Historia
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Historia
v Formacao
~ do estado absolutista
- Humanismo e Renascimento
~ Expansao Maritima
~
Voltando e Contextualizando… (Feudalismo)
O período da Idade Média ocorreu entre os séculos X e XV e sua transição para o Estado Moderno é crucial para o contexto do
Absolutismo e do Renascimento. O feudalismo foi um modo de organização social e político que se tratava de uma troca de mão de
obra por moradia. Os reis e os nobres faziam alianças: o rei oferecia terras que a nobreza administrava em troca de segurança
em caso de invasões. Os camponeses trabalhavam nessas terras e eram obrigados a pagar altos impostos, vivendo sobre
dependência ao feudo já que sua mão de obra era explorada, gerando salários e rendimentos baixíssimos. A sociedade feudal era
composta por duas classes sociais básicas, senhores e servis, e a estrutura social não permitia mobilidade, logo era quase
impossível ter uma ascensão social: quem nasce servo será sempre servo. O mundo feudal não tinha uma estrutura de poder
centralizada, não existia noção de estado ou nação e o poder era localizado, então cada feudo tinha a sua estrutura. Nesse período,
o rei não exercia poder soberano. O avanço nos meios de produção agrícola vão fazer com que comece a se gerar excedente na
produção camponesa. Isso faz com que esse povo comece um comércio que é levado ao meio externo.
Os camponeses vão começar a fugir e formar um comércio ao redor dos burgos (barreiras que protegem o castelo) com seus
trabalhos artesanais, e virão a ser chamados de burgueses. Eles não iam para longe devido ao perigo, mas não viviam mais dentro
do feudo então não pagavam impostos. Começaram então a criar barracas para troca comercial e moradias ao redor de todas as
muralhas de todos os feudos do reino, e isso gerou o nascimento das cidades. Vale mencionar que um obstáculo dessa prática era
que depois do período de trocas, quando adquiriram as vendas, cada indivíduo utilizava uma moeda diferente, por isso a criação de
banqueiros. As Cruzadas foram expedições religiosas e militares cujo principal objetivo era resgatar a Terra Santa, que estava
sob o domínio islâmico, para os cristãos. Essa atividade proporcionou a volta do contato da Europa com o Oriente, quebrando o
isolamento do sistema feudal.
O fim desse sistema político se deu quando uma crise se instalou no território. A partir do século XIV uma sucessão de
acontecimentos, como má colheitas, fome, epidemias, rebeliões camponesas e guerras provocaram uma profunda crise econômica
e social. Com solos menos férteis e chuvas intensas, a agricultura foi afetada e começou a gerar baixo rendimento, começando
uma onda de fome intensa. Além disso, o excedente não estava sendo suficiente para o aumento populacional e a mão de obra
estava diminuindo devido a migração de muitos trabalhadores para os burgos. Uma guerra ainda irá ser instaurada após a morte
do rei da França, Carlos IV. Após morrer sem deixar nenhum herdeiro homem, o seu sobrinho, Eduardo III, irá tentar assumir o
trono e não terá aprovação da nobreza francesa, instalando assim um cenário de guerra que permanecerá por 116 anos. A Guerra
dos Cem Anos (1337 - 1453) vai resultar na morte de diversos camponeses e na diminuição de servos (essa guerra tem Joana
D'Arc como símbolo de luta). Juntamente à guerra, começou a epidemia da peste bubônica. Os cidadãos estavam enfraquecidos e
vulneráveis devido a falta de alimentos. A falta de saneamento básico agravou a situação e cerca de um terço da população
europeia morreu. Apesar da extrema diminuição de servos, os senhores feudais queriam manter o mesmo nível de produção,
superexplorando os camponeses que começaram diversas revoltas. Uma delas foi no norte da França devido a fome generalizada,
e o levante camponeses ficou conhecido como Jacquerie, já que os camponeses eram nomeados a partir da expressão “Jacques
Bonhomme”. Desesperados com essa situação, a nobreza e os senhores feudais foram buscar ajuda ao rei, que foi aos poucos
tendo um poder geral e concentrado. Tudo isso levou ao enfraquecimento e declínio do sistema feudal e, consequentemente, ao
fim da Idade Média.
~
Formacao
S
do Estado Moderno (Absolutismo)
O Estado Moderno se instituiu e tinha como sistema político o Absolutismo. Sua base era o Rei, a Nobreza e a Burguesia e, na
pirâmide social, cada um tem a sua função:
Servos e Camponeses
Antes do período monárquico, o poder do rei não era centralizado e não tinha tanta influência. Obstáculos tiveram que ser
enfrentados no caminho para conquista de autoridade monárquica, como o particularismo e universalismo político impostos, na
Idade Média. O universalismo tratava da ampla autoridade da Igreja, que constitua posse sobre grandes extensões de terra e
imposição de leis e tributos próprios. O particularismo desenvolveu-se nos costumes políticos locais enraizados nos feudos e nas
cidades comerciais. Os comerciantes fortaleciam-se a partir do acúmulo de riquezas oriundo do comércio com o oriente, e
enquanto classe social interessada na formação de um regime político centralizado, a burguesia aproximava-se cada vez mais dos
interesses econômicos dos reinos europeus.
Para ter mais poderes em mãos, o rei deveria ter autoridade e legitimidade suficientes para criar leis, formar exércitos e decretar
impostos, e com esses três mecanismos de ação, as monarquias foram se estabelecendo por meio de ações conjuntas que tinham
apoio tanto da burguesia comerciante, quanto da nobreza feudal.
A burguesia financia então o criação do exército militar, que impõe uma autoridade de ordem nacional. Em troca do auxílio
financeiro, o rei estabelece uma unificação de moedas, medidas e impostos: os comerciantes agora não sofrem mais com as moedas
distintas, as moedas ganham um padrão de valor e a capacidade de calcular antecipadamente o valor dos ganhos obtidos com o
comércio e o gasto com impostos. Além da unificação de moedas, essa padronização gera ainda a unificação territorial, já que as
cidades dos burgos têm agora o mesmo padrão para vendas.
A junção dos interesses do rei e dos nobres pode parecer primeiramente contraditório, já que a centralização do poder no rei faria
com que a nobreza perdesse esse privilégio que eras deles: na época medieval, o poder geral era da nobreza, e tal poder seria
perdido ao se unissem ao rei. Apesar disso, essa união seria benéfica para o controle de seus servos, e o feudalismo ainda tinha
possibilitado novas formas e organização e de exercício de poder, que serão observados no Estado moderno. Com a fixação de tais
mudanças, o rei agora acumulava poderes para instituir tributos para sustentação do Estado e regulamentaria os impostos
cobrados em seu território, personalizando então a supremacia política dos Estados europeus e a figura individual de um rei, com a
centralização do poder em suas mãos.
Na idade média, o papel da igreja sempre foi crucial e sua influência sempre foi enorme. Em um ambiente marcada pela
descentralização, o cristianismo era um traço que unia povos da Europa ocidental, sendo então um símbolo de que restava da
agregação no continente. A Igreja possuía diversas terras e muitas riquezas, sendo o papa muitas vezes maior que o rei, o que
desagravas diversos reis que desejavam uma menor influência católica. Além disso, ela tinha todos os aspectos cotidianos de seus
fiéis: entravam na vida por meia dela (batismo), permaneciam na vida com ela (missas e sacramentos) e morriam próximo a ela
(esperando vida longa no paraíso). No entanto, durante a crise na era medieval, com as ideias renascentistas e o fortalecimento
do rei, diversos problemas foram revelados juntos com "críticas" à Igreja. A resposta inicial da Igreja foi a centralização do poder,
mas essa medidas não foram suficientes para dar conta da situação. Na formação dos Estados Modernos a Igreja NÃO deixou de ser
relevante, ela se manteve fundamental no jogo político, porém o rei passou a rivalizar em poder com a instituição. No novo
contexto, a Igreja tornou-se fiadora da força do rei e o ajudou a legitimar sua imagem e aura sagrada. Em troca, passou a ser sócia
dos Estado nos projetos de expansão e manteve seu hegemonia cultural e a presença cotidiana na sociedade.
O absolutismo possuía algumas justificas teóricas que pensadores políticos da renascença refletiam em suas obras:
Direito Divino dos Reis: O rei como um representando de Deus na terra, guiando o povo e seus súditos e não contando com
questionamento ao rei já que não se questionava Deus - Bossuet e Bodin
Teoria Maquiavélica - “O principe”: Busca pela prosperidade do Estado, “O fim justifica os meios”, o governante deve fazer o que
fosse necessário para se manter no poder agradando ao povo- Nicolau Maquiavel
Teoria Hobbesiana - “Leviatã”: A centralização do poder garante a estabilidade e coesão social, “O homem é o lobo do homem”, em
estado natural da sociedade humana guerras tendem a acontecer, logo é necessário um líder para organização - Tomas Hobbes
O rei então finalmente conseguir estabelecer seu poder absoluto: por meio de decretos ele criava instituições, ordenava a
realização de obras, concedia ou retirava direitos e etc. Com a centralização política, o rei não só se fortaleceu, mas também
passou a controlar a atividade econômica. A intervenção estatal na economia se deu com a adoção de um conjunto de práticas em
busca de enriquecimento, sendo chamado de mercantilismo. Dentro dessas práticas mercantilistas, destacam-se as seguintes:
Metalismo: Acumulação de metais preciosos como lastro e meio de mensurar a riqueza de um Estado;
Balança Comercial Favorável: Noção baseada na ideia de que será fundamental que o valor obtido nas exportações fosse superior
ao valor das importações;
Protecionismo Alfandegário: Aumento das tarifas alfandegarias sobre importações para dificultar a entrada de produtos
estrangeiros. Logo, os importados ficavam mais caros, diminuindo seu consumo e ampliando a venda de produtos locais;
Monopólio: Concessão do direito de exploração exclusiva de determinadas atividades e regulação de ser exercício;
Colonialismo e exclusivo colonial: A partir da dominação de territórios transformados colônias (mais pobres) pelas metrópoles
(mais ricos) graças a expansão marítima, uma relação de exclusividade era construída. As colônias ficavam presas à necessidade
de fornecer matérias-primas somente às suas metrópoles e de consumir produtos manufaturados também unicamente delas,
sendo muito lucrativo aos países europeus.
O modelo de sociedade no início da idade moderna manteve muitas semelhanças com a sociedade estamental herdada na idade
média. Essa sociedade hierarquizada e de pouca mobilidade aos poucos sofrerá corrosões e se adaptará aos novos tempos, mas
será ainda a base dos estados modernos.
O Renascimento foi um movimento cultural, artístico e político, surgido na Itália no século XIV e se estendeu até o século XVII
por toda a Europa. Esse movimento marcou o processo de transição da Idade Média para a Idade Moderna. Durante a grande crise e
a epidemia da peste bubônica, a Igreja implantou a ideia de que as mortes só estavam ocorrendo com aqueles que não eram dignos
de Deus e sua fé. Esse pensamento foi propagado por toda a Europa e atraiu diversas pessoas desesperadas, até o momento que a
doença se espalhou tanto que começar a infectar e matar membros importantes do próprio clero. Essas mortes fizeram as
pessoas começarem a abrir suas mentes e duvidarem da credibilidade de falas e ações manipuladoras da igreja: “se a doença só
atinge quem não segue o caminho de Deus, por que os papas, bispos e fiéis estão um morrendo?". Esse pensamento foi a fase inicial
do Renascimento.
A busca por respostas racionais foi um dos pilares da ciência moderna. O dogma católico passou a da lugar à busca por
respostas baseadas no empirismo e não mais em textos sagrados. Essa nova visão de mundo permitiu o desenvolvimento de
perguntas que impulsionaram o avanço científico.
Media Moderna
Escolástica (fé + razão) Humanismo
Teocentrismo (Deus como centro) Antropocentrismo
Razão a serviço da fé Razão independente da fé
Sofrimento Hedonismo
Conformismo Progresso
Inspiração na cultura católica medieval Empirismo
Inspiração na cultura greco-romana
As artes desse período também simbolizam o pensamento humanista e
antropocêntrico, valorizando o ser humano e o mundo vivido por ele. O Renascimento
(movimento artístico que representa o conjuntos de ideias) trouxe liberdade de
buscar novas visões do mundo. Ainda na arte renascentista, corpos arredondados e
Reforma Protestante e Contrarreforma
com curvas simbolizavam fatura e saúde,
Insatisfeitos com diversas ações da Igreja em uma crise de valores, alguns católicos tentaram realizar reformas e mudanças sem
necessariamente deixar de seguir os valores católicos. A Reforma Religiosa foi um movimento de ruptura com a igreja católica que
deu origem a novas religiões cristãs a partir do século XVI, na Europa.
O clero estava realizando vendas de indulgências, cargos eclesiásticos (na Igreja) e objetos sagrados (muitas vezes falsos).
Vendiam pedaços de madeira dizendo que foram da cruz que Jesus carregou, panos alegando que foram usados por santos, líquidos
que falam que são lágrimas de figuras religiosas e etc. Além disso, estava havendo o desrespeito ao celibato pro figuras
importantes e o luxo e opulência católico em contraponto a uma Europa miserável (a Igreja esbanja muito dinheiro que não
utilizava para tentar ajudar na crise). O humanismo já havia sido instalado também, diminuindo a influência católica, os reis e a
nobreza tinham interesse e nos bens e terras da Igreja, logo se opunhavam contra a instituição, a sociedade desejava por fim na
intromissão do papa em assuntos políticos e a burguesia estava insatisfeita com a condenação da usura (juros excessivos). Diante
desse contexto, alguns pensadores católicos surgiram com soluções e novas religiões cristãs que não foram aceitas pela Igreja:
Reforma Luterana: Ocorreu no início do século XVI na Alemanha (sacro-império germânico). Apesar de ir contra a Igreja, Lutero
NÃO queria romper com ela. Ele discordava com a venda de indulgências porque promoviam uma falsa esperança, já que o fiel
acreditava estar livre de penitências que, na verdade, apenas a fé mudaria a situação. Dizia que desde a expulsão do paraíso somos
seres indignos, que a salvação é possível unicamente pela fé (“As obras boas e justas jamais tornam um homem bom e justo, mas o
homem bom e justo realiza obras boas e justas”). Ele é contra a hierarquia na Igreja, apoiava um sacerdócio universal (sem
diferença substancial entre o clero e pessoas comuns) e apoiava o livre exame das escrituras (todos seriam capazes de examinar a
bíblia e a interpretar individualmenete), inclusive ele traduziu a bíblia do latim para o alemão. Lutero acreditava na infalibilidade da
bíblia e cobrava da Igreja justificativas às suas atitudes apresentadas no livro sagrado. Em outubro de 1517, Lutero enviou uma carta
com 95 teses contra as indulgências ao bispo e foi condenado à morte, porém teve apoio e proteção da nobreza alemã (que
ambicionava das terras e bens da Igreja). O surgimento da prensa e a imprensa foram essenciais para a propagação das ideais: as
teses, a bíblia traduzida e diversos textos. Juntamente ao apoio alemão e sua persistência na luta independe das ameaças, esses
foram os fatores que fizeram essa reforma ser uma das únicas que teve mais progresso.
Obs: Com todo esse choque de realidade, muitas pessoas começaram a questionar questões sociais que iam contra a nobreza. Um
dos movimentos mais famosos foi o Anabatismo, que foi inspirado no Luteranismo, e, por estar sendo protegido pelas nobres, Lutero
se posicionou contra esses movimentos e apoiou os massacres ao movimento.
Calvinismo: Esse movimento concorda com muitas ideias do Luteranismo. A doutrina principal do Calvinismo é a predestinação
absoluta: quando nascemos, nosso caminho já é traçado por Deus e não tem nada que possamos fazer para mudá-lo. Apesar disso,
eles acreditam que há sinais de predestinação à salvação ao longo da vida, sendo eles àqueles que seguem uma vida digna indo ao
culto, estudando a bíblia, formando uma família de acordo com o calvinismo etc. Além disso, para eles também é indício de salvação
o sucesso financeiro. Diferentemente do catolicismo, para os calvinistas uma pessoa bem sucedida financeiramente, com lucros e
prosperidade financeira é sinal de salvação, uma forma de Deus mostrar que você está seguindo o caminho correto. Essa valorização
do lucro e do trabalho trará o apoio da burguesia à esse movimento, já que agora a situação de terem conquistado dinheiro e
prestígio sem muito esforço será vista de forma positiva e amor de Deus.
Anglicanismo: Diferentemente das outras reformas que vieram do povo, o anglicanismo veio por um rei, o Henrique VIII e esse
movimento fortaleceu a monarquia. Esse rei tinha motivos políticos: não apoiava a influência política do papa, que os impostos
pagos fossem direcionados para Roma ao invés de ficarem nos respectivos países e tinha interesse nas terras da Igreja que
ajudariam no aumento da produção econômica; e questões pessoais: ele desejava se divorciar (porque acreditava que sua esposa não
seria capaz de te dar um herdeiro homem apesar de só ter uma filha) e a Igreja negou a anulação de seu casamento. Apesar disso, ele
foi contra as ordens e casou com sua amante, o que fez ambos serem expulsos do catolicismo. Porém, antes disso ele já havia feito
um documento chamado ato de supremacia que o tornava chefe supremo da Igreja na Inglaterra, que passou a ser conhecida como
Igreja Anglicana. Henrique VIII passou a possuir poder político e religioso e até os dias atuais os reis ingleses permanecem com esse
cargo de chefe supremo da Igreja Anglicana. Com esse novo poder, ele confiscou as terras da Igreja católica e as dividiu entre nobres
e membros do parlamento, conquistando assim o apoio nobre, e ainda expandiu a economia inglesa. Ele manteve os rituais católicos
e a hierarquia (agora, ao invés do papa, o rei era colocado ao topo da pirâmide), porém aderiu um pouco do calvinismo.
Curiosidade: A partir do momento que o anglicanismo foi estabelecido, aqueles que não apoiavam a religião estavam contra ao rei e
eram perseguidos (especialmente os calvinistas, que não apoiavam nenhuma autoridade religiosa). Nesse contexto, eles fugiram da
Inglaterra e acabaram fundando-nos Estados Unidos)
A Igreja católica precisava reagir de alguma forma, porque estava passando por um momento de diversas dificuldades e
insatisfação geral contra eles. O humanismo gerava uma independência de ideias às pessoas e, consequentemente, a Igreja perdia
o controle e a liberdade de manipulação sobre todos: antes a sociedade não possuía acesso ao conhecimento para construir tantos
princípios próprios, então se conformavam com as soluções religiosas. Como o humanismo e os pensadores reformistas
trouxeram novos conhecimentos e justificativas com comprovações, muitos indivíduos deixaram de seguir o caminho católico. As
reformas trouxeram diversos opositores ao catolicismo, que perdeu muitos fiéis, e apoiadores de outros movimentos. A
Contrarreforma foi o reação que a Igreja teve para freiar o protestantismo, retomar ao controle e conquistar novos fiéis.
Umas das ferramentas utilizadas na contrarreforma foi a organização Companhia de Jesus que tinha o objetivo de expandir o
catolicismo para lugares além da Europa. Eles faziam catequese e pregavam para aqueles que nunca tiveram acesso a religião e
os protestante ainda não haviam encontrado, como os povo indígenas. A crítica ao movimentos é a superioridade que os católicos
achavam que tinham ter trazido o ato de violência religiosa a diversos povos, que ainda foram infectados com doenças externas
que não eram presentes em suas terras.
Outra medida da contrarreforma foi uma reunião chama Concílio de Trento, que reafirmou alguns dogmas católicos e decretou
novas medidas para "evolução". Eles reafirmaram os 07 sacramentos, a hierarquia, o culto à virgem Maria e aos santos, o celibato
e a salvação pela fé e proibiram a venda de indulgências, estabeleceram mais rigidez à formação dos clérigos, reconheceu os
jesuítas (Companhia de Jesus) e reorganizou a Santa Inquisição. Além disso, eles criaram o INDEX, que era uma lista de livros
com a leitura proibida, onde havia todos os livros que questionavam o catolicismo (Lutero, renascentistas e etc). Obs: O index
acabou tendo efeito contrário já que a curiosidade fez que novas pessoas descobrissem os livros. Outra fator foi o Tribunal do
Santo Ofício, que era a Inquisição, responsável por julgar e condenar os hereges (pessoas contra a Igreja católica).
~ ⑮
Expansao Maritima
A Expansão Marítima foi o processo de Grandes Navegações marítimas desenvolvidas pelas coroas europeias com a primazia de
Portugal e Espanha, a partir do final do século XIV. Essas navegações consolidam o mercantilismo como política econômica dos
monárquicas absolutistas, que se lançavam ao mar. Essas navegações foram também responsáveis por quebrar as barreiras
comerciais da Idade Média, quando aqueles povos começam a fazer comércio estrangeiro, e pelo fortalecimento da burguesia, que
financiava a expansão. + acúmulo de metais preciosos que estavam
escassos no Europa (metalismo)
1
Portugal tem o pioneirismo por diversos motivos. Primeiramente sua localização é favorável (voltado ao Oceano Atlântico). Eles
tiveram um unificação política precoce e já tinham um governo estabelecido e organizado. Os investimentos da burguesia, da
nobreza e da Igreja católica também ajudaram. Além disso, eles tinham a “Escola de Sagres”, que era um centro de estudo náuticos
que formava navegadores com conhecimentos de geografia, astronomia e cartografia. A expansão marítima será o primeiro
contato português com a escravidão africana.
Acreditados na ideia de terra plana e percebendo que estavam atrasados na corrida marítima, os espanhóis tentam seguir o
caminho contrário dos portugueses e acabam descobrindo as Américas. Portugal e Espanha começam o processo de conquista e
dominação das respectivas terras que se encontram (América, África e Ásia). Os europeus impõem padrões comercias e religiosos
sobre as povos dominados e colonizados. A partir daí os reis e burguesia começam a receber muito lucro pelos territórios
colonizados e a burguesia começa a ter mais importância e o rei consegue fortalecer o absolutismo.
Após as navegações, em 1493 a Bula Inter Coetera estabeleceu um acordo que determinava as regiões de exploração de cada uma
das nações ibéricas. De acordo com o documento, uma linha imaginária dividia o mundo, determinando que todas as terras ao oeste
dessa linha seriam de posse espanhola e a leste seriam fixados territórios portugueses e assim a disputa seria resolvida. No
entanto, por motivos não muito claros, o rei Dom João II exigiu a revisão do acordo diplomático. Alguns historiadores levantam a
hipótese que a Coroa Portuguesa sabia da existência de terras na parte sul do novo continente. Dessa maneira, as autoridades
lusas mais uma vez ameaçaram a Espanha caso o pedido de revisão não fosse acatado. O papa foi então convocado para
intermediar novas negociações e em julho de 1494, o Tratado de Tordesilhas transformou os limites do antigo pacto. Segundo o
novo acordo, todas as terras descobertas até o limite de 370 léguas (2500 quilômetros) a oeste de Cabo Verde seriam de domínio
português, sendo as restantes de posse espanhola. Com esse novo acordo, Portugal assegurou sua autoridade sobre parte dos
territórios do Brasil, que teve sua descoberta anunciada seis anos mais tarde.