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2ª Edição D I S C I P L I N A Matemática e Realidade

Distribuição de freqüências:
apresentação gráfica

Autores

Ivone da Silva Salsa


Jeanete Alves Moreira
Marcelo Gomes Pereira

aula

06
Ma_Re_A06_IJM_281009.indd S11 28/10/09 12:07
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Pedro Daniel Meirelles Ferreira OneOddDude.net – www.oneodddude.net
Tatyana Mabel Nobre Barbosa

Divisão de Serviços Técnicos


Catalogação da publicação na Fonte. UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede”

Salsa, Ivone da Silva.


Matemática e realidade: interdisciplinar / Ivone da Silva Salsa, Jeanete Alves Moreira, Marcelo Gomes
Pereira. – Natal, RN: EDUFRN Editora da UFRN, 2005.
292 p.
1. Métodos estatísticos. 2. Análise estatística. 3. Proporção e porcentagem. 4. Dados estaísticos. 5.
Medidas de dispersão. I. Moreira, Jeanete Alves. II. Pereira, Marcelo Gomes. III. Título.

ISBN 85-7273-287-X CDD 519.5


RN/UF/BCZM 2005/47 CDU 519.22

26/06/2007

Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorização
expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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Apresentação

N
a aula 4 (Gráficos estatísticos: uma síntese dos dados), você aprendeu como
representar graficamente séries estatísticas associadas aos dados qualitativos e se
inteirou da importância dessa representação visual para a compreensão do fenômeno
estudado. Agora, vamos estudar a apresentação gráfica referente às variáveis quantitativas
discretas e contínuas. Veremos alguns dos gráficos mais utilizados na representação das
distribuições de freqüências, como hastes, histogramas, polígonos e Ogivas de Galton e
orientaremos sobre a sua construção e a sua análise.

Objetivos
Esperamos que você, utilizando dados quantitativos discretos
e contínuos, aprenda a construir gráficos e a escolher aquele
que seja adequado de acordo com o tipo de distribuição de
freqüências. Além disso, que saiba, sobretudo, interpretá-los
corretamente.

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 1

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Dados não agrupados em
classes: gráficos em hastes

T
odos os gráficos que estudaremos nesta aula são confeccionados a partir de um
sistema de coordenadas cartesianas (X,Y). Nesse sistema, o eixo das abscissas (X) é
sempre associado à variável estudada e o eixo das ordenadas (Y) sempre é destinado
ao registro das freqüências utilizadas para a confecção desses gráficos. A marcação das
freqüências deve ser feita de acordo com uma escala previamente estabelecida, compatível
com os valores das mesmas.

 Gráficos em hastes – São utilizados na apresentação das distribuições de freqüências


para dados não agrupados em intervalos de classes.
Para apresentá-los, relembraremos o exemplo dado na aula 5, referente à Tabela 1:

Tabela 1 – Pontuação no teste objetivo de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/manhã, na


E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004.

Idades (Xi) Nº de alunos (f i) F%


4 2 3,7
5 8 14,8

Fonte: Dados Fictícios


6 10 18,5
7 15 27,8
8 12 22,2
9 7 13,0
Total 54 100,0

O gráfico em hastes é apropriado para esse tipo de série. A seguir, visualizamos o


Gráfico 1, correspondente a essa série.

Gráfico 1 – Pontuação no teste objetivo de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/manhã, na


E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

nº de alunos (fi)

16

12
Fonte: Dados Fictícios

0
4 5 6
7 8 9
pontuação (xi)

2 Aula 06 Matemática e Realidade 2ª Edição

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Esse tipo de gráfico é construído a partir das freqüências simples absolutas ou das
freqüências simples percentuais. Tal como os de linhas e os de barras/colunas, estudados
na aula 4, ele utiliza um sistema de coordenadas cartesianas. No caso das distribuições de
freqüências, no eixo Y são registradas as simples absolutas ou percentuais e o eixo X exibe
os valores assumidos pela variável estudada. Para cada valor apresentado no eixo X (nesse
caso, para cada pontuação), traçamos uma coluna estreita ou haste cuja altura é proporcional
à freqüência correspondente. Observe que esse gráfico é bastante parecido com aquele de
colunas, utilizado para dados qualitativos (aula 4). A diferença é que no caso das distribuições
as colunas são bastante estreitas, podendo até serem reduzidas a um traço vertical.

Atividade 1
Construa um gráfico em hastes para os dados que representam a pontuação da
amostra das turmas da noite (veja os dados na aula 5). Faça uma comparação
com os resultados obtidos pelos alunos da manhã. Qual turma apresentou
melhor desempenho, da manhã ou da noite?

Dados agrupados em classes:


histogramas e polígonos
de freqüências

 Histogramas – São construídos para representar dados quantitativos quando estão


agrupados em intervalos de classes. Podem ser utilizados considerando qualquer tipo
de freqüência, simples ou acumuladas, absolutas ou percentuais. Assim, há histogramas
com diversos contornos, informando sobre distintos aspectos do comportamento
desses dados.

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 3

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Para ilustrar a sua construção, considere as informações apresentadas na
Tabela 2, a seguir:

Tabela 2 - Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

Nº de
Notas (Xi) Pontos F↓ F ↓% F↑ F ↑%
alunos f%
(médias) médios "abaixo de” "abaixo de” "acima de” "acima de”
( fi )

3  4 2 3,7 3,5 2 3,7 54 100,0


4  5 3 5,6 4,5 5 9,3 52 96,3
5  6 7 13,0 5,5 12 22,3 49 90,7
6  7 8 14,8 6,5 20 37,1 42 77,7
7  8 14 25,9 7,5 34 63,0 34 62,9
8  9 12 22,2 8,5 46 85,2 20 37,0
9  10 8 14,8 9,5 54 100,0 8 14,8
TOTAL 54 100,0

Fonte: Dados fictícios.

O histograma construído para representar essa série estatística, considerando as


freqüências simples absolutas, tem a forma apresentada no Gráfico 2.

Gráfico 2 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004
nº de alunos (fi)

16

14

12

10

0
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Médias (Classes)

Fonte: Dados Fictícios

4 Aula 06 Matemática e Realidade 2ª Edição

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Como construímos esse gráfico? Inicialmente, você deve traçar um sistema de
coordenadas cartesianas. Depois, no eixo horizontal, se os intervalos são iguais, traçam- se
colunas retangulares justapostas, com bases iguais, sendo que para cada coluna, sua base
corresponde a um dos intervalos da série. Quando às alturas, estas são determinadas,
proporcionalmente, pelas respectivas freqüências da classe correspondente. Quando você
usa as freqüências simples, absolutas ou percentuais, a forma do histograma não muda.

Em resumo: o histograma é formado por retângulos justapostos, cuja base é construída


sobre os intervalos de classes da variável. E, se essas classes têm o mesmo tamanho, a
altura de cada retângulo é proporcional à freqüência observada. Quando os intervalos são
diferentes, é necessário utilizar outro procedimento. Para maiores esclarecimentos, consulte
Vieira (1980, p. 21) ou Bussab e Morettin (1987, p. 18).

Analisando o Gráfico 2, o que você diria sobre as médias desses alunos? De imediato,
poderá notar que o maior número de alunos está no intervalo de 7  8, embora o intervalo
de 8  9 também tenha apresentado freqüência elevada. O que mais nos diz esse gráfico?
Observe também que as médias se concentram (as maiores freqüências) mais à direita, no
intervalo 7,0 a 9,0. Em síntese, essa turma apresentou um bom desempenho em Matemática.
Em relação à turma da noite, como foi esse desempenho? Vamos construir um gráfico
para compreendermos o comportamento das referidas médias nessa amostra? Para tanto,
considere a Tabela 3 que se segue.

Tabela 3 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

Nº de
Notas (Xi) Pontos F↓ F ↓% F↑ F ↑%
alunos f%
(médias) médios "abaixo de” "abaixo de” "acima de” "acima de”
( fi )

3  4 6 11,5 3,5 6 11,5 52 100,0


4  5 12 23,1 4,5 18 34,6 46 88,5
5  6 14 26,9 5,5 32 61,5 34 65,4
6  7 8 15,4 6,5 40 76,9 20 38,5
7  8 5 9,6 7,5 45 86,5 12 23,1
8  9 4 7,7 8,5 49 94,2 7 13,5
9  10 3 5,8 9,5 52 100,0 3 5,8
TOTAL 52 100,0

Fonte: Dados Fictícios

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 5

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O histograma correspondente a essa tabela é:

Gráfico 3 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004.

nº de alunos (fi)
16

14

12

10

Fonte: Dados Fictícios


8

0
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Médias (Classes)

Compare o Gráfico 3 com aquele referente à amostra das turmas da manhã. Como
podemos observar, os alunos da noite apresentam um rendimento médio em Matemática
inferior aqueles da manhã, pois a maior concentração (maiores freqüências) de notas
se encontra nos valores menores, o que significa mais alunos com médias mais baixas.
Portanto, a análise do histograma lhe permite concluir que a amostra das turmas diurnas
apresenta um desempenho em Matemática bem melhor que a noturna. Note que, se você
somar as freqüências das notas maiores que 6,0, no Gráfico 1 (turma da manhã), verá que a
maioria dos alunos está nessa faixa de valores, enquanto na outra a situação é bem diferente:
mais da metade dos alunos apresenta média trimestral inferior a 6,0.
Os histogramas, assim como todos os gráficos vistos, são de extrema importância para
a análise de dados, pois, proporcionam uma visão global e imediata sobre o comportamento
da variável estudada.

 Polígonos de freqüências – Esses gráficos são usados para representar exclusivamente


as freqüências simples (absolutas ou relativas). Sua construção, assim como nos
histogramas, começa traçando-se um sistema de coordenadas cartesianas (X,Y).
Nesse sistema, como já foi dito anteriormente, no eixo das abscissas(horizontal)
devemos estabelecer uma escala conveniente para a marcação dos pontos médios de
cada classe (Xi), e, no eixo das ordenadas (eixo Y), escolhemos uma escala de acordo
com as freqüências observadas. Por exemplo, veja que a maior freqüência (fi) é igual a
14. Então, poderemos ter uma escala de 2 em 2, de 0 a 14. Poderíamos também utilizar
uma escala de 3 em 3, de 0 a 15, ou seja, o valor mais alto apresentado na escala que
escolhemos não necessariamente precisa coincidir com o valor da maior freqüência
que vamos utilizar.

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Assim, com os dois eixos definidos, em relação aos valores X ’s e, f ’s, marcamos
i i
todos os pontos a partir das coordenadas (X , f ). Depois disso, ligamos esses pontos,
i i
e, para fechar o polígono, você deverá unir os extremos da figura com o eixo horizontal,
justamente nos pontos médios da classe imediatamente inferior à primeira e superior à
última, exatamente como está mostrado no Gráfico 4, a seguir:

Gráfico 4 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a


série/manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

(fi)
14
12

Fonte: Dados fictícios


10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Médias (Class es)

A análise do polígono é idêntica à do histograma. Nesse caso, percebemos claramente


que, na amostra das turmas da manhã, a maior concentração (maiores freqüências) ocorre
nas pontuações mais altas, indicando, assim, que essa turma apresenta um bom desempenho
com relação às notas de Matemática.

Em relação à amostra das turmas da noite, o polígono apresentado no Gráfico 5 tem a


seguinte configuração:

Gráfico 5 – Distribuição das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da 8a série/
noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

(fi)

14
12
Fonte: Dados fictícios

10
8
6
4
2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Médias (Classes)

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 7

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O que esse gráfico explicita para você? É uma situação bem diferente do que acontece
nas turmas da manhã, você concorda? Fica bastante claro que a amostra das turmas da
noite apresenta maior número de alunos com menores médias trimestrais. As maiores
freqüências estão associadas às médias com valores abaixo de 6,0 pontos, não é fácil ver?
O polígono de freqüências, assim como o histograma, pode ser construído utilizando-
se as freqüências simples percentuais no eixo Y (das ordenadas). Essas freqüências são
extremamente importantes, quando desejamos comparar distribuições com total de dados muito
diferentes entre si. No exemplo discutido anteriormente, tínhamos 54 alunos da manhã e 52 da
noite, por isso, pudemos comparar as turmas fazendo uso apenas das absolutas. Entretanto,
reforçamos que, em termos comparativos, devemos usar as freqüências percentuais, pois elas
nos situam mais ainda em relação aos dados.
Você observou que nos Gráficos 4 e 5 a linha poligonal foi fechada no eixo X (das
abscissas), exatamente nos pontos médios das classes imediatamente inferiores à primeira
(2,5) e superiores à última (10,5), conforme nossa orientação?

 Ogivas de Galton – Esses gráficos são utilizados para representar o comportamento


da variável em relação às freqüências acumuladas “abaixo de” ou “acima de” (tanto
absolutas quanto percentuais). Para ilustrar seu uso, trabalharemos o exemplo das médias
trimestrais de Matemática na amostra das turmas da manhã, exibindo, respectivamente,
nos Gráficos 6 e 7 as freqüências acumuladas “abaixo de” e “acima de”.

Gráfico 6 – Distribuição acumulada “abaixo de” das médias trimestrais de Matemática, na amostra das
turmas da 8a série/manhã, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

(fi) (abaixo de)


60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Médias (Class es)

Fonte: Dados fictícios

Tal como nos gráficos que acabamos de ver, no eixo das abscissas colocamos os
intervalos de classe e no eixo das ordenadas, as freqüências acumuladas. Note que o Gráfico
6 está associado às freqüências “abaixo de”, por isso, no eixo X, ele começa justamente no
limite inferior do primeiro intervalo 3  4, o qual é, como vemos, igual a 3,0. Pense um
pouco: há algum aluno com média abaixo de 3,0 pontos nessa amostra? Claro que não.
Assim, o ponto 3,0 tem freqüência acumulada “abaixo de” igual a zero. Há algum aluno

8 Aula 06 Matemática e Realidade 2ª Edição

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com média abaixo de 4,0? Com certeza! Todos os valores que estão no intervalo 3  4
estão abaixo de 4,0. No caso, são 2 alunos. Marcamos, pois, o ponto 4,2 no gráfico. Esse
ponto informa que dois alunos tiveram médias em Matemática inferiores a 4,0 e, assim,
sucessivamente. Ainda observando o gráfico, se você olhar para a média 7,0, por exemplo,
o que poderá concluir? É simples, olhando para o eixo Y, considerando a abscissa 7,0,
você verá que 20 alunos, dos 54, apresentaram notas médias abaixo desse valor, ou seja,
constatará que menos da metade da amostra obteve nota inferior a 7,0.
O Gráfico 7, apresentado a seguir, foi construído também considerando-se a amostra
das turmas da manhã, mas, agora, tomando-se as freqüências “acima de”:

Gráfico 7 – Distribuição acumulada das médias trimestrais de Matemática, na amostra das turmas da
8a série/noite, na E. E. Nair Burégio, Município de Carapeba, em abril de 2004

(fi) (acima de))


60
50
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Médias (Classes)

Fonte: Dados fictícios

O que nos diz esse gráfico? Começaremos com o limite inferior do primeiro intervalo, a
média 3,0. Observamos que esse valor está associado à freqüência 54, o que será
interpretado da seguinte maneira: todos os 54 alunos tiveram média a partir de 3,0 pontos.
Você pode estar interessado em observar quantos alunos tiveram uma média maior ou igual
a 7,0. Com certeza, dirá que, com a freqüência acumulada até o 7,0, é um valor próximo a 35
(você poderá ver que esse valor é 34, se checar diretamente na Tabela 2). Isso significa que
dos 54 alunos da amostra da manhã, bem mais da metade deles teve uma média trimestral
cujo valor está situado no intervalo 7  10, ou seja, uma média igual a 7,0 ou mais. Essa
informação nos leva a concluir que a amostra das turmas da manhã apresentou um bom
desempenho em Matemática.
Portanto, uma freqüência acumulada “acima de” (Fi ↑), em relação a um intervalo i
qualquer, representa a quantidade de valores assumidos pela variável (ou percentual deles,
se for Fi % ↑) que são maiores ou iguais ao limite inferior dessa classe i, tomada como
referência.

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 9

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Portanto, sempre que você for interpretar um gráfico com freqüências acumuladas
“abaixo de”, a leitura de cada uma delas deve ser associada ao limite superior (Li ) do
respectivo intervalo. Uma freqüência acumulada “abaixo de” (Fi ), relacionada a um
intervalo i qualquer, nos informa a quantidade de valores (ou percentual deles, se for Fi % ↓)
observados, que são menores que o limite superior dessa classe i de referência. Porém, no
caso das freqüências acumuladas “acima de”, em relação a um intervalo i, deveremos tomar
como referência o limite inferior do intervalo e incluí-lo em nossa conclusão.

Resumo
Nesta aula, aprendemos a construir e interpretar gráficos utilizados na
apresentação de dados quantitativos, exibidos através de uma distribuição de
freqüências (tanto para dados agrupados em intervalos de classe quanto para
dados não agrupados). Vimos que existem gráficos diferentes, dependendo do
tipo de dado (discretos ou contínuos) e do tipo de informação que se deseja
realçar (portanto, do tipo de freqüência usada). Assim, foram estudados: os
gráficos em hastes, para dados discretos; os histogramas, para dados contínuos,
confeccionados com qualquer tipo de freqüência (simples ou acumulada; absoluta
ou percentual); os polígonos de freqüências que representam dados contínuos,
utilizando exclusivamente as freqüências simples (absolutas ou percentuais); e,
finalmente, as ogivas de Galton, usadas com exclusividade, para representar as
distribuições de forma acumulada “abaixo de” e “acima de”.

Auto-avaliação
Vamos aplicar o que aprendemos? Para isso, resolva os três exercícios a seguir:

Considere os dados referentes à pontuação em Matemática na amostra das turmas


1 da manhã (Tabela 1) e da noite (atividade 1 da auto-avaliação da aula 5). Construa
gráficos em hastes para apresentar essas distribuições, utilizando as freqüências
percentuais simples. Analise e compare os dois gráficos, tecendo comentários
sobre o desempenho desses alunos na disciplina referida.

Construa os histogramas para os dados das Tabelas 2 e 3 desta aula, utilizando as


2 freqüências simples percentuais. Compare com os que foram exibidos no texto,
construída a partir das freqüências absolutas simples. O que você pode dizer sobre
a forma deles? Há alguma diferença?

10 Aula 06 Matemática e Realidade 2ª Edição

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Construa as Ogivas de Galton, utilizando as freqüências acumuladas percentuais
3 “acima” ou “abaixo de” para as médias trimestrais de Matemática da amostra das
turmas da noite (Tabela 3). Não esqueça de interpretar esses gráficos.

Referências
BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002.

BUSSAB, W. O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. 4.ed. Coleção Métodos Quantitativos.


São Paulo: Atual, 1987.

TOLEDO, G. L.; OVALLE, I. I. Estatística básica. 2.ed. São Paulo: ATLAS, 1986.

TRIOLA, M. F. Introdução à estatística. Tradução Alfredo Alves de Farias. 7.ed. Rio de


Janeiro: LTC, 1999.

VIEIRA, S. Introdução à bioestatística. 3.ed. Rio de Janeiro: CAMPUS, 1980.

2ª Edição Aula 06 Matemática e Realidade 11

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Anotações

12 Aula 06 Matemática e Realidade 2ª Edição

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