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População Mundial

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POPULAÇÃO MUNDIAL

"O que é crescimento populacional?


Crescimento populacional é um conceito demográfico que designa o aumento do número total de
indivíduos de uma população que vive em um determinado lugar, abrangendo várias escalas
geográficas. Assim, podemos nos referir ao crescimento populacional de um bairro, uma cidade, um
estado, um país e também mundial.

O crescimento é calculado com base em outros indicadores demográficos que demonstram


transformações importantes em um conjunto populacional. São eles a taxa de mortalidade, taxa de
natalidade e o saldo migratório.

Embora seja um dado quantitativo, saber o índice de crescimento de determinada população auxilia
a compreender melhor a forma como se estabelecem as relações entre os seres humanos e o
espaço assim como a transformação deste, havendo, desse modo, a possibilidade de elaborar
políticas públicas de cunho econômico, social, ambiental e, além disso, de prever as tendências
futuras de crescimento.

Tipos de crescimento populacional


Existem dois tipos de crescimento populacional estudados na demografia: o crescimento vegetativo
ou natural e o crescimento absoluto.

Crescimento vegetativo: é aquele calculado por meio da diferença entre o número de nascimentos
e o número de mortes que ocorreram nesse grupo em um intervalo de tempo determinado. É
chamado também de crescimento natural.

Crescimento absoluto: leva em consideração o crescimento natural da população acrescido do


saldo migratório. Esse saldo nada mais é do que a diferença entre o número de pessoas que
imigram para um determinado local e aquelas que emigram, ou seja, que deixam aquela mesma
localidade.

Fatores que influenciam o crescimento populacional

Uma grande diversidade de fatores inerentes a uma população ou à conjuntura econômica, política
e social de um território interfere direta ou indiretamente no comportamento de uma população,
podendo levar ao seu crescimento ou diminuição. Entre aqueles que condicionam o crescimento
demográfico, podemos citar:

Avanços na área saúde como surgimento de novos tratamentos, remédios, vacinas e ampliação do
acesso da população a serviços desse setor, o que pode garantir a queda dos índices de mortalidade
infantil, melhor qualidade de vida à população local e aumento da expectativa de vida, com queda
da taxa de mortalidade geral da população;
Aumento das taxas de natalidade, isto é, do número de nascimentos em um local, se comparado à
taxa de mortalidade;

Desenvolvimento econômico e melhorias infraestruturais urbanas que podem suscitar tanto o


crescimento vegetativo quanto absoluto, atraindo maior número de migrantes e motivando a
menor saída de pessoas;

Oferta de serviços e infraestrutura que, de modo geral, contribuam para uma melhor qualidade de
vida em uma determinada localidade.

Avanços tecnológicos na saúde e a maior oferta de serviços e cuidados à população favorecem o


crescimento populacional.

Crescimento populacional mundial


A população mundial conta atualmente com 7.794.799.000 de habitantes, de acordo com os dados
da Organização das Nações Unidas (ONU) para o ano de 2020. Em um intervalo de uma década, a
taxa de crescimento da população do planeta caiu de 1,2% ano em 2010 para 1,1% em 2020, o que
indica a manutenção do aumento populacional, mas a ritmo cada vez mais lento, que vem
diminuindo gradualmente com o passar do tempo.

Acredita-se que, nos próximos anos, a população mundial crescerá cerca de 10%, atingindo a marca
de 8,5 bilhões em 2030. Mais 1,2 bilhão de pessoas serão acrescidas à população do planeta entre
2030 e 2050, e, até o final do século, o mundo terá 10,9 bilhões de habitantes, o que significa um
crescimento de 42% quando comparado ao cenário atual. O relatório aponta, no entanto, que esse
crescimento não se dá de forma homogênea em todos os continentes, e o contraste é ainda maior
quando se analisa país a país.

A região da África Subsaariana é a que apresenta maiores taxas de crescimento, e contribuirá com a
maior parte do aumento da população mundial nos próximos anos. De modo geral, espera-se que o
aumento da população da África represente metade do crescimento populacional mundial até
2050.

Em contrapartida, a Europa e a América do Norte passam por um processo de intensa


desaceleração do crescimento populacional devido ao encolhimento do número de habitantes em
alguns países, menores taxas de natalidade e tendência de envelhecimento populacional, o que
reflete no cômputo geral do número de habitantes do planeta. Entre os países com redução
populacional, estão aqueles que formam a região do Leste Europeu.

O atual crescimento da população mundial se deve sobretudo às taxas de fertilidade, que se


encontram em 2,5 filhos por mulher com tendência de queda para 2,2 até 2050. Em países
subsaarianos, do norte da África; alguns países da Oceania, com exceção da Nova Zelândia e
Austrália; e de regiões da Ásia, os índices são mais elevados do que a média mundial.

Estudos publicados recentemente indicam, no entanto, que as estimativas da ONU podem estar
superestimadas e o crescimento populacional futuro pode ser menor do que o esperado. Um fator
que afetará o comportamento dessa curva, e que começou em 2020, é a pandemia da covid-19.
Com o avanço do número de mortes decorrentes da doença e a desaceleração da taxa de
natalidade em muitos países, a tendência é a diminuição ainda maior do ritmo no qual a população
mundial cresce."

As principais teorias demográficas


Essas teorias são instrumentos utilizados para o crescimento da população. Entre os fatores
considerados estão o crescimento natural ou vegetativo e a taxa de migração.

Teoria Malthusiana
Elaborada por Thomas Malthus em 1798, essa teoria indica dois postulados:

Primeiro postulado de Malthus

As guerras, desastres naturais e epidemias são um meio de controle do crescimento


desordenado da população. Na falta de qualquer um desses eventos, a população tenderia
a duplicar no período de 25 anos.

Malthus explica que o crescimento populacional seria em progressão geométrica: 2, 4, 8, 16,


32 e esse crescimento ocorreria sem parar.

Segundo postulado de Malthus

Enquanto a população cresceria de maneira geométrica, a oferta de alimentos só ocorreria


em progressão aritmética: 2,4,6,8,10. Ou seja, não haveria alimentos para todos. A principal
consequência seria a fome.

Além da escassa oferta de alimentos, Malthus considerava o limite territorial. Assim, para o
teórico, haveria um momento em que toda a área agricultável do planeta estaria ocupada. E,
com a população crescendo sem nenhuma forma de controle, o Planeta entraria em colapso
sem alimentos.

Para evitar o problema, Malthus sugeriu que as pessoas tivessem filhos somente se
pudessem ter áreas agricultáveis para o suportar. Ele era um pastor anglicano e, na época,
contra a aplicação de métodos anticoncepcionais. Por isso, seu conselho foi denominado
sujeição moral.

Crítica à teoria de Malthus: Na época em que foi elaborada, a teoria de Malthus resultou
da observação de uma limitada área de comportamento rural. Não foi prevista a
urbanização, a tecnologia aplicada à produção de alimentos e a distribuição irregular das
riquezas do Planeta.

Teoria Neomalthusiana
Essa teoria aponta que uma população jovem e em elevada quantidade necessita de
pesados investimentos em educação e saúde. Em consequência, cai a oferta de recursos
para a produção de alimentos.

A teoria neomalthusiana defende que quanto maior o número de habitantes, menor a


possibilidade de distribuição de renda.

Os postulados dessa teoria foram discutidos a primeira vez no fim da Segunda Guerra
Mundial, em 1945. Na conferência de paz que deu origem à ONU (Organização das Nações
Unidas), foram discutidas as estratégias para evitar uma nova guerra.

Os participantes concluíram que somente a paz pode reduzir as desigualdades. Nesse


contexto, houve a tentativa de explicar a fome nos países pobres com a elaboração da
teoria neomalthusiana.

Críticas à teoria Neomalthusiana: Embora mais evoluída, a teoria neomalthusiana tem a


mesma base de Malthus, que aponta o excesso populacional como responsável pela
escassez de alimentos.

Teoria Reformista
Essa teoria é uma inversão das duas anteriores. Ela defende que é preciso enfrentar os
problemas sociais e econômicos para existir o controle espontâneo de natalidade.

O número de filhos cai à medida que as famílias são atendidas com serviços de melhor
qualidade e elevam o padrão de vida.

As conclusões foram retiradas de países desenvolvidos, com elevada população jovem, e


onde as taxas de natalidade caíram de maneira espontânea sem nenhum dos eventos
citados por Malthus. Também nesses países não foram verificados os princípios da teoria
neomalthusiana porque os jovens tinham acesso a emprego e, em consequência, a
produção de alimentos era adequada e suficiente.

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