DEFESA
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Que move em seu desfavor CARLA DA SILVA, qualificada na exordial, pelos motivos e razões
a seguir expostas:
II – DOS FATOS
Procede aos fatos alegados na exordial de que o Requerido e a Requerente, foram casados sob o
Regime de Comunhão Parcial de Bens, desde o ano de 2018, neste município. Desta união
adveio o filho Julia da Silva, menor, nascido em 15/08/2012.
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casa da genitora e da escola da menor, para não alterar a rotina da menor. E, em decorrência do
processo de divorcio, foi determinada pelo douto magistrado a guarda unilateral, para a genitora
e ao requerente foram regradas as visitas, nos termos da sentença em anexo.
Acontece que agora a genitora impetrou um pedido de suspensão do direito de visitas, com base
em um suposto e absurdo abuso sexual, e uso excessivo de álcool e drogas ilícitas, ainda em
tempo cabe ressaltar que o requerente foi submetido a exames toxicológicos que comprovaram a
inverdade imputada ao requerente, bem como exames clínicos também comprovaram que a
menor não sofreu abusos ou violência sexual.
Ainda em tempo, será demonstrado que todas as acusações são parte de um plano da genitora
para cercear o direito de pai e filha, ao convívio familiar saudável, a genitora mente, articula e
pratica a alienação parental para com a filha, prejudicando a relação de pai e filha e causando
danos psicológicos profundos na menor.
“Se os padrões sociais e culturais provocaram mudanças nas relações familiares, também as
provocaram nas relações paterno/materno-filiais. Assim, no momento em que ocorre a
separação do casal apresenta-se a guarda compartilhada como uma opção madura para uma
convivência entre pais e filhos. Nesse sentido, lembro o acórdão paradigmático do STJ [REsp
1.251.000-MG (2011/XXXXX-5)], pela pena da Ministra Nancy Andrighi, quando afirma que:
“A guarda compartilhada é o ideal a ser buscado no exercício do Poder Familiar entre pais
separados, mesmo que demandem deles reestruturações, concessões e adequações diversas, para
que seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal psicológico de duplo
referencial.” Ainda, “A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado na fixação da guarda
compartilhada, porque sua implementação quebra a monoparentalidade na criação dos filhos,
fato corriqueiro na guarda unilateral, que é substituída pela implementação de condições
propícias à continuidade da existência de fontes bifrontais de exercício do Poder Familiar.”
E conclui a Ementa:
“A guarda compartilhada deve ser tida como regra, e a custódia física conjunta – sempre que
possível – como sua efetiva expressão.” Assim, a guarda compartilhada deve ser incentivada
pelos operadores de direito, para alcançar o ideal da plena proteção dos direitos fundamentais da
criança e do adolescente, o de conviver em família e ser criado por seus pais”.
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No Código Civil:
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma
equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses
dos filhos.
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela
que melhor atender aos interesses dos filhos.
§ 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses
dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima
para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou
situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus
filhos.”
“Art. 1.584...
§ 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se
ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada,
salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
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De outra banda, a Constituição Federal de 1988, assim prevê: “Art. 229. Os pais têm o dever
de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.”
Aquém-do-dever, a esfera legal vai além disto, prima-se pelo direito (moral e por conseqüência
legal) do pai, ora requerido, zelar pelo bom desenvolvimento, educação e saúde de sua prole.
Contudo, voluntaria ou involuntariamente, dificultando a presença do pai em ver a filho, não só
contraria a Legislação pertinente, mas obviamente obstrui a fiscalização e a manutenção da
educação da criança, embora em tenra idade, que em tese leva a ALIENAÇÃO PARENTAL,
uma conduta desnecessária ao ponto de vista do compartilhamento na criação e educação da
infante.
Assim, para que não se forme involuntariamente a alienação parental, dificultando as relações
pai e filho, e na atual conjectura do direito de família, pretende o requerente a GUARDA
COMPARTILHADA, na melhor forma da lei vigente. Pois o singelo direito de visita penalizaria
não só o Requerido, bem como a criança.
Vale dizer, Art. 227 da Carta Magna: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Ainda, preleciona o art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais.
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Urge que não mais se pode aceitar o conceito atrasado e generalizado de que “o pai paga pensão
e a mãe cuida”. Desta forma, requer seja estabelecida a guarda compartilhada nos termos qua a
lei orienta:
Tendo em vistas que os dois genitores mantém residência e domicilio próximos um do outro e
também próximo a escola, clube e amigos da menor, não existe obstáculo para a guarda
compartilhada.
Cumpre salientar que a maneira a regular-se a guarda pretendida pela Requerente vai de
encontro com a realidade atual, quer pela evolução legal quem vem sofrendo o instituto, quer
pela própria característica familiar do caso concreto, momento em que o pai quer se fazer
presente no crescimento de seu filho.
IV – DOS ALIMENTOS
Segundo o ordenamento jurídico brasileiro no que tange aos alimentos é imperioso salientar os
diplomas 1.694 a 1.696 do CC/02, estes tratam da maneira pela qual é prestada à concessão de
alimentos, as condições para tal prestação e para quem pode ser pleiteada a concessão de
alimentos e ainda a obrigação recíproca entre os pais e filhos no que toca a prestação de
alimentos.
“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação”
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O que foi acima denotado pelo diploma, se aplica de pronto ao caso em tela, visto que os
alimentos, a pensão alimentícia deve ser mensurada pelo juízo a partir do critério ou do
princípio da proporcionalidade, ou seja, analisando as reais necessidades do reclamante e
visualizando os recursos da pessoa obrigada. Logo se pode concluir perfeitamente que a menor,
enquanto na tutela do requerente, este deverá prover todos os recursos para a menor, incluindo
material, social, cultural. psicológico e acadêmico.
Porem quando se fala em guarda compartilhada e o tempo com cada genitor será equivalente,
logo se entende que cada genitor suportara com a parte do sustento da menor, portanto as
despesas serão dividas de forma igual.
A parte requerida se compromete em arcar com esse ônus acima descrito e direito a guarda
O que realmente o genitor espera nos deslinde deste processo é conseguir a guarda
compartilhada de sua filha, que o filha sinta a presença do pai na sua vida, não só
financeiramente assim como afetivamente.
V – DA ALIENAÇÃO PARENTAL
Segundo a lei especial de alienação parental LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010, esta trata
da maneira como um genitor, parente ou aquele que tenha a tutela, pode interferir no
desenvolvimento do menor, o conceito, as conseqüências e aplicidade da referido diploma serão
elencadas abaixo.
(...)
Com base no exposto, fica claro que a atitudes praticadas pela genitora da menor pode e deve
ser tipificado nos termos do art. 2º, inciso I do parágrafo único, da referida lei, uma vez que será
provado que a genitora atribui ao requerente ato de natureza imoral e de natureza ilícita,
diretamente a menor e na sua presença.
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V – DOS BENS
O casal não adquiriu ou constituiu bens ao longo do relacionamento conjugal, inexistindo, pois
bens a partilhar.
VI - DOS PEDIDOS
A) Sejam concedidos os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos da Lei 1.060/50, por
ser neste momento pessoa de poucos recursos para custear o mesmo;
B) A intimação da Requerente para que querendo responda o pedido contraposto, e ao final seja
julgado a procedência do pedido contraposto;
C) Que seja intimado o ilustre representante do Ministério Público para intervir em todos os atos
do processo;
I- Impreterivelmente o pai, ora Requerido deverá ser mantido informado a respeito da saúde da
menor;
II - O pai, Requerido, deverá sempre ser consultado e/ou informado pela Requerente no caso de
decisões sobre assuntos escolares;
III - sempre que houver necessidade e consenso entre as partes, o menor poderá ficar períodos
maiores como o Requerido;
IV - Quando da fase escolar, o Pai ficará com o menor por período de 15 dias, e após este a
menor ficara com a genitora por igual período, considerando que ambos os genitores moram no
mesmo bairro, tal instituto não causara dano a rotina escolar da menor;
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V - No momento oportuno, ou seja, nas férias de julho o Pai ficará com o menor a primeira
quinzena, e com a mãe na segunda, alternando a ordem anualmente;
VI - nas férias de verão a criança passará os primeiros 45 (quarenta e cinco) dias com o
Requerido, de dezembro a janeiro, e o restante com Mãe, alternando a ordem anualmente.
VII - a Requerente não poderá impedir o Requerido de ver seu filho, imotivadamente, desde que
as circunstâncias assim o permitam, sempre levado em consideração o bem-estar do menor, e o
bom-senso entre as partes;
VIII - quando a Requerente necessitar que o menor fique com o Autor, deverá avisá-lo com
antecedência mínima de 24 horas;- nos períodos de férias que o menor estiver com o Requerido
a mãe poderá ver acriança, conforme acordar com o Autor;
IX - nos períodos de férias que o Autor não estiver com a menor lhe será mantido o direito de
estar com a menor pelo regime acima descrito;
X - nas datas especiais, tais como aniversário de um dos pais ou outros familiares, dia dos pais,
dia das mães, o menor ficar com quem faça parte a comemoração.