Economia
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INTRODUÇÃO Á ECONOMIA
O DOCENTE
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Introdução á Economia
CAPITULO I – Princípios fundamentais da economia.
Introdução á Economia
1.1- Definição e objeto da ciência económica
Como outras ciências a economia tem sua área de actuação, ela é uma ciência social, pois está
ligada a vida humana. Ao longo do tempo muitas definições têm sido apresentadas para
caracterizar a economia e não nos preocupa determinar a correcta definição pois não existe.
A palavra economia combinada com outras palavras têm várias significações até uma definição
mais completa é incapaz de esgotar o conteúdo completo do seu objectivo por isso uma
compreensão do seu surgimento é necessário.
A economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribui-los
entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Em
qualquer sociedade, os recursos ou factores de produção são escassos; Contudo as
necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher
entre alternativas de produção e de distribuição dos recursos da actividade produtiva aos
vários grupos da sociedade.
Para Vasconcellos e Garcia,2004, a economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo
e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de
bens e serviços, de modo a distribui-los em várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas.
Um dos maiores economistas de todos tempos, Alfred Marshall define a economia como sendo
“ O estudo da humanidade nos assuntos correntes da Vida”; esta definição que parece tão
simples salienta o facto que a economia estuda o comum das realidades, a vida corrente das
pessoas.
Para Lionel Robins, “ A economia é a Ciência que estuda as escolhas que os homens estão
obrigados de operar entre os meios limitados em quantidade que eles possuem para satisfazer
as suas necessidades ilimitadas”. Esta definição põe acento sobre a escolha e a escassez de
meios para satisfazer as necessidades humanas que são ilimitadas.
Ora, está é uma caracterização muito útil do objecto da Economia, e não é gratuito que tenha
se universalizado, contudo, ela tem que ser adequadamente interpretada e relativizada. Em
Economia tudo se resume a uma restrição quase que física – a lei da escassez, isto é, produzir o
máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.
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Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos
pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de
certo bem fosse de facto produzida. Nem importaria que os recursos disponível: Trabalho, terra
e capital ( este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas, etc) fossem
combinados irracionalmente para produção de bens.
Não havendo o problema de escassez, não faz sentido se falar de desperdício ou em uso
irracional dos recursos e na realidade só existiriam os ``bens livres``. Bastaria fazer um pedido e
pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, ocorre que a escassez dos recursos
disponível acaba por gerar a escassez dos bens chamados`` bens económicos``. Por exemplo: as
jazidas de minério de ferro são abundantes, pórem, o minério pré- usinável as chapas aço e
finalmente o automóvel são bens económicos escassos. Logo, o conceito de escassez
económica deve ser entendido como a situação gerada pela razão de se produzir bens com
recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas.
Quando um economista adapta na hipótese `` Ceteris paribus`` que significa Tudo mais
permanecendo constante, assim sendo se um economista afirmar que uma descida na renda
do consumidor provoca uma redução nas quantidades demandadas supõe que todos os outros
factores que influenciam a demanda do bem (… preço do bem, gostos, preços de outros bens,
hábito, condições ambientais…) se mantem constantes.
1.2.1 Microeconomia
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1.2.2 Macroeconomia
Notadamente, convém a Economia como qualquer outra ciência e delimitação de seu núcleo e
a correta especificação de seu objecto. Mas na realidade é muito difícil separar os fatores
essencialmente económicos dos extras- económicos, pois todos são significativos para o exame
de qualquer sistema social. Na verdade cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto
material do seu objecto, segundo sua própria lógica formal. O fato pórem é que as visões sobre
o mesmo objecto acabam se inter- relacionando.
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• Economia e Sociologia: Quando a política económica visa atingir os indivíduos de
certas classes sociais, interfere diretamente no objecto da sociologia, isto é, a dinâmica
da mobilidade social entre diversas classes de renda. As políticas salariais ou de gastos
sociais ( educação, saúde, transporte etc) são exemplos que direta ou indiretamente
influenciam essa mobilidade.
• Economia e Filosofia: A filosofia sendo o estudo do pensamento humano que conduz
do pensamento a acção, através da análise e organização do saber humano. Ajuda a
economia atingir os seus objectivos lhe dando uma organização e rigor na sua atuação.
• Economia, Matemática e Estatística: Elas auxiliam a economia na formação de teorias e
modelos económicos; A economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades
estatísticas. Muitas funções do pensamento económico podem ser expressa com
funções matemáticas.
• Economia e Demografia: Tendo como objecto o estudo da população na sua
densidade, repartição por idade, raça, línguas, etc, é de grande importância para a
economia
• Economia e a Moral: A estuda as regras e as normas de convivência de uma sociedade,
a economia não está preocupada com a moral mas, limita- se ao seu objecto.
A história da economia é de grande importância para a humanidade, tanto para pré- clássica
tanto para mais atual. É somente entendo a dinâmica da história das civilizações que você
poderá compreender toda complexidade que domina a ciência económica e a sociedade. Uma
história dos sistemas económicos seria uma história dos vários tipos de organização da vida
económica das sociedades humanas.
Sendo que Platão foi um reformador social, Aristóteles (384-332 a.C.) foi um economista
analítico; ele fez a distinção muito importante na economia entre o Valor de troca e de uso.
Interessou-se também pela presença da moeda na economia e da maneira como conciliar a
Virtude com a Riqueza.
Na idade média ou idade Medieval, surgiu com o declínio do império Romano por volta de 476
D.C. Esse período, um dos mais longos da história, período de 10 séculos como uma época de
transição entre o mundo antigo e o mundo moderno. Esta época, sobretudo a partir do século
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XIII, com a consolidação da orgânica da Igreja e a constituição de núcleos urbanos, é uma
época de recrudescimento da actividade económica. Aqui abriu- se uma nova era para a
humanidade é chamado o Feudalismo. A influência dos princípios religiosos e o papel
preponderante da Moral sobre as concepções económica é flagrante; a obra de São Tomas de
Aquino (1225 – 1274) dá as ideias ou Princípios essenciais que são: desconfiança com respeito
a riqueza material; à acumulação de Ouro e Prata; Condenação da taxa de juros, preocupação
com preços justos e a justiça nos câmbios, o lucro ilimitado é considerado ilícito e prejudicial.
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podiam assegurar a prosperidade das sociedades e portanto, o desenvolvimento da produção
agrícola. Os fisiocratas defendem a liberdade de trabalho e a liberdade de dispor dos produtos
de trabalho. Em matéria de política fiscal, e porque é a terra que realmente produz a riqueza,
entenderam que é sobre a actividade agrícola que deve recair o imposto.
• A Escola clássica
E a seguir defende a ideia de que o estado não deve intervir na vida económica, não só porque
essa intervenção seria inútil, como porque o estado é, pela sua própria natureza, incapaz para
as actividades e funções económicas. Por isso, pelo que respeita ao comércio internacional,
Smith é um partidário da liberdade económica e, consequentemente, um adversário do
proteccionismo.A sua preocupação essencial é os factores que levam ao aumento da riqueza.
Ele faz a distinção precisa entre o valor de uso e o valor de troca de um bem sendo o primeiro
o resultado da utilidade que os indivíduos atribuem as coisas, portanto tem uma natureza
individual e o valor de troca de um bem reside na quantidade de outros bens que pode-se
obter em troca deste, tem portanto uma natureza social. Smith chamou atenção pelo facto de
certos bens que possuem um grau elevado de valor de uso quase não possuir valor de troca, o
valor de troca é para ele função do trabalho e depende das variações da oferta e da procura do
mercado.
David Ricardo é autor da obra “Principles of Political Economic and Taxation” (Principio de
economia Politica e tributação) em 1817, inglês de nacionalidade e de origem portuguesa, não é
como Adam Smith, um professor mas um cambista e um homem de negocio.Ricardo prolonga e
melhora a obra de Smith dando um raciocínio mais rigoroso e preciso. Os resultados das suas
observações permitem de pôr em evidencia a “Lei ou Teoria dos Custos Comparativos, Teoria
da Renda, Teoria do Valor e do Comercio Internacional”. Concordando com Smith sobre o facto
que o valor de uma mercadoria encontra o seu fundamento no trabalho, para Ricardo os preços
das mercadorias são proporcionais ao trabalho incorporado nelas. Na teoria do comércio
internacional, Ricardo informa das vantagens de comércio entre duas nações onde cada um
podia beneficiar do comércio ainda que um deles pudesse produzir todas mercadorias de forma
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eficiente. E na teoria das vantagens comparativas ele afirma que cada País deve produzir para
vender aos outros os bens paras quais os custos relativos da sua produção são inferiores aos
verificados no estrangeiro e comprar ao estrangeiro os bens para os quais os custos relativos
nacionais são mais elevados.
O autor francês enuncia a lei da saída ou dos mercados que estipula o seguinte: “é a produção
que cria uma procura pelo produto, o produto cria a oferta e a Oferta cria uma saída dos outros
produtos pela todo soma do seu valor”. Cada produto que se produz, cria automaticamente
mercado para outro produto, esta lei de Say exalta a produção, aconselha uma moderação no
consumo, afirma a solidariedade industrial na escala internacional, defende e justifica o livre-
cambismo e a abstenção do estado na vida económica e segundo esta teoria as crises de sobre –
produção na economia são impossíveis. Outra contribuição dele foi a divisão de factores de
produção em Terra, Capital e Trabalho.
Centrando-se na teoria do valor- trabalho e no conceito de mais- valia, Karl Marx e ftiedrich
Engels, estabelecem as bases da doutrina socialista da superação do capitalismo por suas
próprias contradições internas. A economia capitalista apresenta crises periódicas de
superprodução, com elevadas taxas de desemprego. A economia Política passou a ter maior
amplitude, ao ser vista não apenas por meio de relações meramente tecnológicas, mas também
como o estudo das relações sociais de produção, no sentido de luta de classes entre capitalistas e
trabalhadores. A base da teoria de Marx constituía-se na análise da história, fundamentada no
materialismo dialético.
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Segundo Marx, o benefício é obtido pelo capitalista ao adquirir uma mercadoria, que pode criar
um valor maior que o de sua própria força de trabalho. Marx distingue os conceitos de força de
trabalho. Marx distingue os conceitos de força de trabalho e tempo de trabalho. A força de
trabalho refere- se á capacidade do homem para o trabalho; o tempo de trabalho e o processo
real e a duração do trabalho. O relevante é que segundo Marx, o capitalista paga ao trabalhador
uma quantidade igual ao de sua força de trabalho, porém esse pagamento equivalente somente a
uma parte da produção do trabalhador e, portanto, somente parte do valor que ele produz.
2. Mais valia;
O seu principal precursor foi HERMAN GOSSEN (1810 – 1858) que apresentou na sua obra as
duas leis psicológicas seguintes:
• O Pensamento Keynesiano
Resume o conjunto das ideias de John Maynard Keynes (1883 – 1946), economista inglês, sobre
a intervenção do estado na vida económica. Esta época (anos 30) foi marcada para uma grave
crise económica: o “Crack Bolseiro de Nova Iorque” que provocou o desemprego.
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Keynes propõe por isso a Intervenção Macroeconómica do Estado sobre certas condições para
assegurar o Pleno Emprego (= uso eficiente dos factores de produção: capital, recursos naturais,
trabalhadores) ao contrário do Sub – Emprego (= Subaproveitamento dos factores de produção)
causado pela crise económica. O seu pensamento deu lugar a muitos prolongamentos e criticas e
é considerado como um dos maiores economistas desta época. A sua obra intitula-se: “Teoria
Geral de Emprego, do Juro e da Moeda”.
Baixa de
Oferta >• Demanda Produção Baixa de Emprego
Baixa Renda
Equilibro de Sub-Emprego
Desemprego
de Factores
de Produção
Segundo Keynes, os dois vícios mais evidentes no mundo económico em que vivemos são,
primeiramente o facto de o pleno emprego dos factores de produção não estar assegurado e em
segundo lugar o facto de a repartição da fortuna e do rendimento ser arbitrária e falha de
equidade.
Um grande aumento de investimentos implica um acréscimo da procura efectiva, não só
proporcional, mas maior do que seria normal de esperar de um acréscimo proporcional, porque
uma parte dos rendimentos suplementares, criados pelo aumento do capital investido,
transformam se por sua vez em despesas de consumo, que por seu turno, contribuem para um
acréscimo da procura.
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O investimento multiplica as possibilidades de investimento; o multiplicador de investimento é
igual a relação entre o crescimento de rendimento e o crescimento do investimento. Por outro
lado, dada a possibilidade de consumir, sabe-se que todo crescimento do rendimento provoca
um crescimento da despesa de consumo, que lhe é inferior. é preciso que a despesa de
investimento tenha um efeito que preencha o desvio assim criado. Existe, portanto, uma
relação entre o valor da produção marginal a consumir e o do multiplicador do investimento.
Keynes chega a conclusão de que o capitalismo actual é caracterizado por uma deficiência
crónica da procura efectiva, sendo os gastos de consumo que os cidadãos podem realizar
insuficientes para absorver a produção possível, e consequentemente os empresários ocupam um
volume de emprego fraco de factores de produção. Para inverter o quadro, impõe – se o
crescimento do investimento e principalmente o do investimento publica.
Reacção monetarista
O mais conhecido e líder, é Milton Friedman, uma crítica da visão keynesiana e das políticas
conjunturais que tem ocorrido. Para os monetaristas a intervenção de estado traduzem-se pelo
aumento da massa monetária que terá por efeito um aumento proporcional do nível geral de
preços como explica a equação da Moeda ou Equação de Fisher.
M.V= P.T
• M= Massa monetária
• V= Velocidade de circulação monetária
• P= Índice de Preços
• T= Volume de transações
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CAPITULO II- CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Objectivo:
Esclarecer as noções básicas teóricas da economia para facilitar a compreensão e a resolução
dos problemas económicas. Este estudo recomenda algumas definições básicas e saber:
Conceito fundamentais.
2.1 Necessidades
As Necessidades: É a exigência, de caráter individual ou colectivo, que deverá ser satisfeita
mediante o consumo de um bem ou serviço. Também pode ser definida como um estado de
carência de alguma unidade ao desejo de satisfaze-la.
Existem várias tipos de necessidades, entre elas temos: Fisiológicas ou básicas (São as
necessidades cujo a satisfação é indispensável, ou seja as que a não satisfação compromete a
vida humana); Psicológica (realização pessoal, amor, afeição, estima…); Moral ou
cultural(passear, louvar etc…).
Segundo a pirâmide de Maslow, as necessidades obedecem a uma hierarquia. Podemos dividir
as necessidades humanas em:
• Primarias ou vitais- São aquelas que devem ser satisfeitas para garantir a sobrevivência
do homem. Exemplo: Alimentação, habitação, vestuário, medicamentos.
• Secundárias- São aquelas que o não atendimento implica apenas num sofrimento não
fatal. O homem pode viver sem saciar as necessidades secundárias. Exemplo: Cinema,
rádio, gravata, etc.
1. Individuais:
- Absolutas: São comuns a todos os indivíduos e normalmente estão ligadas ás necessidades
básicas de origem natural ou biológica(ex: comer, beber, vestir, abrigar-se…)
- Relativas: São diferentes para cada indivíduo e influenciadas por uma série de fatores como
valores, costumes, região, gosto…)
2. Coletivas: São aquelas de toda a sociedade, como educação, saúde, segurança, lazer,
saneamento.
• Bem-estar: É uma situação que permite que o indivíduo se sinta em conforto, é
o facto de dispor dos bens matérias tais como habitação condigna, automóvel,
dispor dos serviços básicos e também dos bens imateriais tais como:
tranquilidade, respirar ar puro, qualidade de vida, gozar dos direitos.
• Bens e Serviços: É tudo aquilo que satisfazem direta ou indiretamente os
desejos e necessidades dos seres humanos.
É tudo aquilo capaz de satisfazer uma necessidade humana, portanto é algo que tenha utilidade.
Podem ser assim classificados:
Bens livres-Quando as quantidades disponíveis são muito maiores do que as exigências de
consumo, ou quando o seu acesso não exige esforço ou custo (ex: ar, luz do sol).
Bens económicos-São aqueles escassos, ou seja, cuja demanda é superior a sua disponibilidade,
ou que exigem custo e esforço para sua obtenção. São transferíveis e podem ser trocados entre
si. São (1) bens de consumo, (2) intermediários e (3) bens de capital.
(1) Bens de consumo- Aqueles destinados ao atendimento de necessidades diretas de
pessoas ou empresas. De acordo com a sua durabilidade, podem ser classificados como
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duráveis (geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de
limpeza)
(2) Bens intermediários- São aqueles que são transformados ou agregados na produção de
outros bens e que são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias
e componentes).
(3) Bens de capital- São aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente no processo produtivo. Exemplo: Máquinas, equipamentos e
instalações.
2.2 Serviços
O trabalho quando não é destinado á criação de bens (ou objetos materiais) pode visar á
produção de serviços. Os serviços também se destinam a satisfazer as necessidades humanas: -
transportador ou agente de vendas; distribuição de produtos; - artistas de cinema e teatro,
escritor ou cantor: necessidades culturais; - outros serviços: bancos, corretores, etc.
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Fator de Produção Tipo de Remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royally
Capacidade Empresarial Lucro
2.2.5 Mercado
O mercado: é um grupo de compradores e vendedores, interagindo na compra e venda de bens e
serviços. Podia ser adotado os seguintes conceitos.
Conceito popular- Um local especial no qual os vendedores expõem suas mercadorias para
vende-las aos consumidores.
Conceito económico- É a área dentro da qual as forças económicas (oferta e procura)
convergem para o estabelecimento de preços.
Conceito económico-geográfico: Espaço onde vendedores e compradores, constituindo as forças
de oferta e procura, entram em contato e estabelecem as condições de compra e venda e, em
consequência, fixam um preço, ou preços para as mercadorias transacionadas.
Conceito moderno- Espaço geoeconómico no qual a oferta e a demanda de um bem ou serviço,
ou um grupo deles, estabelecem relações contratuais de compra e venda ou de prestação de
serviço.
3. Sistemas Económicos
Pode ser definido como sendo a forma política, social e económica pela qua está organizada
uma sociedade.
Os elementos básicos de um sistema económico são:
a) Estoques de recursos produtivos ou fatores de produção: Recursos humanos (trabalhos e
capacidade empresarial), o capital, terra, reservas naturais e tecnologia.
b) Complexo de unidades de produção: Constituído pelas empresas.
c) Conjunto de instituições políticas, jurídicas, económicas e sociais, que são á base da
organização da sociedade.
3.1 Sistema Liberal
O sistema de Economia de mercado é típico das economias capitalistas, as quais têm, como
características básicas, a propriedade privada dos meios de produção sua operação tendo por
objetivo a obtenção de lucro, sob condições em que predomina a concorrência. (Concorrência
entre os vendedores de bens similares, para atrair clientes; concorrência entre compradores, para
garantir os bens que desejam; concorrência entre trabalhadores, para obter empregos;
concorrência entre empregadores, para conseguir trabalhadores)
Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes económicos
(indivíduos e empresas) preocupam- se resolver isoladamente seus próprios problemas para
sobreviver, na concorrência imposta pelos mercados. Neste tipo de sistema económico, os
consumidores e por determinar o que, como e para quem produzir.
Em uma economia de mercado a ação conjunta dos indivíduos e empresas permite que milhares
de mercadorias sejam produzidas de maneira espontânea, sem que haja uma coordenação geral
das atividades económicas. Na verdade, existe um mecanismo de preços automático e
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inconsciente, que trabalha, garantido o funcionamento do sistema económico, dando a ele uma
certa ordenação, de maneira tal que tudo é realizado sem coação ou direção central de qualquer
organismo consciente. Em um mercado livre, caracterizado pela presença de um grande número
de compradores e vendedores, os preços refletem as quantidades que os vendedores desejam
oferecer e as quantidades que os compradores desejam comprar de cada bem.
Funcionamento de uma economia de mercado: Fluxo reais e monetários
Para entender o funcionamento do sistema económico, vamos supor uma economia de mercado
não tenha interferência do governo e não tenha transações com o exterior (economia fechada).
Os agentes económicos são as famílias e as empresas. As famílias são proprietárias de fatores de
produção e os fornecem ás empresas, através do mercado dos fatores de produção, produzem e
bens e serviços e os fornecem ás famílias por meio do mercado de bens e serviços.
Fluxo Real da Economia
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Oferta Demanda
No entanto o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é
utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos fatores de produção e
para pagamento dos bens e serviços.
Desse modo, paralelamente ao fluxo real temos um fluxo monetário da economia.
Fluxo Monetário da Economia
Famílias Empresas
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3.2 Sistema Socialista
Esse tipo de organização económica é típica dos Países socialistas, em que prevalece a
propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões de ``o que``,
``como`` e para quem`` produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, via mercados e
preços, mas sim pelo planejamento central em que a maior parte das decisões de natureza
económica são tomadas pelo estado. A ação governamental se faz presente através de um órgão
central de planejamento, a quem cabe elaborar os planos de produção de todos os sectores
económicos.
Tais planos são elaborados a partir de um levantamento não só das necessidades a serem
atendidas como também dos recursos e técnicas disponíveis para a produção, a fim de
dimensionar o que cada empresa, seja ela agrícola, industrial ou comercial pode realmente
produzir e comercializar. Identificadas as disponibilidades existentes, fixam-se as metas de
produção, ou seja, as quantidades a serem produzidas de cada bem procurando, na medida do
possível, atender as necessidades de consumo da sociedade. Equaciona-se, desta forma, a
questão``o que e quanto`` produzir. Cabe, da mesma forma, ao órgão de planejamento
determinar os processos de produção a serem utilizados.
O poder central distribui não só as tarefas do plano, mas também os meios de produção, tanto
matérias como financeiros. O órgão central de planejamento determina como designar a
produção ás diferentes fabricas e esforça-se para cada fábrica tenha fatores de produção
necessários para poder obter a quantidade exigida. Fica então resolvida a
questão``como``produzir.
A questão ``para quem``produzir produzir que trata da maneira pela qual a produção total de
bens e serviços será distribuída pelos indivíduos é também resolvida pelo órgão de
planejamento, a quem cabe determinar os salários dos diferentes tipos de profissão. Neste tipo
de economia, existe um sistema de preços que são meros recursos contábeis que ajudam a
controlar a eficiência com que os produtos são produzidos. Assim, caso alguma empresa que
esteja produzindo de maneira ineficiente causará prejuízo financeiro. Caso contrário, surgirá o
excedente.
A) Sistema Capitalista, ou economia de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado,
predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção
B) Sistema socialista ou economia centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele
em que as questões económicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de
planejamento.
3.5 Sistema Intervencionista
É um sistema em que encontramos os dois sistemas antecedentes. Nos sistemas de economia
mista, uma parte dos meios de produção pertence ao estado(empresas públicas), uma parte dos
meios de produção pertence ao sector privado(empresas privadas).Na realidade, as organizações
económicas descritas anteriormente(Economia de mercado e Economia de planejamento
Central)nunca existiram na sua forma mais pura. O que se observa nos diversos Países é uma
mescla desses dois sistemas que ora se aproxima de um tipo de organização, ora do outro,
conforme o grau de participação do Estado na Economia. Neste tipo de sistema, cabe ao
Estado a orientação e o controle de muitos aspectos da economia. Para tal, ele utiliza das
empresas públicas e de outros instrumentos, tais como a legislação, a tributação, o orçamento
governamental.
Vantagens:Permite um desenvolvimento harmonioso e equilibrado.
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