TCC - Dalila Luz Assinado
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Minha gratidão maior ao meu Deus, mesmo em meus momentos de pouca fé,
quando tudo parecia impossível, seu amor e seu cuidado foram superiores, e eu
nunca chegaria até aqui sem sua providência. O mérito é Teu, toda honra e glória
sejam dadas a Ti!
Aos meus alicerces, a minha base, meus pais, minha eterna gratidão.
Agradeço ao meu pai Raimundo por todo apoio e por sempre acreditar que eu
poderia chegar longe. Minha mamãe Roseane, eu agradeço de forma especial,
sempre estimulou meus estudos, foi a responsável por me fazer ser quem eu sou, a
senhora é meu maior exemplo e nunca serei capaz de agradecer por todo suporte
que sempre me deu.
Agradeço aos familiares que foram presentes em minha vida nesse período
da minha graduação, especialmente minha prima Shirley e minha tia Clemilda,
obrigada por todo zelo e amor, vocês fazem parte de mim.
Agradeço as minhas melhores amigas, Thalia e Jaíne. Vocês me deram força
pra chegar até aqui, foram compreensivas com meus “sumiços” e seguraram minha
mão, mesmo que de longe. Amo demais, minhas meninas!
Não poderia deixar de agradecer à minha família UFRB, meus companheiros
de luta, que foram indispensáveis para que eu chegasse até aqui: Amanda, Alane,
Paula, João, Flávia e Taís. Amo vocês, cambada!
Meu agradecimento especial ao meu trio, Mariana e Isis. Mari, minha miga
que está comigo desde o começo, e Isis que eu conheci depois mas que me
conquistou da mesma forma, minha admiração por vocês nem tem tamanho,
obrigada por tudo o que passamos juntas, todas lágrimas e toda felicidade
compartilhada. Da UFRB pra vida toda, amo vocês!
Agradeço de todo coração ao meu orientador e professor, Dr. Robson Bahia,
obrigada por todo conhecimento passado, e ainda mais, por fazer a diferença na
vida de todos os seus alunos. Obrigada por aceitar me orientar e acreditar no meu
potencial!
Meu agradecimento mais que especial as doutoras Jeniffer Siqueira Freires e
Adriana Fernandes Correia Santos, que me cederam esse caso, e mesmo não me
conhecendo pessoalmente, me deram esse voto de confiança. E neste
agradecimento não poderia esquecer de Bia, que intermediou esse contato e dessa
forma fez esse trabalho acontecer.
Não poderia deixar de citar minha filha de quatro patas, minha Lua. Agradeço
a Deus por poder cuidar de você e por todo amor que me oferece!
Ademais, minha gratidão a todos que fizeram parte dessa trajetória, direta ou
indiretamente. Agradeço a todos e todas!
LUZ, D. de A. Esporotricose em Felino Doméstico: Relato de Caso. 2021. 52p.
Monografia (Graduação em Medicina Veterinária). Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, Bahia.
Orientador: Prof. Dr. Robson Bahia Cerqueira
RESUMO
ABSTRACT
g Gramas
GMS Grocott-Gomori
HE Hematoxilina e Eosina
IV Intravenoso
kg Quilo
mg Miligramas
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10
2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
2.1 Geral ..................................................................................................... 11
2.2 Específicos .......................................................................................... 11
3 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 12
3.1 Histórico............................................................................................... 12
3.2 Etiologia ............................................................................................... 13
3.3 Aspectos epidemiológicos ................................................................. 14
3.4 Patogênese .......................................................................................... 17
3.5 Manifestação clínica ........................................................................... 19
3.6 Diagnóstico clínico e laboratorial ...................................................... 22
3.7 Tratamento ........................................................................................... 25
3.8 Controle e prevenção .......................................................................... 29
4 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 31
4.1 Relato de caso ..................................................................................... 31
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 35
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
10
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Histórico
3.2 Etiologia
A B
Fonte: (A) PIRES, 2017 e (B) ARAÚJO & LEAL, 2016.
14
3.4 Patogênese
3.7 Tratamento
Fonte: https://bityli.com/ibl16
com saneamento básico precário são mais propensos a ocorrência da doença, onde
se observa um fluxo maior de animais errantes, contribuindo para o aumento do
potencial zoonótico da esporotricose (GONTIJO et al., 2011; GALATI et al., 2017). A
desinfecção e limpeza são feitas com hipoclorito de sódio a 1% e posteriormente o
álcool 70% é usado por no mínimo 10 minutos, sendo realizada em ambiente
hospitalar, mesas de atendimento, instalações e caixas de transporte, além da
esterilização de todo material utilizado em atendimento, e o devido descarte do lixo e
de materiais perfurocortantes (SILVA et al., 2012; GREENE, 2015).
O grupo de profissionais que tem contato direto com os animais e com o solo,
são considerados grupo de risco para esporotricose, dessa forma se faz necessária
a utilização de EPI, como medida de proteção contra o fungo (BISON; PARENTONI;
BRASIL, 2020). Na manipulação de gatos doentes, deve- se usar luvas, máscaras,
toucas, óculos de proteção, avental (descartável) de manga longa, e quando a
manipulação encerrar é recomendado o descarte das luvas, máscaras, toucas e
avental, fazendo a higienização das mãos até os braços com água corrente e sabão,
e posteriormente fazer uso de um antisséptico nesses locais. As medidas de
segurança individuais precisam ser seguidas à risca, diminuindo o risco de
exposição à contaminação (ROSSOW et al., 2020; SILVA et al., 2012).
4 MATERIAL E MÉTODOS
Nos dias que seguiram, o animal teve diarreia, e não apresentou melhora nas
lesões, porém se mantinha estável, se alimentando normalmente. Após 50 dias de
tratamento, a diarreia teve remissão espontânea, suspeitando-se de uma reação
adversa aos medicamentos administrados. Porém, as lesões voltaram a ulcerar com
exsudação, com aumento de extensão lesional, principalmente no plano nasal e
formação de crostas. Novas lesões começaram a aparecer no membro torácico e
nas bordas auriculares (Figura 7), dessa forma o quadro clínico teve uma piora
significativa e o animal começou a apresentar-se apático.
34
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
doença micótica de tecido subcutâneo (GREMIÃO, 2011). O gato tem papel central
na infecção e disseminação da esporotricose, sua capacidade de carrear o
patógeno, não só em suas lesões mas também em cavidades oral e nasal e unhas,
corroboram para sua função na transmissão zoonótica, e contribui para a
endemicidade da doença em todo país (GREENE, 2015). A cidade de Vitória da
Conquista- BA, local onde foi relatado o caso deste trabalho, tem uma grande
casuística de esporotricose felina. O aumento do número de casos atendidos
refletem a necessidade de controle da doença, e o desconhecimento pela população
acerca de sua ocorrência.
A ação de arranhar madeira e cavar o solo para cobrir dejetos, são hábitos
comportamentais específicos dos felinos domésticos, que auxiliam na dispersão
ambiental do fungo em sua forma micelial (LLORET et al., 2013). Ademais, nos
últimos anos observa-se o aumento do número de gatos como animais de
companhia, que muitas vezes são utilizados para extermínio de roedores e são
criados com livre acesso à rua, nesse cenário ainda se tem o problema do abandono
desses animais, principalmente quando eles são acometidos por alguma doença
(RODRIGUES et al., 2020).
O felino deste relato teve seu diagnóstico laboratorial feito através do método
direto da citopatologia, pelo método de imprinting que é minimamente invasivo e não
proporciona estímulo doloroso ao animal, onde é executada a aposição de lâminas
sobre a lesão, que nesse caso foi de um material coletado de uma lesão ulcerada da
região frontal. A lâmina foi corada com coloração de Romanowsky (panótico rápido),
e na microscopia foram visualizadas estruturas leveduriformes e ovóides (Figura 9),
confirmando assim a suspeita diagnóstica, e comprovando a riqueza parasitária
contidas nas feridas dos gatos.
38
A espécie que infectou o gato não foi identificada, pois não foram feitos testes
moleculares. Sabe-se que S. brasilienses é considerada a mais virulenta do
complexo Sporothrix, que tem uma capacidade de termotolerância excelente e se
adapta facilmente a temperatura corporal do gato (RODRIGUES et al., 2020), e é
importante salientar o envolvimento dessa espécie em casos graves de
esporotricose, onde o animal tem o sistema respiratório acometido, e a falha
terapêutica é amplamente relatada por causa de sua patogenicidade. O gato não foi
testado para FIV e FELV. Estudos mostram que o prognóstico do animal doente não
depende do diagnóstico de doenças concomitantes, como FIV e FELV, ou seja, a
gravidade ou piora clínica do animal independe de coinfecções (ROSSOW et al.,
2020). Para a realização de exames complementares é necessário o contato direto
com o animal para manipulação do mesmo, podendo resultar na propagação fúngica
ambiental, espalhamento de leveduras na pele do animal e infecção do manipulador.
Por isso, optou-se por não fazer exames como hemograma e perfil bioquímico
sérico.
40
6 CONCLUSÃO
O felino relatado nesse trabalho foi resgatado com muita dificuldade sendo
submetido à consulta médica, e o diagnóstico laboratorial foi realizado por
meio da citopatologia possibilitando tratamento imediato. A situação de rua,
41
REFERÊNCIAS
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