VERONICA
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Discente: Docente:
Verónica David Machimbuko.
1. Introdução .................................................................................................................... 4
3. Conclusão................................................................................................................... 10
1. Introdução
A relação jurídica é uma das bases fundamentais do direito, visto que serve para regular as
interacções entre indivíduos ou instituições em sociedade. Dentro da relação jurídica, o seu
objecto assume um papel crucial, pois é o que determina a finalidade da obrigação ou do direito
em questão. O objecto da relação jurídica pode ser diversificado, podendo incluir bens
corpóreos, bens incorpóreos e outros interesses legítimos que as partes desejam ver protegidos
pelo ordenamento jurídico.
Este trabalho tem como objectivo aprofundar a análise sobre o objecto da relação jurídica,
abordando conceitos centrais e discutindo a sua importância na estrutura jurídica e nas
interacções sociais.
1.1.Objectivos da Pesquisa
1.2.Metodologias do Trabalho
Os dados bibliográficos, que foram produzidos ao longo da pesquisa sobre a temática que foi
abordado por diversos autores em vários artigos e revistas que foram capazes de oferecer uma
abordagem mais ampla para auxiliar a recolha de dados por meio da pesquisa documental.
1.3.Estrutura do trabalho
Este trabalho está organizado em várias secções que se complementam de forma lógica e
sequencial. Começa por uma introdução ao tema e à relação jurídica, seguindo para uma análise
detalhada do conceito de objecto da relação jurídica, suas características e importância no
direito. A parte final do trabalho foca-se nas consequências jurídicas e nas conclusões.
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A relação jurídica é definida como o vínculo que une duas ou mais pessoas, sujeitas às normas
de direito, através de direitos e deveres. Esta relação surge da necessidade de regular as
interacções entre os sujeitos de direito. Segundo Menezes Cordeiro (2009), “a relação jurídica
é a matriz da qual resultam as obrigações que ligam os sujeitos”.
A relação jurídica é definida como um vínculo entre dois ou mais sujeitos de direito, em que
uma parte possui direitos e outra tem deveres correlativos. Tal conceito é amplamente discutido
por autores como Orlando Gomes (2007), que afirma que “a relação jurídica é a ponte através
da qual os direitos se concretizam, permitindo que o ordenamento jurídico regule as interacções
humanas”.
Segundo Silvio de Salvo Venosa (2010), a relação jurídica é essencial para o funcionamento da
sociedade, pois “sem a determinação precisa das interacções entre os indivíduos, a ordem social
colapsaria”. Venosa ainda aprofunda a ideia da relação jurídica como um fenómeno dinâmico,
em que os sujeitos podem ser modificados, assim como o objecto e os factos jurídicos que a ela
se referem.
Os sujeitos da relação jurídica podem ser tanto pessoas singulares quanto colectivas. No
entanto, a capacidade jurídica e a personalidade jurídica são elementos determinantes para que
esses sujeitos possam participar de relações jurídicas. A respeito disso, Maria Helena Diniz
(2011) destaca que “a personalidade jurídica é a aptidão genérica para ser titular de direitos e
deveres, enquanto a capacidade jurídica é a possibilidade de exercer efectivamente esses
direitos”.
António Menezes Cordeiro (2009) sublinha que “os sujeitos da relação jurídica têm uma
posição central no estudo do direito civil, uma vez que é através deles que se concretizam as
normas jurídicas”. Para ele, a capacidade de agir e a responsabilidade jurídica são dois
princípios fundamentais no tratamento dos sujeitos, permitindo distinguir os intervenientes
numa relação jurídica.
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Bens Corpóreos
O objecto da relação jurídica pode ser qualquer bem, corpóreo ou incorpóreo, que tenha valor
económico ou interesse jurídico. De acordo com Orlando Gomes (2007), os bens corpóreos são
os mais frequentes nas relações obrigacionais e patrimoniais. São definidos como “bens
tangíveis, que podem ser apreendidos pelos sentidos e são susceptíveis de apropriação”.
No que respeita à classificação dos bens corpóreos, o Código Civil Português distingue-os entre
bens móveis e imóveis. Os bens móveis são aqueles que podem ser deslocados sem alteração
substancial da sua natureza, enquanto os bens imóveis, por sua natureza ou por acessão física,
estão fixados ao solo. António Menezes Cordeiro (2012) destaca que “a classificação dos bens
corpóreos em móveis e imóveis tem implicações jurídicas importantes, especialmente no
âmbito dos contratos de compra e venda e no direito das sucessões”.
Bens Incorpóreos
Os bens incorpóreos, por outro lado, são aqueles que não possuem existência física, mas
representam direitos ou interesses que podem ser objecto de relações jurídicas. Exemplos
incluem os direitos autorais, patentes e marcas registadas. Segundo Maria Helena Diniz (2011),
“os bens incorpóreos são fundamentais no direito contemporâneo, particularmente nas áreas de
propriedade intelectual e direito empresarial”.
Sousa Franco (2001) argumenta que “os bens incorpóreos, embora não sejam tangíveis,
possuem valor económico significativo e são frequentemente objecto de transacções no mundo
globalizado, especialmente nas indústrias tecnológicas e criativas”.
Direitos e Deveres
No direito das obrigações, a distinção entre obrigações de dar, fazer ou não fazer está
intrinsecamente ligada aos direitos e deveres. O direito a uma prestação pode estar relacionado
com bens corpóreos (dar um bem móvel) ou incorpóreos (transmissão de um direito). Sobre
esta matéria, João Calvão da Silva (2007) aponta que “as obrigações e os direitos nascem, na
maioria dos casos, de negócios jurídicos, como contratos, mas também podem derivar de factos
ilícitos ou de actos unilaterais”..
Facto Natural
O facto jurídico é o acontecimento que dá origem a uma relação jurídica, sendo classificado
como natural ou voluntário. Os factos naturais são aqueles que ocorrem independentemente da
vontade humana, como o nascimento, a morte, ou o decurso do tempo, e podem gerar direitos
e deveres.
Segundo Orlando Gomes (2007), “os factos naturais constituem a base de muitos direitos, como
o direito à personalidade, que se inicia com o nascimento e termina com a morte”. Tais factos
podem gerar consequências jurídicas sem a intervenção da vontade das partes, como sucede no
direito sucessório, em que a morte de uma pessoa é o facto que origina a transmissão dos bens
aos herdeiros.
Facto Voluntário
Os factos voluntários, por sua vez, são os actos jurídicos praticados por vontade humana, como
a celebração de um contrato ou a constituição de uma sociedade. Maria Helena Diniz (2011)
define o facto jurídico voluntário como “aquele que se baseia na manifestação da vontade dos
sujeitos, com o propósito de produzir efeitos jurídicos”.
Estes factos podem ser lícitos ou ilícitos. João Calvão da Silva (2007) afirma que “os factos
jurídicos ilícitos, como o incumprimento contratual ou a prática de um crime, acarretam para o
responsável a obrigação de reparar o dano causado”.
Por outro lado, os factos jurídicos lícitos, como os contratos, produzem efeitos benéficos e são
fundamentais para o ordenamento jurídico.
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3. Conclusão
Este trabalho permitiu aprofundar a análise do objecto da relação jurídica, ressaltando a sua
importância no contexto do direito civil. Com base em diversas doutrinas e autores renomados,
foi possível perceber a relevância dos bens corpóreos e incorpóreos, bem como dos direitos e
deveres, para a construção das interacções jurídicas. A análise dos factos jurídicos, tanto
naturais quanto voluntários, e as suas respectivas consequências, demonstrou a complexidade
que permeia o estudo das relações jurídicas.
O objecto da relação jurídica é um dos seus elementos mais importantes, uma vez que define o
conteúdo das obrigações ou dos direitos entre as partes. A distinção entre bens corpóreos e
incorpóreos, bem como a relevância dos direitos e deveres, demonstra a amplitude das relações
jurídicas no ordenamento. Através deste estudo, foi possível perceber a complexidade do
objecto da relação jurídica e a sua influência nas práticas legais quotidianas.
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4. Bibliografia final
Lima, P. & Varela, A. (2005). Teoria Geral do Direito Civil. Coimbra: Almedina.