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PNSB 2000 RS

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____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Limpeza urbana e coleta de lixo


Introdução
A primeira pesquisa nacional sobre saneamento básico, contemplando a questão
de limpeza urbana e coleta de lixo, PNSB, foi realizada em 1983, pelo IBGE. Aprimorada
ao longo do tempo, tornou-se, a partir da versão publicada em 1989, uma referência
nacional e fonte principal de fornecimento de dados de todos os trabalhos, palestras
e avaliações sobre a gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana em nível nacional
e regional, fornecendo uma visão mais atualizada e confiável da situação brasileira
deste importante segmento do saneamento básico.

A responsabilidade pelos serviços de limpeza urbana


A responsabilidade pela proteção do meio ambiente, pelo combate à poluição e
pela oferta de saneamento básico a todos os cidadãos brasileiros está prevista na
Constituição Federal, que deixa ainda, a cargo dos municípios, legislar sobre assuntos de
interesse local e de organização dos serviços públicos. Por isto, e por tradição, a gestão
da limpeza urbana e dos resíduos sólidos gerados em seu território, inclusive os provenientes
dos estabelecimentos de serviços de saúde, é de responsabilidade dos municípios.

A volubilidade institucional e operacional do setor


A PNSB fornece dados que permitem conhecimento detalhado sobre a questão
da limpeza urbana em todos os municípios brasileiros em dado momento, mas não
assegura que a qualidade, boa ou má, dos serviços, esteja consolidada, mesmo em
curto prazo. Ao contrário dos sistemas de água e esgoto, onde as instalações físicas,
como barragens, adutoras, redes coletoras e estações de tratamento, dão permanência
física ao sistema, e a continuidade operacional é mais fácil de ser mantida, os sistemas
de limpeza urbana são constituídos essencialmente de serviços, os quais necessitam,
para sua operação, do pleno engajamento da administração municipal, garantindo um
fluxo de recursos permanente para sua realização. Isto gera uma certa fragilidade do
setor, especialmente em épocas de mudanças de administração e renovações
contratuais. Um aterro sanitário pode se transformar em um lixão em questão de dias,
bastando que os equipamentos ali alocados não estejam mais disponíveis. A redução
ou o colapso do fluxo de recursos para o sistema de coleta de lixo, por exemplo, poderá
prejudicar a situação de salubridade de uma cidade de um momento para outro.
A quase totalidade das avaliações feitas sobre a situação da limpeza urbana no
Brasil com base nos resultados da PNSB - 2000 refere-se a três parâmetros principais:
a população urbana afetada pelos serviços de limpeza urbana, o número de municípios,
sempre se considerando sua região geográfica, e o peso dos resíduos coletados ou
recebidos nos locais de destinação final. Neste contexto, os primeiros resultados da
análise dizem respeito à geração per capita de lixo urbano nos municípios, segundo
os respectivos tamanhos e regiões do Brasil. As fontes das informações coletadas
pelos pesquisadores do IBGE são os órgãos responsáveis pela execução dos serviços
de limpeza urbana, na grande maioria a própria prefeitura da cidade (88% dos
municípios). No entanto, alguns informantes podem ter sido demasiadamente
otimistas de modo a evitar a exposição de deficiências do sistema. A especificação
das Unidades de Destino do Lixo indicou uma situação de destinação final do lixo
coletado no País, em peso, bastante favorável: 47,1% em aterros sanitários, 22,3%
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

em aterros controlados e apenas Gráfico 22 - Percentual do volume de lixo coletado, por tipo de destino
30,5% em lixões, ou seja, mais de final, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000
%
69% de todo o lixo coletado no
83,0
Brasil estaria tendo um destino
72,3
final adequado em aterros 63,6 63,0
sanitários e/ou controlados. 51,9 49,8
Todavia, em número de municípios, 47,1

40,1
44,0

37,1
o resultado não é tão favorável:

30,2
30,5

27,8
24,5

25,5
23,4

22,4

22,7
22,3

20,4
63,6% utilizam lixões e 32,2%,

19,8
16,3

16,3

15,2
14,6
13,0
aterros adequados (13,8%
sanitários, 18,4% aterros

1,8
controlados), sendo que 5% não To A
té D D D D D 1
00 Ma
1 9 e 10 49 e 2 99 e 5 19 e 10 99 e 5

D e 99
t al
informaram para onde vão seus 9 0 0 0 0 is d

4
20 9 9
99 9 0 9 9 9 0 9 0 00 e
99 0 9 00 9 00 99 0 9 0

0 9h
9 0 9 9 99 0 0
ha 0 a ha 0 a 9 00

00 ab
resíduos. Em 1989, a PNSB ha ha a ha a ha a
0 ha
b.

0 .
b. b. b. b. b. b.

a
mostrava que o percentual de
municípios que vazavam seus Lixão Controlado Sanitário
resíduos de forma adequada era
de apenas 10,7%. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional
de Saneamento Básico 2000.
De qualquer forma, nota-se
uma tendência de melhora da
situação da disposição final do lixo no Brasil nos últimos anos, que pode ser creditada
a diversos fatores, tais como:
• maior consciência da população sobre a questão da limpeza urbana;
• forte atuação do Ministério Público, que vem agindo ativamente na indução
à assinatura, pelas prefeituras, dos Termos de Ajuste de Conduta para
recuperação dos lixões, e na fiscalização do seu cumprimento;
• a força e o apelo popular do programa da UNICEF, Lixo e Cidadania (Criança
no Lixo, Nunca Mais ) em todo o Território Nacional;
• aporte de recursos do governo federal para o setor, através do Fundo Nacional
de Meio Ambiente; e
• apoio de alguns governos estaduais.
Apesar de todas estas forças positivas, não é provável que se tenha atingido
a qualidade desejada de destinação final do lixo urbano no Brasil, na medida em que
estes locais, por estarem geralmente na periferia das cidades, não despertam interesse
da população formadora de opinião, tornando-se, assim, pouco prioritários na aplicação
de recursos por parte da administração municipal.

Produção per capita


Apenas 8,4%, dos municípios, em número, pesam efetivamente em balanças
o lixo coletado. Todavia, 64,7% do lixo urbano no Brasil é pesado, na medida em que
as grandes cidades, que geram a maior parcela da produção de lixo, dispõem deste
equipamento de medição. Sem pesagem, a quantidade de lixo coletada é estimada,
geralmente considerando-se os seguintes fatores:
• número de viagens realizadas pelos caminhões de coleta;
• sua capacidade volumétrica; e
• peso específico do lixo da cidade, dentro do caminhão de coleta (em geral
obtido empiricamente).
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Variáveis utilizadas
• o tipo de caminhão empregado na coleta (compactador ou basculante);
• sua capacidade de carga e volumétrica; e
• a forma como é carregado.
A estimativa dessas variáveis nos municípios que não pesam o lixo coletado
pode estar subestimada, uma vez que 73,7 % dos municípios acima de 100 000
habitantes têm balanças no sistema de limpeza urbana. Mas, nos menores, apenas
5,7% contam com este equipamento. Por outro lado, verifica-se que a média de
produção per capita apontada pelos municípios que possuem balança é maior do que
a daqueles que não a têm, o que pode ser verificado no Gráfico 23.
Há uma tendência de
aumento da geração informada do
Gráfico 23 - Produção per capita de lixo domiciliar em kg/dia,
por existência de balança, segundo os estratos
lixo domiciliar per capita em
populacionais dos municípios - 2000 proporção direta com o número de
% habitantes. Nas cidades com até
200 000 habitantes, pode-se
2,04
estimar a quantidade coletada,
variando entre 450 e 700 gramas
1,50

por habitante/dia; acima de 200


1,29

mil habitantes, essa quantidade


1,16

1,29
0,93

aumenta para a faixa entre 800 e


0,81

0,78
0,74

0,76
0,70

1 200 gramas por habitante / dia.


0,69
0,60

0,58
0,57

0,57
0,56

0,58
0,54
0,53

0,49

0,49

0,48
0,46

0,42

A PNSB 2000 informa que, na


0,42

época em foi realizada, eram


0,00

coletadas 125 281 toneladas de


To A
té D D D D D 1 M lixo domiciliar, diariamente, em
1 9 e 10 49 e 2 99 e 5 1 9 e 10 99 e 5 00 a
D e 99

ta
l 9 0 0 0 0 is todos os municípios brasileiros.
4
20 9 9

9 9
99 99 0
9 00
99 0
9 00
99 0
9 00 99 0 0 9
0 00 d e
9 9 00
0 9h

9 00 0
Trata-se de uma quantidade
00 ab

ha h h h 9 0 h
ab a ab a ab a ha a ha a ab
0 .

b. . . . b. b. .
a

expressiva de resíduos, para os


Produção per capita de
quais deve ser dado um destino
Municípios com balança Municípios sem balança
lixo domiciliar kg/dia final adequado, sem prejuízo à
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional
saúde da população e sem danos
de Saneamento Básico 2000. ao meio ambiente.

Tabela 10 - Municípios, total e sua respectiva distribuição percentual, população e


dados gerais sobre o lixo, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000
(continua)

Municípios Lixo

Estratos populacionais Distribuição População


Domiciliar Público
Total percentual
(t/dia) (t/dia)
(%)

Total 5 507 100,0 169 489 853 125 281,1 36 546,0


Até 9 999 habitantes 2 644 48,0 13 865 155 6 364,1 2 820,7
De 10 000 a 19 999 habitantes 1 382 25,1 19 654 601 8 316,0 3 157,1
De 20 000 a 49 999 habitantes 957 17,4 28 674 236 13 729,8 4 551,8
De 50 000 a 99 999 habitantes 300 5,4 20 836 724 11 625,2 3 082,9
De 100 000 a 199 999 habitantes 117 2,1 16 376 710 11 329,5 2 392,2
De 200 000 a 499 999 habitantes 76 1,4 23 200 154 17 986,4 3 190,9
De 500 000 a 999 999 habitantes 18 0,3 12 554 978 16 210,5 5 434,8
Mais de 1 000 000 habitantes 13 0,2 34 327 295 39 719,6 11 915,6
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

Tabela 10 - Municípios, total e sua respectiva distribuição percentual, população e


dados gerais sobre o lixo, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000
(conclusão)

Lixo Produção per capita

Estratos populacionais
Urbano Lixo domiciliar Lixo público Lixo urbano
(t/dia) (kg/dia) (kg/dia) (kg/dia)

Total 161 827,1 0,74 0,22 0,95

Até 9 999 habitantes 9 184,8 0,46 0,20 0,66

De 10 000 a 19 999 habitantes 11 473,1 0,42 0,16 0,58

De 20 000 a 49 999 habitantes 18 281,6 0,48 0,16 0,64

De 50 000 a 99 999 habitantes 14 708,1 0,56 0,15 0,71

De 100 000 a 199 999 habitantes 13 721,7 0,69 0,15 0,84

De 200 000 a 499 999 habitantes 21 177,3 0,78 0,14 0,91

De 500 000 a 999 999 habitantes 21 645,3 1,29 0,43 1,72

Mais de 1 000 000 habitantes 51 635,2 1,16 0,35 1,50

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

Dos 5 507 municípios brasileiros, 4 026, ou seja, 73,1%, têm população até
20 000 habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em
lixões e em alagados. Se tomarmos, entretanto, como referência, a quantidade de lixo por
eles gerada, em relação ao total da produção brasileira, a situação é menos grave, pois em
conjunto coletam somente 12,8 % do total brasileiro (20 658 t/dia). Isto é menos do que
o gerado pelas 13 maiores cidades brasileiras, com população acima de 1 milhão de
habitantes. Só estas coletam 31,9 % (51 635 t/dia) de todo o lixo urbano brasileiro, e têm
seus locais de disposição final em melhor situação: apenas 1,8 % (832 t/dia) é destinado
a lixões, o restante sendo depositado em aterros controlados ou sanitários.

Destinação final de resíduos sólidos de


serviços de saúde
Em 2000, a situação de disposição e tratamento dos Resíduos Sólidos de Serviços
de Saúde - RSS - melhorou, com 9,5 % dos municípios encaminhando-os para aterros
de resíduos especiais (69,9 % próprios e 30,1 % de terceiros). Em número de municípios,
2 569 depositam-nos nos mesmos aterros que dos resíduos comuns, enquanto 539 já
estão enviando-os para locais de tratamento ou aterros de segurança. A disposição
destes resíduos nos mesmos aterros que recebem o lixo domiciliar não é necessariamente
uma medida inadequada, pois sua disposição em valas sépticas, isoladas e protegidas do
acesso de pessoas tem sido aceita por alguns órgãos de controle ambiental. É interessante
observar, também, que apenas uma diminuta percentagem de municípios utiliza algum
sistema de tratamento térmico dos RSSs (incinerador, microondas, autoclave).

Aspectos institucionais
A pesquisa revelou tendência na terceirização dos serviços de limpeza urbana, em
todas as regiões brasileiras, mais acentuada nos municípios de maior porte, e com menor
intensidade no Nordeste. Ainda que o percentual de municípios que adotam os serviços
sob administração direta da prefeitura seja muito grande, já se nota uma reversão no
quadro entre os municípios que têm alguma forma de cobrança (Gráfico 24).
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Gráfico 24 - Municípios onde a prefeitura e outras entidades são


responsáveis pelos serviços de lixo, por estratos populacionais dos
municípios, segundo as Grandes Regiões - 2000

% Brasil

76,9

57,9
51,3
44,4
31,8

13,0
10,6
5,6 6,8

% Norte % Nordeste

100,0

66,7
61,5
50,0
41,7
33,3

17,9 24,0
16,7
7,6 8,9 6,2 8,6
3,7 5,4 0,0 3,6
1,7

% Sudeste % Sul

100,0

75,0 76,2 75,0 75,0

59,6
51,4 54,5
45,9
39,1
31,1
23,0
16,1 16,9
8,9 10,1
6,1
1,3

% Centro-Oeste

100,0

80,0

50,0 50,0

17,6
5,7 5,8
2,4 3,2

Total Até 9 999 hab. De 10 000 a 19 999 hab. De 20 000 a 49 999 hab. De 50 000 a 99 999 hab.

De 100 000 a 199 999 hab. De 200 000 a 499 999 hab. De 500 000 a 999 999 hab. Mais de 1 000 000 hab.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

Gráfico 25 - Municípios que cobram pelos serviços de limpeza urbana


e coleta de lixo, por estratos populacionais dos municípios,
segundo as Grandes Regiões - 2000

% Brasil

85,5
77,8 76,9
73,5
62,5

45,4 40,8 42,8 48,6

% Norte % Nordeste

100,0 100,0

83,3

66,7 66,7
60,7 61,5
50,0

31,7
28,1
23,1 21,3
19,8 16,3 14,9
10,5 9,9
0,0

% Sudeste % Sul

95,2 93,8 100,0


89,2 86,6 88,0 86,5
82,1
77,0
71,0 74,5 72,7 75,0 74,2
66,9 65,4
59,0

0,0

% Centro-Oeste

100,0

75,0
64,7 60,0
53,2
50,0
33,7
27,8
14,7

Total Até 9 999 hab. De 10 000 a 19 999 hab. De 20 000 a 49 999 hab. De 50 000 a 99 999 hab.

De 100 000 a 199 999 hab. De 200 000 a 499 999 hab. De 500 000 a 999 999 hab. Mais de 1 000 000 hab.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Esta correspondência resulta da necessidade de a prefeitura garantir os recursos


comprometidos para pagamento das faturas das empresas contratadas, por força da
lei de responsabilidade fiscal, o que acaba por induzir a administração pública a implantar
uma taxa específica para cobrir os custos com a varrição, coleta e disposição do lixo.
Observa-se que nas Regiões Sudeste e Sul, a quantidade de municípios que optou pela
terceirização e que instituiu alguma taxa de limpeza é muito maior do que nas outras.
É muito pequena a quantidade de municípios em que a administração dos
serviços está sob a responsabilidade dos estados ou da União, ou em que foram
adotadas soluções consorciadas. Esta última ocorrência está mostrada na Tabela 11,
por regiões do País.

Tabela 11 - Municípios onde a entidade prestadora de serviços de limpeza urbana e


coleta de lixo atua na forma de consórcio municipal, por Grandes Regiões,
segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000

Municípios onde a entidade prestadora de serviços de limpeza urbana e


coleta de lixo atua na forma de consórcio municipal
Estratos populacionais
Centro-
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul
Oeste

Total 218 4 48 64 101 1


Até 9 999 habitantes 49 - 2 5 42 -
De 10 000 a 19 999 habitantes 25 - 4 7 14 -
De 20 000 a 49 999 habitantes 36 - 10 8 18 -
De 50 000 a 99 999 habitantes 46 1 15 17 13 -
De 100 000 a 199 999 habitantes 28 2 5 13 7 1
De 200 000 a 499 999 habitantes 26 1 8 11 6 -
De 500 000 a 999 999 habitantes 4 - 3 1 - -
Mais de 1 000 000 habitantes 4 - 1 2 1 -

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

Nos municípios de maior porte ocorre, com alguma freqüência, a contratação


de mais de uma empresa para executar os serviços, provavelmente para estimular
a concorrência entre mais de uma instituição e obter menores preços e melhor
qualidade na operação.

Tabela 12 - Municípios, total e que contratam empresas prestadoras de serviços de limpeza urbana
e coleta de lixo, com indicação do número de entidades e da média de empresas contratadas,
segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000

Entidades
Municípios Média
Total prestadoras de
que de
Estratos populacionais de serviços de
contratam empresas
municípios limpeza urbana
empresas contratadas
e coleta de lixo

Total 5 507 604 6 235 1,2


Até 9 999 habitantes 2 644 145 2 776 1,1
De 10 000 a 19 999 habitantes 1 382 95 1 479 1,1
De 20 000 a 49 999 habitantes 957 127 1 119 1,3
De 50 000 a 99 999 habitantes 300 98 418 1,2
De 100 000 a 199 999 habitantes 117 61 198 1,3
De 200 000 a 499 999 habitantes 76 51 145 1,3
De 500 000 a 999 999 habitantes 18 15 55 2,5
Mais de 1 000 000 habitantes 13 12 45 2,7

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

Aspectos econômicos
A PNSB 2000 revelou que do percentual do orçamento municipal destinado à
limpeza urbana, mostrado no quadro abaixo, na grande maioria dos municípios com
população abaixo de 50 000 habitantes, 5% no máximo, é destinado à gestão de
resíduos sólidos.

Tabela 13 - Municípios, total e com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo, por percentual
do orçamento destinado aos serviços, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000

Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo,


por percentual do orçamento destinado aos serviços
Total
Estratos populacionais de Mais Mais Mais
municípios Total Mais
Até 5% de 5% de 10% de 15%
(1) de 20%
até 10% até 15% até 20%

Total 5 507 5 475 4 338 872 123 33 31


Até 9 999 habitantes 2 644 2 619 2 237 294 43 11 8
De 10 000 a 19 999 habitantes 1 382 1 376 1 080 243 28 5 9
De 20 000 a 49 999 habitantes 957 957 693 198 28 11 9
De 50 000 a 99 999 habitantes 300 299 209 63 12 2 1
De 100 000 a 199 999 habitantes 117 117 70 37 3 2 1
De 200 000 a 499 999 habitantes 76 76 39 24 7 0 3
De 500 000 a 999 999 habitantes 18 18 6 7 2 1 0
Mais de 1 000 000 habitantes 13 13 4 6 0 1 0

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

1) Alguns municípios não informaram o percentual do orçamento destinado aos serviços de limpeza urbana e coleta de lixo.

É notável a quantidade de pequenos municípios que não cobram nenhum tipo de


tarifa para cobertura destes serviços, retirando de outras rubricas de seus orçamentos
todos os custos necessários à sua realização. Este fato certamente traz dificuldades
na manutenção da qualidade dos serviços prestados, pois nem sempre a limpeza
urbana é a atividade prioritária na alocação dos recursos municipais. Em número de
municípios, esta situação só se inverte na faixa de população acima de 50 mil habitantes,
passando a quantidade dos que possuem algum tributo específico a ser maior do que
naqueles em que não se cobra diretamente pelos serviços. Nota-se, ainda, que quase
todos os municípios acima de 100 000 habitantes têm instituída uma taxa específica
para a limpeza urbana, independentemente da região onde se localiza.
O Gráfico 27 e a Tabela 14 expressam a enorme capacidade de geração de
empregos na limpeza urbana, indicando os percentuais do orçamento municipal
gastos diretamente com o pessoal do setor, o número de empregados nos diversos
segmentos de serviços que compõem a limpeza urbana e a relação, por classe de
população dos municípios, de empregado por habitantes e por domicílios atendidos.
A PNSB 2000 revelou que os serviços de limpeza urbana empregam 317 744
pessoas em todo o Brasil, seja em quadros próprios das prefeituras ou contratados
através de empresas terceirizadas, isto sem considerar os 24 340 catadores que
atuam nos lixões, que, adequadamente ou não, também sobrevivem de forma
relacionada a esta atividade. O setor não se mostra forte apenas na geração de
empregos e no setor terciário de prestação de serviços, mas também no estímulo à
produção de equipamentos, como caminhões do tipo compactador, basculante, pipa
e poliguindaste, pás carregadeiras, tratores, varredeiras, veículos de tração animal e
outras ferramentas e utensílios, como vassouras, ceifadeiras, papeleiras e contêineres,
cujas quantidades existentes nas prefeituras podem ser visualizadas na Tabela 15.
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Gráfico 26 - Distribuição percentual dos municípios que não cobram


pelos serviços de limpeza urbana e coleta de lixo, por estratos
populacionais dos municípios, segundo as Grandes Regiões - 2000

% Brasil

59,1 57,0
54,3 50,9

36,4
23,9
16,7
12,2 12,5

% Norte % Nordeste

89,5 90,1
85,1
80,2 83,6
76,9 78,6
68,3 71,6

50,0
39,3 38,5
33,3 33,3

16,7

% Sudeste % Sul

40,5
31,9 34,4
28,4 25,4
23,2
15,5 19,0 13,0 11,4 11,8
11,1 6,3
5,7

% Centro-Oeste

85,2

72,1
66,3

46,8 50,0

35,3 40,0
25,0

Total Até 9 999 hab. De 10 000 a 19 999 hab. De 20 000 a 49 999 hab. De 50 000 a 99 999 hab.

De 100 000 a 199 999 hab. De 200 000 a 499 999 hab. De 500 000 a 999 999 hab. Mais de 1 000 000 hab.

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

Gráfico 27 - Distribuição percentual dos municípios, por percentual do


orçamento destinado com pessoal ocupado nos serviços de
limpeza urbana e coleta de lixo, segundo as Grandes Regiões - 2000
%
91,2
85,6 87,1
84,3 84,0

73,0
15,0

1 2,2
10,3

9,7

9,2
5,5

6,7
3,6
3,0

5,2
1,6

1 ,8

0,9
0,9
1 ,5

1,0
0,7

1 ,5
0,7

0,9
1,0

1,0

0,4

0,7
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Até 5% Mais de 5% até 10% Mais de 10% até 15%

Mais de 15% até 20% Mais de 20%

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional
de Saneamento Básico 2000.

Tabela 14 - Pessoal ocupado nos serviços de limpeza urbana e/ ou coleta de lixo,


segundo as Grandes Regiões - 2000

Pessoal ocupado nos serviços de limpeza urbana e/ ou coleta de lixo


Grandes Regiões
Total Quadro permanente Terceirizado

Brasil 317 744 256 053 61 691


Norte 20 719 14 588 6 131
Nordeste 105 497 80 639 24 858
Sudeste 126 444 105 938 20 506
Sul 38 089 33 494 4 595
Centro-Oeste 26 995 21 394 5 601

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

Tabela 15 - Veículos e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo,
por tipo de veículo e equipamento, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000
(continua)

Veículos e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza urbana


e/ou coleta de lixo, por tipo de veículo e equipamento
Estratos populacionais Com- Carro- Poli- Pá
Bascu- Tração Carroça
pacta- ceria Baú guin- carre-
lante animal manual
dor fixa daste gadeira

Total 6561 9237 3464 617 2843 50357 558 2704


Até 9 999 habitantes 259 2051 709 105 507 8801 34 759
De 10 000 a 19 999 habitantes 516 1627 616 184 641 10342 59 606
De 20 000 a 49 999 habitantes 933 1911 809 109 721 11524 64 600
De 50 000 a 99 999 habitantes 812 875 388 51 418 5754 67 265
De 100 000 a 199 999 habitantes 710 604 241 27 279 2532 74 143
De 200 000 a 499 999 habitantes 1060 775 247 73 129 5758 94 156
De 500 000 a 999 999 habitantes 637 422 185 19 147 1160 65 66
Mais de 1 000 000 habitantes 1634 972 269 49 1 4486 101 109
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

Tabela 15 - Veículos e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo,
por tipo de veículo e equipamento, segundo os estratos populacionais dos municípios - 2000
(conclusão)

Veículos e equipamentos utilizados nos serviços de limpeza urbana


e/ou coleta de lixo, por tipo de veículo e equipamento
Estratos populacionais Veículo
Re- Ceifa- Varre-
Pipa hospi- Trator Outros
boque deira deira
talar

Total 1330 872 1951 4368 4131 190 6086


Até 9 999 habitantes 226 115 709 1361 637 16 1281
De 10 000 a 19 999 habitantes 246 123 441 999 453 21 736
De 20 000 a 49 999 habitantes 294 181 456 998 675 37 889
De 50 000 a 99 999 habitantes 156 123 139 406 409 19 470
De 100 000 a 199 999 habitantes 92 98 41 196 309 20 181
De 200 000 a 499 999 habitantes 139 98 49 180 640 37 1491
De 500 000 a 999 999 habitantes 30 40 32 97 273 8 74
Mais de 1 000 000 habitantes 147 94 84 131 735 32 964

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

É possível determinar a compatibilidade entre o número total de caminhões de


coleta, considerando-se 20% inativos e a razão média de 1,5 t/viagem e 2 viagens/
dia, com a quantidade informada de lixo coletada diariamente. Feitos os cálculos, os
resultados confirmaram a consistência das informações prestadas ao IBGE pelos
serviços de limpeza urbana e coleta de lixo.

Formas de execução dos serviços


Os investimentos nos serviços de limpeza urbana e coleta de lixo tendem a
aumentar, a partir do momento em que se pretende atingir a universalização dos
serviços, ou seja, levar os benefícios da coleta regular, dos programas de redução de
resíduos, da reciclagem, da limpeza de logradouros e da destinação final adequada
a toda a população urbana brasileira. A PNSB, através das informações coletadas
nos 5 507 municípios brasileiros existentes na época da pesquisa, levantou os
percentuais de domicílios atendidos pela coleta.
Uma outra fonte de informação que pode também indicar o nível de atendimento
da limpeza urbana aos moradores da cidade é o conjunto de respostas ao quesito
que indaga sobre quais distritos recebem cada tipo de serviço da limpeza urbana
(varrição, coleta, coleta seletiva, reciclagem, remoção de entulhos, coleta de lixo
especial, tratamento e disposição final). Os dados sugerem que, não havendo recursos
suficientes para oferta de serviços a todos os distritos, privilegiam-se aqueles com
zonas de comércio e bairros residenciais que, normalmente são os distritos mais
populosos ou sedes do município.
No aspecto referente à forma de execução dos diversos serviços, a população
dá grande importância à freqüência com que são realizadas a coleta domiciliar e a
varrição de logradouros, que são as atividades mais visíveis da limpeza urbana.
A coleta diária, embora não seja a mais econômica nem necessariamente a mais
eficiente, do ponto de vista operacional, é a mais usual, prevalecendo quase sempre em
zonas comerciais e em favelas; a freqüência de três vezes por semana vem em
segundo lugar, sendo muito utilizada em zonas urbanas de cidades de maior porte.
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

Tabela 16 - Distritos-sede com serviço de coleta de lixo residencial, por freqüência de atendimento,
segundo as Grandes Regiões - 2000

Distritos-sede com serviço de coleta de lixo residencial

Freqüência de atendimento
Grandes Regiões
Total
1 vez por 2 vezes por 3 vezes por
Diária Irregular
semana semana semana

Brasil 5 366 3 274 225 680 1 104 141


Norte 419 231 36 67 54 32
Nordeste 1 742 1 064 76 214 360 47
Sudeste 1 642 1 196 27 123 289 18
Sul 1 122 467 77 234 332 34
Centro-Oeste 441 316 9 42 69 10

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

Nota: Um mesmo município pode apresentar diferentes freqüências de atendimento.

No que se refere à varrição, as informações coletadas indicam que ela ocorre


na maioria dos municípios em freqüência diária, embora não seja leviano afirmar
que não ocorre em todos os logradouros da cidade. Poucos municípios a executam
de forma mecanizada, com varredeiras mecânicas, e isto ocorre predominantemente
nas Regiões Sul e Sudeste.

Tabela 17 - Distritos-sede com serviço de varrição das vias públicas, por freqüência de atendimento,
segundo as Grandes Regiões - 2000

Distritos-sede com serviço de varrição das vias públicas

Freqüência de atendimento
Grandes Regiões
Total
1 vez por 2 vezes por 3 vezes por
Diária Irregular
semana semana semana

Brasil 5 527 4 163 275 234 349 506


Norte 403 255 26 29 23 70
Nordeste 1 837 1 427 99 60 160 91
Sudeste 1 714 1 473 56 33 88 64
Sul 1 120 656 70 95 60 239
Centro-Oeste 453 352 24 17 18 42

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico 2000.

Nota: Um mesmo município pode apresentar diferentes freqüências de atendimento.

Relação com a comunidade, reciclagem e catadores


Um dos aspectos sociais mais degradantes nos serviços de limpeza urbana é
a catação de recicláveis nos aterros e lixões, onde pessoas de todas as idades,
misturadas ao lixo, entre animais e máquinas, e em condições de insalubridade e
risco, lutam pela sobrevivência. O programa Lixo e Cidadania, liderado pela UNICEF,
vem mobilizando vários segmentos da administração pública e da sociedade para,
____________________________________________________ Pesquisa nacional de saneamento básico 2000

numa primeira fase, encaminhar as crianças que trabalham nesta atividade para
escolas e outras atividades lúdicas e educativas, através de programas “bolsa-escola”
e outros similares. Busca ainda a capacitação dos catadores para que abracem
outras atividades profissionais ou continuem em sua faina recuperadora de materiais
recicláveis, mas em melhores condições de salubridade, organizados em cooperativas
ou associações, onde este trabalho seja valorizado e onde possa ser agregado valor
aos produtos recuperados, conseguindo-se, assim, aumentar a sua renda quando
forem comercializados. Conseguiu-se um progresso efetivo neste objetivo, mas o
problema ainda é grave. A PNSB 2000 informa sobre a existência de 24 340 catadores
em lixões, e sobre a quantidade e os programas sociais a eles dedicados e ainda se
estão organizados institucionalmente.
Um número pequeno de municípios (228) vem buscando a integração destes
programas sociais com os catadores, mas verifica-se que é ainda pequena a quantidade
de municípios (apenas 451) com programas em atividade. Mais razoável é a quantidade
daqueles que planejam a sua implantação: 959 municípios. Considerando toda a
população urbana de 169,5 milhões de habitantes, apenas 8 milhões de moradores,
em 8 % dos municípios brasileiros, participam de programas de reciclagem.
Bons resultados na limpeza urbana estão vinculados à participação ativa da
população com práticas adequadas ao serviço, tais como acondicionar adequadamente
o lixo, colocá-lo à disposição para a coleta nos dias e horários pre-estabelecidos, e
não lançar resíduos nos logradouros, rios, canais e praias. Também é importante o
conhecimento da estrutura organizacional e operacional necessária à execução dos
serviços, os custos correspondentes e a diversidade de serviços que compõem um
sistema de limpeza urbana, tais como o acondicionamento, a coleta, a varrição e a
limpeza de logradouros, a transferência e a destinação final. Para que isto ocorra,
entretanto, é necessário que haja um relacionamento estreito entre o órgão
responsável pelos serviços e a população, o que pode ser conseguido através de
canais de comunicação permanentemente abertos, como os conhecidos serviços de
atendimento ao público por telefone, correio comum e eletrônico e ouvidorias.
Complementarmente, são também importantes as campanhas de sensibilização da
sociedade para estas questões, seja através da mídia, seja diretamente nas ruas,
com apelos para as interfaces com a saúde e com o meio ambiente. A pesquisa
demonstrou que os percentuais de municípios com campanhas de educação ambiental
são ainda pequenos nas diversas regiões do País, mas, há alguns anos, elas eram
quase inexistentes. Os canais de comunicação têm servido mais para reclamar
sobre a qualidade dos serviços prestados (71%) do que para participar ou colaborar
para a implantação do sistema (29%). Ainda assim foram declarados 2 030
movimentos reivindicatórios, em vários municípios, para implantação, ampliação e
melhoria dos serviços, promovidos em sua maioria por associações de bairro ou de
moradores (46%), seguidas de partidos políticos (22%).

Conclusão
Os resultados da PNSB sobre limpeza urbana refletem uma imagem
momentânea, relativa à situação no ano de 2000, que pode ser alterada em pouco
tempo. Todavia, a pesquisa demonstrou nítida tendência de melhoria do setor, em
todo o Brasil. Assim como a década de 1970 foi a da água, com projetos em todo
o País alavancados pelo Plano Nacional de Saneamento - PLANASA -, a partir da
década de 1990 em diante, estendendo-se pelo novo Século XXI, observa-se uma
Oferta dos serviços de saneamento básico no Brasil ______________________________________________

tomada de consciência importante no que diz respeito à gestão dos resíduos sólidos.
O poder público municipal, maior responsável pelo setor, vem sendo apoiado, do
ponto de vista econômico, por programas federal e estadual, pressionado não apenas
pela população, cada vez mais consciente das questões ambientais, mas também
pelos órgãos de controle ambiental e pelo Ministério Público.
Os resultados da PNSB 2000, comparados aos resultados de 1989, revelam
inequivocamente que houve um avanço no setor de limpeza urbana e coleta de
lixo no Brasil.
Tais resultados, além de oferecerem uma fotografia atualizada do setor no
País, podem ajudar as prefeituras na tomada de decisões quanto às prioridades de
investimento, à capacitação de seus técnicos, aos modelos institucionais a serem
adotados e às fontes de financiamentos a serem buscadas.
A evolução do setor, para melhor, é inexorável, e esta tendência parece
definitivamente consolidada. Pode-se prever que, em prazo curto, não havendo
retrocesso nas decisões políticas atuais, que hoje têm a limpeza urbana como um
setor merecedor de investimentos financeiros e em recursos humanos, a situação do
País neste setor irá melhorar significativamente, contribuindo assim para melhores
condições de saúde e bem-estar da população brasileira.

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