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Terapias Alternativas e Complementares para Criancas Com Condicoes Cronicas de Saude

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CAPÍTULO 13

TERAPIAS ALTERNATIVAS E COMPLEMENTARES


PARA CRIANÇAS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS
DE SAÚDE

Data de submissão: 14/04/2023 Data de aceite: 02/06/2023

Thaysy Andrade Silva Bispo RESUMO: Objetivo: Identificar evidências


Universidade Federal da Bahia – UFBA acerca dos tipos e benefícios das terapias
Salvador, BA alternativas e complementares utilizadas
http://lattes.cnpq.br/0227997210922497 em crianças com condições crônicas de
saúde. Método: Revisão integrativa da
Isabelle de Araújo Brandão
literatura realizada entre julho e dezembro
Universidade Federal da Bahia – UFBA
de 2022, utilizando os descritores: Terapias
Salvador, BA
http://lattes.cnpq.br/4305055940301151 Alternativas AND Criança. Nas bases
de dados da Biblioteca Virtual de Saúde
Lilian Almeida Valim (BVS) onde estão indexadas as bases de
Universidade Federal da Bahia – UFBA dados Lilacs, Medline, Bdenf, entre outras.
Salvador, BA Foram incluídos artigos completos, que
http://lattes.cnpq.br/6076518285459055 abordassem o uso de terapias alternativas e
Simone Cardoso Passos complementares em crianças com condições
Escola Bahiana de Medicina e Saúde crônicas de saúde, nos idiomas português,
Pública, inglês ou espanhol, dos últimos 5 anos;
Salvador, BA foram excluídas revisões, dissertações,
http://lattes.cnpq.br/4401318473138339 teses e artigos duplicados. Resultados:
Foram analisados nove artigos. Os tipos
Marcia Maria Carneiro Oliveira
de terapias e práticas complementares
Universidade Federal da Bahia – UFBA
utilizadas foram: fitoterapia, aromaterapia,
Salvador, BA
acupuntura, homeopatia, vitaminas/
http://lattes.cnpq.br/9520192413438005
suplementos, massagem e oração/fé. Os
Maria Carolina Ortiz Whitaker benefícios identificados foram redução
Universidade Federal da Bahia – UFBA dos sintomas relacionados ao tratamento,
Salvador, BA sensação de bem-estar geral, melhoria
http://lattes.cnpq.br/6875001399155652 da qualidade de vida, redução dos níveis
de glicose, fortalecimento do sistema
imunológico, diminuição das convulsões,
controle da ansiedade, relaxamento e

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 113


melhora na qualidade do sono. Conclusão: As terapias alternativas e complementares
proporcionam bem estar e melhoria no enfrentamento de sintomas físicos e emocionais
de crianças com condições crônicas e podem ser inseridas no cuidado de enfermagem,
entretanto, as profissionais precisam de formação e experiência para a realização de tais
práticas.
PALAVRAS-CHAVE: Criança; Doença crônica; Enfermagem; Família; Terapias
complementares

ALTERNATIVE AND COMPLEMENTARY THERAPIES FOR CHILDREN WITH


CHRONIC HEALTH CONDITIONS
ABSTRACT: Objective: To identify evidence about the types and benefits of alternative and
complementary therapies used in children with chronic health conditions. Method: Integrative
literature review carried out between july and december 2022, using the descriptors: Alternative
Therapies AND Child. In the Virtual Health Library (VHL) databases, where they are indexed
as Lilacs, Medline, Bdenf databases, among others. Complete articles were included,
which addressed the use of CAM in children with chronic health conditions, in portuguese,
english or spanish, in the last 5 years; reviews, dissertations, theses and duplicate articles
were excluded. Results: Nine articles were analyzed. The most used types of CAM were:
herbal medicine, aromatherapy, acupuncture, homeopathy, vitamins/supplements, massage
and prayer/faith. Chronic conditions were cancer, type 1 diabetes mellitus and epilepsy. The
benefits were reduction of symptoms related to cancer treatment, feeling of general well-
being, improvement in quality of life, reduction in glucose levels, strengthening of the immune
system, decrease in seizures, control of anxiety, relaxation and improvement in sleep quality.
Conclusion: Alternative and complementary therapies provide well-being and improve
coping with physical and emotional symptoms of children with chronic conditions and they
can be included in nursing care, however, professionals need training and experience to carry
out such practices.
KEYWORDS: Child; Chronic disease; Complementary therapies; Family; Nursing

1 | INTRODUÇÃO
O National Center for Complementary and Integrative Health (NCCIH) interpreta
a Medicina Complementar Alternativa (MCA) como um agrupamento de cuidados,
práticas e sistemas que não são encarados como pertencentes à medicina convencional.
Denominadas como Complementares quando usadas em adição aos tratamentos
convencionais e como Alternativas quando usadas em vez do tratamento convencional, as
terapias complementares e alternativas são reconhecidas como práticas de corpo e mente,
utilização de produtos naturais e práticas de manipulação corporal (NCCIH, 2021).
No Brasil, a MCA/MTCI é sinônimo das Práticas Integrativas e Complementares em
Saúde (PICS), institucionalizadas no país através de sua Política Nacional no ano de 2006.
Essas práticas visam atender o sujeito de forma holística e transversal, ou seja, buscam
cuidar dos aspectos físicos e biopsicoespirituais em todos os níveis de atenção do Sistema

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 114


Único de Saúde (SUS), além de dar ênfase para o acolhimento, escuta e vínculo entre o
usuário e o profissional (BRASIL, 2022).
Com o objetivo de favorecer a integração entre o modelo biomédico de cuidado
e o modelo complementar, ações para o diagnóstico, avaliação e tratamento e o olhar
ampliado proporcionado pelas terapias alternativas e complementares são recomendados
para as diferentes fases do ciclo vital (BLACK et al., 2018). Desta forma, as terapias
podem ser usadas na infância, com atenção às particularidades apresentadas pela fase
de desenvolvimento e pelas necessidades especiais apresentadas, como exemplo as
demandas provocadas pelas condições crônicas de saúde (TORRES et al., 2021).
Dados internacionais revelam que nos Estados Unidos, mais de 40% das crianças
em idade escolar e adolescentes vivem, atualmente, com pelo menos uma das 20 doenças
crônicas mais comuns na infância (CHILD AND ADOLESCENT HEALTH MEASUREMENT
INITIATIVE, 2020). Já no Brasil, 9 a 11% das crianças e adolescentes apresentam alguma
condição crônica de saúde (IBGE, 2010).
Segundo dados de um boletim publicado no ano de 2020 (FIOCRUZ, 2020), mapas
de evidências e sínteses de revisões de literatura contribuíram para auxiliar a Coordenação
Nacional a elaborar subsídios sobre o uso de PICS no suporte às condições crônicas. Dentre
as mais estudadas encontram-se a meditação, acupuntura/auriculoterapia, fitoterapia, yoga
e práticas corporais - tai chi chuan e qi gong - da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Elas
foram utilizadas nos programas de prevenção e controle da hipertensão e fatores de risco
para doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, ansiedade e depressão em adultos.
Dentre os benefícios relacionados ao uso de PICS nas doenças crônicas estão a
redução do Índice de Massa Corporal (IMC) e peso, servindo de suporte também para
distúrbios alimentares e compulsão alimentar, redução do stress, estabilidade da pressão
arterial, redução da frequência cardíaca e triglicerídeos, bem estar emocional, melhorias na
percepção da qualidade de vida.
Entende-se por crianças com Condições Crônicas Complexas (CCC) de saúde,
aquelas que apresentam uma ou mais condição crônica, necessidades de serviços
específicos e por tempo prolongado/contínuo; com limitação funcional e grande dependência
de serviços de saúde. (COHEN et al., 2011).
Para estas crianças, que apresentam fragilidades física, social e emocional alguns
dos benefícios com o uso de PICS estão relacionados ao alívio do sofrimento causado
pela doença, na percepção de medos e de suas próprias necessidades e para aumentar a
esperança na melhora do quadro e no bem estar (MORAIS; ALVES; PEREIRA, 2021)
Ao analisar a realidade dos campos de intervenção na área da saúde, é observado
que esta área carece de subsídios e bases fundamentadas, que lhe dêem visibilidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece objetivos estratégicos para alcançar
a ampliação das práticas alternativas e complementares. Entre esses, destaca-se o de
fortalecer a qualidade, a segurança, o uso adequado e a eficácia das práticas; e o de

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 115


promover a cobertura universal por meio da apropriada integração das PICS nos serviços
de saúde (WHO, 2019). Esse destaque pode derivar da sistematização do conhecimento,
principalmente no que tange às especificidades das condições crônicas de crianças e suas
necessidades (MOREIRA; GOMES, 2014).
Sendo assim, este estudo tem por objetivo identificar evidências acerca dos tipos
e benefícios das terapias alternativas e complementares utilizadas em crianças com
condições crônicas de saúde.

2 | METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, sendo este um método que
tem como finalidade sintetizar resultados obtidos em pesquisas sobre um tema ou questão,
de maneira sistemática, ordenada e abrangente. Fornece informações amplas sobre um
assunto/problema, constituindo, assim, um corpo de conhecimento sobre determinado
tema. Além disso, possibilita ao pesquisador sintetizar o conhecimento científico a
respeito do objeto do estudo, de modo a identificar lacunas existentes (ERCOLE; MELO;
ALCOFORADO, 2014).
Para a operacionalização desta pesquisa, foram realizadas as seguintes etapas:
elaboração da questão norteadora, busca na literatura, extração de dados e categorização
dos estudos, análise crítica dos estudos incluídos, interpretação dos resultados e
apresentação da revisão integrativa (DANTAS et al., 2022).
A questão norteadora foi elaborada por meio do uso da estratégia PICO (SANTOS;
PIMENTA; NOBRE, 2007), sendo este um acrônimo para Paciente- Crianças com condições
crônicas, Intervenção- Terapias alternativas e complementares, Comparação- Não se
aplica e Outcomes- Tipos e benefícios das PICS utilizadas. Assim, construiu-se a seguinte
questão norteadora: Quais são as evidências científicas acerca dos tipos e benefícios das
terapias alternativas e complementares em crianças com condição crônica de saúde?
A busca nas bases de dados ocorreu nos meses de julho a dezembro de 2022 e
foi realizada por duas pesquisadoras independentes, de modo a evitar o viés de seleção.
Utilizou-se a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), onde estão indexadas
as bases de dados Lilacs, Medline, Bdenf, entre outras. As discordâncias foram resolvidas
por consenso, com comparação dos resultados das buscas e verificação das diferenças
dos achados. Para busca nas bases de dados foram utilizados os seguintes descritores
indexados e suas respectivas sinonímias do Medical Subject Headings (MeSH): Alternative
Therapies AND Child. Os cruzamentos dos termos MeSH nas bases de dados foram
combinados entre si por meio do conector booleano “AND” com a seguinte estratégia de
busca (“Alternative Therapies”[Mesh]) AND “Child”[Mesh]).
Foram incluídos artigos completos, disponíveis nas bases de dados adotadas, que
abordassem o uso de terapias alternativas e complementares em crianças com condições

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 116


crônicas de saúde, nos idiomas português, inglês ou espanhol, publicados nos últimos
5 anos, buscando-se explorar ao máximo as publicações acerca da temática. Foram
excluídos os artigos duplicados e aqueles que não abordaram o uso de PICS em crianças.
Após a leitura dos títulos e resumos, bem como a aplicação dos critérios de inclusão
e exclusão, realizou-se a análise bibliométrica, foram selecionadas as informações a
serem extraídas dos estudos: autores, nome do periódico, título do artigo, ano e local de
publicação, nível de evidência, principais resultados acerca dos tipos e benefícios das e
complementares para crianças com condições crônicas.
Para identificação do nível de evidência, adotou-se a seguinte classificação
hierárquica: no nível 1, as evidências provenientes de revisão sistemática ou metanálise
ou oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos
randomizados controlados; nível 2, evidências derivadas de ensaio clínico randomizado
controlado; nível 3, evidências obtidas de ensaios clínicos; nível 4, evidências provenientes
de estudos de coorte e de caso-controle; nível 5, evidências originárias de revisão
sistemática de estudos descritivos e qualitativos; nível 6, evidências derivadas de um único
estudo descritivo ou qualitativo; nível 7, evidências oriundas de opinião de autoridades e/ou
relatório de comitês de especialistas (MELNYK; FINEOUT-OVERHOLT, 2005).
Para esse estudo entende-se condições crônicas de saúde a definição dada
pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil, na sua Portaria 483, de 1/4/2014: “condições
de longa duração, em geral incuráveis, não transmissíveis, podendo deixar sequelas,
impor limitações às funções do indivíduo e requerer adaptação”. São consideradas
condições crônicas na infância e adolescência: alergias, obesidade, asma, fibrose cística,
doenças genéticas como a Síndrome de Down, cardiopatias congênitas, diabetes, anemia
falciforme, desnutrição, infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, deficiência de
desenvolvimento neuropsicomotor, paralisia cerebral, consequências da prematuridade e
baixo peso ao nascer, doenças mentais, epilepsia, cânceres, doenças renais e doenças
reumatológicas e outras (BRASIL, 2014).
Para análise e extração dos dados, os artigos foram numerados e foi elaborada uma
tabela. O processo de busca e seleção dos artigos da amostra final encontra-se através do
fluxograma prisma na Figura 1.

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 117


Figura 1 - Fluxograma prisma da revisão integrativa sobre o uso de terapias alternativas e
complementares em crianças com condições crônicas de saúde. Fonte: autoria própria.

3 | RESULTADOS
No quadro 1, é possível visualizar a distribuição dos 09 artigos analisados, segundo
autores e periódicos, título do artigo, objetivos, ano e país de publicação, tipo de estudo e
nível de evidência. No quadro 2 destacam-se os tipos e benefícios das terapias alternativas
e complementares em saúde encontrados nos artigos.

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 118


Tipo de
Código Autores e Título Objetivos Ano e País estudo e
Periódico Nível de
Evidência

Lüthi E, Diezi M, Uso de medicina Explorar o uso de 2021 Estudo


Danon N, Dubois J, complementar e MCA por pacientes transversal
A1 - 15 Pasquier J, Burnand alternativa por oncológicos pediátricos Suíça retrospectivo
B et al. pacientes oncológicos em relação a intervalos
pediátricos antes, de tempo específicos nível 6
BMC durante e após o
Complementary tratamento
Medicine Therapies
Stub T, Quandt SA, Necessidades de Descrever como os pais 2021 Etnografia
Kristoffersen AE, comunicação e que tiveram filhos com focalizada
A2 - 16 Jong MC, Arcury TA informação sobre câncer se comunicaram Noruega
medicina complementar com os profissionais de nível 6
BMC e alternativa: um estudo saúde convencionais
Complementary qualitativo com pais de sobre MCA e que tipos e
Medicine Therapies crianças com câncer fontes de informação eles
gostariam de receber
quando a criança estava
doente

Mayan M, Alvadj Um cuidador, Compreender os papeis 2020 Estudo


T, Punja S, Jou H, um especialista, emergentes dos pais de descritivo
Wildgen S, Vohra S um paciente: crianças hospitalizadas Canadá qualitativo
A3 - 17 como as terapias com condições de risco
Explore (NY) complementares de vida; nível 6
apoiam os papeis dos Explorar como as
pais de crianças com terapias complementares
condições de risco de integradas aos cuidados
vida em ambientes pediátricos convencionais
hospitalares podem mudar e/ou apoiar
esses papeis

Rocha V, Ladas EJ, Crenças e Investigar padrões, 2017 Estudo


Lin M, Cacciavillano determinantes do uso crenças e determinantes transversal
W, Ginn E, Kelly KM da Medicina Tradicional do uso de MTC entre Argentina e
A4 - 18 et al. Complementar / crianças sul-americanas Uruguai nível 6
Alternativa em com câncer
JCO Global pacientes pediátricos
Oncology em tratamento de
câncer na América do
Sul
Machado LCB, Medicina complementar Construir um perfil e 2017 Estudo
A5 - 19 Alves C e alternativa em avaliar a prevalência transversal
crianças e adolescentes da MCA em crianças e Brasil
Pediatric brasileiros com diabetes adolescentes brasileiros nível 6
Endocrinology mellitus tipo 1 com DM1 em tratamento
Diabetes and convencional
Metabolism

Cheng MH, Hsieh Terapia complementar Discutir os efeitos dos 2013 Estudo de
A6 - 20 CL, Wang CY, Tsai da medicina tradicional tratamentos da medicina caso
CC, Kuo CC chinesa para controle tradicional chinesa (MTC) Taiwan
da glicemia em paciente no diabetes mellitus nível 6
Complementary com diabetes tipo 1 tipo 1
Therapies in
Medicine

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 119


Lam CS, Cheng YM, Uso de medicina Explorar o padrão de 2022 Estudo
Li HS, Koon HK, Li complementar ou uso de MCA entre transversal
CK, Ewig CLY et al. alternativa e interações sobreviventes chineses China descritivo
potenciais com de câncer infantil;
A7 - 21 Journal of Cancer medicamentos crônicos Identificar potenciais nível 6
Survivorship entre sobreviventes interações
chineses de câncer medicamentosas e
infantil fatores que predizem o
uso de MCA

Afungchwi GM, Levantamento do uso Determinar a 2022 Estudo


Kruger M, Hesseling de medicina tradicional prevalência e os tipos prospectivo
P, van Elsland e complementar entre de medicina tradicional Camarões transversal
A8 - 22 S, Ladas EJ, crianças com câncer e complementar
Marjerrison S em três hospitais em (MTC) usados ​​em nível 6
Camarões Camarões; Explorar os
Pediatric Blood & determinantes do uso de
Cancer MTC, custos associados,
benefícios e danos
percebidos e divulgação
do uso de MTC à equipe
médica
Zhu Z, Mittal R, Uso de Medicina Caracterizar a 2022 Estudo
Walser SA, Lehman Complementar e prevalência, a eficácia transversal
A9 - 23 E, Kumar A, Paudel Alternativa (MCA) em percebida e as razões EUA
S et al. Crianças com Epilepsia para o uso de MCA nível 6

Journal of Child
Neurology

Quadro 1 - Caracterização dos estudos da amostra final da revisão integrativa


Fonte: autoria própria.

Código Tipos e benefícios das terapias alternativas e complementares em saúde

Tipo de terapia: Homeopatia, osteopatia, aromaterapia, florais de Bach, vitaminas/suplementos,


hipnose, acupuntura, arte terapia, fitoterapia, meditação, musicoterapia, massagem, yoga, medicina
A1 - 15
antroposófica, ayurveda, cromoterapia
Benefícios da terapia: enfrentamento da dor, especialmente da dor do procedimento (punção lombar,
dispositivo de acesso venoso central, etc). Para crianças em tratamento oncológico mostrou-se efetiva,
indicando melhoria na qualidade de vida desses pacientes
Tipo de terapia: Vitaminas/suplementos, homeopatia, oração/fé, terapia com cristais, óleo de maconha
Benefícios da terapia: Segundo os pais, sintomas como dor, sofrimento emocional, fadiga e perda de
A2 - 16 apetite são os que mais causam problemas para as crianças em tratamento oncológico, portanto, muitos
optam por apoio da MCA, para reduzir os sintomas relacionados ao tratamento do câncer em seus filhos
Tipo de terapia: Reiki, massagem, acupuntura
Benefícios da terapia: Foram utilizados para atingir três sintomas principais: dor, náusea/vômito e
A3 - 17
ansiedade. Além desses sintomas, as crianças se sentiam contentes, relaxadas e dormiam melhor
Tipo de terapia: Vitaminas/suplementos, cura pelo toque, fitoterapia, oração/fé, hidroterapia,
aromaterapia, acupuntura, yoga, homeopatia
A4 - 18
Benefícios da terapia: Participantes de ambos os países declararam o fortalecimento geral e o bem-
estar como um motivo frequente para o uso
Tipo de terapia: Fitoterapia, acupuntura, oração/fé
Benefícios da terapia: Participantes do estudo relataram a melhora nas medições de glicose (94%) e
a diminuição do número de visitas às unidades de saúde (6%). Os principais motivos para o uso foram
o desejo de prevenir, curar ou limitar a progressão do diabetes, ou melhorar a qualidade de vida, e
A5 - 19 possibilitar que o paciente assuma um papel mais ativo em seu processo de saúde. Todos disseram
que o uso desses métodos não lhes causaram efeitos colaterais e 82,7% afirmaram já terem usado
tratamento alternativo

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 120


Tipo de terapia: Fitoterapia
Benefícios da terapia: A terapia complementar da medicina tradicional chinesa tem a capacidade de
A6 - 20 auxiliar alguns pacientes com diabetes mellitus tipo 1 no controle de seus níveis de glicose no plasma
Tipo de terapia: Fitoterapia, vitaminas/suplementos, aromaterapia, acupuntura, massagem, meditação,
yoga, quiropraxia
A7 - 21 Benefícios da terapia: Fortalecimento do sistema imunológico com produtos naturais (13,5%),
regulação dos estados funcionais do corpo com MTC (10,3%) e melhoria da saúde geral (9,5%)
Tipo de terapia: Fitoterapia, oração/fé
A8 - 22 Benefícios da terapia: Tratamento de efeitos colaterais da terapia contra o câncer, melhora do bem-
estar e cura
Tipo de terapia: Fitoterapia, produtos relacionados à cannabis (óleo CBD e maconha medicinal)
Benefícios da terapia: 59% dos participantes do estudo notaram uma diminuição na frequência de
A9 - 23
convulsões com o uso de MCA
Quadro 2 - Tipos e benefícios das terapias alternativas e complementares em saúde
Fonte: autoria própria.

Em relação à distribuição geográfica, observou-se que 08 estudos (A1, A2, A3, A4,
A6, A7, A8, A9) foram realizados fora do Brasil.
O ano de 2022 obteve o maior número de publicações com três artigos publicados
(A7, A8, A9), nos últimos dois anos (2020 e 2021) também com três artigos publicados (A1,
A2, A3), dois artigos publicados em 2017 (A4, A5) e apenas um artigo publicado no ano de
2013 (A6).
Levando em consideração o tipo de pesquisa, os estudos transversais foram
utilizados em mais da metade dos artigos, totalizando 06 destes (A1, A4, A5, A7, A8, A9).
Em relação às doenças crônicas, a disfunção mais comumente abordada foi o câncer
(A1, A2, A3, A4, A7, A8), seguida da diabetes mellitus tipo 1 (A5, A6) e epilepsia (A9).

4 | DISCUSSÃO
Os artigos indicam o uso das terapias alternativas e complementares tanto para as
crianças quanto para as famílias, pois a criança pela sua fragilidade no desenvolvimento,
sua vulnerabilidade frente à condição crônica, imaturidade cognitiva, fisiológica e social,
necessita desse cuidado, proteção e apoio familiar, que também está inclusa no tratamento.
Como a grande maioria dos artigos incluídos nesta revisão foram desenvolvidos em
outros países, é possível justificar o uso do termo terapias alternativas e complementares
em equivalência às PICS, embora os mesmos não sejam sinônimos, mas sim termos
alternativos ao descritor principal terapias complementares. Desta forma, os estudos
e as próprias terapias encontradas (como vitamina/suplemento, oração/fé e produtos
relacionados à cannabis), não são regulamentados pela Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares (PNPIC). Sendo assim, essas outras terapias diferentes
das legisladas no Brasil, dizem respeito à cultura da população na qual os estudos foram
realizados.
Após a análise e síntese dos 09 artigos selecionados para esta revisão, com o

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 121


objetivo de facilitar a leitura e compreensão, três categorias de análise foram agrupadas:
(A) Tipos de terapias mais usadas em crianças com condições crônicas, (B) Benefícios das
terapias e (C) Condições crônicas que mais utilizam as terapias.

(A) Tipos de terapias mais usadas em crianças com condições crônicas


Segundo uma revisão integrativa sobre pacientes oncológicos pediátricos (SOUSA
et al., 2019), suplementos dietéticos podem ser potencialmente prejudiciais à saúde no que
tange a interação medicamentosa. Essa questão diz respeito à segurança do paciente,
apontando a necessidade das instituições/profissionais de saúde passarem a realizar
processos mais seguros para uma redução de danos evitáveis. A administração concomitante
de alopáticos e fitoterápicos pode alterar os níveis de respostas a determinados receptores,
aumentando as chances de interação medicamentosa, como alteração das concentrações
plasmáticas (DIAS et al., 2017).
A fitoterapia é mencionada como uma das práticas integrativas mais utilizadas
em crianças em uma revisão integrativa da literatura, e os principais motivos para uso
pediátrico são no tratamento de distúrbios gastrointestinais, do trato respiratório superior e
dermatológicos e geralmente na forma de banhos e chás (PEDRINHO et al., 2021).
Em uma pesquisa qualitativa (FORTES; SANTOS; MORAES, 2014), é apontado
que além dos banhos e chás, as plantas medicinais são utilizadas na forma de xarope e
lambedor. As ervas mais mencionadas foram erva-doce, camomila, erva-cidreira, laranja,
hortelã, entre outras. A função dessas ervas está relacionada ao tratamento de dores
de garganta, tosse, bronquite e gripe, dores no estômago, vômitos, cólica e diarreia,
corroborando com os achados acima relatados.
Os artigos que discorrem sobre o uso da aromaterapia possuem o objetivo de
controlar a dor e melhorar a qualidade de vida das crianças em condições crônicas, o
que é validado em um estudo (SOUSA et al., 2019), que traz o uso do óleo essencial de
bergamota como um ansiolítico e antiemético natural para crianças, tendo efeitos positivos
sobre a ansiedade e na redução da dor.
No que se refere ao uso da acupuntura, um estudo de revisão (GOYATÁ et al., 2016),
reforça que a OMS traz o seu uso com eficácia superior à medicação convencional, sendo
considerado seguro, fácil de aplicar, não tóxico e os efeitos secundários são escassos e
mínimos, além de não possuir contra-indicações.
Um estudo de revisão sistemática (BOTELHO et al., 2021), aponta que a homeopatia
é a terapia mais utilizada no tratamento de doenças agudas e crônicas, principalmente
em pacientes oncológicos. Nessa perspectiva, aliada ao tratamento alopático, o uso de
homeopatia tem como benefícios o alívio dos efeitos colaterais da terapia convencional e
aumento da eficácia clínica do tratamento.
No que tange ao uso da massagem terapêutica, um estudo de revisão (ANDRADE
et al., 2020), ratifica os seus benefícios, como bem-estar físico e mental aos pacientes,

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 122


além disso, proporciona o relaxamento do corpo, ajuda no controle do estresse, diminui
a ansiedade, alivia a tensão e as dores musculares e melhora significativa da circulação
sanguínea.
A oração/fé é um tema complexo, incluído habitualmente no senso comum. De
acordo com uma revisão da literatura (FERREIRA et al., 2020), o apego à religiosidade e a
espiritualidade influenciam desde o diagnóstico do câncer até a aceitação do tratamento,
interferindo na saúde biopsicossocial do indivíduo. Ambas são apoio, chance de encarar
a vida e a morte de forma distintas e de melhorar a qualidade de vida e bem-estar do
paciente.
(B) Benefícios das terapias
No que tange os sintomas relacionados ao tratamento do câncer, familiares e
oncologistas estão se interessando em abordagens alternativas e complementares,
como exemplos encontram-se o uso de suplementos de ervas, acupuntura, massagem,
quiropraxia, dietas especiais, yoga, reiki e aromaterapia. Essas práticas são usadas para
melhorar os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia, como náuseas/vômitos,
neuropatia e dor, ansiedade, depressão e insônia associadas (NELSON et al., 2022).
Uma revisão sobre medidas não farmacológicas para dor oncológica revela que
pacientes já experienciaram antes da doença o uso de PICS, e por terem obtido respostas
positivas, optam por complementar seu tratamento atual com estas terapias, sobretudo
para a dor (PEREIRA et al., 2015).
Além dos efeitos físicos, o tratamento do câncer pode afetar a saúde mental, como
evidenciam os estudos sobre terapias alternativas e complementares na saúde mental.27,29
Uma revisão crítica integrativa corrobora esses achados, trazendo que familiares buscam o
uso dessas terapias particularmente para melhoria dos sintomas de depressão e ansiedade
em si e em seus filhos durante o tratamento (SOLOMON; ADAMS, 2015).
No que se refere a redução da frequência das convulsões em pacientes epilépticos,
um estudo sobre uso de Canabidiol e epilepsia (ZHU et al., 2022), traz como benefício a
redução significativa da frequência das crises convulsivas nesses pacientes. O parecer
técnico do Ministério da Saúde (BRASIL, 2021), do ano de 2021, confirma sua eficácia no
tratamento, onde 70% dos pacientes com crises recorrentes, diminuíram potencialmente
essas crises.
Em relação ao controle dos níveis de glicose, estudos (MACHADO; ALVES, 2017;
CHENG et al., 2017) evidenciaram que o uso de terapias alternativas e complementares
traz benefícios para os pacientes com DM1, além de melhorarem a qualidade de vida
destes, o que é ratificado por outro estudo (BLACK et al., 2018), que mostra que a prática
do yoga auxilia na melhora dos resultados glicêmicos. Já a meditação tem efeito indireto
sobre a redução da hemoglobina glicada e melhora os efeitos psicológicos que perpassam
as várias condições crônicas de saúde. Tem-se ainda que a acupuntura apresenta

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 123


resultados benéficos no controle sobre glicemia de jejum e glicemia duas horas após teste
de tolerância à glicose.
Sobre o uso de terapias alternativas e complementares para o fortalecimento do
sistema imunológico, um estudo de revisão sobre os benefícios dessas terapias no cuidado
de enfermagem (MENDES et al., 2019), aponta resultados positivos principalmente quando
aplicadas em pacientes oncológicos que apresentam imunodepressão, manifestando-se
em situações como: diminuição de problemas respiratórios, estomacais e infecções.

(C) Condições crônicas que mais utilizam as terapias


O câncer foi tratado na maioria dos artigos encontrados, este resultado é compatível
com os achados de um estudo (SOUZA et al., 2021), entre crianças e adolescentes, onde
o câncer passou de décima causa de óbito em 1980 para sexta em 2016, porém de acordo
com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o mesmo já representa a primeira
causa de morte por doença entre crianças e adolescentes no ano de 2020.
A Oncologia Integrativa, apesar de recente no Brasil, propõe a combinação das PICS
com o cuidado medicamentoso convencional, de modo a resgatar os princípios da bioética,
buscando evitar maiores danos decorrentes do tratamento oncológico e respeitando a
autonomia do paciente enquanto busca-se estratégias para contribuir com seu bem-estar.
Na oncologia pediátrica, tal perspectiva pode ser muito útil tendo como finalidade tornar
mais leve e menos invasivo todo o processo de tratamento (LOCATELI et al., 2020).
No entanto, um estudo (SOUSA; GUIMARÃES; GALLEGO-PEREZ, 2021), mostrou
que muitos médicos não recebem treinamento ou detém pouco ou nenhum conhecimento
sobre terapias alternativas e complementares, não sendo capazes de discutir prós e contras
com os familiares ou pacientes, aumentando os riscos de interação entre o tratamento
utilizado por pacientes oncológicos.
A segunda doença crônica mais citada nos artigos é a diabetes mellitus tipo 1,
patologia habitual do público infanto-juvenil devido sua alta incidência em todo o mundo.
De acordo com um estudo (PEDRINHO et al., 2021), esta doença atinge em sua maioria
um público que não detém capacidade intelectual para compreensão das informações
dadas e maturidade emocional para auxiliar na tomada de decisões e planejamento de sua
terapêutica, cabendo aos cuidadores este papel.
No que tange a epilepsia (distúrbio neurológico crônico, reconhecido por convulsões
espontâneas e recorrentes), os pacientes podem ser resistentes aos medicamentos
antiepilépticos convencionais, sendo necessário recorrer ao uso de terapias alternativas
como uso de canabinóides. De acordo com um estudo (ZHU et al., 2022), produtos
relacionados à cannabis diminuem o número de convulsões em pacientes, o que foi
corroborado por uma revisão sistemática (SANTOS; GANDARA; MOSER, 2021), que
abordou o tratamento de epilepsias refratárias em pacientes pediátricos. Esse estudo
mostrou a eficácia em relação à frequência das crises, (houve diminuição entre 19% e

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 124


100% das crises), além de demonstrarem também efeitos adversos referentes ao uso de
canabidiol.
Em um artigo de revisão sobre a incorporação das PICS na atenção primária à
saúde (AMADO et al., 2020), é revelado que no manejo de pacientes com doenças
crônicas, o autocuidado é etapa fundamental para adoção de estilo e práticas de vida mais
saudáveis, nesse sentido as PICS são importantes aliadas, contribuindo para a promoção
do autocuidado, até o manejo clínico das doenças crônicas, potencializando o tratamento
por meio de seus benefícios.
Por fim, de acordo com um estudo sobre fatores associados ao interesse em
terapias alternativas e complementares entre jovens adultos sobreviventes de câncer
infantil (NELSON et al., 2022), foi observada também a necessidade da continuidade do
uso, enquanto jovens adultos, por conta das reverberações das doenças ao longo do ciclo
da vida (dor, fadiga, ansiedade, entre outros).
Como limites na realização deste estudo identificou-se a baixa produção nacional
de pesquisas sobre o tema, apesar de mais de 15 anos da instituição da PNPIC, poucos
estudos de carácter experimental, buscando-se entender os efeitos do uso das PICS na
saúde das crianças com condições crônicas de saúde, nesse sentido, sugere-se que mais
produções científicas sejam elaboradas.
Esse estudo contribui para a promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida
frente ao crescimento da utilização de terapias alternativas e complementares por crianças
com condições crônicas de saúde na prática clínica, o que reforça a necessidade de
realização de mais investimentos em pesquisas, buscando aumentar os conhecimentos,
fortalecer as evidências para fornecer subsídios na utilização segura dessas terapias por
profissionais de saúde, em especial as enfermeiras, por sua formação generalista e por
estarem em contato constante tanto com os pacientes quanto com os familiares.

5 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que os tipos de terapias mais utilizadas são: fitoterapia, aromaterapia,
acupuntura, homeopatia, vitaminas/suplementos, massagem, além da inclusão da oração/
fé integrando as terapias alternativas em algumas culturas, trazendo uma visão holística na
sua utilização. Dentre os benefícios, destacam-se: redução dos sintomas relacionados ao
tratamento, melhoria do bem-estar geral, qualidade de vida, redução dos níveis de glicose,
fortalecimento do sistema imunológico e diminuição das convulsões.
É importante ressaltar que a equipe multiprofissional, incluindo a enfermagem, deve
deter conhecimentos amplos sobre estas terapias neste contexto, considerando o indivíduo
na sua dimensão global - um dos princípios do SUS, a integralidade em saúde - ampliando
as ofertas de ações de cuidado e diferentes abordagens em saúde tanto para condutas
preventivas quanto terapêutica.

Métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico da medicina Capítulo 13 125


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