Filosofia 3º Bim
Filosofia 3º Bim
Filosofia 3º Bim
3º Bimestre
1. Helenismo
2. Império Romano
3. Cristianismo
a) Patrística
• Agostinho de Hipona
b) Escolástica
• Tomás de Aquino
Helenismo
• O Helenismo refere-se a um período histórico que se seguiu à era clássica da Grécia antiga,
aproximadamente entre os séculos IV e I antes de Cristo. Esse período é marcado pela
expansão do império macedônio de Alexandre, o Grande, e pela difusão da cultura grega em
territórios conquistados, como o Egito, a Pérsia e a Índia.
• A influência do Helenismo na filosofia é significativa e pode ser observada em várias correntes
filosóficas que sobreviveram durante esse período. Três escolas filosóficas helenísticas
ganharam destaque: o estoicismo, o epicurismo e o ceticismo.
• O estoicismo, fundado por Zenão de Cítio, enfatizava a busca pela virtude, a recebida do
destino e o controle das emoções. Os estoicos acreditavam que o objetivo principal da filosofia
era alcançar a tranquilidade da alma por meio da aceitação da resignação dos eventos
externos.
• O epicurismo, fundado por Epicuro, defende que o prazer e a ausência de dor eram os
principais objetivos da vida humana. Para Epicuro, a felicidade era alcançada por meio da
moderação, da amizade e do conhecimento dos prazeres simples. Contrariando a visão
hedonista comum, ele defende uma vida de prazer a longo prazo, evitando excessos e
buscando a ataraxia (tranquilidade mental).
• O ceticismo, representado principalmente por Pirro de Élis, questionava a possibilidade de se
alcançar o conhecimento verdadeiro e defender a suspensão do julgamento em relação às
crenças. Os céticos argumentavam que todas as nossas características são subjetivas e,
portanto, não podemos afirmar com certeza a veracidade das coisas.
• Além dessas três escolas principais, outras correntes filosóficas também viveram durante o
período helenístico, como o cinismo, o neoplatonismo e o ecletismo. Essas escolas
influenciaram o desenvolvimento da filosofia ocidental nos séculos seguintes, sendo
assimiladas e reinterpretadas pelos filósofos romanos e pelos primeiros pensadores cristãos.
• O Helenismo contribuiu para a filosofia ao expandir o escopo das questões filosóficas e ao
oferecer abordagens práticas para a vida cotidiana. As ideias filosóficas helenísticas abordavam
questões relacionadas à ética, à política, à epistemologia e à metafísica, além de oferecer
conselhos práticos sobre como viver uma vida boa e feliz.
• O período helenístico deixou um legado duradouro na filosofia, introduzindo novas correntes
de pensamento e influenciando abordagens posteriores. As escolas filosóficas helenísticas,
como o estoicismo, o epicurismo e o ceticismo, abordam questões fundamentais sobre a
existência humana e oferecem orientações práticas para a vida diária. A influência do
Helenismo na filosofia ocidental foi profunda, sendo assimilada e reinterpretada ao longo dos
séculos, e suas ideias continuam a influenciar o pensamento filosófico contemporâneo.
Império Romano
• O Império Romano foi uma das maiores e mais influentes civilizações da Antiguidade, que se
estendeu por vários séculos, abrangendo vastas regiões da Europa, África e Ásia. Ao longo do
tempo, o Império Romano passou por diferentes fases, desde a República até o
estabelecimento do Império, e experimentou mudanças significativas em sua estrutura política,
economia, religião e cultura.
• O processo de formação do Império Romano, destacando a expansão territorial e militar
liderada pelos imperadores romanos. Analisamos também a mudança de governo, incluindo o
sistema político de governo centralizado, a administração provincial e a burocracia imperial.
Além disso, exploramos as relações sociais e econômicas dentro do Império, incluindo a
estrutura de classes, a escravidão, a economia agrícola e comercial, e as políticas de bem-estar
social implementadas pelos governantes romanos.
• Por fim, investigamos o legado deixado pelo Império Romano. Discutimos sua influência
duradoura na arte, arquitetura, língua, direito e governança, assim como seu papel na
disseminação do cristianismo. Exploramos também os fatores que levaram ao declínio e queda
do Império Romano, como a pressão das invasões bárbaras, a crise econômica e a decadência
moral e política.
• Buscar fornecer uma visão geral abrangente do Império Romano, destacando sua importância
histórica e impacto nas sociedades subsequentes. Ao examinar como os competidores e os
desafios enfrentados pelo Império Romano, esperamos contribuir para uma compreensão mais
profunda desse período crucial da história mundial.
• O Império Romano foi um dos maiores impérios da história, que abrangeu vastas regiões da
Europa, África e Ásia. Começou como uma cidade-estado governada por reis e posteriormente
se tornou uma república. A ascensão do Império Romano ocorreu com o estabelecimento de
imperadores, sendo Otaviano Augusto o primeiro deles. O império alcançou seu auge territorial
durante o século II, abrangendo cerca de 6 milhões de milhas quadradas e uma população de
aproximadamente 50 a 60 milhões de habitantes. O Império Romano foi caracterizado por seu
sistema político centralizado, controle das províncias, economia comercial, escravidão, religião
politeísta, liderança vitalícia dos imperadores e expansão territorial através de conquistas
militares. Vários imperadores romanos marcaram o império, como Cláudio, Nero, Trajano,
Adriano, Diocleciano, Constantino e Rômulo Augusto. O império foi dividido em Império
Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente, este último também conhecido como
Império Bizantino. As principais causas da queda do Império Romano incluíram dificuldades de
administração, invasões bárbaras, altos impostos, mudanças religiosas e restrição de escravos.
A queda do Império Romano do Ocidente ocorreu em 476 dC, enquanto o Império Romano do
Oriente, ou Bizantino, perdurou até 1453 dC antes de ser conquistado pelos turcos.
Cristianismo
• A origem do cristianismo remonta ao século I d.C., com base nos ensinamentos e
vida de Jesus Cristo, uma figura central para a fé cristã. Jesus nasceu em Belém, na
Judéia, e seu ministério público começou por volta dos 30 anos de idade. Ele pregou
mensagens de amor, perdão, justiça e salvação, realizou milagres e proclamou ser o
Filho de Deus e o Messias prometido.
• Apesar de sua mensagem desafiar as autoridades religiosas e políticas de seu tempo,
Jesus reuniu seguidores e discípulos que acreditavam nele como o Salvador. No
entanto, ele foi crucificado pelos romanos em Jerusalém, mas três dias depois,
segundo a crença cristã, ressuscitou dos mortos, demonstrando seu poder sobre a
morte e o pecado.
• Os ensinamentos e a vida de Jesus foram preservados nos Evangelhos do Novo
Testamento, que fazem parte da Bíblia Sagrada. A Bíblia é composta por dois
principais conjuntos de textos: o Antigo Testamento, que contém escrituras judaicas
e histórias do povo de Israel, e o Novo Testamento, que narra a vida de Jesus, seus
ensinamentos, a formação da Igreja e cartas de apóstolos e discípulos.
• Após a ressurreição de Jesus, seus seguidores começaram a espalhar sua mensagem
e estabelecer comunidades de fé. A Igreja Primitiva, como ficou conhecida, cresceu
rapidamente, especialmente após a descida do Espírito Santo sobre os discípulos no
Pentecostes. Os primeiros cristãos se reuniam em casas, compartilhavam seus bens
e viviam em comunhão. Líderes como Pedro e Paulo desempenharam papéis
fundamentais na disseminação do cristianismo e na formação das primeiras igrejas.
• A Igreja Primitiva enfrentou perseguições e desafios, mas também experimentou
crescimento e expansão. Eventualmente, o cristianismo foi legalizado no Império
Romano pelo Édito de Milão em 313 d.C., e se tornou a religião oficial do império
sob o reinado do imperador Constantino.
• O cristianismo, com sua mensagem de amor, redenção e salvação, se espalhou além
das fronteiras do Império Romano e se tornou uma das principais religiões do
mundo, influenciando a cultura, a ética e a filosofia ocidental. A Igreja Primitiva, com
sua estrutura e tradições, estabeleceu os alicerces para o desenvolvimento do
cristianismo ao longo dos séculos, moldando as crenças e práticas da fé cristã até os
dias atuais.
Patrística
• A Patrística, corrente filosófica cristã medieval do século IV, surgiu através de padres e teólogos
da Igreja, chamados de "Pais da Igreja". Um destaque nesse período foi Agostinho de Hipona.
Caracterizada como a primeira fase da filosofia medieval, a Patrística expandiu o Cristianismo
na Europa e combateu hereges, buscando racionalizar a fé cristã através de ideias filosóficas
gregas. Os temas explorados incluíam a criação do mundo, ressurreição, encarnação, pecados,
livre arbítrio e predestinação divina.
• Agostinho, expoente da Patrística, abordou o combate ao maniqueísmo e neoplatonismo,
desenvolveu o conceito de "pecado original" e "livre arbítrio", explorou a "predestinação
divina" e a salvação pela graça divina, defendendo a fusão entre fé e razão.
• A filosofia política de Santo Agostinho é moldada por sua fé cristã e sua análise sobre o Estado
e a sociedade. Ele enfatiza a superioridade da Cidade de Deus sobre a Cidade dos Homens,
percebendo a sociedade terrena como imperfeita e os humanos como inerentemente
pecaminosos, buscando a salvação espiritual. Agostinho reconhece a importância do governo
humano para a ordem, embora o veja como temporário e inferior à Cidade de Deus. Ele
argumenta que a verdadeira justiça e governo só podem ser alcançados pela graça divina,
considerando o pecado original presente em todas as instituições humanas, inclusive o
governo.
Escolástica
• A filosofia escolástica, o estágio final da filosofia medieval, surgiu como resposta à formação de mosteiros e escolas
cristãs entre os séculos IX e XIV dC. Influenciada principalmente por Platão e, posteriormente, por Aristóteles, uma
filosofia escolástica era ampla, englobando desde as artes liberais até a lógica, aritmética, geometria, astronomia e
música. Durante esse período, os pensadores procuravam harmonizar a fé com a razão, buscando justificar a religião por
meio da lógica. Além de Aquino, outros pensadores notáveis da escolástica incluem Anselmo, que desenvolveu o
argumento ontológico para a existência de Deus, Alberto Magno e Guilherme de Ockham, conhecido por seus estudos
em lógica. Esse período também viu o reforço do estudo da lógica na filosofia medieval, representando uma busca pelo
equilíbrio entre fé e razão.
• Destaca-se nesse período a figura de Tomás de Aquino, que reintroduziu os estudos de Aristóteles, anteriormente
negligenciados na tradição medieval. Apesar das proibições em algumas partes da Europa, Aquino acessou traduções de
Aristóteles em árabe, fundamentando sua filosofia em princípios aristotélicos. Sua contribuição central foi a formulação
dos "cinco caminhos" que comprovavam a existência de Deus. A filosofia ética e política de Tomás de Aquino é guiada
por sua visão teológica e filosófica de harmonizar razão e fé. Para ele, moralidade e política estão intrinsecamente
aplicadas à lei divina e à busca pelo bem comum.
• Em sua ética, Aquino sustenta que o propósito máximo da vida humana é a união com Deus para alcançar a felicidade
eterna. Ele elabora uma teoria da lei natural, que postula princípios morais inatos derivados da natureza humana e
sustentados por Deus, complementados pela revelação divina nas Escrituras. Em termos políticos, Aquino defende a
necessidade natural do governo para a ordem social, apoiando diferentes formas de governo em busca do bem comum
e da justiça. Ele enfatiza a importância da lei como expressão do direito natural e divino, ressaltando a autoridade do
governante como reflexo da divina e a colaboração entre Igreja e Estado para o bem-estar da sociedade. Em suma, sua
filosofia procura conciliar fé e razão, fundamentando-se na lei natural para a moralidade e destacando o governo
legítimo como promotor do bem comum e da justiça, com autoridade submetida à lei divina.