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Aula 7 Exames Anatomo-Patologicos

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OBJETIVOS

Exame anatomopatológico ou biópsia é a avaliação


microscópica dos tecidos através da microscopia
óptica convencional e tem a finalidade de definir o
diagnóstico e classificar o grau da patologia.
Na grande maioria das vezes é este exame que
define o verdadeiro nome da lesão e,
consequentemente, a conduta que será
empregada.
MATERIAL

Qualquer material pode ser submetido a


exame histológico.

Pele, estômago, fígado, rim, endométrio, cérebro,


pulmão, pleura, traquéia,mamas, etc.
EXAMES
Citologia de líquidos orgânicos, punções aspirativas,
escarro, esfregaços cérvico-vaginais.
EXAMES
Exames de peças cirúrgicas de variada complexidade
e de material de biópsia.

Bexiga

Glândula adrenal
EXAMES
Consultas intra-operatórias
ou biópsias por congelação

Tireóide
EXAMES

Reações histoquímicas e imunohistoquímicas

Exames de imuno-fluorescência em tecidos

Rim Glomerulonefrite
EXAMES

Microscopia
eletrônica

Necrópsias
TERMO
AUTOPSIA É
ERRADO
QUALIDADE DO LAUDO DEPENDE DA AMOSTRA
 Devidamente coletada, preservada e transportada
 Fixação dos tecidos e dos esfregaços – formalina a
10%
 Fixadores especiais: fixador de Bouin, Zenker,
formalina, álcool, ácido acético, glutaraldeido,
paraformoldeído a 4%, Karnpvsky

Nunca o material deverá ser enviado em Soro Fisiológico!!!

Maceram os tecidos, inutilizando-os para estudo histológico.


ACONDICIONAMENTO

Frascos grandes e de boca


larga

Quantidade suficiente de
fixador, este deve ser colocado
em volume cerca de 10x maior
que o da peça a ser fixada

Frascos pequenos, como os de vidro de medicamentos


(por exemplo penicilina) só deve ser utilizado para
material muito pequeno, como biópsias endoscópicas
e de agulha
ACONDICIONAMENTO
Peças cirúrgicas maiores: colocar em sacos plásticos firmes
e bem vedados,
de preferência duplicando a embalagem para evitar
vazamentos
Lâminas citológicas, secas ao ar ou
fixadas com spray: acondicionar em
recipientes próprios para lâminas(tubo
com ranhuras) – não escrever caneta.
ACONDICIONAMENTO
Lâminas citológicas enviadas em
álcool: os tubos devem ser bem
fechados e enviados dentro de
pequenos sacos plásticos para
evitar vazamentos.
Coletor universal – mesmo procedimento descrito acima

Citologia oncótica álcool 96%


EXAME CITOLÓGICO
Raspados em geral e escovados: fazer pelo menos 2
esfregaços finos em lâminas. Um deles colocar
imediatamente em álcool comercial puro e o outro, deixar
secar.
EXAME CITOLÓGICO
Líquidos: urina, lavado vesical, derrame pleural,
ascite, líquido articular, lavado peritoneal, lavado
brônquico, conteúdo de cisto.
• Enviar ao laboratório logo depois da coleta, sem
fixador.
• Se houver demora para o encaminhamento ao
laboratório, manter em geladeira ou colocar o
material em um frasco com partes iguais de álcool
a 50%.

Não é necessário enviar todo o material


coletado: 5 a 10 ml do líquido obtido são
suficientes.
EXAME CITOLÓGICO
Colo do útero: o raspado deve ser feito com
espátula própria (Ayre), acompanhada de escova
para a coleta da endocérvice.

Fazer um esfregaço fino na lâmina,


colocando-a imediatamente
em álcool comercial Puro.
Ou recobrindo-a com a solução
alcoólica de Carbowax (polietileno-glicol).

Álcool 96%

É muito importante identificar no esfregaço, a ectocérvice


e a Endocérvice!
EXAME CITOLÓGICO

Escarro: se o material for enviado no mesmo


dia ao laboratório, não é necessário fixador.
Caso contrário, deve ser colhido em frasco
de boca larga contendo álcool a 50% (cerca
de 1/5 do volume do frasco.
O paciente deve ser orientado no sentido de
enviar escarro e não saliva
ORIENTAÇÕES PARA COLETA DE ESCARRO
Peça que o paciente lave as mãos e higienize a cavidade oral com água (sem utilizar
creme dental ou soluções antissépticas para gargarejo) antes de entregar o pote a
ele. Caso o paciente use próteses dentárias, ele deverá retirá-las antes de higienizar
a cavidade oral.

Inspirar profundamente, reter o ar por alguns instantes (segundos) e expirar.


Após repetir esses procedimentos três vezes, tossir;

Imediatamente após o ato da tosse produtiva, o paciente deverá abrir o pote e


expectorar a secreção dentro dele sem encostar os lábios no pote ou tocar a parte
interna com os dedos, pois há o risco de contaminação da amostra;

http://www.lacen.saude.pr.gov.br/arquivos/File/Manuais/Coleta_Escarro.pdf
EXAME CITOLÓGICO
LIQUOR CEFALO RAQUIDIANO - LCR: enviar
logo após a coleta, sem líquido fixador.
Não sendo possível, conservar em geladeira
por pouco tempo.
EXAME CITOLÓGICO
Biópsia aspirativa com agulha fina: de linfonodo,
tireóide, parótida, fígado, mama, rim, pulmão, tumores
diversos.

O sucesso está relacionado ao uso da agulha fina. Pois as


agulhas mais grossas trazem muito sangue
e poucas células, além de formarem hematomas.
EXAME CITOLÓGICO

A punção de tumoração profunda


em tórax ou abdômen, necessita de
auxílio de método de imagem
INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOLICITADAS
Colocar na própria amostra e na requisição o nome e
idade do paciente, do médico solicitante e data da coleta.
O resultado depende, na maioria dos casos, de
informações clínicas, como sexo e idade do paciente,
local anatômico do qual se origina a amostra, o
diagnóstico clínico pós-operatório, lesões prévias –
principalmente lesões malignas- radioterapia e
quimioterapia prévia.
Informar se o material representa uma mera biópsia ou é
uma excisão para diagnóstico pós-operatório.

Encaminhar a biópsia ao laboratório assim que for


possível.
AMOSTRAS INADEQUADAS

Fixação insuficiente, geralmente é


devido a uma proporção insuficiente de
formol em relação ao volume da
amostra, e a falta de identificação do
paciente.
CONGELAMENTO
Os fragmentos devem ser enviados
imediatamente à sala específica do
laboratório geralmente em sacos plásticos.
Jamais enviar sobre gaze, compressa ou em soro
fisiológico!!!
- Verificação de benignidade ou malignidade de uma lesão, para conduta
cirúrgica mais adequada (exemplo: nódulos de mama, nódulos tireoideanos,
tumores de ovário, entre outros);

- Verificação de presença ou ausência de metástases em linfonodos


sentinelas (principalmente em carcinomas de mama ou melanomas);

- Verificação das margens de ressecção de uma neoplasia (exemplo: tumores


de mama ou de pele);
IMUNOHISTOQUÍMICA

IHQ: detectam moléculas (antígenos) teciduais, sendo


de grande valor nos diagnósticos anátomo-patológicos
e na investigação científica.

O mecanismo básico é o reconhecimento do antígeno por um


anticorpo (Ac prímário) associado a diversos tipos de processos
de visualização
IMUNOFLUORESCÊNCIA
- Realizados para biópsias de pele e rim;
- Embrulhar o fragmento de tecido fresco (sem fixador) em
papel alumínio
- Acondicionar em um vidro seco e com tampa
- Trazer imediatamente ao laboratório
Caso contrário: introduzir o fragmento embrulhado em frasco lacrado
com esparadrapo
Colocar o frasco lacrado em recipiente de isopor, contendo gelo ou gelo
seco “NITROGÊNIO”

Encaminhar o material ao laboratório em até 1 hora.


MICROSCOPIA ELETRÔNICA

Faz parte da rotina diagnóstica nas


biópsias renais
e de músculo esquelético.
NECRÓPSIAS
É o exame macro e microscópico, realizado após a
morte, com a finalidade de:
Caracterizar a causa do óbito e doenças associadas
Avaliar procedimentos terapêuticos e conduta clínica

Artigo 162 Código Penal: a necrópsia será realizada pelo menos


6hs após o óbito, salvo os peritos, pela evidência dos sinais de
morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no laudo

Critérios de morte encefálica – Resolução Nº1480/1997 do


Conselho Federal de Medicina
O Serviço de Verificação de Óbito ( SVO ) é o responsável por
determinar a causa do óbito, nos casos de morte natural, sem
suspeita de violência, com ou sem assistência médica, sem
esclarecimento diagnóstico e, principalmente aqueles por efeito de
investigação epidemiológica
Quais casos devem ser
encaminhados ao SVO?
• - Casos de morte natural, ou seja,
decorrentes de doença (s) já existente (s).
• -Morte súbita em adulto jovem.
• -Óbitos domiciliares sem assistência
médica e não suspeitos de causa externa.
• -Óbitos em Pronto Atendimentos (Pronto
Socorros) sem causa conhecida.
• -Casos notificados ou em estudo pela
Vigilância Epidemiológica.
NECRÓPSIAS
Abertura externa do cadáver:
Abertura das cavidades craniana, torácica, abdominal
e pélvica com exame “in locu” dos respectivos órgãos
Retirada dos órgãos das cavidades, dos órgãos do
pescoço e do retroperitôneo, com avaliação macro e
microscópica
Lavagem e fechamento do corpo, deixando-o à
disposição juntamente com o atestado de óbito.
NECRÓPSIAS
Serviço de verificação de Óbito do Município/ SVO

Pacientes com menos de 24hs de internação e que venham a


falecer sem diagnóstico.

Instituto Médico Legal / IML – morte violenta,


obrigatórias e com abordagem especial, médico-
legal.
NECRÓPSIAS
Pacientes com morte natural internados
por pelo menos 24hs serão submetidos à
necrópsia caso haja interesse dos
médicos que o acompanhavam e com o
consentimento por escrito, dos
familiares e/ou responsáveis legais.
NECRÓPSIAS
No mesmo dia, ao final da necrópsia, é elaborado
um relatório macroscópico preliminar, com os
principais achados do exame.

O relatório final da Necrópsia com os


diagnósticos macro e microscópicos devem
ser elaborado e liberado em torno de 60dias
MORTE FETAL
Resolução normativa nº 1601/2000 do Conselho
Federal de Medicina
Atestado de óbito para fetos com 20 ou mais semanas
gestacionais, ou que tenham peso corporal igual ou
superior a 500gr ou medirem 25cm ou mais.
A solicitação da necrópsia deve ser sempre
acompanhada da autorização dos responsáveis
MORTE FETAL

Os fetos com menos de 500 gramas são encaminhados


diretamente para exame, com pedido médico.
São registrados junto às peças de patologia cirúrgica,
sem a obrigatoriedade da emissão de um atestado de
óbito.
REFERÊNCIAS
Lima, Orcélia Pereira Sales de Carvalho. Leitura e interpretação de exames em
enfermagem. 3. ed. Goiânia: AB, 2008.

Manual para utilização dos serviços do laboratório de anatomia patológica do


HC/UNICAMP

Manual de Coleta Descritivo de Exames em Anatomia Patológica - laboratório


prevenção e diagnose núcleo biomagistra de anatomia patológica e citopatologia
cascavel - PR

Guia para orientações para coleta de escarro. Ministério da Saúde- Secretaria


da Vigilância em Saúde-Programa Nacional de Controle da Tuberculose.
Brasília, 2014.

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