas de sobrevivência por PCS porque usaram RCP e desfibrilação desde logo
usando um desfibrilador automático externo (DEA) que pode ser usado por
qualquer leigo desde que treinado para isso. Estes programas com leigos usando
DEA podem servir como modelos para incrementar a resposta a PCS em outras
comunidades. A experiência da North American Public Acess Defibrillation
mostrou que comunidades com leigos treinados em RCP e DEA aumentam a taxa
de sobrevivência do PCS FV testemunhado. Além disso, as taxas de
sobrevivência de fibrilação ventricular testemunhado (VF) em parada cardíaca
súbita (SCA) que varia de 49% a 74% foram relatadas nos programas de
socorrista leigo em RCP e nos programas de desfibriladores automáticos externos
(DEA) em aeroportos e envolvendo policiais. Estes programas nos ensinam a
importância de uma resposta planejada e praticada e do treinamento de
socorristas.

1. PRINCIPAIS MUDANÇAS QUE AFETAM A TODOS OS SOCORRISTAS

As 05 maiores mudanças no manual de 2005 são:

• Recomendações para a melhora e ênfase na execução efetiva de


compressões no tórax;
• Uma única medida para a compressão-ventilação para todos os socorristas
quando sozinhos e todas as vítimas (exceto recém-nascidos);
• Recomendação de que toda a respiração no RCP deve ser dada acima de 01
segundo e produzir elevação visível do tórax;
• Novas recomendações de que, a cada choque, deve seguir imediatamente
RCP, sendo usada para atender desfibrilação em caso de FV PCS, a checagem
do pulso e ritmo só devem ser feitas após 02 minutos de execução de RCP;
• Respaldo a recomendação do ILCOR 2003 para o uso de DEA em crianças
de 01 a 08 anos (e mais velhas), usando uma redução da dose para crianças se
disponível.

Esta seção apresenta uma revisão destas principais mudanças. As


mudanças também são discutidas nas seções para o socorrista leigo e para o
socorrista profissional.

1.1. Ênfase em uma compressão do tórax eficiente

2005 (Nova): Compressões do tórax eficientes produzem fluxo no sangue durante


a RCP. O manual notou o seguinte sobre as compressões no RCP:

• Para realizar compressões eficientes os socorristas devem “comprimir com


força, comprimir rápido”. A compressão do tórax deve atingir taxas de 100
compressões por minuto.
• Permitir o retorno completo do tórax para a posição normal após cada
compressão e faça aproximadamente compressões e tempos de
relaxamento iguais;
• Tente limitar o tempo de interrupções nas compressões, toda vez que você
pára as compressões, o fluxo sanguíneo também pára.

2000 (Antiga): A importância na qualidade e taxa de compressões, a importância


no retorno completo do tórax e a necessidade de minimizar as interrupções não
eram enfatizadas.

Porque: Quando há PCS, não há fluxo de sangue. As compressões torácicas


criam um pequeno fluxo para os órgãos vitais, como o cérebro e miocárdio.
Quanto mais profundas, tanto melhor o fluxo. Compressões muito superficiais ou
muito lentas produzem fluxos muito baixos. A cada interrupção, este fluxo para, ao
reiniciar, as primeiras compressões não são tão efetivas. Quanto mais
interrupções ocorrerem, tanto pior serão as chances de recuperação da vítima.
Estudos em eventos reais de RCP mostraram que cerca de metade das
compressões feitas por profissionais são muito superficiais e as interrupções
registradas são muito freqüentes. As novas recomendações lembram aos
socorristas para executar compressões rápidas e profundas o suficiente. Elas
também lembram que se minimizem as interrupções.
Socorristas são ensinados a permitir um retorno completo do tórax à posição
normal após cada compressão, pois durante o retorno do tórax o sangue reenche
o do coração. Caso isto não seja feito, a próxima compressão produzirá menor
fluxo sanguíneo. Maiores informações sobre a compressão do tórax em adultos,
crianças e bebês estão na seção de Suporte Básico de Vida.

1.2. Uma única medida universal de compressão-ventilação para todos os


socorristas quando sozinhos

2005 (Nova): A AHA recomenda a medida de compressão-ventilação 30:2 para


todos os socorristas quando sozinhos para vítimas de todas as idades (exceto
recém-nascidos). Esta recomendação se aplica para todos os socorristas leigos e
profissionais quando executando o RCP sozinhos. Informações quando em 02
socorristas, uma técnica que normalmente não deve ser ensinada a leigos, está na
terceira seção: “Socorristas profissionais”.

2000 (Antiga): Para adultos medida de compressão-ventilação 15:2 era a


recomendada. Para bebês e crianças a medida recomendada era de 5:1.
Porque: Os especialistas quiseram simplificar a informação para que mais
socorristas pudessem aprender e gravar, desempenhado melhor o RCP. Também
garantindo que mais socorristas irão prestar séries mais longas de compressões
torácicas efetivas. Embora a pesquisa não tenha identificado uma proporção ideal,
quanto maior a proporção de compressões para ventilações, maior o número de
compressões que serão dadas em série, melhorando o fluxo de sangue para o
cérebro e coração. Durante os primeiros minutos de uma FV em uma PCS, a
ventilação é provavelmente menos importante do que as compressões torácicas.
No entanto a ventilação é muito importante para vítimas em parada cardíaca
hipóxica e depois dos primeiros minutos de uma parada cardíaca em FV. A
maioria das crianças e lactentes, as vítimas de afogamento, overdose de drogas e
trauma que desenvolvem PCS, o fazem devido a hipóxia. Estas vítimas têm
melhores chances se receberem tanto compressões torácicas quanto ventilações.
Desta forma, RCP somente com compressões torácicas não é recomendada
mesmo para leigos. Os especialistas concluíram que a combinação de
compressões e ventilação irá proporcionar as melhores chances de recuperação
para todas as vítimas.

Maiores informações veja RCP para leigos e Suporte Básico de Vida para
profissionais.

1.3. Recomendações para Ventilações de 01 segundo durante o RCP

2005 (Nova): Cada ventilação no RCP deve durar 1 segundo ou mais (Classe IIa).
Esta recomendação se aplica a todos os socorristas. Cada ventilação deve fazer o
tórax subir (socorristas devem ser capazes de ver o tórax subir). Todos os
socorristas devem prover o número de ventilações recomendadas. Todos os
socorristas devem evitar o emprego de mais ventilações do que o recomendado
ou ventilações muito compridas ou muito fortes.
2000 (Antiga): Muitos volumes diferentes de ventilações eram recomendados com
ou sem oxigênio. Ventilações deveriam ser empregadas em 1 segundo ou acima
de 1 e entre 2 segundos.

Porque: Durante o RCP o fluxo de sangue para os pulmões é muito menor do que
o normal, por isso a vítima necessita de menos ventilação do que o normal. De
fato, durante os ciclos de RCP, é importante reduzir o tempo usado para o
emprego das ventilações para reduzir a interrupção das compressões. Ventilações
durante o RCP aumentam a pressão do tórax. Esta pressão reduz a quantidade de
sangue que preenche o coração e por conseqüência reduz o fluxo de sangue
gerado pelas compressões no tórax. Por todas estas razões a hiperventilação
(ventilações ou volumosas demais) não é necessária e pode ser prejudicial, pois
causa redução do fluxo sanguíneo gerados pelas compressões. Alem disso, o
emprego de ventilações muito fortes ou muito volumosas pode causar problemas
gástricos e complicações posteriores.

1.4. Tentativa de Desfibrilação: 01 choque, após, RCP imediato

2005 (Nova): Quando realizar a desfibrilação, todos os socorristas devem


empregar 1 choque seguido imediatamente de RCP. Todos os socorristas devem
checar o ritmo da vítima após 2 minutos de RCP (5 ciclos). Assim que os DEAs
forem reprogramados pelos fabricantes eles devem permitir que o socorrista
cheque prontamente o ritmo a cada 2 minutos.

2000 (Antiga): Para tratamento de parada cardíaca com ritmo “chocáveis”,


socorristas devem empregar 3 choques sem qualquer execução de RCP entre os
choques. Socorristas devem checar o ritmo antes e depois do emprego do
choque.

Porque: A razão para este novo protocolo é baseada em 3 descobertas:

1. A análise do ritmo por DEAs comuns após cada choque resultam em demoras
de 37 segundos ou até mais antes do emprego do primeira compressão pós-
choque. Interrupções tão longas nas compressões podem ser prejudiciais (veja
informações acima e na figura 1).

2. Com a maioria dos desfibriladores atualmente disponíveis o 1° choque elimina


85% do FV na maioria das vezes. Em casos em que o 1° choque falha o RCP tem
conferido um maior valor do que um outro choque.

3. Mesmo quando um choque elimina o FV levam-se alguns minutos para que o


ritmo de um coração normal retorne e mais tempo ainda para este coração criar
um fluxo sangüíneo. Um pequeno período de compressões pode transportar o
oxigênio a fontes de energia para o coração. Aumentando as chances de o
coração ser capaz de bombear sangue após o choque. Não há evidências de que
compressões imediatamente após a desfibrilação possam provocar um novo FV.
Nós antecipamos que os fabricantes de DEAs irão reprogramar os DEAs para dar
suporte a estas recomendações. A AHA incentiva os fabricantes de DEAs a
desenvolver aparelhos que conseguem analisar o ritmo do coração da vítima sem
interromper as compressões do tórax.

1.5. DEA recomendado para crianças de 01 a 08 anos (reafirmação do ILCOR


2003)

2005 (Nova): DEAs são recomendados para crianças de 1 ano em diante. As


evidências são insuficientes para recomendar a favor ou contra o uso de DEAs em
bebês abaixo de 1 ano (Classe Indeterminada).
Para colapso súbito testemunhado em crianças, use o DEA assim que disponível.
Para parada cardíaca não testemunhada no ambiente fora do hospital use o DEA
após 5 ciclos de RCP. Idealmente o DEA deve provar (em estudos publicados)
que reconhece de forma precisa e confiável ritmos pediátricos “chocáveis” e ser
capaz de empregar uma dose para crianças. Muitos DEAs agora são equipados
para empregar pequenas doses através do uso de pequenas pás para crianças.
Se você esta executando o RCP em uma criança (mais velha do que 1 ano) e o
DEA disponível não possui pás compatíveis para crianças use um DEA regular
para adultos. NÃO use pás para crianças em vítimas adultas de parada cardíaca.

2000 (Antiga): Desde 2003 os DEAs são recomendados para parada cardíacas
em crianças de 1 a 8 anos.

Porque: Alguns DEAs tem demonstrado de forma bem precisa em reconhecer


ritmos pediátricos “chocáveis” e alguns são equipados para doses compatíveis em
crianças. Socorristas NÃO devem usar pás para crianças ou doses para crianças
em adultos com parada cardíaca, pois pequenas doses provavelmente não
desfibrilarão FV de adultos.

2. SOCORRISTA LEIGO

As principais mudanças no Manual de Atendimento de 2005 para a RCP do


socorrista leigo são as seguintes:

• Quando sozinho com um bebe ou uma criança sem resposta. Aplique 05


ciclos de compressão-ventilação (cerca de 02 minutos) antes de ir ligar para o
telefone de emergência (193 ou 192);
• Não tente abrir as vias aéreas usando a tração da mandíbula para vítimas de
trauma – use a elevação do queixo para todas as vítimas;
• Leve de 05 a 10 segundos (não mais que 10) para verificar se existe
respiração normal e falta de resposta em adultos ou presença ou ausência de
respiração em bebês e crianças sem resposta;
• Faça uma respiração normal (não profunda) antes de dar uma ventilação para
a vítima;
• Faça uma ventilação de 01 segundo, cada ventilação deve elevar o tórax;
• Se o tórax da vítima não se eleva na 1ª ventilação, faça a manobra
modificada antes de efetuar a segunda ventilação;
• Não cheque por sinais de circulação, logo após o emprego das duas
ventilações inicie imediatamente a compressão (e os ciclos de compressão-
ventilação);
• Não se deve ensinar a ventilação sem compressão (exceção: cursos para
socorristas pediátricos);
• Use a medida 30:2 para compressão-ventilação de todas as vítimas;
• Para crianças use 01 ou 02 mãos para executar a compressão do tórax e
comprima na linha do mamilo, para bebês comprima com 02 dedos no esterno,
logo abaixo da linha do mamilo;
• Quando utilizar um DEA, você executará 01 choque seguido imediatamente
do RCP, iniciando com compressões no tórax. Checagem do ritmo e pulso
somente a cada 02 minutos;
• Ações para sufocação (vias aéreas obstruídas) foram simplificadas;
• Novas informações de primeiros socorros foram desenvolvidas com maiores
informações, incluindo estabilização da cabeça e do pescoço para vítimas de
trauma.

Estas mudanças foram realizadas para simplificar o treinamento para o


leigo e aumentar o número de compressões ininterruptas empregadas em vítimas
de PCS. Maiores informações sobre estas mudanças você encontra abaixo. As
principais mudanças resumidas antes estão em destaque nesta seção em sua
integralidade.
O que NÃO mudou para leigos:

• Checagem por resposta;


• Localização da mão para compressão do tórax em adultos;
• Taxa de compressão;
• Profundidade da compressão para adultos, bebês e crianças ( apesar de que
agora as compressões para bebês e crianças não é mais dada em polegadas e
sim descrita somente como de ⅓ a ½ da profundidade do tórax);
• Idades recomendadas para bebês, crianças e adultos;
• Etapas para a retirada de corpo estranho na obstrução de vias aéreas para
bebês, crianças e adultos;
• Recomendações para primeiros socorros (pequena reformulação para
estabilização da cabeça e pescoço).
Tabela 1. Resumo do RCP para socorrista leigo (exceto p/ recém-nascido)
Adultos: 8 anos Crianças: 1 a 8 Bebês: abaixo de
Etapa/Ação
ou mais anos 1 ano
Vias Aéreas Abertura pelo mento (cabeça segura, abertura do queixo)
Respiração
2 respirações sendo 01 segundo/cada
Inicial
Batidas nas
Obstrução por Corpo
Pressão abdominal costas e pressão
Estranho
no tórax
Compressões
Logo abaixo da
Localização das
No centro do peito entre os mamilos linha dos
Compressões
mamilos
Método de
2 Mãos: 1 mão
Compressão –
2 Mãos: 1 mão fechada com a
“Comprima com força,
fechada com a outra por cima 02 dedos
comprima rápido,
outra por cima 1 Mão: uma mão
permita o retorno do
fechada
tórax”.
Profundidade da 4a5
De ½ a ⅓ da profundidade do tórax
compressão centímetros
Taxa de Compressão 100 compressões/min
Taxa de compressão-
30:2
ventilação
Desfibrilação
Use após 5 ciclos
Use pás para de RCP. Use pás Não é
adultos. Não de crianças se recomendado
DEA
use pás para disponível. Caso para bebês
crianças. contrário use pás abaixo de 1 ano.
para adultos.

2.1. RCP para bebês e crianças

2005 (Nova): Para bebês e crianças sem resposta o socorrista sozinho deve
executar 5 ciclos (2 min) de RCP, antes de acionar o telefone de emergência (193
ou 192) e para crianças utilizar o DEA.

2000 (Antiga): O socorrista leigo sozinho com bebe ou criança sem resposta era
ensinado a executar 1 min. de RCP antes de acionar o telefone de emergência.

Porque: Em bebês e crianças com parada cardíaca com hipoxia é a parada mais
comum. Os 5 ciclos de 30:2 compressões e ventilações em 2 min. de RCP irão
transportar algum oxigênio para o coração, cérebro e outro órgão vitais. Alguns
bebês e crianças podem responder a esta RCP inicial. Depois de 5 ciclos (2 min.
de RCP) o socorrista leigo sozinho deve deixar a criança e acionar o telefone de
emergência (193 ou 192).

2.2. Vias Aéreas e Respiração

Socorristas leigos não devem executar a tração da mandíbula.

2005 (Nova): O socorrista leigo deve usar a manobra de elevação do mento para
abrir as vias de todas as vítimas sem respostas, vítimas de trauma.

2000 (Antiga): O socorrista leigo era ensinado a fazer a tração da mandíbula para
vítimas de trauma.

Porque: É muito difícil de promover a abertura com a tração da mandíbula. Além


disso, todos os métodos para a abertura podem ocorrer movimentos em uma
vítima cervical traumatizada, por isso, a tração da mandíbula pode não ser tão
importante quanto a manobra de elevação do mento. O socorrista leigo deve ser
capaz de abrir as vias aéreas de uma vítima sem resposta. Para simplificar a
instrução e assegurar que o leigo consiga abrir as vias aéreas, deve ser ensinado
a manobra de elevação do mento.
Checar a respiração em adultos, crianças e bebês.

2005 (Nova): Se o socorrista leigo encontrar uma vítima adulta sem resposta, ele
deve abrir as vias aéreas em 5 a 10 segundos (não mais que isso) verificar se há
respiração normal. Se não há presença de respiração normal, o socorrista deve
executar 2 ventilações de resgate.

2000 (Antiga): O socorrista leigo deve checar presença ou ausência da respiração


normal em todas as vítimas.

Porque: Como verificado em 2000, vítimas adultas de PCS podem tossir nos
primeiros minutos de colapso e o socorrista leigo pode acreditar que a tosse da
vítima é a respiração. O socorrista deve tratar a tosse como falta da respiração.
Vítimas sem resposta que estejam tossindo estão provavelmente em PCS e
necessitam de RCP. Atendente do telefonema de Emergência tem reportado que
quando eles falam para os presentes junto à vítima para procurar por sinais de
respiração normal, a palavra normal auxilia os presentes a identificar de melhor
maneira a vítima adulta que precisa de RCP.
Por exemplo, quando atendentes do telefone de emergência, perguntam aos
presentes se a vítima esta respirando, os presentes dizem sim, mesmo se a vítima
esta somente tossindo. Se o atendente perguntar se a vítima esta respirando
normalmente, os presentes irão dizer NÃO e serão capazes de reconhecer que a
vítima precisa de RCP. É importante que socorristas leigos reconheçam quando a
RCP é necessária.
Tossir não ocorre com tanta freqüência em bebês e crianças com parada cardíaca
como em adultos. Crianças podem demonstrar respirações padrões como uma
respiração rápida ou um grunhido que não são normais mais é adequado. Por esta
razão, socorrista leigo em bebês e crianças não são ensinados a procurar por
respiração normal ou anormal, eles devem procurar por presença ou ausência de
respiração. Eles devem ser capazes de identificar e determinar em 10 segundos,
se os bebês e crianças estão respirando ou não.
Socorristas devem respirar normalmente antes de executar a respiração no RCP.

2005 (Nova): Todos os socorristas devem respirar normalmente (não uma


respiração profunda) antes de executar uma ventilação boca-a-boca ou boca-
aparelho.

2000 (Antiga): Socorrista eram instruídos a efetuar uma respiração profunda antes
de efetuar a ventilação boca-a-boca ou boca-aparelho.

Porque: Respirar profundamente antes de fazer a ventilação para RCP é


desnecessário. O socorrista deve ser capaz de efetuar uma ventilação que eleve o
tórax da vítima sem a necessidade de uma respiração profunda.
Ventilações no RCP devem ser executadas acima de 01 segundo.

2005 (Nova): Todos os socorrista devem efetuar a ventilação acima de um 1


segundo ou mais (com ou sem barreira de proteção).

2000 (Antiga): Os socorristas eram ensinados a realizarem ventilações acima de 1


segundo e entre 2 segundos.

Porque: Ventilações no RCP podem ser dadas em 1 segundo. Quanto mais curta
a ventilação mais rápido o socorrista pode reiniciar as compressões no tórax.
Ventilações longas podem reduzir o retorno do sangue para o coração por isso
reduz o reenchimento do coração com sangue, isto diminui o fluxo sanguíneo
produzido pelas compressões no tórax.
Reaplicar a abertura das vias aéreas se não houver passagem de ar na 1ª
respiração.

2005 (Nova): Quando os socorristas leigos executam as 2 ventilações, cada


ventilação deve inflar o tórax (isto é, o socorrista deve ser capaz de identificar o
tórax elevando). Se a 1ª ventilação não eleva o tórax, o socorrista deve executar
outra abertura do mento antes de realizar a segunda ventilação.

2000 (Antiga): Apesar de que era ensinado aos socorristas a efetuarem


ventilações que inflassem o tórax, socorristas leigos não eram ensinados sobre o
que fazer quando o tórax não inflasse.

Porque: O motivo desta mudança é dar instruções mais claras aos socorristas
leigos quando notarem que o tórax da vítima não inflou na primeira ventilação
dada. Ventilações no RCP são muito importantes para bebês e crianças sem
respiração porque elas normalmente não respiram antes de uma parada cardíaca.
O socorrista deve executar 2 ventilações eficientes (isto é,ventilações que elevem
o tórax). Sem o tórax não infla após a primeira ventilação, a execução da manobra
de elevação do mento deve ser feita novamente para abertura das vias aéreas. O
socorrista leigo não deve tentar mais do que duas vezes a execução de
ventilações que inflem o tórax, pois as compressões têm maior importância.

2.3. Simplificando o RCP para leigos

Os socorristas leigos não devem checar a circulação.

2005 (Nova): Após a execução das primeiras duas ventilações o socorrista leigo
deve iniciar imediatamente ciclos de 30 compressões por 2 ventilações. O
socorrista leigo deve continuar as compressões e as ventilações até a chegada de
um DEA, ou a vítima apresente movimentos ou a chegada de um profissional.

2000 (Antiga): Após a execução de 2 ventilações o socorrista leigo checava a


circulação (tosse, respiração ou movimento). Se não havia sinais de circulação o
socorrista era ensinado a iniciar as compressões. Socorristas leigos eram
instruídos a reavaliar por sinais de circulação a cada minuto.

Porque: Em 2000 a AHA parou de recomendar que socorristas leigos checassem


por pulso, porque estatísticas mostraram que socorristas leigos não conseguiam
fazer isso de forma confiável em apenas 10 seg. Socorristas leigos eram
instruídos para procurar por sinais de circulação. Não há evidencias que
socorristas leigos consigam acessar sinais de circulação precisamente, e por isto,
esta etapa atrasa a compressão do tórax. Socorristas leigos não devem checar
por sinais de circulação e não devem interromper as compressões para reavaliar
por sinais de circulações.

Nenhuma ventilação sem compressão.

2005 (Nova): Imediatamente após efetuar as duas primeiras ventilações, o


socorrista leigo deve iniciar ciclos de 30 compressões e 2 ventilações. O socorrista
leigo não deve ser ensinado a realizar ventilações sem compressões no tórax
(exceto os curso de primeiros socorros pediátricos).

2000 (Antiga): Após a execução das 2 ventilações o socorristas leigos checavam


por sinais de circulação (tosse, respiração e movimento). O socorrista leigo era
ensinado a efetuar ventilações sem compressões do tórax para vítimas com sinais
de circulação, mais sem respiração normal.

Porque: A eliminação da ventilação sem a compressão irá reduzir o numero de


habilidades em RCP que o socorrista leigo deve aprender, lembrar e executar.
Esta mudança também elimina a necessidade de maiores acessos à vítima após
as ventilações iniciais, reduzindo o tempo de demora antes da execução das
primeiras compressões.

Taxa de 30:2 de compressão – ventilação para todas as vítimas.


2005 (Nova): A AHA recomenda a taxa de compressão-ventilação em 30:2 para
todos os socorristas usarem em todas as vítimas de bebês (exceto recém-
nascidos) até adultos.

2000 (Antiga): RCP para adultos era recomendado uma taxa de 15:2. Para bebês
e crianças a taxa de compressão-ventilação no RCP era 5:1.

Porque: Os cientistas queriam simplificar as informações sobre RCP para que


mais pessoas pudessem aprender, lembrar e executar o RCP. Além disso, eles
queriam garantir que todos os socorristas empregassem séries mais longas de
compressões no tórax. Esta mudança deve aumentar o fluxo de sangue para o
coração, cérebro e órgãos vitais.

Simplificar instruções para RCP em bebês e crianças.

2005 (Nova): Socorristas podem usar 1 ou 2 mãos para efetuar compressões em


crianças. As compressões devem ser efetuadas no osso esterno logo na linha dos
mamilos. Para compressão em bebês, os socorristas devem fazê-la pressionando
o osso esterno logo abaixo da linha dos mamilos.

2000 (Antiga): Era recomendado o uso de uma mão acima da metade mais baixa
do osso esterno em uma criança e 1 dedo abaixo da linha dos mamilos para
bebês.

Porque: Socorristas e crianças vêm em diversos tamanhos. Para crianças o


socorrista deve usar 1 ou 2 mãos conforme a necessidade para comprimir o tórax
em ½ a ⅓ da profundidade do tórax. Se usar 2 mãos, a localização da mão é a
mesma que a usada para a compressão em adultos (a diferença é a profundidade
aplicada). Esta mudança foi feita para simplificar as instruções.

Aplicando choques com DEA: 01 choque seguido de RCP.

2005 (Nova): No uso de DEA, todos os socorristas devem aplicar um choque


seguido imediatamente do RCP. O RCP deve iniciar com compressões. Todos os
socorristas devem permitir que o DEA avalie o ritmo da vítima novamente após 5
ciclos (2 min) de RCP.

2000 (Antiga): Para o tratamento de PCS com um ritmo “chocável”, socorristas


deviam aplicar 3 choques antes de iniciar o RCP. Após os 3 choques, os
socorristas deviam executar o RCP por 1 minuto e então checar o ritmo da vítima.

Porque: Quando o DEA reavalia o ritmo após o choque, isto atrasa a execução
das compressões. A maioria dos novos desfibriladores elimina o FV com 1
choque, por isso o FV não irá estar presente imediatamente após a aplicação do
choque. Por isto é difícil justificar a interrupção das compressões na procura por
FV quando é mais provável que ele não esteja presente. Além disso, depois de o
choque eliminar o FV, a maioria dos corações não bombeia o sangue em um ritmo
normal alguns minutos após o choque. Compressões são necessárias durante
este tempo para fornecer o fluxo sanguíneo para o coração, cérebro e órgãos
vitais. Se o FV permanece após o 1° choque, as compressões iram levar oxigênio
para o coração. Isto fará com que o FV seja eliminado com maior probabilidade
pelo próximo choque.

Simplificar instruções para a retirada de corpo estranho obstruindo as vias aéreas.

2005 (Nova): A terminologia usada para separar vítimas engasgadas que


necessitavam de intervenção (pressão abdominal) daquelas que não precisam foi
simplificada para referir-se somente a obstrução das vias aéreas suave ou severa.
Socorristas devem agir se eles visualizarem três sinais de obstrução severa: troca
de ar pobre, aumento na dificuldade de respirar, uma tosse silenciosa, cianose ou
incapacidade de falar ou respirar. Socorristas devem fazer uma única pergunta:
“Você esta engasgado?” Se a vítima assentir que sim, ajuda é necessária. Outros
procedimentos para vítima engasgada não mudaram.

2000 (Antiga): Socorristas eram ensinados reconhecer obstrução parcial das vias
aéreas com boa troca de ar e com troca de ar pobre; e obstrução total das vias
aéreas. Socorristas eram ensinados a fazer 2 perguntas: “Você esta
engasgando?” e “Você consegue falar?”

Porque: A meta dessas revisões é a simplificação. O objetivo de usar obstrução


suave e severa é auxiliar o socorrista, a saber, quando deve agir. A eliminação de
1 questão simplifica a ação do socorrista leigo.

2.4 Primeiros Socorros

Este é o segundo manual de atendimento baseado em evidências para


primeiros socorros e o primeiro manual co-patrocinado pela American Heart
Association e American Red Cross (Cruz Vermelha Americana). Manuais de
primeiros socorros escrevem recomendações para avaliação e intervenção para
uso de pessoas que presenciem ou vítimas sem equipamentos médicos. Os
tópicos previstos neste manual de primeiros socorros são:

• Uso do oxigênio (novo em 2005);


• Uso de inaladores (novo em 2005);
• Uso de epinefrina alto-injetável;
• Crises Convulsivas (revisto em 2000 e 2005);
• Sangramento (revisto em 2000 e 2005);
• Ferimentos e abrasões (novo em 2005);
• Queimaduras térmicas e elétricas (revisto em 2000 e 2005);
• Trauma músculo esquelético (revisto em 2000 e 2005);
• Trauma dentário (novo em 2005);
• Mordida de cobras (novo em 2005);
• Emergências pelo frio, hipotermia e gangrena (novo em 2005);
• Envenenamento químico e ingerido (revisto em 2000 e 2005);
Em geral as recomendações feitas em 2000 foram confirmadas para 2005.
A única exceção foi a modificação da redação usada para estabilização da coluna
para vítimas traumatizadas e a posição de recuperação recomendada para vítimas
com possível trauma na coluna. As recomendações resumidas aqui destacam as
novas recomendações e não incluem aquelas que foram confirmadas no manual
em 2000.
Não há evidências suficientes para recomendar uso de oxigênio com
socorristas leigos.

2005 (Nova): As evidencias são insuficientes para recomendar a favor ou contra o


uso de oxigênio nos primeiros socorros.

Porque: O único estudo publicado sobre o uso de oxigênio envolve profissionais


de saúde. Não há evidencia sobre o uso de oxigênio nos primeiros socorros.
Recomenda-se o uso de inaladores para asma e epinefrina auto-injetável.

2005 (Nova): Quem faz os primeiros socorros pode auxiliar a vítima com asma
usando um inalador prescrito por um médico. O auxilio as vítimas com reações
alérgicas (choque anafilático) podem ser usado a epinefrina auto-injetável quando
prescrita. A administração de epinefrina pode ser realizada se a pessoa que faz os
primeiros socorros é treinada para isso, se a lei do estado permite (No Brasil não é
permitido), e a vítima é incapaz de administrá-la sozinho.

Porque: Mortes por asma estão aumentando, e drogas em inaladores podem


reduzir a dificuldade de respirar devido à asma. Epinefrina dada através da auto-
injeção pode diminuir os sinais e sintomas de uma má reação alérgica. É
improvável que inaladores para asma e epinefrina alto-injetável causem perigo a
alguém que esta com dificuldade de respirar devido à asma ou a uma reação
alérgica, e eles estarão prevenindo complicações que ameacem a vida.

Tratamento de feridas e abrasões.

2005 (Nova): Socorristas devem lavar os ferimentos e abrasões com água


corrente por 5 minutos ou mais. Devem-se lavar as feridas ou abrasões antes que
os ferimentos mostrem sinais de uma substância estranha. Se a água corrente
não esta disponível o socorrista pode usar qualquer fonte de água limpa. Se a
ferida é uma pequena abrasão ou é superficial o socorrista pode aplicar uma
pomada ou creme antibiótico.

Porque: Lavar em água corrente funciona bem para limpeza de feridas, prevenção
de infecções e auxilia na cura. Pequenas feridas superficiais aparentemente
curam melhor se tratadas com creme ou pomadas antibióticas.

Estabilizar a coluna para vítimas de trauma.


2005 (Nova): Socorristas devem usar estabilização manual para a coluna (isto é,
estabilização com as mãos ao invés de equipamentos) e devem evitar o uso de
aparelhos imobilizadores. Socorristas devem usar abertura do mento (cabeça
segura, abertura do queixo) para abertura das vias aéreas (veja as informações
acima).
Se você suspeitar de trauma na coluna o melhor é não mover a vítima. Se você
esta sozinho e precisa deixar uma vítima sem resposta para pedir ajuda, estenda
um dos braços da vítima sobre a sua cabeça. Então role o corpo da vítima para
este lado a fim de que a cabeça da vítima descanse sobre o braço estendido.
Dobre as pernas da vítima para estabilizá-la (classe IIb).

2000 (Antiga): Se o socorrista suspeitar que a vítima tem um trauma de coluna ele
era ensinado a imobilizar a cabeça o ombro e o tronco da vítima, e a usar a tração
de mandíbula para abertura das vias aéreas.

Porque: Aparelhos de imobilização podem interferir na abertura das vias aéreas, e


não há evidencias que socorristas leigos possam usá-los corretamente. Mesmo a
tração da mandíbula pode movimentar uma coluna traumatizada, por isso, não é
mais recomendada para socorristas leigos. A posição de recuperação descrita
acima pode suportar a cabeça e o pescoço, por isso, você só deve usá-la quando
precisar deixar a vítima com suspeita de trauma de coluna.

Tratamento para dentes soltos.

2005 (Nova): Se um dente esta solto, socorristas devem limpar o dente ainda
preso e usar pressão para controlar o sangramento. Socorristas devem manejar o
dente pela coroa (não pela raiz que estava nos chicletes) e deve colocar o dente
no leito e consultar o dentista da vítima.

Porque: Colocar o dente no leite auxilia na preservação do dente até que um


dentista possa reimplantá-lo. O socorrista não deve tentar recolocar o dente pois
isso pode causar ferimentos na vítima ou prejudicar o dente.

Tratamento de mordida de cobras.

2005 (Nova): Se o braço ou a perna de uma vítima é mordida por uma cobra da
família elapiDEA (coral), o socorrista deve envolver toda a extremidade com uma
bandagem elástica. A bandagem deve imobilizar a extremidade. Ela deve envolver
confortavelmente o bastante para permitir a passagem de um dedo entre a
bandagem e a pele. As evidencias são insuficientes para recomendar esta
bandagem para cobras que não sejam da família elapiDEA. O socorrista não deve
tentar colocar fazer qualquer tipo de sucção em uma mordida de cobra.

Porque: Uma bandagem envolvida de forma confortável em toda a extremidade do


membro tem mostrado reduções no veneno absorvido por uma mordida de cobra
da família elapiDEA. Nenhuma evidencia tem mostrado que a pressão de uma
bandagem reduz o veneno absorvido depois de uma mordida de cobras que não
sejam da família elapiDEA. Aplicação de sucção não trás benefício nenhum
podendo causar danos.

Tratamento de Emergências pelo frio.

2005 (Nova): Primeiros socorros para hipotermia incluem a remoção da vítima


para um ambiente aquecido, remoção da roupa molhada e envolver o corpo da
vítima com cobertores ou roupas. Reaquecimento ativo só deve ser usado quando
a vítima esta longe de um centro médico. A área gangrenada não deve ser
aquecida ativamente, se existe alguma chance de resfriamento, ou a vítima esta
próxima de um centro médico.

Porque: Poucas evidencias cientificas dão informações sobre primeiros socorros


para hipotermia e gangrena. As recomendações são baseadas em extrapolação
de estudos intra-hospitalar, experiência clinica e preocupação por uma possível
complicação de um reaquecimento rápido.

Tratamento por envenenamento.

2005 (Nova): Quando o envenenamento ocorre o socorrista deve ligar para um


centro de controle de envenenamento (No Brasil – Centros de toxicologia). Vítimas
não devem beber nada (inclusive leite e água) depois de ingerir um veneno.
Socorristas não devem dar a vítima cartão ativado ou xarope de Ipeca a menos
que o centro de controle de veneno indique a fazer. Socorristas devem escovar
venenos químicos para retirar da pele e então lavar a pele com grande quantidade
de água.

Porque: Nenhum estudo com humanos mostrou os benefícios da administração da


água ou o leito após o envenenamento, e eles podem aumentar o risco de
vômitos. Não há evidencias suficientes para recomendar o uso de carvão ativado
ou IPECA a menos que seja indicado pelo centro de controle de venenos.

3. SOCORRISTAS PROFISSIONAIS

Esta seção destaca as principais mudanças no manual de atendimento de 2005


que irão afetar os profissionais de saúde que fazem o Suporte Básico e Avançado
de Vida. Suporte Básico de Vida incluem suporte cardiovascular avançado de vida
(SCAV), suporte pediátrico avançado de vida (SPAV) e ressuscitação neonatal.
Esta seção inclui informações com bases cientificas sobre a avaliação de
evidencia e o processo de desenvolvimento do manual e maiores detalhes
científicos relacionados às mudanças. As principais mudanças que afetam a todos
os profissionais são destacadas na seção de Suporte Básico de Vida, com
maiores informações do que as fornecidas nas seções “principais mudanças“ e
socorrista leigo. Informações extras estão incluídas na seção de Suporte
Avançado de Vida.

3.1. O Processo
Avaliação Internacional de Evidências.

O Manual de Atendimento da AHA para RCP e ECC em 2005 foi baseado na


maior revisão de literatura de ressuscitação já publicada. O processo foi
organizado pela International Liaison Committe on Resuscitation (ILCOR) e
envolveu 380 peritos internacionais e m ressuscitação por um período de 36
meses. Os cientistas se encontraram para um debate final e discussão em Janeiro
de 2005 numa Conferencia internacional patrocinada pela AHA. Você pode ler os
trabalhos preparados como parte do processo de avaliação das evidencias no site
da AHA (www.C2005.org ). Este processo de avaliação de evidencias é descrito
na introdução do manual de 2005. Maiores detalhes podem ser encontrados no
editorial de Zaritsky e Morley que acompanha o resumo do ILCOR sobre a
avaliação das evidencias, publicado no suplemento de Novembro do jornal da
AHA, Circulation.

3.2. Referências

Classes de recomendações são listadas no manual para indicar a força da


recomendação. Estas classes .representam a integração da força das avaliações
de evidências com aplicação de fatores como a magnitude dos benefícios, a
utilidade ou eficácia, custo, desafios educacionais e de treinamento e as
dificuldades de implementação.
Para Classe I de recomendações, estudos prospectivos de alto nível dão
embasam a ação ou terapia, e o benefício da ação ou terapia ultrapassa
substancialmente o dano potencial. Para Classe IIa de recomendações o peso das
evidências embasam a ação ou terapia, sendo consideradas aceitáveis e úteis.
Recomendações geralmente classificadas como Classe IIb quando as evidências
documentam somente pequenos benefícios na terapia (ex: amiodarone para FV
sem pulso) ou quando resultados positivos documentados com pouco nível de
evidências.
Recomendações para Classe IIb recaem em 2 categorias: (1) opcional e (2)
recomendada por especialistas apesar da ausência de evidências de alto-nível.
Intervenções opcionais são identificadas com termos como “pode ser considerada”
ou “pode ser útil”. Intervenções que os especialistas acreditam que devem ser
realizadas são identificadas com termos como “é recomendado”.

3.3 Recomendações para atendentes do Telefone de Emergência

Treinamentos de RCP para os atendentes

2005 (Nova): Atendentes devem receber treinamento apropriado para fornecer


instruções de RCP por telefone (classe II.a). Atendentes devem auxiliar os
presentes junto a vítima a reconhecer que tosses ocasionais são prováveis em
vítimas em paradas cardíacas, para aumentar a probabilidade de vítimas com
parada cardíacas receberem o RCP (classe II.b). Quando o solicitante descreve a
vítima com possível FV PCS, é preferível que se de instruções por telefone para
iniciar somente compressões no tórax (classe II.b). Atendentes que fornecem
instruções por telefone para o solicitante junto à vítima em que esta esteja com
uma alta probabilidade de hipóxia (por asfixia) causadora da parada (ex. vítimas
afogadas) devem dar orientações para ventilação e compressão.

2000 (Antiga): O manual anterior recomendava treinamento formal aos atendentes


e uso do protocolo para fornecer instrução pré-chegada. Para simplificar eram
recomendadas ao atendente orientar somente a RCP (classe II.a) com requisição
de maiores avaliações.

Porque: Instruções de RCP pelos atendentes aumentam a probabilidade de um


RCP eficiente pelo solicitante. Apesar de compressões sozinhas serem efetivas
para vítimas com FV PCS, instruções para compressão e ventilação são
necessárias para vítimas com parada respiratória (asfixia). Quando atendentes
questionam o solicitante para determinar se uma parada cardíaca esta presente,
atendentes devem auxiliar o solicitante fazendo a distinção entre respiração
normal e tosse. Se uma vítima sem resposta esta tossindo, esta vítima deve ser
tratada como se houvesse uma parada cardíaca presente, e o solicitante deve ser
orientado a executar a RCP.

Atendentes devem recomendar o uso de Aspirina para Síndromes agudas da


coronária.

2005 (Nova): Atendentes e profissionais de SME devem ser treinados para


reconhecer sintomas de síndrome aguda da coronária. Atendentes devem orientar
pacientes sem histórico de alergia a aspirina ou sinais de um recente sangramento
gastrintestinal a mastigar uma aspirina (160 mg a 325 mg) em quanto aguarda a
chegada pela SME (classe II.a).

2000 (Antiga): Profissionais de SME (exceto atendentes) eram instruídos a dar


aspirina assim que possível a todos os pacientes com SAC (a menos que o
paciente tivesse alergia).

Porque: Administração de aspirina desde logo é associada a uma diminuição das


taxas de mortalidade em diversos estudos clínicos. Muitos estudos têm
demonstrado a segurança na administração da aspirina.

3.4. Recomendações para Serviços Médicos de Emergência (SME)

Melhorar o tempo de resposta quando possível

2005 (Nova): Sistemas SME devem avaliar os protocolos para pacientes de


parada cardíaca e tentar diminuir o seu tempo de resposta quando possível
(Classe I). Cada sistema SME deve mensurar a taxa de sobrevivência no
encaminhamento ao hospital para vítimas de paradas cardíacas e utilizar estas
mensurações para documentar o impacto das mudanças nos procedimentos
(Classe II.a).
2000 (Antiga): O manual recomendava metas para tempo-resposta e programas
de aumento de qualidade.

Porque: Todos sistemas SME devem desenvolver um processo de aumento de


qualidade contínuo. Este processo deve identificar atrasos no sistema de resposta
e reduzi-los quando possível.

Diretores Médicos SME podem recomendar o RCP antes do 1° choque.

2005 (Nova): Diretores médicos e sistemas SME devem considerar a


implementação de um protocolo que permita aos socorristas do SME a executar
cinco ciclos (2 minutos) de RCP. Antes de realizar a desfibrilação quando o
atendimento a resposta do sistema SME é menor do que 4 a 5 minutos.

2000 (Antiga): Socorristas de SME deveriam realizar desfibrilação o mais cedo


possível assim que a parada cardíaca era identificada.

Porque: Em dois de três estudos quando o tempo resposta do SME era de 4 a 5


minutos ou maior, um período de ½ a três minutos de RCP antes da desfibrilação
era associado a um aumento da sobrevivência. Para maiores informações veja
desfibrilação abaixo.

3.5 Suporte Básico de Vida pelos Socorristas profissionais

Muitas das recomendações para suporte básico de vida em 2005 foram


desenvolvidas para simplificar as recomendações do RCP (incluindo a eliminação
de diferentes técnicas para diferentes idades quando possível) aumentando o
numero e qualidade de compressões empregadas, e aumentando o numero de
compressões sem interrupções.

Uma taxa universal de compressão/ventilação de 30:2 é recomendada para


socorristas sozinhos com vítimas de todas idades (exceto recém-nascido). Esta
taxa de 30:2 também é aplicada para socorristas profissionais executando RCP
para adultos com dois socorristas até a chegada de uma via aérea avançada (Ex.:
tubo endotraqueal, tubo esôfago-traqueal, ou máscara para laringe). Assim que
uma via aérea avançada é colocada, os dois socorristas não devem mais proceder
a ciclos de RCP com pausa na compressão para executar as ventilações (veja
abaixo).
Antes que a via aérea avançada seja colocada, socorristas devem executar
5 ciclos de RCP depois de efetuado o choque e antes da próxima checagem de
ritmo.
Assim que a via aérea avançada esteja colocada, socorristas devem
executar aproximadamente 2 minutos de RCP depois de efetuar o choque e antes
da próxima checagem do ritmo.
Para dois socorristas atendendo bebês ou crianças (e para qualquer curso
como de guarda-vidas onde dois socorristas para crianças de bebês executem o
RCP) devem utilizar uma taxa de compressão-ventilação de 15:2 (veja abaixo).
Principais Mudanças em SBV para socorristas profissionais:

• As recomendações de RCP para socorristas profissionais para crianças agora


vão de vítimas de 1 ano até a puberdade.
• Socorristas sozinhos devem medir sua seqüência de ações para maioria dos
casos de paradas prováveis em vítimas de todas as idades.
“Ligue primeiro” e consiga um DEA e retorne para iniciar o RCP e use o
DEA para todos os adultos e qualquer criança com colapso súbito fora do hospital;
“RCP primeiro” (execute cerca de 5 ciclos ou dois minutos de RCP antes
da acionar o serviço de emergência) para bebês e crianças sem resposta (exceto
bebês e crianças com colapso súbito testemunhado) e para todas a vítimas com
provável hipoxia (asfixia) (Ex.: afogamento, trauma, overdose).
• Abertura da via aérea permanece uma prioridade para vítima de trauma sem
resposta com suspeita de lesão na coluna cervical; se a tração de mandíbula sem
a extensão da cabeça não fornece a abertura da via aérea, socorristas
profissionais devem usar a manobra do mento (cabeça segura, abertura do
queixo).
• Socorristas profissionais de suporte básico devem checar por respiração
adequada em adultos e presença ou ausência de respiração em bebês e crianças
antes de efetuar ventilações.
• Socorristas de suporte avançado irão procurar por respiração adequada em
vítimas de todas as idades e devem estar preparados para dar suporte com
oxigenação e ventilação.
• Socorristas profissionais podem necessitar tentar algumas vezes para reaver
a via aérea e efetuar ventilações efetivas (isto é, ventilações que produzam a
elevação do tórax) para bebês e crianças.
• Ventilação excessiva (muitas ventilações por minuto ou ventilações muito
longas ou muito fortes) podem ser prejudiciais e não devem ser executadas.
• Compressões no tórax são recomendadas se o batimento do coração de
bebês e crianças for menor do que 60 por minuto com sinais de pobre perfusão
apesar de adequada oxigenação e ventilação. Esta recomendação já fazia parte
do manual de 2000, mas não era enfatizada nos cursos. Agora passará a merecer
melhor ênfase.
• Socorristas devem promover compressões em uma taxa e profundidade
adequada e permitir o retorno do tórax com mínimo de interrupções nas
compressões.
• Use uma ou duas mãos para efetuar as compressões em uma criança.
Pressione no externo na linha dos mamilos. Para bebês, pressione o externo logo
abaixo da linha dos mamilos.
• Durante o RCP em crianças com 2 socorristas a técnica dos dois polegares
abraçados devem incluir uma compressão do tórax.
• Socorristas profissionais devem usar uma taxa de compressão-ventilação de
30:2 quando em um socorrista para vítimas de todas as idades e para adultos
quando em 2 socorristas. Socorristas profissionais devem usar uma taxa de 15:2
quando em 2 socorristas quando para bebês e crianças.
• Durante o RCP com 2 socorristas com uma via aérea avançada, os
socorristas não devem mais prover ciclos de compressão com pausas para a
ventilação. Quem faz as compressões deve executar compressões continuas e
quem ventila deve prover de 8 a 10 ventilações por minuto (1 ventilação a cada 6
a 8 segundos).
• Quando 2 ou mais socorristas estão presentes durante o RCP eles devem
trocar de posição a cada 2 minutos. Ações para FBAO alívio foram simplificados.

O que NÃO mudou:

• Checagem por resposta;


• Checagem do pulso;
• Ventilação do RCP sem compressão;
• Localização das mãos e dos dedos na compressão do tórax;
• Taxa de compressão;
• Profundidade da compressão para adultos, crianças e bebês (note que a medida
para crianças e bebês agora é dada como ⅓ a ½ da profundidade total e não mais
em polegadas);
• Limites de idade para bebês.

As medidas para crianças vão de 1 ano até a puberdade quando o socorrista é


profissional.

2005 (Nova): O manual de RCP para socorristas profissionais com crianças aplica-
se a vítimas acima de 1 ano até a idade de adolescência ou puberdade (entre 12 a
14 anos) a ser definida pela presença de características secundarias (Ex.: seios
desenvolvidos em garotas e pêlo na axila para garotos).
Hospitais (particularmente hospitais de crianças) ou unidades pediátricas em
tratamento intensivo podem escolher em estender o uso do manual de PALS para
pacientes pediátricos de todas as idades (geralmente acima de 16 a 18 anos) do
que usar a puberdade como limite para aplicação do PALS X manual do ASLS.
Socorristas profissionais freqüentemente ensinam leigos em suas
comunidades. Estes socorristas devem estar atentos que o RCP para crianças
para leigos aplica-se entre 1 a 8 anos (acima de 15 kg ou acima de 17 cm de
altura).
Manual de RCP para leigos com adultos aplica-se a vítimas acima de 8 anos
de idade.

2000 (Antiga): O manual de RCP para crianças aplicava-se a vítimas de 1 a 8


anos.

Porque: Não há nenhuma característica anatômica ou fisiológica que distingue


uma vitima criança de uma vitima adulta e nenhuma evidencia cientifica que
identifica uma idade precisa para iniciar técnicas de RCP em adultos que em
crianças. As delineações de idade para o socorrista leigo permanecem como
recomendada em 2000 para facilitar o ensino do RCP e o uso do DEA com pás
para crianças ou com sistema atenuador de dose (vítimas de 1 a 8 anos).
Socorristas profissionais continuarão a usar como idade limite 8 anos para o uso
das pás do sistema atenuador do DEA. Entretanto, devido a hipoxia (asfixia)
permanece sendo a causa mais comum de parada cardíaca para crianças até a
adolescência, socorristas profissionais devem aplicar um RCP para crianças e sua
seqüência (RCP e compressão e ventilação de 15:2 quando em 2 socorristas)
para vítimas de 1 até a puberdade.

3.6 O profissional deve seguir a seqüência quando atender fora do hospital

2005 (Nova): Em geral o socorrista sozinho irá ligar primeiro (e conseguir um DEA
se disponível e prover RCP e usar o DEA) para um adulto sem resposta. Em geral
o socorrista sozinho irá executar o RCP primeiro (e irá acionar o serviço de
emergência após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP) para uma criança ou bebê sem
resposta. A seqüência de ações de socorro, entretanto, devem ser medidas
conforme o tipo de parada mais provável. Se a vítima de qualquer idade tem um
colapso súbito testemunhado, o colapso é mais provável que tenha origem
cardíaca e o socorrista deve acionar o serviço de emergência conseguir um DEA
(quando disponível) e retornar à vitima para prover RCP e usar o DEA quando
apropriado (veja a desfibrilação abaixo). O DEA deve ser usado assim que
possível para vítimas de colapso súbito (veja a caixa de texto). Se a vítima de
qualquer idade teve uma provável hipoxia (asfixia) como afogamento o socorrista
sozinho deve prover 5 ciclos ou 2 minutos de RCP antes de deixar a vítima para
acionar o serviço de emergência e procurar um DEA 2000.

2000 (Antiga): As medidas para resposta do socorrista para as causas prováveis


de parada era mencionada no manual de 2000, mas não era enfatizada no
treinamento.

Porque: O colapso súbito em uma vitima de qualquer idade provavelmente tem


origem cardíaca e desfibrilação desde logo é necessária juntamente com o RCP.
Vítimas de hipoxia (asfixia) necessitam de RCP imediato incluindo ventilações e
compressões antes do socorrista deixar a vitima para telefonar por ajuda e
conseguir um DEA.
Realizando a abertura das Vias aéreas e estabilizando a espinha da vítima de
trauma.

2005 (Nova): O socorrista deve usar a manobra do mento para abrir as vias
aéreas de uma vitima traumatizada a menos que exista uma suspeita de lesão na
coluna cervical. Se existe suspeita de lesão na coluna cervical o socorrista deve
utilizar para abertura das vias aéreas a tração de mandíbula sem a extensão de
cabeça (classe II.b). Se esta manobra não fornece uma abertura das vias aéreas o
socorrista deve usar a manobra do mento, pois a abertura das vias aéreas é uma
prioridade para vítimas de trauma sem resposta Classe I.
Socorristas devem estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço do que usar
aparelhos de imobilização durante o RCP para vítimas com suspeita de trauma na
coluna (Classe II.b)

2000 (Antiga): A tração de mandíbula sem a extensão da cabeça era ensinado


para socorrista leigo e profissional.
Porque: A tração de mandíbula era uma manobra difícil de aprender e executar;
de fato, em muitos manequins é impossível de executar. A tração de mandíbula
pode não ser efetiva na abertura de vias aéreas e pode causar movimento na
coluna. Abertura das vias aéreas é uma prioridade quando a vítima de trauma esta
sem resposta. Socorristas tratando uma vitima com suspeita de lesão cervical
devem atender para abertura das vias aéreas com a tração de mandíbula mas se
não é possível abertura com a tração de mandíbula o socorrista deve usar a
manobra do mento (cabeça segura – abertura de queixo). Estabilização manual é
preferível do que a aplicação de aparelho de imobilização durante o RCP para
vítimas com trauma de cabeça e pescoço, pois a imobilização pode interferir na
eficiência do RCP. Se um segundo socorrista está presente este deve
manualmente estabilizar a cabeça e o pescoço durante o RCP.
Checando por respiração adequada em adultos e presença ou ausência de
respiração em bebês e crianças.

2005 (Nova): O socorrista de SVA deve checar por respiração adequada (leigos
devem checar por respiração normal) em vítimas adultas. Se respiração adequada
não está presente o socorrista deve aplicar 2 ventilações. O socorrista deve
checar por presença ou ausência de respiração em bebês ou crianças e fornecer 2
ventilações de o bebê ou a criança não está respirando.
Socorristas SAV devem avaliar por respiração adequada em vitimas de todas as
idades (incluindo bebês e crianças) e devem estar preparados para dar suporte de
oxigenação e ventilação.

2000 (Antiga): Os socorristas checavam por respiração adequada em vitimas de


todas as idades.

Porque: Em geral o socorrista de SBV deve estar preparado para administrar


ventilações se a vitima não esta respirando adequadamente. Socorristas não
devem esperar para efetuar as ventilações até que ocorra uma parada respiratória
em um adulto. Crianças podem demonstrar padrões de respiração, como uma
respiração rápida ou um “grunhido”, as quais são adequadas, mas não são
normais.
Os peritos em pediatria verificaram que a avaliação de respiração adequada em
bebês ou crianças é uma habilidade desafiadora que é mais consistente com
socorristas de suporte avançado.

Tentativas para dar 2 ventilações eficientes em crianças e bebês.

2005 (Nova): Socorristas devem tentar algumas vezes o emprego de 2 ventilações


eficientes (ventilações que elevem o tórax) em bebes e crianças.

2000 (Antiga): Socorristas eram ensinados a mover a cabeça da criança em uma


variedade de posições até a obtenção de uma boa abertura de vias aéreas e
ventilações eficientes.
Porque: O mecanismo mais comum de paradas cardíacas em bebes e crianças é
a asfixia, por isto é provável que a criança em parada cardíaca esteja hipoxia ou
hipercarbic. Socorristas devem ser capazes de produzir ventilações eficientes (isto
é, ventilações que levem o tórax). Não se espera que o socorrista tente
indefinidamente, mas deve tentar algumas vezes se necessário o emprego de
ventilações eficientes.

Efetuando ventilações sem compressão do tórax.

2005 (Nova): Se a vitima sem resposta não está respirando, mas tem pulso, o
socorrista deve efetuar ventilações sem compressão. O socorrista irá empregar de
10 a 12 ventilações por minuto para adulto (aproximadamente 1 ventilação a cada
5 a 6 segundos) e 12 a 20 ventilações por minuto para crianças e bebes
compressão. O socorrista irá empregar de 10 a 12 ventilações por minuto para
adulto (aproximadamente 1 ventilação a cada 3 a 5 segundos).

2000 (Antiga): Socorristas deveriam efetuar 10 a 12 ventilações por minuto em


adultos e 20 ventilações por minuto para bebes e crianças.

Porque: A flexibilidade da taxa de ventilação aceitável para bebes e crianças irá


permitir ao socorrista prover uma medida mais correta ao paciente. Socorristas
profissionais podem auxiliar socorristas leigos em prover RCP na sua comunidade.
Socorristas profissionais devem estar atentos de que não é ensinado ao leigo a
checar por sinais de pulso e circulação. Conseqüentemente não é ensinado aos
leigos o emprego de ventilações sem compressão.

Efetuando ventilações com compressões do tórax.

2005 (Nova): Todos os socorristas devem efetuar ventilações durante o RCP (por
via boca-a-boca, boca-aparelho, boca-máscara ou por vias aéreas avançadas com
ou sem oxigênio suplementar) acima de 1 segundo (classe II.a). O volume de cada
ventilação deve ser suficiente para produzir elevação visível do tórax (classe II.a).
Socorristas devem evitar o emprego de mais ventilações que o recomendado ou
ventilações que sejam muito longas ou muito fortes.
É impossível estimar o volume entregue durante uma ventilação, entretanto,
uma ventilação em adulto com bolsa (volume de 1 a 2 litros) é necessária para
entregar o volume suficiente para produzir elevação visível do tórax em adulto. O
socorrista precisa comprimir na bolsa de 1 litro aproximadamente metade e na
bolsa de 2 litros aproximadamente 1/3 quando aplicando ventilações em vítima
adulta, sendo que este volume deve produzir a elevação visível do tórax. O
manual de 2005 recomenda que os manequins sejam configurados para que uma
elevação de tórax visível ocorra em um volume de aproximadamente 500 ml a 600
ml.

2000 (Antiga): Vários volumes eram recomendados e os socorristas eram


ensinados a aplicar a ventilação por 1 a 2 segundos. O volume recomendado para
ventilações em adultos era de aproximadamente 700 ml a 1000 ml.
Porque: Menos ventilação que a normal é necessário durante o RCP. O manual da
AHA em 2005 fez as seguintes considerações na aplicação de ventilações:

• Oxigênio entregue é o produto do oxigênio contido em sangue arterial e


bombeado pelo o coração (fluxo sanguíneo). Durante os primeiros minutos de
RCP em fibrilação ventricular em parada cardíaca, o oxigênio contido no sangue
inicialmente permanece adequado; o oxigênio entregue aos órgãos vitais é
limitado reduzido pelo fluxo sanguíneo (bombeamento do coração). Por isso,
imediatamente após com FV de parada cardíaca, ventilações (que podem
aumentar o oxigênio contido no sangue) não são tão importantes como
compressões eficientes que criam o fluxo sanguíneo. O socorrista deve provir
compressões efetivas para otimizar o fluxo sanguíneo e, com o resultado, entregar
oxigênio aos órgãos vitais incluindo o cérebro e o coração.
• A relação entre (volume de ventilações dentro da taxa) e o fluxo sanguíneo
para os pulmões é chamada de ventilação–taxa de perfusão. Para maior
oxigenação do sangue e eliminação do dióxido de carbono, a ventilação deve se
equiparar a perfusão. Durante o RCP o fluxo sanguíneo para os pulmões é
aproximadamente 25% a 33% do normal, por isto menos ventilações (poucas
respirações em menor volume) é necessário para prover oxigênio e eliminar
dióxido de carbono durante a parada cardíaca do que quando a vitima tem um
ritmo de perfusão com batimento cardíaco normal ou quase-normal e fluxo
sanguíneo normal para os pulmões.
• Hiperventilação (muitas ventilações ou muito volumosas) durante o RCP não
é necessária e pode ser prejudicial por inúmeras razões. A pressão positiva no
tórax criada pelas ventilações irão diminuir o retorno do sangue venoso ao
coração. Isto limita o reenchimento do coração, pis irá reduzir o bombeamento
cardíaco criado pelas compressões subseqüentes.

Ventilações com um grande volume e muito fortes em uma via aérea


desprotegida pode causar distensão gástrica e complicações.
Quando aplicando ventilações, socorristas devem empregar ventilações de 1
segundo com um volume suficiente para produzir elevação visível do tórax. Para
informações adicionais veja “RCP com vias aéreas avançadas”, abaixo.

É recomendada compressão do tórax para bradicardia sintomática em crianças e


bebês.

2005 (Nova): Se apesar de oxigenação e ventilação (ou emprego de 2 ventilações


para vitimas sem resposta) a taxa de batimentos para bebes e criança é <60 bpm
com sinais de perfusão sistêmica pobre, o socorrista deve iniciar as compressões
no tórax.

2000 (Antiga): Estas mesmas recomendações eram encontradas no manual de


2000, entretanto, ela não era incorporada no treinamento de Suporte Básico de
Vida.
Porque: Bradicardia é um ritmo terminal comum observado em bebes e crianças.
O socorrista não deve esperar pelo desenvolvimento de uma parada para iniciar
compressões para bebes que não melhorou com o suporte de oxigênio e
ventilações.

Ênfase na compressão do tórax com profundidade e proporção (c/min), retorno


completo do tórax e poucas interrupções.

2005 (Nova): Compressões do tórax eficientes são essenciais para prover fluxo
sangüíneo durante o RCP (Classe I). Os guias 2005 enfatizam que o socorrista
deve “comprimir forte, comprimir rápido, e permitir o retorno do tórax após cada
compressão”. A compressão no tórax mais efetiva é a produzida se o socorrista
comprime forte, rápido numa taxa de 100/min (Classe IIa) permite retorno
completo do tórax depois de cada compressão (Classe IIb), e minimizar as
interrupções das compressões.
O socorrista não deve interromper as compressões o máximo passivo e deve
limitar as interrupções para não mais ao que 10 segundos por vez exceto para
intervenções específicas como inserção de vias aéreas avançadas ou uso do
desfibrilador (Classe IIa). Interrupções para ventilação ou checagem de pulso
devem levar menos de 10 segundos.

2000 (Antiga): As recomendações para profundidade e taxa das compressões


eram as mesmas menos ênfase era dada para a necessidade de uma
profundidade adequada para as compressões, retorno completo do tórax, e
minimização das interrupções nas compressões do tórax.

Porque: Para serem eficientes as compressões devem prover o fluxo sangüíneo


adequado para o coração. (o fluxo sangüíneo da artéria coronária) e cérebro (fluxo
sangüíneo cerebral). Um fluxo sangüíneo eficiente está relacionado com a taxa e a
profundidade das compressões ainda assim, estudos da RCP feitos por
socorristas mostram que ½ das compressões do tórax eram pouco intensas, e
nenhuma compressão era realizada durante 24% a 49% do tempo da RCP.

Permitindo o retorno completo do tórax após cada compressão permite o


sangue retornar ao coração para reencher o coração. Se o tórax não
retorna/reexpande, existirá menos sangue venoso retornando ao coração e o
enchimento do coração é reduzido. Como resultado, o bombeamento do coração
pelas compressões subseqüentes será reduzido.
Quando as compressões são interrompidas, o fluxo sangüíneo para e a
pressão da perfusão da artéria coronária rapidamente cai quanto menos a pressão
da perfusão da artéria coronária menor é a chance da vítima sobreviver. Quando
os socorristas estão realizando ciclos de compressões e ventilações as mais
eficientes possíveis (isto é, realizar 2 ventilações em menos de 10 segundos) para
minimizar as interrupção das compressões do tórax.

Socorristas devem trocar quem comprime a cada 2 minutos.


2005 (Nova): Quando mais de 1 socorrista está presente, deve -se mudar quem
comprime a cada 2 min ou 5 ciclos de RCP (1 ciclo de RCP igual 30 compressões
e 2 ventilações). Os socorristas devem tentar fazer a troca em 5 segundo ou
menos (Classe IIb). Para informações sobre RCP com 2 socorristas quando uma
via aérea avançada é colocada, veja “RCP com via aérea avançada”, abaixo.

2000 (Antiga): Quando o primeiro socorrista demonstrar cansaço ao realizar as


compressões, os socorristas devem trocar de posição com o mínimo de
interrupção nas compressões.

Porque: Em estudos em manequins a fadiga do socorrista tem demonstrado taxa


de compressão inadequada e profundidade e retorno do tórax inadequado,
desenvolvendo isto em menos de 1 a 2 min. Entretanto os socorristas não
reportam sentir fadiga por 5 minutos ou mais. Em estudos em ressuscitações reais
por socorristas profissionais, 50% das compressões do tórax não foram profundas
o suficiente. Será mais fácil a compressão pelos socorristas da responsabilidade
da alternância de quem comprime ao dar importância a uma compressão do tórax
eficiente.

Socorristas podem usar 1 ou 2 mãos para a compressão na linha dos mamilos em


crianças.

2005 (Nova): Para compressões em crianças o socorrista devem usar a palma de


1 ou 2 mãos para comprimir a metade mais baixo do esterno à uma profundidade
de 1/3 e ½ do diâmetro de tórax. Se 02 mãos será usada a localização da mão é a
mesma usada para a compressão de vitimas adultas (a profundidade será
diferente) socorristas devem comprimir na linha do mamilo.

2000 (Antiga): Em crianças (maiores do que 1 ano) as compressões eram


realizadas com a palma de 1 mão.

Porque: Crianças assim como socorristas são encontrados em todos os tamanhos.


Socorristas devem usar a técnica que será capaz de fornecer compressões
eficientes. Um estudo em manequim adulto mostrou que alguns socorristas
executam de forma melhor as compressões usamos a técnica adulta de 2 mãos.

Aprimoramento das instruções para compressão em bebês com 2 socorristas.

2005 (Nova): Os socorristas devem usar a técnica dos 2 polegares sobre o


esterno para RCP com 2 socorristas em bebes. Com está técnica, os socorristas
realizam compressões fortes o suficiente no esterno com os polegares enquanto
usam os dedos “espremer” o tórax (Classe IIa).

2000 (Antiga): A técnica dos 2 polegares era a técnica mais usada em RCP com 2
socorrista em bebes. Compressão simultânea na parede do tórax com os dedos
não era descrita.
Porque: Há evidencias adicionais de que a técnica dos 2 polegares produz maior
pressão da perfusão da artéria coronária. Há também resultados mais
consistentes com profundidade e força mais apropriada da compressão, isso pode
gerar maior pressão sangüínea sistólica e diastólica. Assim como em adultos,
permite que o tórax se reexpanda completamente após cada compressão
permitindo o retorno adequado do sangue venoso ao coração e adequado re-
enchimento do coração.

Taxa de compressão-ventilação para crianças e bebês.

2005 (Nova): Socorristas sozinhos devem usar a taxa de 30:2 na ventilação-


compressão para bebes crianças e adultos. (Classe Indeterminada para bebes e
crianças, Classe II e para adultos). Na execução da RCP com 2 socorristas (ex:
todos os profissionais de saúde e aquele com curso de socorro como guarda-
vidas) deve-se usar uma taxa de 15:2 para bebes e crianças (1 ano até a
puberdade). Para informações sobre RCP com vias aéreas avançadas colocada,
veja abaixo.

2000 (Antiga): Uma taxa de ventilação-compressão de 15:2 para adultos e 5:1


para bebes e crianças era recomendado.

Porque: Este material foi feito para simplificar o treinamento do socorrista leigo e
reduzir as interrupções nas compressões para todos os socorristas. Socorristas
profissionais devem ser capazes de lembrar e uma taxa diferentes de
compressão-ventilação com 1 ou 2 socorristas para bebes e crianças. A taxa
compressão ventilação de 15:2 com 2 socorristas para bebes e crianças irá
fornecer ventilação adicional que ele provavelmente precisam. Socorrista deve
minimizar as interrupções nas compressões durante a realização das ventilações.
RCP com 2 socorristas e vítima com vias aéreas avançada.

2005 (Nova): Socorristas devem empregar ciclos de compressão e ventilação


durante p RCP quando não há via aérea avançada (ex: tubo endotraqueal,
máscara laringenea ou combitube) colocado. Assim que vias aéreas avançadas
são colocadas para bebes, crianças ou vitimas adultas, sendo 2 socorristas, não
se emprega mais os ciclos de compressão interrompidas com pausas de
ventilação. O socorrista que aplica as ventilações deve empregar de 8 a 10
ventilações por minuto para bebes, crianças ou vitimas adultas e deve ter o
cuidado de evitar a aplicação excessiva de ventilações. Uma taxa de ventilação
de 8 a 10 ventilações pó minuto será o equivalente a aplicação de 1 ventilação a
cada 6 a 8 segundos.

2000 (Antiga): Manuais antigos davam compressões e ventilações


desincronizados (compressões e ventilações não ritmados uma com a outra)
durante o RCP quando a via aérea avançada estava colocada. Uma taxa de
ventilação de 12 a 15 por minuto era recomendada para adulto durante o RCP
com uma via aérea avançada. Socorristas ensinados ao reavaliar os sinais de
circulação e cada “poucos minutos”. As recomendações para evitar
hiperventilação se focaram na prevenção da distensão gástrica.

Porque: Assim que uma via aérea avançada é colocada, ventilação pode ser
realizada durante as compressões, assim, socorristas não precisam mais parar as
compressões para permitir o emprego de ventilações. Isto permite ao socorrista
compressões executar compressões ininterruptas. Assim que uma via aérea é
colocada socorristas devem especialmente tomar cuidado em evitar o entrega de
um numero excessivo de ventilações. Muitos estudos de RCP na pratica por
socorristas profissionais mostraram que muitas vítimas recebiam ventilações
demais ou ventilações volumosas, ou ambas. Socorrista devem praticar o
emprego correto do numero de ventilações durante o RCP.
Durante o RCP uma taxa mais baixa do que o de respiração normal ira
manter a oxigenação adequada e a eliminação de dióxido de carbono porque o
fluxo sanguíneo para os pulmões é muito mais baixo do que o normal. Socorristas
devem evitar hiperventilação, pois causa um aumento de pressão intratoráxica,
interferindo no retorno do sangue venoso ao coração (por isso previne o
reenchimento adequado do coração) e por este motivo diminui o sangue
bombeado pelo coração gerado por compressões subseqüentes.
Dinamizar ações para retirada de corpo estranho obstruindo as vias aéreas.

2005 (Nova): Termos usados para distinguir vitimas engasgadas que precisam de
intervenção (ex. pressão no tórax) para aquelas que não precisam foram
simplificadas para se referir somente os sinais de obstrução suave e severa das
vias aéreas, troca de ar pobre, aumento na dificuldade de respirar, uma tosse
silenciosa, cianose ou incapacidade de falar ou respirar. Socorristas devem
perguntar 1 questão: Você está engasgado? Se a vitima assente que sim, a ajuda
é necessária.
Se a vitima se torna sem resposta todos os socorristas são instruídos a acionar o
telefone de emergência no tempo apropriado e executar o RCP. Existe uma
diferença do manual de 2000: toda vez que os socorristas abrem as vias aéreas
(com a abertura do mento) para empregar ventilação, o socorrista deve procurar
dentro da boca e remover o objeto se for possível vê-lo. O levantamento da língua
mandíbula não é mais ensinado e varredura com o dedo cego não deve mais ser
executado.

2000 (Antiga): Socorristas eram ensinados e reconhecer obstrução parcial com


boa troca de ar e obstrução parcial com troca de ar pobre e obstrução total de vias
aéreas socorristas eram ensinados a fazer 02 perguntas as vítimas: “Você está
engasgado?” (A vítima que precisa de ajuda deve assentir que sim) e “Você pode
falar?” (a vítima deve assentir com a cabeça que não). No tratamento de vítima
sem resposta com vias aéreas obstruídas por corpo estranho, os socorristas eram
ensinados uma seqüência complicada que inclua pressões abdominais.

Porque: A meta desta revisão é a simplificação. Peritos não encontraram


evidência de que uma seqüência complicada de manobras é mais eficiente do que
o simples RCP. Alguns estudos mostraram que compressões no torax realizados
durante o RCP aumenta a pressão intratoráxica tanto ou quanto as pressões
abdominais. Varredura com dedo cego podem resultar em ferimento na boca e na
garganta na vítima ou no dedo do socorrista não havendo evidencias de
objetividade.

TABELA 2. Resumo de RCP para leigos e profissionais de saúde.


ADULTO CRIANÇA
Leigo: ≥ 8 anos Leigo: 1 a 8 anos BEBÊS
MANOBRA
Pro: Adolescente ou Pro: 1 ano a Abaixo de 1 ano
mais velho adolescente
Acionar quando
encontrar vítima sem
Acionar após executar 5 ciclos de
ACIONAMENTO resposta.
RCP.
Número de PRO: Se for parada
Para vítima de colapso súbito acionar
Emergência (193) respiratória acionar
após verificar que está sem resposta.
após 5 ciclos ( 2
min)
Abertura pelo mento (cabeça segura, elevação do mento)
VIAS AEREAS
(PRO: se vítima de trauma, use tração da mandíbula)
RESPIRAÇÕES 2 respirações com 2 respirações eficientes com duração
Incial duração de 1 seg de 1 segundo cada
10 a 12 resp./min
12 a 20 resp./min
PRO: Respirações (cerca de 1 resp. a
(cerca de 1 resp. a cada 3 a 5
sem compressões cada 5 a 6
segundos)
segundos)
PRO: Respirações
com vias aéreas 8 a 10 respirações/min (cerca de 1 a cada 6 a 8 segundos)
definitivas
Batidas nas
Obstrução de Vias
Pressão Abdominal costas e
Aéreas
pressão no tórax
CIRCULAÇÃO
Carótida Braquial ou
PRO: Checar o
(PRO: podem usar a femural em crianças) femural
pulso (≤ 10 seg)
COMPRESSÕES
Logo abaixo da
Localização das
No centro do peito entre os mamilos linha dos
Compressões
mamilos
2 Mãos: 1 mão
2 Mãos: 1 mão fechada com a
Método das
fechada com a outra outra por cima 02 dedos
Compressões
por cima 1 Mão: uma mão
fechada
Profundidade das
4 a 5 centímetros De ½ a ⅓ da profundidade do tórax
Compressões
Taxa de 100 compressões/min
Compressão
Taxa de
30:2 30:2 (1 Socorrista)
Compressão-
(1 ou 2 Socorristas) 15:2 (PRO: 2 socorristas)
Ventilação
DESFIBRILAÇÃO
Use pás para
Use após 5 ciclos
adultos. Não use pás
de RCP. Use pás
para crianças.
de crianças se
PRO: fora do Não é
disponível. Caso
hospital execute 5 recomendado
DEA contrário use pás
ciclos/2 min de RCP para bebês
para adultos.
antes do choque se abaixo de 1 ano.
PRO: Use DEA
a parada ocorreu a
desde logo quando
mais de 4 a 5
no hospital.
minutos

3.7 Desfibrilação

As mudanças recomendadas no manual 2005 foram feitas para amenizar as


interrupções nas compressões do tórax. Ainda foi reconhecido o sucesso do
primeiro choque em desfibriladores bifásicos em eliminar uma VF ou uma
taquicardiaca VF.

Principais Mudanças em Desfibrilação:

• Desfibrilação imediata é apropriada para todos socorristas atendendo a um


colapso súbito testemunhado com DEA no local (para vítimas maiores ou iguais 1
ano de idade). Compressões antes da desfibrilação deve ser considerada quando
da chegado do serviço médico de emergência à cena do colapso súbito, é maior
do que a 4 ou 5 minutos depois da chamada.
• Um choque seguido de RCP imediato iniciando com compressões do tórax é
utilizado para a realização de desfibrilação. O ritmo é checado depois de 5 ciclos
de RCP ou 2 minutos.
• Para realizar desfibrilação em um adulto a dose usada em um desfibrilador
manual monofásico é de 360 J.
• A dose ideal de desfibrilação usando um desfibrilador bifásico é a dose a que
o aparelho mostra ser mais efetiva para terminar uma fibrilação VF. A dose inicial
selecionada para realizar desfibrilação usando um desfibrilador manual bifásico é
de 150 J a 200 J para bifásicos exponenciais ou 120 J para bifásico retilíneares. A
segunda dose deve ser a mesma ou maior. Se o socorrista não sabe o tipo de
desfibrilador bifásico em uso a dose de 200 J é aceitável.
• Reafirmação do estabelecido pelo ILCOR em 2005 de que o DEA pode ser
usado em crianças de 1 a 8 anos de idade (ou mais velhas). Para crianças entre 1
e 8 anos de idade o socorrista deve usar um DEA com um sistema atenuador de
dose pediátrica se este está disponível. Elementos dos programas bem sucedidos
para socorristas leigos utilizando DEA foram revisados.
• Instrução para o choque de taquicardiaca ventricular foi esclarecida.

O que NÃO mudou:

• A dose inicial para realizar desfibrilação em bebês e crianças usando um


desfibrilador monofásico ou bifásico. Primeira dose 2 J por kg. Segunda e doses
subseqüentes, 4 J por kg. A dose para cardioversão sincronizada em bebês e
crianças.
• A dose para cardioversão sincronizada em arritmia supraventricular e
taquicardiaca ventricular monomórfica em adultos.

1° Compressão vs 1° Choque para Parada Cardíaca Súbita em FV

2005 (Nova): Quando qualquer socorrista testemunha uma parada cardíaca em


adulto e um DEA e está imediatamente desprovido no local, o socorrista deve usar
o DEA assim que possível. Esta recomendação de aplica aos socorristas leigos
assim como socorristas profissionais que estão trabalhando em hospitais ou com
outras facilidades em que o DEA está no local. Quando mais de um socorrista está
disponível, um deles socorrista deve aplicar o RCP antes da chegada do DEA.
Idealmente o socorrista deve continuar o RCP assim que outro socorrista ligue o
DEA e coloque as pás de eletrodos e o aparelho esteja pronto para analisar o
ritmo cardíaco da vitima. Quando qualquer socorrista profissional testemunha um
colapso súbito em criança, o socorrista deve acionar (ou) mandar alguém acionar
o sistema de emergência ou telefone de emergência e deve iniciar o RC e colocar
o DEA na vitima assim que possível. Quando usando o DEA para uma criança
sem resposta a qual não foi testemunhado o colapso, o socorrista deve executar 5
ciclos ou cerca de 2 minutos de RCP antes de usar o DEA. Quando o pessoal do
serviço médico de emergência chega ao local da ocorrência fora do hospital em
que uma parada cardíaca não foi testemunhada, é razoável que eles executem
cerca de 5 ciclos (cerca de 2 minutos) de RCP antes de chegar o ECG ritmo e
executar a desfibrilação (Classe II.b). Em sistemas típicos de emergência médica
com tempo de resposta maior do que 4 a 5 minutos, o diretor médico do sistema
deve considerar a implementação de protocolo que permita ao socorrista do
sistema fornecer cerca de 5 ciclos ou 2 minutos de RCP antes de realizar a
desfibrilação para vitimas com histórico de colapso súbito (Classe II.b.

2000 (Antigo): A AHA recomendava o uso do DEA assim que disponível para
todas as vitimas adultas com paradas cardíacas súbitas. Quando o uso do DEA
para crianças entre 1 e 8 anos era recomendado em 2003, a AHA recomendava o
Uso do DEA após 1 minuto de RCP.

Porque: Dois de três estudos mostraram que entre 1 e ½ a 3 minutos de RCP por
sistema médico de emergência antes da realização da desfibrilarização
aumentaram as sobrevivências para vitimas de fibrilação ventricular em parada
cardíaca se o serviço médico chegou ao local de 4 a 5 minutos ou mais depois da
chamada. Não há diferenças na sobrevivência (RCP primeiro ou choque primeiro)
para vitimas quando o sistema médico de emergência chega ao local da vitima em
menos de 4 a 5 minutos da chamada. Note que um dos estudos casuais não
mostrou nenhuma diferença nos resultados se o RCP era fornecido antes da
realização da desfibrilação ou não. Quando a fibrilação ventricular na parada
cardíaca está presente por alguns minutos, o coração provavelmente já usou a
maioria do oxigênio disponível e do substrato necessário para contrair (bombear)
efetivamente. Neste ponto a amplitude da fibrilação da freqüência ventricular é
tipicamente baixo, e o emprego de choque talvez não elimine a fibrilação
ventricular. Mesmo se o choque elimine a fibrilação ventricular, quando o coração
está sem muito oxigênio por muitos minutos antes da entrega do choque, é
improvável que ele comece a bombear efetivamente nos primeiros segundos ou
minutos após a desfibrilarização. O período de RCP antes da entrega do choque
irá prover o fluxo sangüíneo para o coração, entregando algum oxigênio e
substrato para o músculo do coração. Isto fará com que o choque seja mais
provável de eliminar a fibrilação ventricular e fará com que o coração seja capaz
de iniciar m ritmo eficiente e um bombeamento eficiente após a entrega do
choque.

RCP imediato após o primeiro choque para tentativa de desfibrilação.

2005 (Nova): Para o tratamento de parada cardíaca associada com fibrilação


ventricular ou taquicardiaca ventricular sem pulso, o manual de 2005 recomenda o
emprego de 1 choque simples seguido imediatamente de um período de RCP,
iniciando com compressões (Classe II.a). Os socorristas não devem interromper
as compressões para checar a circulação (ex.: avaliar ritmo ou pulso). Até que 5
ciclos ou aproximadamente 2 minutos de RCP tenham sido fornecidos após o
choque. Estas recomendações podem ser modificadas na situação interna do
hospital, particularmente quando eletrocardiografico ou monitoramento
hemodinâmico está presente.

2000 (Antiga): O uso de uma seqüência “empilhada” de 3 choques era


recomendado, sem a interposição de compressões no tórax para o tratamento de
fibrilação ventricular com taquicardiaca ventricular sem pulso.

Porque: A recomendação de 3 choques era baseada no uso de desfibriladores


monofásicos. Choques repetidos eram necessários com desfibriladores
monofásicos porque o primeiro choque freqüentemente era sem sucesso e muitos
choques tipicamente eram necessários para eliminar a fibrilação ventricular. Três
choques em uma sucessão rápida eram mais prováveis em serem eficientes do
que com um simples choque, pois a aceitação transtoráxica diminuía e a entrega
da corrente ao coração aumentava em cada entrega de choque. Desfibriladores
bifásicos modernos tem uma taxa de sucesso maior (85% a 94%) no primeiro
choque do que desfibriladores monofásicos, por isso a fibrilação ventricular é mais
provável de se eliminadas com um choque bifásico. Em 2005 a análise do ritmo
para a seqüência de 3 choques pelos DEA’s comercialmente disponíveis resultava
em atraso de 19 a 37 segundos ou mais entre a entrega do primeiro choque e o
inicio da entrega da primeira massagem cardíaca. Este tempo sem as
compressões não pode ser justificado quando uma fibrilação ventricular é
improvável de estar presente e a vítima necessita de RCP. Se o primeiro choque
falha em eliminar a fibrilação ventricular, a fibrilação ventricular pode ser de baixa
amplitude (indicativo de um miocárdio esgotado de oxigênio e substrato). Em tais
pacientes o RCP imediato, particularmente com compressões eficientes no tórax,
é mais provável em fornecer um fluxo sangüíneo ao miocárdio e aumentar a
probabilidade de sucesso do choque. De fato, mesmo que a entrega do choque
tenha sucesso em eliminar a fibrilação ventricular, a maioria das vitimas
demonstraram um ritmo sem perfusão (atividade elétrica sem pulso ou a sístole)
nos primeiros minutos após a desfibrilação. Essas vítimas precisam de RCP
imediato, especialmente compressões. Nenhuma evidencia indicou que as
compressões no tórax imediatamente após a desfibrilacão irão provocar fibrilação
ventricular recorrente.

Dose para adultos com desfibrilador monofásico.

2005 (Nova): A dose recomendada para o choque inicial e subseqüentes usando


um desfibrilador monofásico no tratamento de fibrilação ventricular ou
taquicardiaca ventricular sem pulso em adultos é de 360 J. Para doses com
desfibrilação manual em bebês e crianças veja suporte avançado de vida
pediátrica abaixo.

2000 (Antiga): A dose recomendada para o choque de inicial usando um


desfibrilador monofásico no tratamento de fibrilação ventricular ou taquicardia
ventricular sem pulso em adultos era de 200 J. A segunda dose recomendada era
de 200 a 300 J, e a dose recomendada para terceira e subseqüentes era de 360 J.

Porque: A meta da mudança da dose no choque monofásico para uma simples


dose é simplificar o treinamento e reduzir o número de doses diferentes que o
socorrista deve aprender, lembrar e usar. Com esta recomendação não se
pretende que seja reprogramado os DEAs que eram usualmente usados com as
doses recomendadas em 2000. Pois poucos DEAs monofásicos ainda são
produzidos e este problema com as dosagens dos monofásicos será menos
relevante com o tempo.

Dose usando desfibrilador bifásico em adultos.

2005 (Nova): A dose do choque inicial selecionada para adultos é 150 J 1 200 J
para bifásico truncado exponencial ou 120 J para bifásicos retilinear. A segunda
dose deve ser a mesma ou maior (Classe IIa). O aumento ou não da intensidade
da energia do choque bifásico pode ser usado com segurança e eficiência para
eliminar a fibrilação ventricular de curta ou longa duração (Classe II.a). Socorristas
devem usar a dose especificada no aparelho desfibrilador, isto é, a dose em que
cada aparelho bifásico usa para fornecer uma eficiente eliminação da fibrilação
ventricular. Os fabricantes devem anotar esta dose na frente do desfibrilador. Se o
socorrista não é familiarizado com a dose especificada do aparelho a
recomendação consensual é de que o uso da dose deve ser de 200 J. Para doses
com desfibrilador manual em bebes e crianças, veja suporte avançado de vida
pediátrico abaixo.

2000 (Antiga): Em 2000 e a dose recomendada para choque inicial usando um


desfibrilador monofásico para tratamento de fibrilação ventricular ou taquicardiaca
ventricular sem pulso em adultos era de 200 J. A segunda dose recomendada era
de 200 J a 300 J, e a terceira dose e subseqüentes recomendadas era de 360 J. A
dose do desfibrilador bifásico recomendada era mostrada equivalente aos
desfibriladores monofásicos.

Porque: A meta desta recomendação é simplificar a realização da desfibrilacão e


dar suporte as doses especificadas pelo aparelho que tem comprovado eficiência.
Socorristas devem notar que em um desfibrilador bifásico retilinear a energia
selecionada pelo operador irá tipicamente diferir da energia entregue. Dados são
insuficientes para sustentar a superioridade do aumento de intensidade da energia
ou não a dose entregue. Socorristas devem estar familiarizados com o
desfibrilador no seu uso clinico.

Uso de DEA em crianças.

2005 (Nova): Como notado acima na sessão das principais mudanças, desde
2003 o uso do DEA é recomendado para crianças com parada cardíaca entre 1
ano de idade ou mais velhas. Para parada súbita e testemunhada em crianças ou
adulto em local fora do hospital o socorrista sozinho deve acionar o número de
emergência, reaver o DEA, retornar para a vitima e executar o RCP antes do uso
do DEA. O DEA deve ser usado assim que disponível em ressucitação dentro do
hospital. Socorristas leigos e socorristas profissionais atendendo a uma parada
cardíaca não testemunhada ou não súbita em crianças fora do hospital deve usar
o DEA após a entrega de 5 ciclos ou cerca de 2 minutos de RCP. As evidencias
são insuficientes para recomendar a favor ou contra o uso do DEA em bebês com
menos de 1 ano de idade (classe indeterminada).

2000 (Antiga): O uso do DEA em crianças com 8 anos de idade ou mais velhas
era recomendado (classe II.b) As evidencias não eram suficientes para
recomendar a favor ou contra o uso do DEA em crianças abaixo de 8 anos de
idade (classe indeterminada). O DEA poderia ser utilizado para identificar o ritmo
em crianças entre 1 e 8 anos de idade (classe II.b). Em 2003 a AHA e o ILCOR
publicou uma afirmação notando que o DEA poderia ser utilizado em crianças
entre 1 e 8 anos de idade.

Porque: Evidências publicadas desde 2000 têm estabelecido a segurança dos


desfibriladores bifásicos e a capacidade da maioria dos DEAs em reconhecer
ritmos chocáveis em bebês e crianças. Se no sistema do DEA está disponível a
redução (atenuação) da entrega da de energia através de um sistema especial de
pá ou cabo ou outro método, o sistema deve ser usado em crianças entre 1 e 8
anos mas não deve ser usado em crianças mais velhas do que 8 anos ou adultos.
Programas comunitários com DEAs para socorristas leigos.

2005 (Nova): O uso de RCP e do DEA para os primeiros atendentes em sistemas


públicos de segurança são recomendados para aumentar a taxa de sobrevivência
em paradas cardíacas súbitas (classe I). Programas com DEA em locais públicos
onde existe uma probabilidade relativa de parada cardíaca testemunhada (ex:
aeroportos, cassinos, ginásios de esportes) são recomendados (classe I). São
elementos comuns em um programa comunitário de sucesso com socorrista leigo
no uso do DEA:

• Uma resposta planejada e aplicada tipicamente requerendo uma supervisão


de um profissional de saúde.
• Treinamento e equipamentos para os socorristas no uso do RCP e do DEA.
• Contato com o sistema médico de emergência local.
• Programa de manutenção do aparelho e um aumento de qualidade
continuado.

Não há evidencia suficiente para recomendar a favor ou contra o emprego do


DEA em residências (Classe Indeterminada).

2000 (Antiga): Os elementos chaves para um programa de DEA com sucesso


inclui a prescrição e supervisão de um médico, treinamento dos possíveis
socorristas, conexão com o sistema médico de emergência local, e um processo
continuado de aumento de qualidade.
Porque: Altas taxas de sobrevivência de parada cardíaca fora do hospital tem sido
reforçadas em alguns locais, particularmente em programas comunitários que
provêem reconhecimento RCP e desfibrilacão desde logo. O experimento da North
American Public Acess Defribillation, mostrou que programas com RCP e DEA em
comunidades organizadas aumentam a sobrevivência no encaminhamento ao
hospital para vitimas com parada cardíaca testemunhada. E ainda, as taxas de
sobrevivências de paradas cardíacas testemunhadas a taxas de 49 a 74% tem
sido reforçadas em programas com socorristas leigos de RCP e DEA em
aeroportos, cassinos e com policiais. O experimento da North American resultou
num fortalecimento numa resposta desejada e praticada. Mesmo em locais em
que o DEA se encontra, o uso do DEA em parada cardíaca foi menos da metade,
indicando a necessidade de um RCP. Alguns DEA´s não requerem a prescrição
de um profissional, por isso a supervisão de um profissional de saúde não é
obrigatório para programas de socorristas leigos.

Esclarecendo o emprego do choque para taquicardia ventricular

2005 (Nova): Se um paciente com taquicardiaca ventricular polimórfica, este


paciente é bem provável que seja instável, e o socorrista deve tratá-lo como se o
ritmo fosse de fibrilação ventricular. Os socorristas devem empregar choques de
alta energia destes sincronizados (isto é, doses de desfibrilacão). Se há duvidas
se é uma taquicardia monomórficas ou polimórficas, que está presente em um
paciente instável, não atrase a entrega do choque para fazer uma avaliação
detalhada do ritmo. Entregue desde logo o choque de alta energia deste
sincronizado (isto é, doses de desfibrilacão). Socorristas devem usar o fluxograma
da parada sem pulso no ACLS.

2000 (Antiga): Cardioversão sincronizada era recomendada para vitimas com


taquicardiaca ventricular polimórfica estável.

Porque: Apesar da cardioversão sincronizada ser preferível para um tratamento


em um ritmo ventricular organizado para alguns ritmos irregulares como a
taquicardia polimórfica a sincronização não é possível. Baixos níveis de energia
não devem ser usados para estes choques destes sincronizados porque choques
de baixa energia têm a probabilidade de provocar fibrilação ventricular quando
dado em um modo desincronizados.

3.8 Suporte Cardiovascular Avançado de Vida

Suporte avançado de vida eficiente inicia com suporte básico de alta


qualidade, particularmente RCP de alta qualidade. Mudanças no suporte
avançado para tratamento da parada cardíaca tem sido feito para minimizar as
interrupções nas compressões do tórax para a checagem do ritmo, checagem do
pulso, e terapia de suporte avançado. Para minimizar as interrupções nas
compressões, o líder da equipe de ressuscitação deve planejar as ações como
checagem do ritmo, inserção de vias aéreas avançadas e até mesmo
administração de drogas sobre períodos ininterruptos de RCP.
Os efeitos potenciais de qualquer droga ou terapia de suporte avançada
das conseqüências para a parada cardíaca de fibrilação ventricular são diminuídas
pelos efeitos potenciais de RCP de alta qualidade e imediato e desfibrilação desde
logo. Há muita menos ênfase na terapia de drogas durante a parada cardíaca e
muito maior ênfase no RCP com um mínimo de interrupções nas compressões.

Principais Mudanças em SCAV:

• Ênfase no RCP de alta qualidade. Veja as informações no suporte básico de


vida na seção de socorristas profissionais, particularmente nas ventilações com
compressões e ênfase nas profundidades e taxas nas compressões, retorno
completo do tórax e um mínimo de interrupções.
• Um aumento de informações sobre o uso de Máscara laríngea e combitubo
esofágico e traqueal. Uso de endotraqueal e de intubação endotraqueal é limitada
para socorristas com treinamento adequado e oportunidade para praticar e
executar intubações.
• A confirmação da colocação do tubo endotraqueal requer avaliação clínica e
2
uso de um aparelho (Ex. detector de CO exalado, aparelho detector esofágico) o
uso do aparelho é parte (primário), confirmação e não pode ser considerada uma
segunda confirmação. O fluxograma para tratamento da parada sem pulso foi
reorganizado para incluir a fibrilação ventricular a taquicardiaca ventricular sem
pulso a sístole e a atividade elétrica sem pulso.
As habilidades prioritárias e intervenções durante paradas cardíacas são
habilidades de suporte básico de vida, incluindo compressões eficientes com o
mínimo de interrupções.
A inserção de qualquer via aérea avançada pode não ser de alta prioridade.
Se uma via aérea é inserida o socorrista não deve mais dar ciclos de RCP.
As compressões de tórax devem ser empregadas continuamente (100 por minuto)
e ventilações devem ser entregues a uma taxa de 8 a 10 ventilações por minuto (1
ventilação a cada 6 a 8 segundos).
Os socorristas devem organizar com cuidado para minimizar as interrupções
nas compressões para checagem do ritmo, emprego do choque, a inserção de
vias aéreas ou o acesso vascular.
• Administração de droga intravenosa ou intraôssea é preferível à
administração endotraqueal.
• Tratamento de fibrilação ventricular e taquicardiaca ventricular sem pulso.
Para realizar a desfibrilação um choque é empregado (veja Desfibrilação
para doses de desfibrilação usando desfibriladores monofásicos ou bifásicos)
seguido de RCP imediato (iniciando com compressões).
Os socorristas devem minimizar as interrupções das compressões e
particularmente minimizar o tempo entre a compressão e o emprego do choque e
a reabsorção das compressões.
As compressões devem idealmente ser interrompida somente para a
checagem do ritmo e entrega do choque. Socorristas devem realizar compressões
(se possível) depois da checagem do ritmo, enquanto o desfibrilador está
carregando. Então compressões devem ser interrompidas brevemente quando é
necessário para se retirar próximo do paciente e empregar o choque, mas as
compressões devem reiniciar imediatamente após a entrega do choque.
Socorristas não devem realizar apalpação ao pulso ou checagem do ritmo
após a entrega do choque. Se o ritmo organizado está aparente durante a
checagem, depois de 5 ciclos (depois de 2 minutos) de RCP o socorrista checa o
pulso.
Drogas devem ser aplicadas durante o RCP assim que possível após a
checagem do ritmo.
• Se um terceiro socorrista está disponível este socorrista deve preparar as
doses de drogas antes que elas sejam necessárias.
• Se a checagem do ritmo mostra fibrilação ventricular ou taquicardiaca
ventricular persistente, o vasoconstritores ou arrítmico devem ser administrada
assim que possível após a checagem do ritmo. Ele pode ser administrado durante
o RCP que precede (durante o momento em que o desfibrilador está sendo
carregado ou em seguida a entrega do choque).
• O tempo de entrega da droga é menos importante do que a necessidade de
minimizar as interrupções das compressões do tórax.
Vasoconstritores são administrados quando uma intravenosa ou intraossea
está colocada, tipicamente se a fibrilação ventricular ou taquicardiaca insiste após
o primeiro ou o segundo choque. Epinefrina pode ser dada a cada 3 a 5 minutos.
Uma única dose de vasopressor pode ser dada para substituir a primeira ou
segunda dose de epinefrina.
Antiarritmiacos podem ser considerados após a primeira dose de
vasopressores (tipicamente se a fibrilação ventricular ou taquicardiaca ventricular
persiste após o segundo ou terceiro choque). Amiodarone é preferível a lidocaina,
mas nem sempre é aceitável.
• Tratamento de asistole ou atividade elétrica sem pulso: a epinefrina pode ser
administrada a cada 3 a 5 minutos. Uma dose de vasopressor pode substituir a
primeira ou a segunda dose de epinefrina.
• Tratamento de taquicardia sintomática: a dose de atropina recomendada é
agora de 0,5 mg intravenosa e pode ser repetida até um total de 3 mg. Epinefrina
ou dopamina pode ser medicada enquanto se aguarda um marcapasso.
• Tratamento de taquicardia sintomática: o único fluxograma simples inclui
algumas, mas não todas as drogas que podem ser administradas. O fluxograma
indica terapias pretendidas para uso interno do hospital ou a consulta de um
especialista disponível.
• A estabilização após ressuscitação requer um suporte aos órgãos vitais, com
a expectativa da disfunção miocardial após ressuscitação. Alguns prognósticos
confiáveis indicaram esta situação.
• Evite a hipertermia para todos os pacientes após a ressuscitação. Considere
a indução á hipotermia se o paciente está sem resposta, mas a pressão
sanguínea adequada após a ressuscitação.

O que NÃO mudou:

• A maioria das doses de droga são as mesmas que eram recomendadas em


2000 (uma exceção notada acima – atropina para taquicardia).
• A necessidade em procurar e tratar causas reversíveis da parada cardíaca e
falhas no atendimento da ressuscitação. Estes fatores contra indutivos são
referidos como (hipovolemia, hipoxia, hidrogênio, hipo/hipercardemia,
hipoglicemia, hipotermia), e (toxina, tamponamento, tensão pneumotorax,
trombose [incluindo coronária ou pulmonar], trauma [hipovolemia]). Estes estão
listados no fluxograma de suporte avançado cardiovascular e suporte avançado
pediátrico.

Uso de Vias aéreas definitivas.

2005 (Nova): O profissional de saúde deve estar alerta para os riscos e benefícios
da via aérea avançada durante a RCP. Já que a inserção da VAA pode requerer a
interrupção da RCP por vários segundos, o socorrista experiente deve pesar a
vantagem de fazê-lo contra os riscos. O uso de VAA pode ser postergado por
vários minutos durante a RCP. O método ideal de acessar a via aérea na RCP irá
variar com a experiência do profissional, características do SME e condições do
paciente. Todos os SME devem estabelecer sistemas de treinamento e controle
de qualidade para melhorar a efetividade dos esforços de reanimação. Estudos
demonstram que a Máscara Laríngea e o Combitube podem ser utilizados com
segurança e ser tão eficazes quanto a ventilação com Bolsa-valvula-mascara
(Classe IIa)
2000 (Antiga): A intubação orotraqueal era a conduta de escolha para assegurar a
via aérea.

Porque: A experiência acumulada com o uso de VAA, mostra claramente que a


Intubação Traqueal está associada a elevadas taxas de complicações, com mau
posicionamento de tubos principalmente.

Verificação se a colocação do tubo está correta com exame clínico e aparelhos.

2005 (Nova): Para reduzir os riscos de mal posicionamento de tubo não


reconhecido, os profissionais devem realizar tanto a checagem clínica quanto
utilizar um dispositivo de detecção – detector de CO2 ou detector esofágico. A
verificação deve ser feita imediatamente após a inserção ou em qualquer
mobilização do paciente. A maioria dos estudos de dispositivos de confirmação,
apenas o fizeram para intubação traqueal, portanto não há dados para avaliar a
acurácia destes equipamentos para confirmar a adequada posição de ML ou
Combitube.

2000 (Antiga): Devia haver confirmação secundária com o uso de dispositivos.


Porque: A ênfase é na imediata confirmação da posição do tubo traqueal, após
sua inserção e nos eventos de transporte. A definição dos dispositivos deixou de
ser secundária, mas passa a ser primária, como adjuntos da intubação.

Prioridades na reorganização SCAV do fluxograma para parada sem pulso.

2005 (Nova): O novo algoritmo se assemelha ao do SAVP: ambos possuem um


“núcleo” (Durante a RCP) que enfatiza a RCP de alta qualidade. As terapias são
organizadas em ciclos (5 ciclos de RCP ou 2 minutos) de RCP ininterrupta. RCP
deve ser imediatamente reiniciada após cada choque. O pulso e o ritmo NÃO são
checados após os choques, somente após cada período de 5 ciclos ou 2 minutos
de RCP. O atendimento deve ser organizado na premissa de mínimas
interrupções da RCP para quaisquer outras ações.

2000 (Antiga): A reanimação era organizada em períodos de 1 minuto, de forma


que a RCP era interrrompida com frequência.

Porque: Estudos demonstraram que somente em 24 a 49% do tempo os


profissionais prestam RCP adequada em PCS. Adicionalmente, a elevada taxa de
sucesso do primeiro choque em eliminar a FV/TV dos desfibriladores bifásicos,
significa que a FV/TV provavelmente termina no primeiro choque. A maioria das
vítimas, porém, sai em ritmos sem pulso, necessitando RCP por mais alguns
minutos. A ênfase é na interrupção mínima da RCP, ao invés de procurar um ritmo
“chocável” ou um pulso, que provavelmente não estarão presentes, o socorrista
deve concentrar os esforços em prosseguir com a RCP de alta qualidade,
checando o ritmo e pulso somente após 5 ciclos ou 2 minutos.
Administração de drogas por via vascular é preferível do que por via
endotraqueal.

2005 (Nova): Embora muitas drogas possam ser administradas via o tubo
traqueal, a via IV ou IO é preferível. Por esta razão as doses endotraqueais de
drogas não são mais listadas no SAVC.

2000 (Antiga): O uso de doses 2 a 2 vezes maiores de drogas específicas era


recomendado pela via endotraqueal.

Porque: A via ET resulta de níveis em série menores de todas as drogas


recomendadas. Estudos animais recentes sugerem que estas concentrações mais
baixas de adrenalina podem ter um efeito Betaadrenérgico que pode ser deletério,
por causar hipotensão, com menor perfusão coronariana, desta forma o uso IV ou
IO é preferível.

O tempo em que a administração das drogas deve ser realizada durante uma
parada sem pulso.

2005 (Nova): Quando o uso de drogas é indicado, elas devem ser dadas durante a
RCP, tão logo o ritmo for checado. A droga pode ser administrada durante a RCP
enquanto o desfibrilador é carregado, ou durante a RCP que é reiniciada
imediatamente após o choque. A administração das drogas não deve interromper
a RCP. As drogas devem estar preparadas antes da próxima checagem de ritmo.
Tais ações requerem treino e planejamento.

2000 (Antiga): As drogas eram administradas logo após a checagem de ritmo pós
choque – “Droga-RCP-Choque”- A RCP era realizada por 1 minuto depois da
administração da droga para que pudesse circular, antes da próxima checagem
de ritmo, o que ocorria a cada minuto, resultando em freqüentes interrupções da
RCP.

Porque: O objetivo foi minimizar as interrupções da RCP. A recomendação de


prover RCP por 5 ciclos ou 2 minutos imediatamente após cada choque exigiu
uma mudança no timing da administração de drogas. A recomendação de
consenso é administrar a droga tão cedo quanto possível depois de checar o
ritmo. As diretrizes deixam claro que o timing é menos importante que as
interrupções mínimas da RCP. Como alternativa, o médico pode pedir a
administração das drogas durante o intervalo da RCP, porém o ritmo não será
conhecido. O benefício de medicar logo após a checagem do ritmo é que ela será
direcionada ao ritmo detectado. Por exemplo: se FV estiver presente na primeira
checagem de ritmo depois que a adrenalina tiver sido administrada, um
antiarrítmico poderá ser a próxima droga de escolha.

Vassopressores durante uma parada cardíaca.


2005 (Nova): Vasopressores são administrados quando uma linha IV ou IO estiver
colocada, tipicamente depois do primeiro ou segundo choque. Adrenalina pode ser
dada a cada 3 a 5 minutos. Uma dose de vasopressina pode ser dada ao invés da
primeira ou segunda dose de adrenalina.

2000 (Antiga): Adrenalina (Classe Indeterminda) ou Vasopressina (Classe IIB)


podiam ser dadas em FV/TV sem pulso, AESP ou Assistolia.

Porque: Embora a Vasopressina tenha mostrado resultados promissores, ela não


melhorou a sobrevida hospitalar com boa recuperação neurológica. Como
resultado, ela pode ser utilizada como substituto da primeira ou segunda dose de
adrenalina.

Antiarritmiacos durante uma FV/VT parada cardíaca.

2005 (Nova): Quando a FV/TV sem pulso persiste após o primeiro ou segundo
choque + RCP e administração de vasopressor, o uso de antiarrítmicos pode ser
considerado, como a Amiodarona. Lidocaína pode ser utilizada na falta da
Amiodarona.

2000 (Antiga): Considerar o uso de anti-arrítmicos na FV/TV persistente após


choque + vasopressor.

Porque: Mais experiência documentou a efetividade da Amiodarona, e nenhuma


nova evidência corroborou o uso da Lidocaína.

Tratamento de assistolia e atividade elétrica sem pulso.

2005 (Nova): Embora a adrenalina seja a droga de escolha, a Vasopressina pode


ser usada na substituição da primeira ou segunda dose de Adrenalina. A atropina
1 mg/EV pode er considerada para Assistolia ou AESP bradicárdica, até 3 doses.

2000 (Antiga): Para AESP e Assistolia, adrenalina era recomendada. Atropina


podia ser considerada em Assistolia e AESP bradicárdica na dose de 1 mg a cada
3 a 5 minutos até o máximo de 0,04 mg/kg.

Porque: Nenhum RCT demonstrou a efetividade dos vasopressores em PCR. Já


que eles podem melhorar a pressão sanguínea medida na aorta, melhorando o
fluxo coronariano, eles continuam a ser recomendados. A vasopressina, apesar de
ter melhorado a sobrevida de pacientes em assistolia (em um grande estudo, em
análise de subgrupo), eles não sobreviveram intactos neurologicamente. Desta
forma ela pode ser utilizada apenas como substituto da adrenalina, em dose única.

Tratamento de bradicardia sintomática.

2005 (Nova): Prepare-se para uso de marca-passo sem demora em bloqueios de


alto grau. Considere o uso de 0,5 mg de Atropina enquanto o equipamento é
preparado. A dose total é de 3 mg. Se a atropina não for efetiva, inicie o marca-
passo. Considere a infusão de Adrenalina (2 a 10 _g/min) ou Dopamina (2 a 10
mg/kg/min) enquanto aguarda o marca-passo ou se o mesmo for ineficiente.
Prepare-se para marca-passo transvenoso. Trate as causas.

2000 (Antiga): A dose de atropina era de 0,5 a 1 mg. Considerar uso de dopamina,
adrenalina ou isoproterenol.

Porque: Estudos demonstraram que a dose efetiva de Atropina para bradicardias


sintomáticas é de 0,5 mg (repetida até um máximo de 3 mg). O isoproterenol foi
eleminado do algoritmo por não haver evidência que apoiasse seu uso.

Tratamento de taquicardia.

2005 (Nova): O tratamento das taquicardias foi simplificado e reunido em um só


algoritmo. A Cardioversão imediata é recomendada para o paciente instável. Se o
paciente estiver estável, um ECG de 12 derivações permite a classificação da
taquicardia em QRS estreito ou largo. Esta classificação pode ser subdividida
ainda em ritmos regulares e irregulares. O algoritmo conta com itens para
avaliação especializada intra-hospitalar.

2000 (Antiga): Vários algoritmos de taquicardia eram preconizados, incluindo


tratamentos adequados para pacientes com função ventricular normal e anormal.

Porque: A simplificação era o objetivo, resumindo ao essencial para o atendimento


e estabilização iniciais e nas primeiras horas de tratamento. O algoritmo é
baseado nas características mais básicas do ECG – largura do QRS e
regularidade. Pode ser utilizado sem conhecimento da função miocárdica prévia
da vítima. Os itens para uso de especialista são destacados como tal.

Estabilização pós-ressuscitação.

2005 (Nova): O cuidado pós-reanimação inclui suporte à função miocárdica,


antecipando o “stunned myocardium”, exigindo suporte de droga vasoativa. Para
informação sobre hipotermia, veja a seguir. É razoável prover controle estrito de
glicemia, mas estudos adicionais são necessários para definir a faixa mais
adequada de controle. Sinais clínicos que se correlacionam com pobre
prognóstico de recuperação neurológica são:

• Ausência de resposta cortical bilateral do nervo mediano por potencial


evocado, medidos 72 horas (no paciente normotérmico) depois do insulto
hipóxico-isquêmico (PCR)
• Ausência de reflexo cornéo-palpebral 24 horas após;
• Ausência de reflexo fotomotor 24 horas após;
• Ausência de retirada à dor 24 horas após;
• Sem resposta motora 24 horas após;
• Sem resposta motora 72 horas após.
2000 (Antiga): Não havia recomendações específicas Porque: Uma meta-análise
demonstrou que ausência de resposta aos testes de potencial evocado 72 h após
a PCR se correlacionou com 100% de especificidade a pobre desfecho
neurológico. Uma meta-análise recente de 11 estudos, relacionando 1914
pacientes, documentou os 5 sinais que foram forte preceptores de mau
prognóstico neurológico.

Porque:

Hipotermia

2005 (Nova): Pacientes adultos inconscientes recuperados de RCP extra-


hospitalar, podem ser resfriados de 32° a 34°C por 12 a 24 h, se o ritmo inicial foi
uma FV (Classe IIA). Terapia similar pode ser benéfica para pacientes para
pacientes com PCR com outros ritmos ou para pacientes reanimados em
ambiente intra-hospitalar (Classe IIb). Maiores estudos são necessários.

2000 (Antiga): Hipotermia leve poderia ser benéfica, mas não era recomendada a
indução de hipotermia.

Porque: Em 2 estudos clínicos aleatórios, hipotermia induzida (instituída em


minutos após o retorno da circulação) resultou em melhora da sobrevida e da
recuperação neurológica em pacientes que permaneceram comatosos depois de
reanimados. O nível de hipotermia foi moderado, entre 32° e 34° C.

3.9. Síndromes Agudas da Coronária

O manual de atendimento para síndromes agudas da coronária....

Principais Mudanças em SAC:

• O pessoal de atendimento telefônico dos SME deve instruir a pessoa com


suspeita de SCA a mastigar um comprimido de AAS de 100 mg.
• O algoritmo foi simplificado, mas ainda é centrado no ECG de 12 derivações
para estratificação de risco;
• Há mais informação para o diagnóstico de pacientes de risco elevado com
Angina Instável/IAM sem supradesnivelamento;
• As contra-indicações para fibrinolíticos foram refinadas para seguir os
critérios recém publicados pela AHA/ACC

O que NÃO mudou:

• Avaliação e estratificação rápida com ECG continua tempodependente


• Pacientes com IAM com supra requerem rápida reperfusão (com fibrinolíticos
ou Intervenção coronariana percutânea - ICP)
• Pacientes com Angina Instável/IAM sem supra requerem estratificação de
risco e podem requerer revascularização com ICP ou Bypass coronariano
• Terapias auxiliares (AAS, heparina, clopidogrel, Inibidores de Glicoproteína
IIB/IIIA) são importantes para melhorar o prognóstico

3.10. Derrame

O manual de 2005 reafirma a administração de tecido plasmogenio ativador para


pacientes cuidadosamente selecionados com AVC isquêmico, mas alerta para que
isto deva ser feito segundo protocolos claramente institucionalizados. Unidades de
AVC tem documentado melhora de prognóstico. As diretrizes devem ser
consultadas sobre o cuidado a estes pacientes, incluindo uma lista modificada de
contra-indicações para fibrinolíticos e uma tabela modificada para o controle da
hipertensão. Ambas são consistentes com as recomendação mais atuais da
American Stroke Association. Adicionalmente, é recomendada a redução da
glicemia em pacientes com AVCI quando os níveis atingirem 200 mg/dl,
consistente com estudos em ambiente de UTI.

TPA melhora os resultados quando administrado sob critérios estritos.

2005 (Nova): A Administração de rTPA para pacientes com AVCI que apresentam
critérios de eleição do National Institute of Neurologic Disorders and Stroke
(NINDS) é recomendada se é feita por médicos numa unidade de AVC com
protocolos claramente definidos. Notar que esta melhora de prognóstico e bons
resultados obtidos nos estudos do NINDS tem sido difíceis de reproduzir em
outras instituições com menos dedicação à implantação dos protocolos.

2000 (Antiga): A recomendação de TPA era extensiva todos os pacientes que


cumprissem os critérios em até 3 h do início dos sintomas.

Porque: Os resultados dos estudos do NINDS foram confirmados por


acompanhamento de 1 ano, reanálise dos dados e metaanálises. Outros RCTs,
inclusive um recente no Canadá também reiteraram os resultados. Um par de
estudos recentes de um consórcio de Hospitais demonstrou aumento de
complicações hemorrágicas, principalmente na fase inicial, quando as instituições
participantes não seguiam protocolos estritos de indicação e administração.
Seguimento de um ano, em uso dos protocolos, demonstrou redução ainda maior
de complicações hemorrágicas. Todas as críticas aos resultados publicados pelo
NINDS tem sido rechaçadas pela nova evidência que tem sido acumulada.

Unidades especializadas em derrame.

2005 (Nova): Múltiplos RCTs e meta-análises em adultos documentam melhora


consistente na sobrevida a 1 ano, desfecho funcional e qualidade de vida para os
pacientes que são tratados em unidades especializadas em AVC por equipes
multidisciplinares experientes. Quando uma unidade deste tipo estiver disponível
dentro do raio de transporte do SME, os pacientes com AVC devem ser
encaminhados prioritariamente para elas (Classe I)
2000 (Antiga): Não havia recomendações para unidades de AVC.

Porque: Embora os estudos referidos tenham sido realizados fora dos USA, a
melhora de prognóstico foi muito evidente muito precocemente. Os resultados
devem ser extensivos a todas as unidades especializadas.

3.11. Suporte Pediátrico Avançado de Vida

As informações fornecidas nas seções anteriores sobre a execução de um RCP


eficiente se aplicam nesta ao SPAV.

Principais Mudanças em SPAV:

TABELA 3. Classificação aplicável das recomendações por níveis.


Classe I Classe IIa Classe IIb Classe III
Benefícios >>> Benefícios >> Benefícios ≥ Riscos ≥
Risco Riscos Riscos Benefícios
Procedimento ou È razoável realizar Procedimento ou Procedimento ou
diagnostico em o procedimento ou diagnóstico em diagnóstico em
teste deve ser diagnostico em teste pode ser teste NÃO deve
realizado teste considerado ser realizado.
Pode ser inútil e
perigoso.
Classe Indeterminada
- As pesquisas iniciaram há pouco tempo;
- Área de pesquisa continuada;
- Não há recomendações até pesquisas adicionais (i.e., não pode ser indicada a
favor nem contra)

SUMÁRIO
Esta edição de Currents destaca muita das principais mudanças no Manual de
Atendimento da AHA para RCP e ECC em 2005. Este documento somente
fornece uma rápida revisão e não inclui informações de base cientifica ou detalhes
contidos na publicação do manual. Pesquisadores e clínicos de ressuscitação
também devem ler o documento completo do manual, publicado em 13 Dez 05, na
edição da AHA, jornal Circulation. Também é recomendado o 2005 International
Consensus on Cardiopulmonary Resuscitacion and Emergency Cardiovascular
Care with Treatmente Recommendations (resumo da revisão internacional da
ciência) publicado em 29 Nov 05, edição de circulação. Ambas publicações estão
disponíveis gratuitamente no site: http://www.circulationaha.org

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