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RELATÓRIO Maysa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO


CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

ALUNA: MAYSA DE ABREU OLIVEIRA

Manaus –2023
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO


CURSO DE FARMÁCIA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO EM ANÁLISES CLÍNICAS

ALUNA: MAYSA DE ABREU OLIVEIRA

Preceptor de Estágio: Marilucia Marques Lima


Coordenadora do Curso: Prof.ª MSc Jonathas Wellington Alves de

Local de Estágio: Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor
Vieira Dourado

Manaus - 2023
3

Sumário
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 5
2. OBJVETIVOS........................................................................................... 7
2.1. Objetivo geral.................................................................................... 7
2.2. Objetivos específicos....................................................................... 7
3. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................ 8
4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE
ESTÁGIO .................................................................................................................
.. 10
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.............................................................. 12
5.1
Hematologia..........................................................................................13
5.1.1 Coleta Sanguínea..............................................................................
14
5.1.2 Tubos de
Coleta..................................................................................15
5.2
Bioquímica............................................................................................17
5.3 Urinálise................................................................................................
19
5.4 Imunilogia..............................................................................................
24
6. CONCLUSÃO............................................................................................. 32
7. REFERÊNCIAS.......................................................................................... 33
4

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Fundação de Medicina Tropical .....................................................9
Figura 2 – CELL-DYN RUBY – aparelho que analisa e emite os resultados de
Hematologia.............................................................................................. 12
Figura 3 – Exame VHS - Velocidade de Hemossedimentação, um tipo de exame de
sangue muito utilizado para detectar inflamações ou infecções no
organismo ..................................................................... ..........................................
...12
Figura 4 – Tubos a prova de coagulação (utilizados em pacientes pré-
operatórios) ..............................................................................................................
.... 15
Figura 5 – Aparelho para realizar o TAP ...................................................... 17
Figura 6 – Análise descritiva de Cetônicos positivos .................................... 20
Figura 7– Interpretação da fita reagente de urina ......................................... 21
5

1. INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado é algo crucial na vida de qualquer estudante nas
diversas áreas de conhecimento, através dele é possível entrar em contato com a
realidade que o profissional, ao formar-se em sua área de atuação, vivenciará no
cotidiano. O profissional farmacêutico, por sua vez, não está isento deste universo,
uma vez que deve estar preparado para as diversas áreas de atuação que resultam
do desdobramento e da abrangência de sua formação.
Para atuar na área da saúde, exige-se que este profissional detenha
conhecimentos específicos sobre as resoluções bem como os serviços oferecidos e
dos métodos que serão utilizados na execução dos atendimentos visando fornecer
aos usuários dos estabelecimentos laboratoriais. Além de atuar em subáreas como
microbiologia, imunologia e controle de qualidade o farmacêutico pode atuar também
na área de análises clínicas que, apesar de não ser mais exclusiva deste
profissional, ainda é predominantemente exercida por ele e requer domínios de
embasamentos legislativos da Agência Nacional de Saúde (ANVISA) como, por
exemplo, da resolução 302 de 2005.
O estágio é uma prática obrigatória para conclusão do curso em Farmácia e
relata as observações e atividades desenvolvidas neste período, nesse caso, em
especial em análises clínicas, a fim de fundir o conhecimento teórico com a prática,
tornando assim o farmacêutico um profissional capacitado e com uma maior
afinidade com os exames laboratoriais do dia a dia, com uma carga horária bem
significativa com o fim de aperfeiçoar ainda mais esse desempenho.
Através do estágio em análises clínicas é possível adquirir conhecimentos
significativos nos diversos processos diários que ocorrem nas adjacências
laboratoriais, uma vez que proporciona ao futuro profissional farmacêutico visualizar
com amplitude suas diversas áreas de atuação tornando-se assim uma experiência
indispensável para o estudante de graduação em Farmácia.
Para fins organizacionais este relatório de estágio está disposto da seguinte
forma: primeiramente são informados os objetivos geral e específicos do estágio em
análises clínicas; posteriormente tem-se as teorias científicas que embasam este
trabalho; na sequência há a caracterização do local de estágio, as atividades
desenvolvidas e, por conseguinte, as conclusões e referências.
6

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral:

 Capacitar o acadêmico do curso de farmácia a conhecer e desenvolver


suas habilidades enquanto futuro profissional farmacêutico em análises clínicas.

2.2. Objetivos Específicos:

• Aplicar a orientação dos conhecimentos teóricos à pratica;


• Conhecer os ambientes de trabalho e saber como portar-se diante dos
mesmos.
• (Re)conhecer e aplicar as normas laboratoriais de controle de matérias:
uso e limpeza;
7

• A importância de que se deve ser utilizado os EPIs, no laboratório, para


o manuseio e manipulação dos materiais coletados nos pacientes;
• Familiarizar os acadêmicos com os equipamentos e dispositivos
presentes;
• Capacitar à coleta e ao preparo das amostras biológicas, bem como
sua conservação, utilização, preparação e interpretação nos métodos analíticos;
• Observar e realizar atividades funcionais junto com os demais
profissionais atuantes em seus respectivos setores e funções;
• Conhecer o sistema utilizado nas grandes fundações como da
Fundação de Medicina Tropical para fazer as rotinas de testes que são realizados
diariamente.

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Uma das mais importantes áreas de atuação do farmacêutico é o setor de


Análises Clínicas. Nesta área o profissional de farmácia atuará na realização de
exames laboratoriais além de dedicar-se à pesquisa e extensão na área de análises
clínicas bem como o gerenciamento de laboratórios; planejamento e gestão em
serviços farmacêuticos no setor dentre outras atividades dentro da amplitude e
abrangência de sua área de formação/atuação.
De acordo com Pardini (2018) as análises clínicas são um conjunto de
exames que visam a verificação o estado de saúde de um paciente ou investigar
doenças, como os chamados exames de rotina, check-ups, dentre outros. A análise
é feita através do estudo de material biológico colhido do paciente, como por
exemplo, sangue, urina, saliva, fezes, esperma, fragmentos de tecido, líquido
sinovial, pleural, líquido cefalorraquidiano, pus, etc. A coleta pode ser feita no próprio
8

laboratório onde são feitas as análises ou em locais como um hospital, clínica,


postos de coleta ou até mesmo no domicílio e local de trabalho do paciente.
Os laboratórios de análises clínicas estudam cada uma dessas amostras em
setores específicos, conforme o composto bioquímico ou suspeita clínica que se
pretende investigar. Alguns exemplos de setores são: Hematologia; Bioquímica;
Imunologia; Uroanálise; Microbiologia e Parasitologia.
O encarte de Análises Clínicas (2011) diz que os laboratórios de análises
clínicas fundamentam-se em um processo dinâmico que se inicia na coleta do
espécime diagnóstico (amostra biológica obtida adequadamente para fins de
diagnóstico laboratorial) e termina com a emissão de um laudo. Didaticamente, o
processo pode ser dividido em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica.
A fase pré-analítica consiste na preparação do paciente, coleta, manipulação
e armazenamento do espécime diagnóstico, antes da determinação analítica. Ou
seja, engloba todas as atividades que precedem o ensaio laboratorial, dentro ou fora
do laboratório de análises clínicas (1).
A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, através do
controle da qualidade interno na amplitude normal e patológica, e se encerra,
quando a determinação analítica gera um resultado (2). Já a fase pós-analítica,
inicia-se, após a geração do resultado analítico, quantitativo e/ou qualitativo, sendo
finalizada, após a entrega do laudo conforme legislação vigente (3).

A análise dos fluidos, isto é, as análises clínicas, pode ser executada por
diversos profissionais da saúde, tais como biólogos, bioquímicos, biomédicos,
médicos, veterinários e, sobretudo, pelo farmacêutico.
É garantido ao Farmacêutico especializado em Análises Clínicas exercer a
direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e outras funções
especializadas em: Laboratórios de Análises Clínicas ou de Saúde Pública; e
estabelecimentos em que são caracterizadas por exames de caráter
químicotoxicológico, químico-bromatológico, químico-farmacêutico, biológico,
microbiológico, citopatológico, fitoquímico e sanitário; tratamento e controle de
qualidade de água (para consumo humano, indústria farmacêutica,
piscina/praia/balneário), conforme determinado pelo Decreto nº 85.878/1981.
É permitido ao farmacêutico analista clínico, através da Resolução CFF nº
442/2006, a realização de todos os exames laboratoriais, e ainda o exercício a
responsabilidade técnica pelos laboratórios de Análises Clínicas médico-veterinários.
9

A Resolução ANVISA nº 302, de 13 de outubro de 2005 (Regulamento Técnico para


funcionamento de Laboratórios Clínicos) diz que o Farmacêutico Analista Clínico
pode ser diretor técnico por, no máximo 02 postos de coleta, ou 01 laboratório e 01
posto de coleta, ou 02 laboratórios (desde que tenha compatibilidade de horários). O
responsável técnico (RT) deve ter conhecimento sobre as bases legais relativas ao
exercício das análises clínico-laboratoriais, às questões tributárias e ao Código de
Defesa do Consumidor.
O profissional em Análises Clínicas tem, hoje, duas preocupações. De um
lado, a obrigatoriedade de oferecer um serviço de qualidade, em respeito às normas
contidas na RDC Anvisa 302/2005 - Regulamento Técnico para Funcionamento de
Laboratórios Clínicos. De outro lado, a necessidade de sobreviver em um mercado
cada vez mais competitivo. Entre estes dois fatores, o cálculo sobre o valor ético
mínimo para alguns serviços nas Análises Clínicas é tido pela Comissão do CFF
como uma saída. Dessa forma, o analista clínico precisa preocupar-se com duas
importantes coisas: a obrigatoriedade de oferecer um serviço de qualidade e a
necessidade de sobreviver, em um mercado, cada vez, mais competitivo.

4. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO

O estágio em análises clínicas realizado no período compreendido entre 15


de março a meados de maio de 2023, foi realizado na Fundação de Medicina
Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado localizada na Avenida Pedro Teixeira, nº 25 no
bairro Dom Pedro situado à Zona Oeste da cidade de Manaus no estado do
Amazonas. A instituição é vinculada ao governo do estado (AM) que tem como
principal foco as doenças tropicais regionais e para essa missão dispõe de uma
equipe de profissionais ampla, já que além de ser uma fundação de saúde, oferece
ensino e pesquisa também.
10

Figura 1 – Fundação de Medicina Tropical Fonte: Google, 2016.

A instituição teve suas atividades iniciadas no ano de 1970 com dois


médicos, e com o passar dos anos sofreu modificações de atendimento e ampliação
física até tornar-se o que é hoje, com os serviços médicos, laboratorial, hemoterapia,
radiodiagnostico, ultrassonografia, entres outros. O Centro de ensino e pesquisa
com 4.000 m² de área construída, desenvolve suas atividades através da Diretoria
de Ensino, Pesquisa e Controle de Endemias e demais. É considerado um centro de
referência nacional e mundial para o tratamento de doenças tropicais.
11

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
No primeiro dia, foi apresentado pelo preceptora Marilucia Marques Lima,
apresentou sua equipe de plantão, realizou algumas perguntas , para avaliar como
estava o nível de conhecimento teórico, e na sequencia apresentou o ambiente de
trabalho(o laboratório), como procedia com o desenvolvimento dos serviço
distribuídos para cada profissional a cada função, assim foi orientado o que cada
equipamento ali posicionado, possuía a função de analisar de uma maneira
assertiva, e sua equipe como deveria proceder para cada amostra ou exame a ser
executado, com todo cuidado de lançar as informações no sistema I’Doctor, para
que não fosse lançado informações incorretas.
Após Todas as tarefas distribuídas por cada colaborador ali naquele plantão,
os estagiários foram levados pra outro setor, em um laboratório de pesquisas NIVEL
3, assim sendo apresentado cada setor, e qual seria a função de cada parte
informada, e que a importância de uma laboratório dessa magnitude representa para
a Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado.
As atividades desenvolvidas durante o processo de estágio em análises
clinicas são indispensáveis para a consolidação do processo formativo do
profissional farmacêutico. É cabível aqui destacar que a Fundação Tropical conta
com o auxílio de um programa de computador denominado I-Doctor responsável
pela identificação do paciente no ato do cadastro, com a inserção de seus dados
pessoais para seguir com o processo de consulta com o médico, ou paciente que
12

encontra se internado, nesse caso quando ocorre a solicitação para a realização de


exames. A priori, a equipe responsável pelo laboratório da instituição apresentou
aos estagiários de Farmácia, o processo inicial para o processo de analises clinicas,
o recebimento do material a ser analisado, a separação para cada exame a ser
analisado, a identificação via leitor de código de barra, para inserção de cada
equipamento, o exame em que será inserido a ser analisado, se Bioquímico,
Hematológico e Uirnalise, devem passar pelo processo de registar no sistema
I’Doctor, os materiais laboratoriais, como reagentes, tubos de ensaios específicos
para exame especifico(Tampa roxa, Tampa amarela, Tampa Azul, Tampa Vermelha,
são ao mais utilizados nesse laboratório), e equipamentos(CELL-DYN RUBY –
aparelho que analisa e emite os resultados de Hematologia, o Equipamento CMD-
600i, que realiza os exames Bioquímicos ( Analisase parâmetro de glicose, Colesterol,
Total e frações, Triglicerídeos, Ácido Úrico, Proteínas Totais, Creatinina, Ureia, Amilase,
Transaminases (TGO, TGP), Fosfatase Alcalina, Ferro, YGlutão Transferase (gama GT) ) , O
Microscópio, que ajuda na análise de lâminas de urina, Lâminas Hematológicas -
Centrifugas, para realizar os processos tanto com as amostras de urina e coletas
bioquímicas com tudo de ensaios com gel separado, e tampa vermelha, na
separação de Soro e Plasma, o Banho MARIA, o equipamento HUMACLOT
JUNIOR – human, para verificar o exame de TAP – Tempo de Atividade Pro-
Trombina, O método de coloração de Lamina), e as funcionalidades dos que
realizam exames bioquímicos e exames hematológicos. A posteriori, nos
aprofundamos um pouco mais em três áreas amplas indispensáveis nas análises
clínicas: Hematologia, Bioquímica, Urinálise e Imunologia descritas a seguir.

5.1. Hematologia

Hematologia é o ramo da medicina que tem como função o estudo do sangue,


seus distúrbios e doenças. Estuda seus elementos figurados como os glóbulos
vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas, além de estudar
os órgãos onde são produzidos, como a medula óssea o linfonodo e o baço. Além
de estudar o estado de normalidade dos elementos sanguíneos e dos órgãos
hematopoiéticos, estuda as doenças a eles relacionadas (WALLACH,2013). O
sangue é o meio através do qual o organismo faz o transporte de substâncias e os
elementos necessários à vida, sendo um tecido de cor vermelha e consistência
líquida, é composto por plasma e três tipos de células: os glóbulos brancos
13

(leucócitos), os vermelhos (hemácias ou eritrócitos), e plaquetas. O hemograma é o


exame mais requisitado, por ser o que orienta sobre os parâmetros gerais de um
paciente.
(GARCIA, NAVARRO,2015):
Nesse caso, o preceptor solicitou uma pesquisa Hematológica, para verificar a
Produção , função e etapas de maturação Glóbulos Brancos, e que poderia
reforçar com o material solicitado, Produção e Função das plaquetas, Protrombima,
Glóbulos Vermelhos, assim juntando a parte da teoria com o processo em pratica no
equipamento, e na análise da leitura do exame, podendo assimilar um
interpretação do exame de maneira correta, e que se ocorresse alguma alteração
por problema na leitura da amostra analisada pelo equipamento, assim sendo
possível detectar e refazer uma nova verificação , para a certificação dos resultados,
e assim liberando no sistema I’Doctor, diretamente par o médico solicitante.

Figura 2 -CELL-DYN RUBY – aparelho que analisa e emite os resultados de Hematologia

Figura 3 – Exame VHS - Velocidade de Hemossedimentação, um tipo de exame de


sangue muito utilizado para detectar inflamações ou infecções no organismo.
14

5.1.1. Coleta sanguínea

O caso da coleta sanguínea, pra que seja dado seguimento nas análises
solicitadas, deve ter os materiais abaixo informado para uma boa obtenção dos
matérias a serem analisados, em uma sala com o aparato de coleta, e levado ao
laboratório de análises clínicas, assim deixando para a equipe plantonista, para que
seja dado a sequência dos exames a ser executados, e após os resultados emitidos
pelos aparelhos, seja direcionado via sistema ao solicitante.
No setor de coleta são realizadas as técnicas de extração do material a ser
analisado, assim como o preparo e orientação ao paciente. É necessário que haja a
execução dos procedimentos dentro das normas exigidas pela coordenação, são
instruções que visam a segurança do paciente e do profissional executante dos
procedimentos para que possamos ter resultados verdadeiros (JAPOLLA et al.,
2015). Nesse procedimento os matérias utilizados são: agulha, algodão, seringa
menor que 10 ml, luvas, álcool 70%, garrote, pinça, tubos anticoagulantes, lixeiras
para material limpo ou infectantes, cadeira confortável; óculos de proteção e
máscaras.
Como técnicas, esse procedimento exige:
 A identificação dos tubos com os dados cadastrais do paciente, tais
como, idade, nome e sexo, esse processo torna-se crucial para que não haja
conflitos no momento da análise.
 Orientação do paciente quanto o que será feito, devemos fazer as
perguntas básicas, como por exemplo: se está em jejum. Após isso, colocase a
agulha na seringa sem retirar a capa protetora e retira somente no momento da
punção.
 Movimentação do êmbolo e pressiona para retirar o ar, ajusta o garrote
5 cm acima do local de coleta e pedir ao paciente para fechar a mão e escolher a
veia mais proeminente.
 Fazer assepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool
70% com movimento retilíneo de baixo para cima ou circulares de dentro para fora,
retira a capa da agulha e faz a punção.
 Soltar o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa e coleta
aproximadamente 10 ml de sangue em adultos e, em crianças, coletar de 2 a 5 ml.
15

 Separar a agulha da seringa com o auxílio de uma pinça, descarta a


agulha em recipiente apropriado. Orientar o paciente a pressionar com algodão a
parte puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobra-lo.
 O sangue é transmitido para um tubo de ensaio sem anticoagulante ou
tubo específico.
5.1.2. Tubos de Coleta

A maioria dos tubos vêm com anticoagulantes, que são substâncias que
atuam para evitar a coagulação do sangue e, em determinados casos, retardam sua
deterioração. É essencial que o profissional possua três qualidades necessárias
para a realização do trabalho: conhecimento, domínio da técnica e habilidade
psicomotora. Na coleta de sangue, o método de extração pode variar de laboratório
para laboratório, sendo os principais: sistema fechado (sistema à vácuo) e sistema
aberto (uso de seringas) (WALLACH, 2018).
No caso, o laboratório do estágio realizado, seria um laboratório de apoio,
tendo em vista que os tubos de ensaio mais utilizados, seriam o da tampa Roxa,
Tampa Amarela, tampa vermelha e tampa azul;
 Tubo Roxo: Testes hematológicos e tipagem sanguínea, seus aditivos
são:
EDTA K2 ou K3.
 Tubo Vermelho: Testes bioquímicos e de sorologia, seu aditivo consiste
na ativação de coagulo.
 Tubo Amarelo: Testes bioquímicos e imunológicos, sorologia,
marcadores tumorais e cardíacos e dosagens de drogas terapêuticas, seu aditivo é o
gel separador.
 Tubo Azul: Provas de coagulação (principalmente em pacientes pré-
operatórios). Tem seu aditivo na forma de Citrato de sódio 9:1.
 Tubo Verde: Testes bioquímicos, seu aditivo é a heparina de lítio.
 Tubo Cinza: Testes de glicemia e lactato, seu aditivo é o fluoreto de
potássio + EDTA.
 Tubo Preto: Velocidade de hemossedimentação (VHS), possui Citrato
de Sódio 4:1
 Tubo Branco: Transporte de amostras (principalmente soro e LCR),
não possui aditivos.
16

 EDTA: Reage através de seus dois radicais ácidos com o cálcio


plasmático, formando um quelato, tornando-se um sal insolúvel, ou seja, ele irá se
ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata de coagulação será interrompida. Ele
também mantém as características histo-morfológicas das células, não altera o
percentual de hematócrito, não altera a concentração de hemoglobina e possibilita a
contagem das células em até 24 horas após coleta, se refrigerada de 2ºC a 8º C.
 Citrato de Sódio: A principal função do Citrato de sódio é formar um
quelato com o cálcio, ou seja, ele irá se ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata
de coagulação será interrompida. Conserva os fatores de coagulação.
 Fluoreto de Sódio: Ele é capaz de prevenir que hemácias e leucócitos
metabolizem a glicose. Inibe a glicólise.
 Heparina: É um anticoagulante natural, que serve também para dosar
gasometria (BB, 2018)

Figura 4 – Tubos de coleta a prova de coagulação

5.2. Bioquímica

O setor é composto por um aparelho automatizado para determinações


bioquímicas - CMD 600i em comodato com a empresa Wiener lab group. Assim
17

possui vários compartimentos numerados, dado o comando pelo operador do


computador, assim selecionando os exames a serem executados, com um leitor de
código de barra do tubo de ensaio, inserido no sistema I’Doctor, para que no
momento da retirada do material a ser analisados, não ocorra erro na coleta
robótica, Analisa-se parâmetro de glicose, Colesterol, Total e frações,
Triglicerídeos, Ácido Úrico, Proteínas Totais, Creatinina, Ureia, Amilase,
Transaminases (TGO, TGP), Fosfatase Alcalina, Ferro, YGlutão Transferase (gama
GT), entre outros, possui uma centrifuga para realizar a separação do soro, e após
seguir para análise do material bioquimicamente e um destilador para água; bem
como um computador para recebimento de amostras e liberação dos resultados.
A bioquímica consiste em uma ciência que medeia a química e a patologia,
responsável por investigar materiais orgânicos, como sangue e urina, em que seus
resultados refletem alterações metabólicas responsáveis pelo desenvolvimento de
doenças. Para Motta (2003) a bioquímica clínica propicia a análise de amostras
como urina, sangue, líquor, sêmen, líquidos pleurais, sinovial, ascítico, secreçőes
em geral em que se pode mensurar valores de analitos importantes para controle e
manutenção da homeostasia orgânica.
Além dessas definições é possível ainda afirmar que a bioquímica é a parte
da biologia que se preocupa com os processos químicos que ocorrem nos
organismos vivos. Sendo responsável pelo estudo das estruturas, da organização e
das transformações moleculares que ocorrem na célula.
Em grande parte das mensurações laboratoriais, os resultados podem variar
de um laboratório para outro, é necessário, portanto, que o usuário conheça quais os
procedimentos adotados para cada um e, dessa forma, deve atentar-se às variações
por idade, sexo, altura, estado fisiológico, como por exemplo, gravidez, lactação, que
se aplicam ao paciente em particular.
Na contemporaneidade as investigações bioquímicas são essenciais em
todos os ramos da medicina e fortemente inseridas nas relações médico-paciente.
Tal inserção se deve principalmente, às informações sobre exames e doenças que
são extensamente atualizadas, incluindo novas tecnologias como anticorpos
monoclonais, reação em cadeia da polimerase, citometria de fluxo, dentre outras
técnicas modernas que melhoram a precisão e a capacidade diagnóstica.
18

Figura 5 - Aparelho para realizar o TAP

5.3. Urinálise

A urinálise é o setor que faz análise da urina, um importante fluido que nos
proporciona verificar a função renal, hepática, acido básico, metabolismo dos
carboidratos e infecções do trato urinário. É um exame de baixo custo, e fácil
execução (Mundt;Shanahan, 2012).
 Para que serve fita de urina e seus parâmetros?
As tiras reativas de urina constituem um meio simples e rápido de realizar dez
ou mais análises bioquímicas clinicamente importantes, como pH, proteínas, glicose,
cetonas, hemoglobina, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, densidade e leucócitos;
O Exame físico é aquele que caracteriza o odor, o aspecto, a densidade e
volume da amostra.
Na análise da Lâmina, o tudo possui um padrão de 10 ml de urina, para que
seja centrifugado por uma média de 180 segundos, e a sedimentação que
permanece no fundo do tudo de ensaio e analisado no microscópio em uma lamina e
lamínula, a urina é desprezada na avaliação e verificados vários elementos como
células normais, bactérias, piocitos, tendo em vista que até 4 por campo seria raro, e
a partir de 10 piocitos por campo, seria numerosas.
A metodologia química utilizada é através da tira reagente, que tem como
finalidade a análise da amostra de urina, as informações básica que contém nesse
exames são: densidade, pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, esterase,
leucocitária, nitrito, bilirrubina e Urobilinogênio (Mandt;Shanahan, 2012).Densidade
19

específica: a densidade é uma medida das substâncias dissolvidas presentes na


urina. Trata-se de uma propriedade física da urina e uma expressão de
concentração.
• Cor: a coloração da amostra é medida por comparação com 4
comprimentos de onda de luz conhecidos (vermelho, violeta, azul e verde), que são
utilizados para determinar a cor e a tonalidade da amostra.
• Aspecto: A aparência da urina é descrita como límpida, turva ou
extremamente turva.
• pH: é um indicador do equilíbrio acidobásico. A determinação do pH
fornece informações valiosas para avaliar e tratar doenças e determinar a
propriedade de uma amostra para exame bioquímico. O pH de uma amostra de
urina recentemente eliminada varia de 5,0 a 6,0. O pH da urina pode ser controlado
por regulação dietética e medicação.
 O que é o pH da urina?
Entre os vários aspectos analisados no exame de urina, o pH é um fator
importantíssimo para investigar as condições clínicas dos pacientes, permitindo
saber como estão os hábitos alimentares da pessoa ou possíveis medicamentos que
ingere. De forma resumida, o pH (potencial hidrogeniônico) é uma espécie de escala
que serve para mensurar o grau de alcalinidade, neutralidade ou acidez de uma
solução.
O pH da urina, em suas condições normais, mostra numerações levemente
ácidas que vão de 5,5 a 7,5, usadas como parâmetro para verificar possíveis
anormalidades no sistema urinário e, porventura, problemas nas regiões
musculares. Se os valores estiverem abaixo de 5,5, isso pode significar doenças nos
túbulos renais, em contrapartida, acima de 7,5 é possível que haja a presença de
bactérias.
A sua alimentação pode influenciar bastante no pH do xixi, isso porque
alimentos como cereais, proteína animal e laticínios tendem a deixar o pH mais
ácido, no entanto, muitas frutas e verduras geram alcalinidade. Saber esse valor é
relevante para que os médicos façam as devidas recomendações, a fim de evitar
doenças e promover uma condição de vida mais saudável.
No que se refere aos elementos anormais, pode-se identificar o aparecimento
de sangue, fungos, bactérias, protozoários, espermatozoides, cristais, entre outros
sedimentos que se tornam prejudiciais ao aparelho urinário. Dependendo do que
20

constar no exame e da condição clínica da pessoa, a possibilidade de evidenciar


uma alguma doença é grande, mas cada caso é verificado com extremo cuidado.
• Glicose: a glicosúria indica habitualmente hiperglicemia devido ao
diabetes mellitus, mas também pode ser encontrada em pacientes com outras
causas de hiperglicemia, em pacientes com disfunção renal e durante a gravidez.
• Proteínas: o achado de proteína na urina indica principalmente doença
renal, porém nem sempre significa isso. A tira reagente é essencialmente sensível à
albumina. A presença de proteína na urina pode acontecer quando acontece algum
dano aos glomérulos ou aos túbulos renais. Em casos de inflamação ou cicatrizes
nos glomérulos, pode fazer a proteína e até mesmo hemácias e leucócitos na nossa
urina.
• Densidade precisa constar entre 1,005 e 1,030 e ter a ausência de
glicose, cetonas, proteínas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio e nitrito. Vale
ressaltarmos que o ácido ascórbico (vitamina C) também é analisado, tendo como
objetivo investigar se houve alguma interferência ou não nos resultados dos
aspectos químicos.

• O que pode causar nitrito na urina?

O resultado nitrito positivo indica que na urina foram identificadas bactérias


capazes de converter nitrato em nitrito, sendo indicativo de uma infecção urinária,
que deve ser tratada com antibióticos caso existam sintomas associados, como por
exemplo o Ciprofloxacino.
O que significa bilirrubina positivo na urina?

A presença de bilirrubina na urina normalmente é indicativo de problemas no


fígado e pode ser percebida devido à cor amarelo-escuro a alaranjada do xixi, sendo
confirmado por meio do exame de urina.
 O que é Urobilinogênio positivo na urina?
O urobilinogênio é um produto da degradação da bilirrubina pelas bactérias
presentes no intestino, que é levado para o sangue e excretado pelo rim. No
entanto, quando há grande quantidade de bilirrubina produzida, acontece um
aumento na concentração de urobilinogênio no intestino e, consequentemente, na
urina;
21

 O que significa glicose +++ na urina?


A glicosúria é uma expressão médica utilizada para descrever a presença de
glicose na urina, o que pode indicar a presença de alguns problemas de saúde,
desde diabetes até doenças renais, por exemplo.

 O que significa corpos Cetônicos positivos?


A presença de corpos cetônicos na urina, situação chamada de cetonúria,
normalmente é sinal de que está havendo um aumento da degradação dos lipídios
para gerar energia, uma vez que os estoques de carboidratos estão comprometidos,
o que pode acontecer nos casos de diabetes descompensada, jejum prolongado ou
dieta;
• Leucócitos: o achado de leucócitos é um indicador de inflamação; são
detectados leucócitos lisados e intactos.

Figura 6- Análise descritiva de Cetônicos positivos .


22

Figura 7– Interpretação da fita reagente de urina.


23

5.4 Imunologia
Os testes sorológicos empregados para auxiliar na confirmação diagnostica
das suspeitas clínicas de infeções, permitindo a obtenção de resultados em curto
espaço de tempo, em função de algumas características que incluem a simplicidade
de Execução, baixo custo operacional e a possibilidade de automação.
(BRASILEIRO, 2016).
Suas contribuições, entretanto, são inestimáveis, principalmente quando o
patógeno, ou seus produtos, dificilmente podem ser demonstrados nos fluidos
biológicos ou na estrutura hística do hospedeiro. Estes métodos são utilizados na
qualificação e quantificação de diversos componentes, incluindo antígenos,
anticorpos, imunocomplexos, enzimas e hormônios, entre outras moléculas
relacionadas ao processo inflamatório. (BRASILEIRO, 2016).
método sorológico pode ser qualitativo ou quantitativo. O método qualitativo
indica uma resposta do tipo “ou tudo ou nada”, por exemplo: aglutinou ou não
aglutinou, infectado ou não infectado. (BRASILEIRO, 2016).
O ensaio quantitativo mede a concentração de antígeno ou anticorpos,
podendo ser expressa sob a forma de cruzes, titulações, densidades Óticas em
reações fotocolorimétricas ou outras unidades de medida que se aplicam.
(BRASILEIRO, 2016).
Dos testes realizados no estágio os mais comuns são: ASLO, Proteína
Reativa C (PCR), Fator Reumatóide e V.D.R.L test.

ASLO
A etreptolisina O, produzida por quase todas as cepas de Streptococus
Pyogenes, é uma hemolisina oxigênio-lábil (inativa pelo oxigênio), com potente
Antigenicidade. O anticorpo formulado contra ela, o antiestreptolisina O, tem se
tornado o indicador de infecções estreptocócicas e suas complicações, tais como a
febre reumática e glomerulonefrite aguda. A concentração de anticorpos
Antiestreptolisina O aumento no final da primeira semana após a infecção
Estreptocócica e atinge seu valor máximo entre a 3º e 5º semanas, retornando, na
maioria dos casos, ao nível normal do segundo ao quarto mês.

Material
24

O Kit para pesquisa de antiestreptolina O em amostras de soro, usando-


se Partículas de látex revestidas com estreptolisina O por aglutinação indireta.

o Tubos de ensaio
o Estantes para tubos
o Rack de ponteiras
o Pipetas sorológicas
o Recipiente para descarte do material
o Salinas a 0,9%

Procedimento

Teste Qualitativo
1. Pipetar 25µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
2. Homogeneizar a suspensão de látex e pipetar 25µl na mesma área da
amostra.
3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente
com uma vareta plástica.
4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz,
observar durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação.

Teste semi-qualitativo
1. Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e
mais se necessário.
2.Pipetar 25µl de cada diluição em cada área do cartão-teste
3.Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde
se encontra a diluição da amostra.
4.Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com
uma vareta plástica (uma para cada diluição).
5.Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz,
observar durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras).
O título da amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação. A
concentração de ASLO será dada pelo seguinte cálculo.
25

Proteína Reativa (PCR)


Método para determinação da Proteína C Reativa (PCR) mediante
aglutinação de partículas de látex, sem diluição prévia da amostra. Somente para
uso diagnóstico In vitro. O método fundamenta-se em uma reação de aglutinação de
partículas de látex recobertas com Gama-Globulina anti-PCR, especialmente
tratadas para evitar Aglutinações inespecíficas. A aglutinação é visível em amostra
com concentração de PCR igual ou superior a 6 mg/L, de acordo com as referências
estabelecidas pelos Padrões Internacionais da OMS.
Material
o Lâmina
o Controle Positivo (Ref. 144.P).
o Controle Negativo (Ref. 144.N).
o Bastões Misturadores
o Pipetas para medir as amostras e realizar diluições
o NaCl 150 mmol/L (0,85%)
o Cronômetro

Procedimento

Teste Qualitativo
1.Pipetar 25 µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25 µl na mesma área da
amostra.
3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente
com uma vareta plástica.
4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz,
observar durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação.

Teste Semi-Qualitativo
1.Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e mais,
se necessário.
2.Pipetar 25 µl de cada diluição em cada área do cartão-teste.
26

3. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde


se encontra a diluição da amostra.
4.Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com
uma vareta plástica (uma para cada diluição).
5. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz,
observar durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras).
O título da amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação. A
concentração de PCR será dada pelo seguinte cálculo: Concentração (mg/litro) = 6 X
D, onde 6 é a sensibilidade do teste e D, a maior diluição que apresenta aglutinação.
EXEMPLO: Se o título obtido for 1:8, a concentração aproximada de PCR existente
na amostra será: 6 x 8 = 48 mg/litro.

Fator Reumatóide (FR)

O diagnóstico da artrite reumática é amplamente baseado no exame clínico,


mas os testes radiológicos e laboratoriais são úteis para confirmar o diagnóstico
clínico e para avaliar a severidade e curso da doença. Um dos mais uteis
marcadores clínicos da artrite reumatoide e o termo usado para descrever uma
variedade de Anticorpos (IgM, IgG, IgA e IgE) que podem se ligar ao fragmento Fc
de uma Imunoglobulina G. São, portanto, uma anti-imunoglobulina. O imuno-latex
FR é um teste bastante sensível, que utiliza partículas de látex revestidas com IgG
humana altamente purificada, estabilizada e suspensa em tampão glicina pH 8,2.

Material
o Kit para pesquisa de fator reumatoide
o Tubos de ensaio 13x75 mm para diluição e titulação
o Pipetas sorológicas
o Estante para tubos e rack com ponteiras
o Recipiente para descarte do material
o Salina 0,9%

Procedimento
Teste Qualitativo
1.Pipetar 25µl do soro do paciente em uma área do cartão-teste.
27

2. Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl na mesma área da


amostra.
3. Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente
com uma vareta plástica. 4. Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa
fonte de luz, observar durante 2 minutos a formação de uma eventual aglutinação.

Teste Semi-Qualitativo

1. Diluir o soro do paciente em salina (NaCl a 0,9%) 1:2, 1:4, 1:8, 1:16 e
mais se necessário.
2.Pipetar 25µl de cada diluição em cada área do cartão-teste.
3.Homogeneizar a suspensão de látex (1) e pipetar 25µl em cada área onde
se encontra a diluição da amostra.
4.Misturar muito bem o soro com o látex, espalhando-se cuidadosamente com
uma vareta plástica (uma para cada diluição).
5.Através de movimentos suaves de rotação, sob uma boa fonte de luz,
observar durante 2 minutos a formação de aglutinação (vide resultado das leituras).
O título da amostra corresponderá a maior diluição em que ocorrer aglutinação. A
concentração de FR será dada pelo seguinte cálculo: Concentração (UI/ml) = 8 X D,
onde 8 é a sensibilidade do teste e D, a maior diluição que apresenta aglutinação.
EXEMPLO: Se o título obtido for 1:8, a concentração aproximada de FR existente na
amostra será: 8 x 8 = 64Ul/ml.
V.R.D.L. test
A sífilis é uma doença venérea causada pelo Treponema pallidum, que possui
a capacidade de invadir as mucosas intatas ou a pele em áreas de abrasão. O
contato sexual é a forma mais comum de transmissão. A detecção e tratamento da
doença em seus estágios iniciais são fundamentais a fim de evitar complicações
graves como a sífilis cardiovascular, a neutrosífilis e a sífilis congênita. O diagnostico
desta doença sofre a carência de um método para cultivar o microrganismo em
meios de laboratório e a dificuldade para detectá-los nos estágios da doença nde
não se observam lesões epidémicas.
Apesar disso, desde o início da infecção aparecem no soro do individuo
infectado certas substâncias denominadas “reaginas” que reagem com antígenos de
28

cardiolipina, lecitina e colesterol. Estas reaginas juntamente com os sinais clínicos


são os procedimentos mais rápidos e uteis disponíveis para o diagnóstico.

Material
o 1 conta gota
o Agitador rotatório, ajustável a 180 r.p.m.
o Placa de vidro transparente com setores de aproximadamente 14 mm
de
o Diâmetro cada um.
o Micropipetas capazes de medir volumes indicados.
o Microscópio

Procedimento
Teste Qualitativo

1. Pipetar 50 µL da amostra ou dos controles em uma cavidade da placa


escavada (placa de Kline).
2. Dispensar 20 µL da suspensão antigênica sobre a amostra. Não é
necessário misturar os dois componentes.
3. Colocar a placa em um agitador mecânico e agitar durante 4 minutos a
180 rpm.
4. Imediatamente após 4 minutos, observar o resultado ao microscópio
utilizando o aumento de 100x, comparando o resultado da amostra com os obtidos
para os controles positivo e negativo.
OBS: As leituras devem ser realizadas imediatamente após o período de
agitação, pois leituras tardias podem apresentar resultados falsos.

Teste Semi-Quantitativo
1. Preparar diluições seriadas do soro, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32 em tubos de
ensaio utilizando solução salina (0,9%). Adicionar 0,1 mL de solução salina em cada
tubo. Transferir para o 1º tubo 0,1 mL da amostra que apresentou teste qualitativo
positivo. Misturar e transferir 0,1 mL do 1º para o 2º tubo, misturar e transferir 0,1 mL
29

do 2º para o 3º tubo e assim sucessivamente até o 5º tubo. Obtêm-se diluições ½,


¼, 1/8, 1/16, 1/32, respectivamente.
2. Pipetar 50 µL das diluições em cada cavidade da placa escavada
(placa de Kline).
3. Dispensar 20 µL da suspensão antigênica sobre a amostra. Não é
necessário misturar os dois componentes.
4. Colocar a placa em um agitador mecânico e agitar durante 4 minutos a
180 rpm.
5. Imediatamente após 4 minutos, observar o resultado ao microscópio
utilizando o aumento de 100x, comparando o resultado da amostra com os obtidos
para os controles positivo e negativo.
6. Será considerado como título a maior diluição da amostra que
apresentar aglutinação microscópica. Se a aglutinação estiver presente até 1/32,
continuar as diluições a partir do 5º tubo e prosseguir com o teste.
30

6. CONCLUSÃO
Através da realização do estágio em Farmácia foi possível observar a
amplitude da área de abrangência deste curso. Aliar a teoria à prática requer
domínios e conhecimentos ampliados dos profissionais atuantes. Essas experiências
práticas são cruciais no processo formativo, uma vez que possibilitam ao futuro
profissional farmacêutico o contato com a realidade que vivenciará assim que
assumir efetivamente sua profissão afim de contribuir com a sociedade.
A receptividade do preceptor e dos demais farmaceuticos envolvidos
propiciaram o aprendizado de forma expressiva e expansiva embasados na rotina
cotidiana que vivenciam. As orientações prestadas aos estagiários serão de grande
contribuição para que possamos desenvolver um trabalho conciso e promissor
sempre procurando atender as demandas intensificadas de todas as esferas sociais.
Diante dessas apreciações é possível dizer que, assim como em qualquer
outra área de profissionalização, o mercado de trabalho para o profissional de
Farmácia é bastante desafiador e exige, diante das diversas mudanças sociais e
tecnológicas, a adaptação e capacitação constante por parte do farmacêutico a fim
de que este possa destacar-se em sua área de atuação e prestar serviços eficazes
para o público que vai atende. Isto posto, chaga-se ao entendimento de que esta
etapa de estágio foi de importância extrema para que seu maior objetivo fosse
atingido, acrescentando assim mais experiências em seu processo de formação.
31

7. REFEÊNCIAS
A NR-32. SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE
SAÚDE. Disponível em:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/biologia/observado-noestagio.
Acesso em 2021.

ANÁLISES CLÍNICAS: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER.


Disponível em: https://www.hermespardini.com.br/blog/?p=115 (2018) acesso em
junho de 2021.

ANÁLISES CLÍNICAS. Rol de Procedimentos Profissionais. Pharmacia


Brasileira - Maio/Junho/Julho/Agosto 2007.

CRF-PR. Análises Clínicas e Toxicológicas. Guia da Profissão


Farmacêutica. 2 Ed. 2017

FARMÁCIA, C. DE; SÃO, U.; PAULO, S. A IMPORTÂNCIA DO


FARMACÊUTICO NA ÁREA DE ANÁLISES CLÍNICAS. p. 29–30, 2015.

Gestão da qualidade laboratorial: é preciso entender as variáveis para


controlar o processo e garantir a segurança do paciente – Análises Clínicas,
2011. Disponível em:
https://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/encarte_analises_clinicas.pd
f com acesso em junho de 2021.

JAPOLLA, G. et al. Teste imunocromatográfico de fluxo lateral: Uma


ferramenta rápida de diagnóstico. Enciclopédia biosfera, Centro Científico
Conhecer - Goiânia - GO., v. 11, p. 2635, 2015.

MOTTA, Valter T. Bioquímica Clínica para o Laboratório: Princípios e


Interpretações. 4ªed. Porto Alegre: Editora Médica Missau; São Paulo: Robe
editorial, EDUCS – Caxias do Sul, 2003.

WALLACH, Jacques. Interpretação de Exames Laboratoriais. 7ª.ed. Rio


de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000.

WATSON, J.D.; BAKER, T.A.; BEL, S.P.; GANN., A.; LEVINE, M.;
LOSICK, R. BIOLOGIA MOLECULAR DO GENE, 7ª. ED. ARTMED, 2015
32

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