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TAs e manejo

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Artigo de Revisão

https://www.revistardp.org.br https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453

Tratamento nutricional no transtorno alimentar


restritivo evitativo: uma revisão integrativa
Nutritional treatment in restrictive avoiding disorder:
an integrative review

Tratamiento nutricional en el trastorno alimentario


restrictivo por evitación: una revisión integradora

Deise Kelly de Oliveira Cardoso ORCID - Lattes

Carla Loureiro Mourilhe Silva - ORCID - Lattes

Carlos Eduardo Ferreira Moraes - ORCID - Lattes

José Carlos Borges Appolinário - ORCID - Lattes

RESUMO:
O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) consiste em uma
perturbação na alimentação ou forma de comer, como uma aparente falta
de interesse pela comida, evitação dos alimentos de acordo com
determinadas características sensoriais e preocupação com consequências
aversivas do comer, levando a uma incapacidade persistente em atender
às necessidades nutricionais do organismo. O objetivo deste trabalho foi
identificar e analisar os estudos, que abordam sobre o tratamento
nutricional do TARE, com o intuito de auxiliar o profissional de nutrição na
condução do tratamento adequado. Foi realizada uma revisão integrativa
nas bases de dados Pubmed e SciElo utilizando como critérios de inclusão:
tratamento, manejo e/ou gestão, cujo foco principal fosse tratamento
nutricional da doença, não delimitando data de publicação. Foram
encontrados 191 artigos, desses somente 36 estudos foram incluídos na
síntese interpretativa. O ano com o maior número de publicações foi 2021.
Dentre os principais resultados, destacamos a necessidade de tratamento
por uma equipe multidisciplinar treinada em transtornos alimentares,
incluindo o profissional de nutrição, garantindo que o paciente tenha
acesso à combinação médica, dietética e psicológica com maiores chances
de sucesso e recuperação da saúde. Várias lacunas para trabalhos futuros
Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

foram encontradas, incluindo validação de instrumentos para avaliação do


TARE; caracterização e diferenciação da doença em relação a anorexia
nervosa; sistematização do tratamento nutricional de acordo com cada
subgrupo característico do transtorno e a obtenção de dados
epidemiológicos mais robustos.

Palavras-chave: transtorno da evitação ou restrição da ingestão de


alimentos, neofobia alimentar, transtorno alimentar restritivo evitativo,
TARE, transtorno alimentar

ABSTRACT:
Avoidant Restrictive Eating Disorder (ARFID) consists of a disturbance in
eating or eating, such as an apparent lack of interest in eating, avoidance
according to certain sensory characteristics of food, concern with aversive
consequences of eating, leading to an inability persistent in meeting the
nutritional needs of the body. The tratamento nutricional, objective of this
work was to identify and analyze the studies, which address the nutritional
treatment of ARFID. An integrative review was carried out in the Pubmed
and SciElo databases with the following inclusion criteria: treatment,
management, whose main focus was the nutritional treatment of the
disease, without delimiting publication data. From the 191 articles found,
36 were included in the interpretative synthesis. The year with the largest
number of publications was 2021. Among the main results, we highlight
the need for treatment by a multidisciplinary team experienced in the field
of eating disorders, including the registered dietitian, ensuring that the
patient has access to the dietary and psychological, medical combination
with greater chances of success and health recovery. Several gaps for
future work were found, including validation of instruments for assessing
ARFID; characterize and differentiate the disease in relation to anorexia
nervosa; systematize nutritional treatment according to each subgroup
characteristic of the disorder and collect more robust epidemiological data.

Keywords: avoidant restrictive food intake disorder, ARFID, food


neophobia, nutritional treatment, avoidant restrictive eating disorder,
eating disorder

RESUMEN:
El Trastorno Alimentario Restrictivo por Evitación (TARE) consiste en una
alteración en el acto de comer o comer, como una aparente falta de interés
en la comida, evitación de la comida de acuerdo con ciertas características
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Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

sensoriales y preocupación por las consecuencias aversivas de la comida,


lo que conduce a una incapacidad persistente para cumplir con los
requisitos. las necesidades nutricionales del cuerpo. El objetivo de este
trabajo fue identificar y analizar los estudios que abordan el tratamiento
nutricional de la TARE, con el objetivo de ayudar al profesional de la
nutrición en la realización del tratamiento adecuado. Se realizó una
revisión integradora en las bases de datos Pubmed y SciElo utilizando los
siguientes criterios de inclusión: tratamiento, manejo y/o manejo, cuyo
foco principal fue el tratamiento nutricional de la enfermedad, sin delimitar
datos de publicación. Se encontraron un total de 191 artículos, de los
cuales solo 36 estudios fueron incluidos en la síntesis interpretativa. El año
con mayor número de publicaciones fue 2021. Entre los principales
resultados destacamos la necesidad de tratamiento por un equipo
multidisciplinario capacitado en trastornos alimentarios, incluyendo un
profesional de nutrición, asegurando que el paciente tenga acceso a la
combinación médica, dietética y psicológica. con mayores posibilidades de
éxito y recuperación de la salud. Se encontraron varios vacíos para trabajos
futuros, incluida la validación de instrumentos para evaluar la TARE;
caracterización y diferenciación de la enfermedad en relación con la
anorexia nerviosa; sistematización del tratamiento nutricional según cada
subgrupo característico del trastorno y obtención de datos epidemiológicos
más robustos

Palabras clave: trastorno de la ingesta alimentaria evitativa/restrictiva,


neofobia alimentaria, tratamiento nutricional, trastorno alimentario
evitativo restrictivo, TAER, trastorno alimentario

Como citar: Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB.
Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo: uma
revisão integrativa. Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34.
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453

Conflito de interesses: declaram não haver


Fonte de financiamento: declaram não haver
Parecer CEP: não se aplica
Recebido em: 19/12/2022
Aprovado em: 09/04/2023
Publicado em: 06/05/2023

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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

Introdução
O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) caracteriza-se pela
quantidade e/ou variedade inadequada da ingestão de alimentos e foi
incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª
Edição (DSM-5). O diagnóstico não está presente no contexto de
preocupações significativas com a forma e o peso corporal, associado a
comportamentos obsessivos com a aparência física, medo de engordar,
interesse em emagrecer ou distorção da imagem corporal [1].

Trata-se de um distúrbio persistente na alimentação que pode resultar em


desnutrição significativa ou falha no ganho de peso, além de
comprometimento no crescimento e/ou interferência no ambiente
psicossocial [2], e em alguns casos mais graves, pode levar a dependência
de suplementos nutricionais orais [3]. Ainda não há uma ferramenta
validada para avaliação da psicopatologia associada, o que pode dificultar
o diagnóstico, entretanto, observa-se uma variabilidade substancial em
sua apresentação. Existem três critérios característicos na condução dos
comportamentos alimentares, podendo ocorrer independentemente ou em
combinação: 1) uma aparente falta de interesse em comer, um comer
restritivo, onde há indiferença ao alimento, mesmo em porções muito
pequenas; 2) uma evitação com base nas características sensoriais da
comida, um comer seletivo, com sensibilidade sensorial, dificuldades ao
sentir o cheiro, ver a aparência, sentir a textura e o sabor; 3) uma
preocupação com as consequências aversivas de comer por experiência
física ou emocional prévia, como engasgo, intoxicação ou alergia alimentar
[4].

O TARE pode ocorrer em todas as idades, entretanto, é mais frequente na


infância e início da adolescência, tem maior prevalência no sexo masculino,
e relata um período mais longo de duração em comparação a anorexia
nervosa e bulimia nervosa. Comumente está associado a ansiedade
generalizada e a sensibilidade sensorial, sendo muito incidente em crianças
do espectro autista e com distúrbios de aprendizagem e deficiência
cognitiva [2, 5].

De forma geral, a recusa alimentar é comum e transitória entre as crianças


sem questões alimentares, e cerca de 35% dos pais relatam esse
comportamento que tende a se modificar conforme ocorrem exposições
repetidas aos alimentos [6]. As crianças com evitação alimentar
clinicamente mais relevantes, não respondem às exposições de alimentos,
e precisam de uma atenção maior e especializada [7]. Uma vez que o TARE
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é um diagnóstico, relativamente, recente do DSM-5, há poucos estudos


publicados sobre o seu tratamento, devido as suas complexidades,
incluindo a falta de consenso sobre métodos de categorização e pequenos
tamanhos amostrais [8]. Ainda não há nenhum tratamento específico
recomendado. Este tema se torna ainda mais relevante, ao pensar que os
transtornos alimentares comumente começam a se manifestar na infância
e adolescência, e nessa fase têm maiores chances de reversão do
prognóstico [9].

Diante dessas considerações apresentadas, buscamos entender como seria


o tratamento nutricional para esses pacientes. Dessa forma, o objetivo
deste estudo foi identificar e analisar dados da literatura que descreveram
o tratamento nutricional do TARE em crianças e adultos.

Métodos
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que seguiu as seguintes
etapas para a sua realização: elaboração de questão norteadora; definição
das bases de dados e estabelecimento de critério de inclusão e exclusão
de estudos; avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa;
definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados;
interpretação dos resultados e, apresentação da revisão e síntese do
conhecimento; separando os que abordavam o tratamento de forma
abrangente e os que visavam especificamente o tratamento nutricional.
Os artigos foram identificados por busca bibliográfica realizada no mês de
março de 2023, nas bases de dados Pubmed e SciElo. Foram incluídos
artigos publicados em inglês e espanhol, não delimitando data de
publicação, desde que apresentassem informações sobre o tratamento
nutricional do TARE.

Foram utilizados os seguintes termos de busca: Avoidant Restrictive Food


Intake Disorder, ARFID, juntamente com outros descritores, como,
nutritional and behavioral, nutrition couseling, nutritional requeriments,
treatment. Desse modo foi criada a seguinte chave de busca: (Avoidant
Restrictive Food Intake Disorder [mh] OR ARFID [tiab]) AND (nutritional
and behavioral [tiab] OR nutrition couseling [tiab] OR nutritional
requeriments [tiab] OR treatment). Estratégia equivalente foi adotada na
base de dados SciElo. Outras fontes foram acrescentadas, livros publicados
na área de conhecimento das ciências da saúde e sociais, incluindo aqueles
que relataram presença de TARE e outros transtornos alimentares.

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Na busca inicial, foram encontradas 191 publicações. Pela leitura dos


títulos e resumos, foi possível excluir aquelas em duplicidade, estudos que
não atendiam aos critérios de inclusão ou ao tema proposto. Como critério
de inclusão inicial, os estudos deveriam apresentar na metodologia a
avaliação do tratamento nutricional nos indivíduos com TARE. Porém, não
foram encontradas publicações específicas sobre este tema, então, a busca
foi direcionada para um termo mais amplo como, tratamento, manejo e/ou
gestão do TARE. Posteriormente os artigos selecionados foram avaliados
para verificar se abordavam o tratamento nutricional. Foram excluídos os
estudos cujo foco principal de avaliação tratava-se de outros constructos
que não o tratamento nutricional da doença. Para fins de análise, buscou-
se inicialmente classificar os estudos quanto às particularidades de
exposição das características da doença e os que relataram algum
tratamento.

Na quarta fase da pesquisa, as publicações foram analisadas e os dados


interpretados de forma organizada e sintetizados por meio de elaboração
de tabelas, contendo os seguintes itens: identificação do artigo, autores,
ano de publicação, local (país) de realização, objetivos, desenho
metodológico, tratamento e principais resultados.

A partir daí, prosseguiu-se com a análise da fundamentação teórica dos


estudos, bem como a observação das características gerais dos artigos.
Por fim, realizou-se a apreciação da metodologia aplicada, resultados
obtidos e discussão.

Resultados
No total foram encontrados 191 artigos, sendo 187 na base de dados
Pubmed e quatro artigos na base de dados da Scielo. Destes, quatro artigos
foram excluídos por serem duplicatas. Seguiu-se a exclusão por título,
foram eliminados 55 artigos por não condizerem com o tema principal da
pesquisa, não atendendo a questão norteadora. Somente 132 estudos
foram selecionados por apresentarem informações sobre o curso do
transtorno alimentar e restritivo/evitativo e o tratamento. Destes, foram
eliminados 132 após a leitura do resumo, que não condiziam com a questão
do trabalho, e foi possível selecionar 36 artigos que abordavam sobre a
importância da equipe multidisciplinar, no qual o profissional nutricionista
está inserido no contexto do tratamento do TARE, e apenas 16 discutiam
a conduta nutricional de forma mais específica [Figura 1].

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Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

Os 36 artigos selecionados atendiam aos critérios de inclusão para o


alcance do objetivo proposto. O maior número de publicações incluídas foi
da Pubmed (97,2%) e, o restante na SciElo (0,36%). Houve predomínio
do idioma inglês, com predominância de estudos norte-americanos
(69,4%), seguido de canadenses (11,1%), os outros estudos são
provenientes dos seguintes países: Londres (2,8%), Nova Zelândia
(2,8%), Cingapura (2,8%), Polônia (2,8%), Chile (2,8%), França (2,8%)
e Suíça (2,8%). Os 36 estudos, foram analisados e classificados a partir de
alguns descritores, tais como, autores/ ano/ país; principais objetivos do
estudo; metodologia; tratamento e principais resultados. Uma categoria
importante avaliada nos artigos foi o tratamento utilizado. Os estudos
foram organizados e divididos em duas tabelas. Na primeira, os estudos
que abordam sobre o tratamento de forma mais abrangente, ou seja,
profissionais que compõem a equipe multidisciplinar, tipos e tempo de
tratamento, e não descrevem a conduta nutricional. Na segunda, os
estudos que citam o tratamento nutricional de forma mais específica
[Tabelas 1 e 2].

A primeira categoria de classificação foi ano de publicação. A Tabela 3


apresenta o número de publicações por ano, divididos por frequência e
percentagem. Todos os estudos incluídos na revisão foram desenvolvidos
em âmbito internacional, não tendo nenhum tratamento traduzido e
adaptado à realidade social do nosso país. As pesquisas foram feitas com
indivíduos adultos e crianças, entretanto, a amostra mais frequente foi o
público infantil e adolescente. Supõe-se que esteja relacionado a maior
prevalência da doença nesta faixa etária.

Os 16 artigos (44,4%) abordaram efetivamente sobre o manejo


nutricional, destacando sobre a atribuição do nutricionista no planejamento
da reintrodução alimentar, cálculo nutricional, avaliação da necessidade de
suplementação, educação nutricional para a família e para o paciente, 28
estudos (77,8%) abordaram o tratamento multidisciplinar, 15 estudos
(41,6%) tratamento psicológico familiar, 10 (27,8%) estudos fizeram o
tratamento direcionando o tratamento somente para o paciente e 14
estudos (38,9%) se utilizaram de tratamento farmacológico [Tabela 4].

Discussão
Aspectos nutricionais de desenvolvimento infantil
Esta revisão teve como objetivo identificar e analisar dados da literatura
que descreveram o tratamento nutricional do TARE em crianças e adultos.
O tratamento do TARE deve ser conduzido essencialmente por uma equipe

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multidisciplinar treinada para o atendimento desse público específico,


incluindo profissionais de nutrição, pediatras, psiquiatras, psicólogos, além
de terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. A terapia mais empregada
no tratamento foi a terapia cognitiva comportamental (TCC) com
intervenções comportamentais, avanço gradual da textura, recompensa
positiva, treinamento de técnicas parentais, além de tratamento
farmacológico em alguns casos.

O TARE apresenta um quadro clínico onde o comportamento alimentar está


alterado e contribui para a situação de doença [10]. A maior parte dos
estudos concentra-se no tratamento de crianças e adolescentes. Sabe-se
que este é um período de vida vulnerável, onde ocorre um importante
crescimento e desenvolvimento, além dos primeiros anos de vida serem
decisivos para implementação de hábitos alimentares saudáveis que vão
corroborar para promoção e manutenção da saúde até a fase adulta [11,
12]. A alimentação seletiva desde a primeira infância, quadros de
ansiedade em relação à comida, história de vômitos, traumas e/ou alergia,
estilo de alimentação familiar, disponibilidade de alimentos saudáveis,
podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da doença
[13]. O olhar atento dos profissionais da área pediátrica tem papel
importante na observação dos primeiros sinais de complicações nos
comportamentos alimentares visando a correta orientação, à fim de corrigir
danos nutricionais comuns nesse grupo [12, 14].

A infância e a adolescência são marcadas por muitas transformações na


alimentação, pois os comportamentos se desenvolvem de maneiras
diferentes de acordo com aspectos físicos, sociais e emocionais ao longo
de cada fase [14].

A fase do lactente, do nascimento aos 2 anos de idade, passa pelo período


da amamentação e alimentação complementar, sendo necessário,
cuidados especiais em relação a qualidade nutricional, pois ocorre a “janela
de oportunidades” e o manejo nutricional nesse período resulta na
prevenção de doenças e na redução da mortalidade, além de ser um
momento em que a criança está mais aberta a experimentar novos sabores
[15], entretanto, no final da fase lactente, a queixa de recusa alimentar é
muito frequente.

Na fase pré-escolar, dos 2 aos 6 anos de idade, há uma maior


independência e se torna necessário a sedimentação de hábitos. Nesse
período, há um comportamento alimentar imprevisível e dificuldades na
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alimentação são frequentes. Orientações educativas são particularmente


úteis nesse momento para que esses comportamentos não se transformem
em distúrbios alimentares e perdurem em fases posteriores [14, 16].

Na fase escolar, dos 7 aos 10 anos de idade, é um período de intenso


crescimento e com ganho de peso mais acentuado próximo a adolescência,
há o aumento da independência e o início de novos laços sociais, o que
contribui para novos hábitos, inclusive os alimentares [14].

A rejeição de frutas e verduras são impulsionadas por dois


comportamentos comuns, principalmente na infância: a neofobia alimentar
e a exigência para comer, sendo o primeiro caracterizado pela relutância
em provar novos alimentos e o segundo pela inadequação da quantidade
substancial de alimentos familiares ou não, que precisam ser consumidos
para a manutenção da saúde. Esses comportamentos contribuem para uma
redução de diversidade dietética com consequências negativas para o
organismo. Ambos os comportamentos estão presentes no TARE e alguns
fatores como, pressão para comer, traços de personalidade, práticas
parentais ou estilo de alimentação familiar e influências sociais, colaboram
para o agravamento do quadro [17, 18].

As dificuldades alimentares, comumente, estão relacionadas com


desordem entre o alimentador e a criança, sendo assim, o estilo de
alimentação dos cuidadores deve ser incorporado na avaliação do
problema. Pressão dos pais para comer, maior sensibilidade ao “nojo” e
aversões alimentares foram associadas a um comportamento de
alimentação exigente que pode abrir um caminho para o TARE [3].

De forma geral, a alimentação seletiva na infância, incluindo o TARE, é


identificado como um fator de risco para sintomas psiquiátricos futuros,
enquanto comer exigente (aceitar um alimento em um dia, mas evitá-lo
no próximo, ou sistematicamente, evitar alimentos que não são os
preferidos, como por exemplo, algum legume específico) é comum entre
as crianças, principalmente quando pequenas e expandem suas
preferências alimentares conforme amadurecem [4].

O TARE pode causar consequências clínicas graves como anormalidades


eletrolíticas, deficiência de vitamina A, E, B12, D, K e folato, de minerais
como ferro e cálcio, bem como alteração do sono, fraqueza muscular,
perda de peso, desnutrição e deficiência no crescimento [4], além de
distúrbios gastrointestinais funcionais que podem ser anteriores ao TARE

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ou podem surgir com a restrição alimentar [19, 20]. A correta orientação


nutricional desempenha um papel fundamental que pode prevenir
carências nutricionais comuns nesse grupo [12, 14].

Existe uma sequência de triagem que permite distinguir as principais


características de cada dificuldade alimentar e auxiliar o avaliador a
escolher o gerenciamento ideal e necessário.

As crianças são categorizadas nos três principais comportamentos


alimentares: apetite limitado, ingestão seletiva e medo de se alimentar,
cada categoria pode ser classificada em níveis que variam de normal (pode
ter sido mal interpretado pelos pais) a grave (presença comportamental e
orgânica da doença), além disso, a classificação inclui o estilo de
alimentação dos cuidadores (responsivos, controlador, indulgente e
negligente).

Sendo assim, esses critérios auxiliam na seleção de crianças que precisarão


de um suporte intensivo com equipe multiprofissional, e em casos mais
leves, que precisarão ser encaminhados para um nutricionista
especializado.

Alguns sintomas que caracterizam problemas alimentares que precisariam


de uma abordagem com equipe multidisciplinar seriam: recusa de comida
duradoura (mais de 1 mês), refeições perturbadoras e estressantes, falha
ao avançar nas texturas, disfagia, aspiração, vômito e diarreia, atraso no
desenvolvimento, seletividade extrema, alimentação forçada, entre outros
[21]. Nesses casos apenas a educação e terapia nutricional por si, são
ineficazes [22].

Além disso, observa-se que concomitantemente aos comportamentos


alimentares do TARE, os pacientes que apresentam medo de se alimentar
são mais propensos a serem ansiosos; os que tem apetite limitado,
apresentam menos sintomas associados à doença; e aqueles que têm
desafios sensoriais, apresentam menos instabilidade médica e são mais
difíceis de atenderem aos critérios de diagnóstico [23].

Como os sintomas gastrointestinais são comuns em indivíduos com


transtorno alimentar, há controvérsia entre quem vem primeiro, o distúrbio
alimentar ou o distúrbio gastrointestinal; por exemplo, o estado de baixo
peso está associado a um trânsito intestinal lento, da mesma forma que
sintomas como restrição alimentar, compulsão e purgação podem estar
presentes em indivíduos com problemas gastrointestinais. Sendo assim,

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um distúrbio alimentar pode se desenvolver num contexto de distúrbio


gastrointestinal [24].

Tratamento nutricional

O aconselhamento nutricional é essencial, sendo interessante que seja


realizado por um nutricionista, pois tem a capacidade de avaliar a ingestão
dietética e fazer as modificações na alimentação com base na condição
clínica de cada indivíduo, preferências alimentares, crenças religiosas, bem
como avaliar se os comportamentos se enquadram no que pode ser
considerado como uma variação normal.

Além disso, por serem especialistas em alimentação e nutrição, podem


fornecer conhecimento sobre os alimentos para os familiares e outros
profissionais de saúde [25].

Profissionais que atuam no ambiente pediátrico, tem um importante papel


na condução da formação de hábitos alimentares saudáveis e precisam ter
habilidades de empatia, escuta ativa e observação cuidadosa, para orientar
a família e conduzir o atendimento ao paciente com uma abordagem com
enfoque lúdico de acordo com cada faixa etária e assertiva com o objetivo
de obter maior participação e maior adesão no ambiente familiar [25].

Ao receber a família pela primeira vez, deve haver o papel investigativo


quanto a todos os aspectos relacionado à alimentação da criança, desde o
início da amamentação e introdução alimentar até ao problema atual,
entendendo que o comportamento da criança engloba todo o meio social
em volta dela (pais, avós, tios, amizade, escola, babá, etc.) e estar
preparado para enfrentar resistência por parte da criança e lidar com
frustração e ansiedade do processo de tratamento que pode ser muito
demorado [26].

Por este motivo, no manejo de qualquer subtipo de dificuldade alimentar


ou TARE, o acolhimento aos pais, que normalmente estão muito alterados
emocionalmente é muito importante para a formação do vínculo de
confiança com os profissionais que o auxiliarão no tratamento. O cuidado
com a linguagem ao esclarecer o quadro pode contribuir para aumentar ou
diminuir a ansiedade dos cuidadores. Expressões como “limite de peso”,
“não engordou o suficiente” ou até recomendações estritas de quantidades,
horários, introdução de alguns alimentos que a criança não consegue
consumir, pode levar a um ambiente ainda mais estressante e dificultar
bons resultados [16]. Os pais quando pressionados, costumam utilizar
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estratégias autoritárias e permissivas que contribuem para o agravamento


do quadro [27].

Tendo em vista que os aspectos relacionados aos cuidadores impactam no


estilo de alimentação da criança [28], a divisão de responsabilidades é um
importante fator que possibilita desenvolver comedores competentes.
Nesta proposta são atribuídas responsabilidades diferentes aos pais e aos
filhos com intuito de garantir uma alimentação adequada com a
preservação da capacidade de autorregulação energética das crianças,
onde os pais definem o que a criança vai comer, quando e onde serão
realizadas as refeições, e a criança define o quanto irão comer, em relação
a quantidade e variedade servida pelos pais [29].

Esta regra tem como exceção aqueles que comem abaixo das suas
necessidades nutricionais e estão em risco [3, 30]. Nessa fase os hábitos
alimentares estão sendo formados, por isso é importante que os pais
aprendam e ensinem a seus filhos a reconhecerem seus sinais de fome e
saciedade e estimulem o interesse sobre os alimentos e sobre as tarefas
cotidianas que envolvem a alimentação [12].

De acordo com as publicações incluídas [2, 31, 32, 33, 34, 35], o terapeuta
nutricional deve mesclar simultaneamente diversas técnicas a fim de
implementar intervenções terapêuticas que tenham chance de produzir
mudanças reais no comportamento da criança e da família. Um recurso
muito utilizado da TCC é o questionamento socrático, que consiste em fazer
perguntas contínuas sobre o que o indivíduo pensa, estimulando a
curiosidade e levando-o a novas descobertas.

Esta técnica auxilia ao nutricionista a obter informações e avaliar


estratégias para enfrentar as dificuldades apresentadas. A psicoeducação
nutricional, onde é informado ao indivíduo dados sobre a sua condição
clínica, sintomas e tratamento, pode facilitar o entendimento e o processo
de mudança. O treino em soluções de problemas, também, é muito útil e
eficaz de forma que a criança e os familiares preveem a dificuldade, e de
que modo lidar com as questões de forma que encontre soluções
produzindo o máximo de consequências positivas.

A elaboração de metas, também ajudam a regular o comportamento,


guiando os passos e tarefas visando alcançar o objetivo maior,
selecionando informações importantes que aumentem o engajamento do
processo [36].
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Outro recurso bem estabelecido para o tratamento de transtornos


alimentares é a terapia de exposição, que utiliza a teoria e habitualização
e aprendizagem inibitória, onde há uma redução da ansiedade ao longo
das exposições e o aprendizado consciente de que o resultado temido não
ocorreu. Assim, as exposições repetidas ajudarão as crianças a tolerar
diferentes aspectos de novos alimentos e superar a fobia e o medo e a
exposição à recompensa pode ser mais eficaz para o tratamento [37].

O sucesso do tratamento comportamental e nutricional pode depender


amplamente se o paciente teve um curso longo ou curto da doença, ou
seja, se foi diagnosticado e tratado precocemente ou não.

Pacientes de curso curto da doença têm melhor recuperação quando o


tratamento intensivo é iniciado, em conjunto com profissional de saúde
mental para lidar com a ansiedade subjacente e nutricionista para fornecer
orientações nutricionais, e os de curso longo, têm sido historicamente mais
difíceis para desenvolver um padrão alimentar normal [5]. Além disso,
quanto mais cedo for o tratamento de intervenção, melhor será o
prognóstico da doença com restauração do estado nutricional, e
consequentemente, da saúde física [22].

O tratamento do TARE é sempre focado em aumentar a quantidade ou


variedade de alimentos consumidos lidando com o motivador subjacente
de evitação e/ou restrição dos alimentos. Os estudos evidenciam que o
tratamento, particularmente a terapia baseada na família, são os mais
utilizados e com melhor prognóstico [2, 32].

Por conta da natureza heterogênea do TARE, não é possível afirmar um


tratamento específico, e sim, a associação de diferentes intervenções de
tratamento de forma individualizada e de acordo com os sintomas
apresentados [2]. Muitas vezes é necessário intervenções farmacológicas
e sondas de alimentação enteral/ parenteral [2, 20].

Para crianças que apresentam alterações, como hipersensibilidade


sensorial, podem ser necessários exercícios sensório-motores específicos
para a redução da disfunção que interfere de maneira negativa na
aceitação alimentar. A técnica de dessensibilização sistemática, possibilita
o aprendizado das propriedades sensoriais de cada novo alimento, e o
desenvolvimento de habilidades motoras orais para comê-lo.

Em uma primeira etapa, aprende-se a tolerar a presença física ou a


aparência do alimento, depois deve-se buscar a interação com a comida
por meio dos utensílios, sem tocar diretamente com a pele. Em seguida,
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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

aprende-se a processar o cheiro, e se expande para tocar com os dedos,


mãos, corpo e boca. E então provar o sabor do alimento, sem a
necessidade de mastigar e engolir, podendo ser apenas uma lambida.
Finalmente, poderá estar apto a mastigar e engolir o alimento proposto
[38].

Por fim, as diretrizes generalistas que abordam o tratamento e o manejo


de crianças com restrição da ingestão de comida, apresentam as seguintes
sugestões:
1) Entender o histórico de aprendizagem dos pais, dada a frequência,
duração do TARE, e o sistema emocional do cuidador;
2) Enfatizar a importância da rotina de horários das refeições, visando a
comunicação, troca de apoio e trabalho de equipe;
3) Se necessário, fazer uma avaliação da função motora-oral;
4) Treinamento de abordagem de exposições potencialmente perigosas,
como por exemplo, histórico de engasgo, vômito e alergias;
5) Apoio ao cuidador;
6) Supervisão das refeições em família para uma melhor abordagem da
equipe que acompanha, por exemplo, filmagem da hora da refeição;
7) Recompensa à criança por se envolver em comportamentos que
aumentem a abordagem alimentar;
8) Supervisionar e treinar ativamente os pais para as intervenções
comportamentais;
9) As intervenções de abordagem do medo somático na criança ligado a
alimentação são para apoiar o indivíduo com baixa aceitação dos alimentos
no intuito de alcançar rápida restauração da saúde física e emocional [39].

Buscamos destacar algumas das técnicas que podem ser abordadas no


tratamento do TARE, dado que nessa condição há variações significativas
de como esse quadro se manifesta e não necessariamente a recuperação
do peso ou a aceitação da alimentação significa que o indivíduo está
curado. Entretanto, o tratamento pode solucionar deficiências nutricionais
e reduzir prejuízos psicossociais, ensinando o caminho para uma vida
alimentar saudável e equilibrada [40].

A pesquisa foi direcionada para “tratamento, manejo e/ou gestão do


tratamento nutricional do TARE” para garantir capturar apenas os
documentos relacionados a conduta nutricional na doença. Porém, existem
estudos que não foram relacionados à alimentação restritiva por se tratar
daqueles realizados com populações com comportamentos subclínicos,
sintomaticamente semelhantes ao TARE, ou anteriores a definição do
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Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

diagnóstico, além de artigos que não mencionam claramente o manejo


nutricional, mas que podem fornecer informações valiosas para o campo.

Apesar dos esforços para abordar as lacunas de conhecimento, ainda há


necessidade contínua de pesquisas sobre todos os aspectos desse
transtorno, sobretudo estudos clínicos randomizados avaliando questões
relacionadas ao tratamento nutricional.

Estudos futuros devem buscar a determinação de instrumentos de


avaliação válidos e confiáveis para diagnóstico do TARE; caracterizar as
semelhanças e diferenças entre TARE e AN; determinar formas de
abordagens para o tratamento nutricional do TARE de acordo com cada
subgrupo, e por fim, fornecer dados epidemiológicos mais robustos para
melhor compreensão da prevalência das variáveis como sexo, idade e tipo
de subgrupo do TARE.

Conclusão
O tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo
necessita de uma abordagem multidisciplinar, com uma equipe com
habilidade e experiência em transtornos alimentares, garantindo ao
paciente a combinação clínica, dietética e psicológica necessária. Além
disso, as intervenções têm maiores chances de serem bem-sucedidas
quando envolvem todos os que participam da alimentação deste indivíduo.

Há poucos estudos que avaliam o tratamento, os fatores de risco, o


mecanismo de manutenção da doença, além de pouca informação sobre o
manejo nutricional. Os resultados são, na maior parte das vezes,
relacionados à restauração do peso, não fornecendo um quadro completo
de recuperação.

Mais trabalhos devem ser feitos, para medir a gama completa de


consequências físicas e/ou psicossociais do TARE, além de abordarem de
forma mais clara o manejo nutricional dos pacientes de acordo com cada
subgrupo da doença, assim como, o método ideal para avaliação das
deficiências nutricionais.

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57. Ornstein RM, Essayli JH, Nicely TA, Masciulli E, Lane-Loney S.


Treatment of avoidant/restrictive food intake disorder in a cohort of
young patients in a partial hospitalization program for eating
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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

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58. Sharp WG, Volkert VM, Scahill L, McCracken CE, McElhanon B. A


systematic review and meta-analysis of intensive multidisciplinary
intervention for pediatric feeding disorders: how standard is the
standard of care? J Pediatr. 2017;181:116-124.e4.
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59. Sharp WG, Burrell TL, Berry RC, Stubbs KH, McCracken CE,
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limited variety plan vs parent education: a randomized clinical trial.
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https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453
Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

Tabela 1. Artigos que abordam sobre o tratamento do TARE


de forma abrangente
Autor (Ano) Objetivo de Metodologia Tratamento Principais
e País estudo Resultados

Bourne et al. (2020), Tratamento Recuperação do


Londres [2]. Diagnosticar, Avaliação individualizado peso, pouca
avaliar e sistemática da farmacológico, evidência de
intervir no literatura. psicológico, consequências
tratamento do abordagem físicas e
TARE. multiprofissional, psicossociais.
TCC, terapia
familiar.

Breiner, Miller Viabilizar um Ensaio Tratamento Resultados


& Hormes (2021), programa de controlado familiar virtual indicam
EUA [37]. treinamento randomizado viabilidade para
familiar. formar protocolo
para tratamento
em larga escala.

Brewerton & Observar o Tratamento Aumento do


D’Agostino (2017), progresso Revisão equipe comer, ganho
EUA [31]. clínico de retrospectiva de multiprofissional, de peso,
jovens usando prontuários TCC, terapia melhora nos
Olanzapina no familiar, transtornos
TARE. farmacológico. psiquiátricos
comórbidos.

Cooper et al.
(2021), EUA [19]. Examinar
prontuários
com história de Revisão Alimentação por Ganho de peso e
GI e desfecho retrospectiva sonda aumento do
de alta IMC.
relacionado
com anorexia
nervosa e
TARE.

Tratamento
Couturier et al. Desenvolver baseado na Aumento do
(2020), diretrizes Revisão família em apetite, da
Canadá [32]. práticas para sistemática ambiente menos ingestão de
intensivo, comida,
o tratamento
recomendações recuperação do
em crianças
fracas peso e melhora
e multifamiliar, nas
adolescentes TCC, ioga e comorbidades.
com TA. antipsicóticos.

25 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34


https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453
Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

Dolman et al. Avaliar Estudo Abordagem Restauração do


(2021), condutas para de caso terapêutica peso, aumento
Canadá [41]. recuperação da multimodal, TCC, de itens na
saúde. terapia familiar, dieta.
manejo
farmacológico.

Achado que
possam sugerir Tratamento Sugere adaptar
Eddy & Thomas a Revisão baseado na os tratamentos
(2019), EUA [33]. fenomenologia abrangente família, TCC, existentes de AN
do TARE, experiência por para o
semelhanças e exposição, tratamento do
diferenças intervenções TARE.
entre TARE e precoces, auto
AN, novos ajuda dos pais e
tratamentos telemedicina.
para o TARE e
novas ideias
para melhorar
os resultados
do tratamento
na AN.

Hay et al. Diretriz de Orientação do


(2014), prática clínica Revisão TCC uso de TCC para
Nova Zelândia [42]. para o sistemática o tratamento.
tratamento da
alimentação e
TA.

O tratamento
Lock, Sadeh-Sharvit baseado na
& L’Insalata Avaliar a família (FBT)
(2019), EUA [43]. viabilidade de são mais
conduzir Estudo piloto Terapia familiar favoráveis que
ensaio clínico randomizado os cuidados
randomizado habituais (UC).
comparando Efeitos na
tratamento melhora do
baseado na ganho de peso e
família para gravidade
cuidado clínica, melhora
habitual. dos sintomas e
da autoeficácia
dos pais.

Mahr et al. Explorar


(2022), EUA [44]. inibidores da Revisão Agentes Melhoria de
recaptação da retrospectiva farmacológicos peso corporal,
serotonina no comportamentos
tratamento de alimentares,
crianças e humor,
ansiedade e
26 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34
https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453
Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

adolescentes medo de
com TARE. comida.

Kambanis & Thomas Avaliar o Revisão de TCC, tratamento Ganho de peso


(2023), EUA [45]. tratamento de literatura familiar, equipe corporal,
TARE dez anos multiprofissional aumento do
após à IMC, aumento
introdução no no consumo de
DSM-5. alimentos
proibidos.

Murray & Calabrese Destacar riscos


(2022), EUA [24]. do TARE e Revisão Tratamento Recuperação do
transtorno hospitalar estado
gástrico e nutricional.
recomendações
médicas

Avaliar as Necessidade de
Norris et al. (2021), taxas de Tratamento recursos
Canadá [23]. comorbidades Coorte multidisciplinar, especializados
para obter retrospectivo terapia individual para a avaliação
informações e familiar, e tratamento.
sobre o farmacoterapia Importância da
tratamento. abordagem
multidisciplinar.

Peck et al. Avaliar a


(2021), EUA [46]. aceitabilidade Estudo Tratamento Redução da
e eficácia de de ensaio familiar patologia,
intervenção aumento do
para adultos IMC.
com TARE.

Sintomas da
Shimshoni, Avaliar a Intervenções doença
Silverman & eficácia de um semanais, reduzidos,
Lebowitz (2020), método Estudo auxiliando os flexibilidade no
EUA [47]. baseado no longitudinal pais a comportamento
apoio a flexibilizarem as alimentar,
paternidade de respostas aos adição de novos
crianças sintomas da alimentos e
ansiosas alimentação da bebidas, maior
adaptado ao criança. flexibilidade na
tratamento do marca, sabor e
TARE. lugares externos
para refeições.

Aumentou
Thomas et al. Avaliação de TCC, consumo de
(2017), EUA [4]. hipóteses Revisão farmacoterapia comida, maior
sobre a adjuvante, aceitação da

27 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34


https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453
Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

etiologia do realimentação mordida, menos


TARE e TCC hospitalar. tempo de
como refeição,
tratamento. desmame de
alimentação por
sonda.

Tratamento Maior aceitação


Thomas, Wons Revisar a familiar parental, da mordida,
& Eddy (2018), literatura sobre Revisão TCC, gramas de
EUA [34]. o tratamento realimentação alimentos
do TARE. hospitalar, consumidos,
farmacoterapia menos
adjuvante. interrupções das
refeições,
aumento de
peso, diminuição
da ansiedade e
do TA.

Thomas et al. Avaliar a Diminuição da


(2020), EUA [48]. viabilidade, Revisão Tratamento gravidade da
aceitação e integrativa psicossocial. doença,
prova do TCC aumento do
em crianças e consumo de
adolescentes. novos
alimentos,
ganho de peso.

Wong, Goh Avaliar Coorte Terapia familiar Remissão da


& Ramachandran hospitalar doença.
(2022),
Cingapura [49].

Van Wye et al. (2023), Descreve Tratamento Aumento de


EUA [50]. protocolo de Ensaio clínico baseado na peso corporal,
estudo que randomizado família, autoeficácia dos
busca telesaúde, pais e
confirmar terapia comportamentos
tratamento do psicoeducacional. de alimentação.
TARE.

Notas: TARE – transtorno alimentar restritivo evitativo; TCC – terapia cognitivo comportamental; TA – Transtorno alimentar.

28 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34


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Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

Tabela 2. Artigos que abordam o tratamento nutricional do TARE


Autor (Ano) Objetivo de Metodologia Tratamento Principais
e País estudo Resultados

Burton et al. Avaliar a Tratamento Aumento do


(2021), EUA [20]. evolução de três familiar, TCC, consumo de
pacientes TARE, Estudo de caso fármaco, variedade de
com o equipe alimentos,
atendimento multiprofissional, diminuição de
telesaúde telesaúde. alimentação por
individual e sonda
familiar.

Tratamento Diminuição dos


Bialek-Dratwa et al. Revisar a multiprofissional, sintomas, ganho
(2022), literatura sobre o Revisão incluindo de peso
Polônia [13]. tratamento do nutricionista. corporal, maior
TARE. TCC, Terapia aceitação de
familiar. alimentos.

Esclarecer Equipe
De Toro, Aedo critérios de Revisão multidisciplinar Melhora do
& Urrejola diagnóstico e incluindo estado de
(2021), Chile [51]. manejo do nutricionista, saúde, ganho de
tratamento psiquiatra, peso, aumento
terapeuta da densidade
ocupacional, calórica e
fonoaudióloga, ingesta de
TCC, alimentos.
psicoeducação e
fármacos.

Observar os Manejo
riscos nutricionais multidisciplinar, Desfecho
(perda de peso hospitalização, favorável da
Feillet et al. significativa ou Revisão uso de doença se
(2019), França [3]. falha persistente suplementos e cuidados forem
em atender as alimentação adequados, com
necessidades nasogástrica em alcance da
nutricionais, casos severos. remissão,
deficiência Psicoterapia, entretanto
nutricional dessensibilização certas
significativa, sistemática, intervenções do
dependência de plano nutricional tratamento
suplementos estruturado ´pode levar à
nutricionais orais, baseado em incapacidade de
alimentação exposição participação de
enteral ou gradual, atividades
interferência gerenciamento da sociais.
psicossocial) ansiedade.
causados pelo Medicamento:
TARE Olanzapina ou
Mirtazapina.

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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

Guss, Richmond Avaliar o manejo Terapia de grupo,


& Forman (2018), médico hospitalar Estudo transversal educação Manejo médico
EUA [30]. em pacientes nutricional, sonda foi útil
com TARE. nasogástrica, favorecendo a
suplemento reabilitação dos
nutricional pacientes.
noturno, equipe
multidisciplinar,
tratamento
familiar,
tratamento
individualizado.

Realizar Tratamento
Herpertz- tratamento com Revisão multidisciplinar,
Dahlmann (2017), equipe intervenção Ganho de peso,
EUA [52]. multidisciplinar, comportamental mudança
incluindo (extinção de positiva no
terapeutas fuga; reforço), horário das
nutricionais, retirada de refeições e
pediatras, alimentação por comportamentos
psicólogos e sonda alimentares.
fonoaudiólogos, (provocação da
com abordagens fome),
baseadas em envolvimento dos
intervenções cuidadores.
comportamentais. Tratamento
farmacológico.

Tratamento Devido a
multidisciplinar heterogeneidade
Katzman, Norris & Discutir que atendem da doença, os
Zucker (2019), tratamento Revisão necessidades pacientes têm
Canadá [53]. adequado em médicas, necessidades
diferentes níveis nutricionais, diversas,
de atendimento. saúde mental, portanto, a
específicas da equipe
alimentação, que multidisciplinar
atenue atende às
sofrimento e necessidades
deficiência. médicas,
Tratamento nutricionais, de
hospitalar para saúde mental e
pacientes específicas de
instáveis. Ênfase alimentação
na validação da enquanto
aprendizagem da atenua o
criança e dos pais sofrimento e a
pelo esgotamento deficiência.
emocional da
relação.

30 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34


https://doi.org/10.25118/2763-9037.2023.v13.453
Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

Acompanhamento
Kennedy, Wick Examinar Revisão multidisciplinar,
& Keel (2018), semelhanças do incluindo
EUA [39]. TARE com outros familiares,
TA e implicações médicos, médicos Mudança de
no tratamento. de saúde mental, peso ao longo
e nutricionista. do tratamento.
Plano de
alimentação cada
vez maior com
conteúdo calórico
e forte
envolvimento dos
pais no processo
durante
hospitalização e
pós-atendimento
ambulatorial.

Lesser, Mathis Avaliar Equipe Aumento da


& Melicosta tratamento em Revisão de multiprofissional, ingestão das
(2022), ambiente registros Suplementação necessidades
EUA [54]. hospitalar da nutrição, nutricionais.
terapia
comportamental
hospitalar.

Caracterização de Equipe
Makhzoumi et al. grupo com Revisão retrospectiva multidisciplinar, Restauração do
(2019), EUA [55]. hospitalização de prontuários TCC, dialéticas peso
parcial tratado comportamentais
com programa de e baseadas em
TA família.
comportamental. Terapia
nutricional bem
definida.

Descrever TARE e Abordagem


Mammel & Ornstein explicar interdisciplinar, Recuperação do
(2017), diagnóstico, Revisão profissional que peso, diminuição
EUA [35]. demostrando avalie deglutição dos sintomas,
prevalência e e mastigação menor duração
discutir podem ser de estadia.
tratamento. indicados.
Tratamento
ambulatorial e/ou
internação
hospitalar. TCC,
terapia familiar,
psicoeducação.

Milano, Chatoor Identificar TARE Uso de Reduzir a


& Kerzner (2019), de Transtorno ansiolítico, ansiedade,

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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

Suiça [56]. alimentar Revisão terapia com redução de


pediátrico e alimentos, elogio alimentação por
gerenciar e reforço sonda, melhoria
gravidade. positivo, avanço no
gradual da comportamento
textura com alimentar e
recompensa redução de
positiva sem estresse
associação com parental.
comida, treinar
técnicas
parentais. Equipe
multidisciplinar.

Terapia familiar,
gestão
Ornstein et al. Comparar Revisão retrospectiva comportamental, Ganho de peso,
(2017), EUA [57]. resultados do de prontuários. TCC, prevenção melhora na
tratamento de exposição e restrição
hospitalar de resposta de alimentar e
pacientes com forma ansiedade.
TARE com individualizada
aqueles com levando em
outros TAs. consideração
medo,
preocupação e
nojo. Refeições
em grupo.
Tratamento
farmacológico.

Avaliar Intervenção Aumento da


Sharp et al. atendimento Meta-análise comportamental, ingestão oral,
(2017), EUA [58]. multidisciplinar desmame da melhor
em distúrbios sonda, comportamento
alimentares atendimento durante as
pediátricos. multidisciplinar, refeições,
envolvimento dos redução do
cuidadores. estresse
parental.

Sharp et al. Avaliar a eficácia


(2019), de treinamento Estudo randomizado Equipe Melhora do
EUA [59]. para pais do multidisciplinar, comportamento
espectro autista e educação na hora de
aversões nutricional aos refeição.
alimentares. pais e
psicoterapia.

Waddle & Investigar a Aumento da


Gillespie (2023), relação entre Revisão retrospectiva Nutrição enteral ingestão oral
EUA [60]. horário de via sonda recebendo
alimentação por nasogástrica. esquema de
sonda e a alimentação
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Cardoso DKO, Silva CLM, Moraes CEF, Appolinário JCB

ingestão oral em enteral contínua


crianças. durante a noite.

Notas: TARE – transtorno alimentar restritivo evitativo; TCC – terapia cognitivo comportamental; TA – Transtorno alimentar; AN – Anorexia
nervosa.

Tabela 3. Artigos sobre tratamento do TARE classificados


por ano de publicação
Ano de publicação n (%)
2014 1 (2,8)
2016 1 (2,8)
2017 5 (13,9)
2018 4 (11,1)
2019 6 (16,7)
2020 4 (11,1)
2021 7 (19,4)
2022 6 (16,7)
2023 2 (5,5)

Tabela 4. Tratamento utilizados nos estudos sobre TARE


Tratamento n (%)
Com equipe multiprofissional 28
(77,8)
Terapia familiar 15
(41,6)
Focado apenas no paciente 10
(27,8)
Farmacológico 14
(38,9)

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Tratamento nutricional no transtorno alimentar restritivo evitativo

1ª fase: Questão norteadora


Como se estabelece o tratamento nutricional para pacientes com
TARE?

2ªfase: Coleta de dados PubMed Scielo


(definição da base de dados e busca
dos artigos) 187 4

Motivos de exclusão dos


artigos:
Duplicados: (n=4); não
atendiam à questão
norteadora: (n=55)

3ªfase: Avaliação dos dados


(artigos selecionados após leitura dos
resumos na íntegra) 131 1

Motivo de exclusão dos


artigos para a leitura do
resumo: Não abordavam o curso
do TARE e o tratamento.
(n=96)

4ª e 5ª fases: Análise dos dados


(artigos selecionados após leitura na íntegra)
35 1
1

6ª fase: Análise dos dados 20


(artigos separados entre os que abordam o 1
tratamento de forma abrangente (n= 20) e os
que abordam o tratamento nutricional(n=16))
16
1
Figura 1: Fluxograma do processo de seleção dos estudos para a revisão integrativa

34 Debates em Psiquiatria, Rio de Janeiro. 2023;13:1-34


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