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Distribuição de freqüências:
apresentação gráfica
Autores
aula
06
Ma_Re_A06_IJM_281009.indd S11 28/10/09 12:07
Governo Federal Revisoras de Língua Portuguesa
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Tatyana Mabel Nobre Barbosa
26/06/2007
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expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
N
a aula 4 (Gráficos estatísticos: uma síntese dos dados), você aprendeu como
representar graficamente séries estatísticas associadas aos dados qualitativos e se
inteirou da importância dessa representação visual para a compreensão do fenômeno
estudado. Agora, vamos estudar a apresentação gráfica referente às variáveis quantitativas
discretas e contínuas. Veremos alguns dos gráficos mais utilizados na representação das
distribuições de freqüências, como hastes, histogramas, polígonos e Ogivas de Galton e
orientaremos sobre a sua construção e a sua análise.
Objetivos
Esperamos que você, utilizando dados quantitativos discretos
e contínuos, aprenda a construir gráficos e a escolher aquele
que seja adequado de acordo com o tipo de distribuição de
freqüências. Além disso, que saiba, sobretudo, interpretá-los
corretamente.
T
odos os gráficos que estudaremos nesta aula são confeccionados a partir de um
sistema de coordenadas cartesianas (X,Y). Nesse sistema, o eixo das abscissas (X) é
sempre associado à variável estudada e o eixo das ordenadas (Y) sempre é destinado
ao registro das freqüências utilizadas para a confecção desses gráficos. A marcação das
freqüências deve ser feita de acordo com uma escala previamente estabelecida, compatível
com os valores das mesmas.
nº de alunos (fi)
16
12
Fonte: Dados Fictícios
0
4 5 6
7 8 9
pontuação (xi)
Atividade 1
Construa um gráfico em hastes para os dados que representam a pontuação da
amostra das turmas da noite (veja os dados na aula 5). Faça uma comparação
com os resultados obtidos pelos alunos da manhã. Qual turma apresentou
melhor desempenho, da manhã ou da noite?
Tabela 2 - Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
Nº de
Notas (Xi) Pontos F↓ F ↓% F↑ F ↑%
alunos f%
(médias) médios "abaixo de” "abaixo de” "acima de” "acima de”
( fi )
Gráfico 2 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
nº de alunos (fi)
16
14
12
10
0
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Médias (Classes)
Analisando o Gráfico 2, o que você diria sobre as médias desses alunos? De imediato,
poderá notar que o maior número de alunos está no intervalo de 7 8, embora o intervalo
de 8 9 também tenha apresentado freqüência elevada. O que mais nos diz esse gráfico?
Observe também que as médias se concentram (as maiores freqüências) mais à direita, no
intervalo 7,0 a 9,0. Em síntese, essa turma apresentou um bom desempenho em Matemática.
Em relação à turma da noite, como foi esse desempenho? Vamos construir um gráfico
para compreendermos o comportamento das referidas médias nessa amostra? Para tanto,
considere a Tabela 3 que se segue.
Tabela 3 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
Nº de
Notas (Xi) Pontos F↓ F ↓% F↑ F ↑%
alunos f%
(médias) médios "abaixo de” "abaixo de” "acima de” "acima de”
( fi )
Gráfico 3 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004.
nº de alunos (fi)
16
14
12
10
0
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Médias (Classes)
Compare o Gráfico 3 com aquele referente à amostra das turmas da manhã. Como
podemos observar, os alunos da noite apresentam um rendimento médio em Matemática
inferior aqueles da manhã, pois a maior concentração (maiores freqüências) de notas
se encontra nos valores menores, o que significa mais alunos com médias mais baixas.
Portanto, a análise do histograma lhe permite concluir que a amostra das turmas diurnas
apresenta um desempenho em Matemática bem melhor que a noturna. Note que, se você
somar as freqüências das notas maiores que 6,0, no Gráfico 1 (turma da manhã), verá que a
maioria dos alunos está nessa faixa de valores, enquanto na outra a situação é bem diferente:
mais da metade dos alunos apresenta média trimestral inferior a 6,0.
Os histogramas, assim como todos os gráficos vistos, são de extrema importância para
a análise de dados, pois, proporcionam uma visão global e imediata sobre o comportamento
da variável estudada.
(fi)
14
12
Gráfico 5 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
(fi)
14
12
Fonte: Dados fictícios
10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Médias (Classes)
Gráfico 6 – Distribuição acumulada “abaixo de” das médias trimestrais de Matemática, na amostra das
turmas da 8a série/manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
Tal como nos gráficos que acabamos de ver, no eixo das abscissas colocamos os
intervalos de classe e no eixo das ordenadas, as freqüências acumuladas. Note que o Gráfico
6 está associado às freqüências “abaixo de”, por isso, no eixo X, ele começa justamente no
limite inferior do primeiro intervalo 3 4, o qual é, como vemos, igual a 3,0. Pense um
pouco: há algum aluno com média abaixo de 3,0 pontos nessa amostra? Claro que não.
Assim, o ponto 3,0 tem freqüência acumulada “abaixo de” igual a zero. Há algum aluno
Gráfico 7 – Distribuição acumulada das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da
8a série/noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
O que nos diz esse gráfico? Começaremos com o limite inferior do primeiro intervalo, a
média 3,0. Observamos que esse valor está associado à freqüência 54, o que será
interpretado da seguinte maneira: todos os 54 alunos tiveram média a partir de 3,0 pontos.
Você pode estar interessado em observar quantos alunos tiveram uma média maior ou igual
a 7,0. Com certeza, dirá que, com a freqüência acumulada até o 7,0, é um valor próximo a 35
(você poderá ver que esse valor é 34, se checar diretamente na Tabela 2). Isso significa que
dos 54 alunos da amostra da manhã, bem mais da metade deles teve uma média trimestral
cujo valor está situado no intervalo 7 10, ou seja, uma média igual a 7,0 ou mais. Essa
informação nos leva a concluir que a amostra das turmas da manhã apresentou um bom
desempenho em Matemática.
Portanto, uma freqüência acumulada “acima de” (Fi ↑), em relação a um intervalo i
qualquer, representa a quantidade de valores assumidos pela variável (ou percentual deles,
se for Fi % ↑) que são maiores ou iguais ao limite inferior dessa classe i, tomada como
referência.
Resumo
Nesta aula, aprendemos a construir e interpretar gráficos utilizados na
apresentação de dados quantitativos, exibidos através de uma distribuição de
freqüências (tanto para dados agrupados em intervalos de classe quanto para
dados não agrupados). Vimos que existem gráficos diferentes, dependendo do
tipo de dado (discretos ou contínuos) e do tipo de informação que se deseja
realçar (portanto, do tipo de freqüência usada). Assim, foram estudados: os
gráficos em hastes, para dados discretos; os histogramas, para dados contínuos,
confeccionados com qualquer tipo de freqüência (simples ou acumulada; absoluta
ou percentual); os polígonos de freqüências que representam dados contínuos,
utilizando exclusivamente as freqüências simples (absolutas ou percentuais); e,
finalmente, as ogivas de Galton, usadas com exclusividade, para representar as
distribuições de forma acumulada “abaixo de” e “acima de”.
Auto-avaliação
Vamos aplicar o que aprendemos? Para isso, resolva os três exercícios a seguir:
Referências
BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.
TOLEDO, G. L.; OVALLE, I. I. Estatística básica. 2.ed. São Paulo: ATLAS, 1986.