Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Economia

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 17

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE N´DALATANDO

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS SOCIAIS

CURSO DE CONTABILIDADE E GESTÃO

INTRODUÇÃO Á ECONOMIA

O DOCENTE

---------------------------------------------------

SÓNIA CHINEVA KAMBOL

Introdução á Economia
CAPITULO I – Princípios fundamentais da economia.

1. Noções gerais da ciência económica

1.1 Definição e objeto da ciência económica

1.2 Principais partes da ciência economia

1.3 Importância da ciência economia

1.4 Relação da economia com outras ciências.

1.5 Evolução da ciência económica

Introdução á Economia
1.1- Definição e objeto da ciência económica

Como outras ciências a economia tem sua área de actuação, ela é uma ciência social, pois está
ligada a vida humana. Ao longo do tempo muitas definições têm sido apresentadas para
caracterizar a economia e não nos preocupa determinar a correcta definição pois não existe.

A palavra economia combinada com outras palavras têm várias significações até uma definição
mais completa é incapaz de esgotar o conteúdo completo do seu objectivo por isso uma
compreensão do seu surgimento é necessário.

A palavra economia próvem do Grego ``OIKO`` e ``NOMOS``, Economia= Oikonomia (grego),


Oikos= casa, lar, fazenda/ nómos= Lei,normas, regras( este conceito foi utilizado pela primeira
vez por Xenofonte).

A economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços de modo a distribui-los
entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas. Em
qualquer sociedade, os recursos ou factores de produção são escassos; Contudo as
necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher
entre alternativas de produção e de distribuição dos recursos da actividade produtiva aos
vários grupos da sociedade.

Para Vasconcellos e Garcia,2004, a economia é uma ciência social que estuda como o indivíduo
e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de
bens e serviços, de modo a distribui-los em várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas.

Um dos maiores economistas de todos tempos, Alfred Marshall define a economia como sendo
“ O estudo da humanidade nos assuntos correntes da Vida”; esta definição que parece tão
simples salienta o facto que a economia estuda o comum das realidades, a vida corrente das
pessoas.

Para Lionel Robins, “ A economia é a Ciência que estuda as escolhas que os homens estão
obrigados de operar entre os meios limitados em quantidade que eles possuem para satisfazer
as suas necessidades ilimitadas”. Esta definição põe acento sobre a escolha e a escassez de
meios para satisfazer as necessidades humanas que são ilimitadas.

Pois a economia estuda a alocação de recursos escassos (dinheiro, capacidade de trabalho,


energia, etc) entre fins alternativos (lazer, segurança, sucesso, etc) por parte dos proprietários
de recursos que buscam obter o máximo benefício por unidade de dispêndio.

O termo chave desta definição do objecto da Economia é de agente racional. É racional o


agente que busca obter o máximo de dispêndio dos seus recursos. Vale dizer que
racionalização e maximização de benefício por unidade de dispêndio são sinónimos. O
comportamento do homem racional maximizador é, em síntese o objecto económico, ou seja,
o objecto da economia é o estudo do comportamento de agentes racionais na alocação de
recursos escassos entre fins alternativos.

Ora, está é uma caracterização muito útil do objecto da Economia, e não é gratuito que tenha
se universalizado, contudo, ela tem que ser adequadamente interpretada e relativizada. Em
Economia tudo se resume a uma restrição quase que física – a lei da escassez, isto é, produzir o
máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Introdução á Economia
Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos
pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de
certo bem fosse de facto produzida. Nem importaria que os recursos disponível: Trabalho, terra
e capital ( este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas, etc) fossem
combinados irracionalmente para produção de bens.

Não havendo o problema de escassez, não faz sentido se falar de desperdício ou em uso
irracional dos recursos e na realidade só existiriam os ``bens livres``. Bastaria fazer um pedido e
pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, ocorre que a escassez dos recursos
disponível acaba por gerar a escassez dos bens chamados`` bens económicos``. Por exemplo: as
jazidas de minério de ferro são abundantes, pórem, o minério pré- usinável as chapas aço e
finalmente o automóvel são bens económicos escassos. Logo, o conceito de escassez
económica deve ser entendido como a situação gerada pela razão de se produzir bens com
recursos limitados, a fim de satisfazer as ilimitadas necessidades humanas.

Quando um economista adapta na hipótese `` Ceteris paribus`` que significa Tudo mais
permanecendo constante, assim sendo se um economista afirmar que uma descida na renda
do consumidor provoca uma redução nas quantidades demandadas supõe que todos os outros
factores que influenciam a demanda do bem (… preço do bem, gostos, preços de outros bens,
hábito, condições ambientais…) se mantem constantes.

A grande fonte de transformação da economia é a observação directa dos fenómenos, a partir


desta observação directa faz- se uma análise científica que permite a formulação e testes de
teorias económicas. Para enfrentar os impasses que lhe pode apresentar a teoria económica,
baseia- se na aplicação sistemática de dois princípios de base, que são o princípio de
racionalidade e o princípio de equilíbrio, são esses elementos que diferenciam a economia de
outras ciências, hipótese restritiva d que os agentes económicos são estritamente racionais
maximizadores, vale dizer são homens económicos.

1.2 As principais partes da economia

A economia está dividida em duas grandes partes que são a Microeconomia e a


Macroeconomia.

1.2.1 Microeconomia

A microeconomia, é a parte da economia que estuda o comportamento dos agentes


económicos de forma individual, tais como as empresas e as famílias, trata das escolhas dos
indivíduos quanto a afectação dos recursos escassos que têm disponíveis feitas no melhor do
seu interesse ( a afectação individual das coisas com valor). Assim, estuda os fundamentos das
escolhas económicas de cada indivíduo e a sua evolução no tempo motivada pela alteração dos
preços relativos, do rendimento, das necessidades (gostos e preferências), da tecnologia, da
informação, etc. Permite compreender como são estabelecidos os equilíbrios parciais, sendo
que a Microeconomia estuda ainda o resultado da interação entre decisões individuais.

Os elementos mais importantes de Microeconomia usado para descrever :

• Oferta: As empresas de maneira decidir quais e quantos bens e serviços produzidos, e


com que combinação de fatores produtivos.
• Demanda: É a maneira que os indivíduos e/ ou famílias determinam a sua demanda
por bens e serviços.

Introdução á Economia
1.2.2 Macroeconomia

A macroeconomia, estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como o


PIB, consumo nacional, investimento agregado, exportação, nível geral preços, etc, com
objectivo de delinear uma política económica. Por um lado, tem um enfoque conjuntural, isto
é, preocupa- se com resoluções como inflação e desemprego a curto prazo. Por outro trata de
questões estruturais de longo prazo, estudando modelos de desenvolvimento que elevem o
nível de padrão de vida( bem-estar) da coletividade. Esse enfoque de longo prazo denomina-se
por Teoria de Desenvolvimento Economico.

O instrumental básico desenvolvido na micro e na macro permite analisar as grandes questões


económicas de nosso tempo, como por exemplo, os fluxos comerciais e financeiros entre
países (Economia internacional), as relações entre capital e trabalho (Economia do trabalho),
o comportamento dos vários sectores de actividade, ect.

1.3 Importância da economia

A economia auxilia na resolução dos problemas a níveis :

• Pessoais: Á partir da racionalidade que exige a economia, o homem consegue a


optimizar a suas satisfações;

• Empresariais: O raciocino económico permite uma alocação óptima dos recursos da


empresa, lhe, permitindo o alcance dos seus objectivos;
• Estatais: a economia auxilia na tomada de decisões que envolvem a sociedade pois a
aplicação dos seus princípios permite responder as preocupações desta sociedade.
1.4 Relação entre a Economia e outras ciências

Notadamente, convém a Economia como qualquer outra ciência e delimitação de seu núcleo e
a correta especificação de seu objecto. Mas na realidade é muito difícil separar os fatores
essencialmente económicos dos extras- económicos, pois todos são significativos para o exame
de qualquer sistema social. Na verdade cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto
material do seu objecto, segundo sua própria lógica formal. O fato pórem é que as visões sobre
o mesmo objecto acabam se inter- relacionando.

• Economia e Política: Essa interdepência é secular, pois sendo a política a arte de


governar, ou o exercício do poder, é natural que esse poder tente exercer o domínio
sobre a economia. Através das instituições, principalmente do estado, os grupos de
denominação procuram interferir numa distribuição de renda que lhes seja
conveniente.
• Economia e Geografia: Os acidentes geográficos interferem no desempenho das
actividades económicas e, inúmeras vezes, as divisões regionais são utilizadas para as
questões ligadas as diferenças de distribuição de renda, de recursos produtivos, de
localização de empresas entre outras.

Introdução á Economia
• Economia e Sociologia: Quando a política económica visa atingir os indivíduos de
certas classes sociais, interfere diretamente no objecto da sociologia, isto é, a dinâmica
da mobilidade social entre diversas classes de renda. As políticas salariais ou de gastos
sociais ( educação, saúde, transporte etc) são exemplos que direta ou indiretamente
influenciam essa mobilidade.
• Economia e Filosofia: A filosofia sendo o estudo do pensamento humano que conduz
do pensamento a acção, através da análise e organização do saber humano. Ajuda a
economia atingir os seus objectivos lhe dando uma organização e rigor na sua atuação.
• Economia, Matemática e Estatística: Elas auxiliam a economia na formação de teorias e
modelos económicos; A economia faz uso da lógica matemática e das probabilidades
estatísticas. Muitas funções do pensamento económico podem ser expressa com
funções matemáticas.
• Economia e Demografia: Tendo como objecto o estudo da população na sua
densidade, repartição por idade, raça, línguas, etc, é de grande importância para a
economia
• Economia e a Moral: A estuda as regras e as normas de convivência de uma sociedade,
a economia não está preocupada com a moral mas, limita- se ao seu objecto.

1.4 Evolução das ciências económicas

A história da economia é de grande importância para a humanidade, tanto para pré- clássica
tanto para mais atual. É somente entendo a dinâmica da história das civilizações que você
poderá compreender toda complexidade que domina a ciência económica e a sociedade. Uma
história dos sistemas económicos seria uma história dos vários tipos de organização da vida
económica das sociedades humanas.

• Antiguidade (Civilização Grega)

Mesmo nas sociedades primitivas os homens precisavam organizar-se em sociedade, para


defender-se dos inimigos abrigar-se e produzir comida para sobreviver. A divisão do trabalho aí
decorrente permite a evolução da espécie humana em comunidades cada vez maiores e mais
bem estruturadas. Os problemas económicos nesta época foram abordados por pelos filósofos
gregos como: Platão, Xenófanes, Aristóteles...sendo a discussão económica subordinada
sempre a considerações de ordem politica. Platão, na sua obra a “República” e as “Leis ” fala da
Organização Económica, demonstrando como a divisão do trabalho na produção de bens
favorece o rendimento de trabalho pelo Individuo e aumenta a riqueza. Esta ideia retomada e
refinada é conhecida hoje como a Organização Cientifica do Trabalho (OCT).

Sendo que Platão foi um reformador social, Aristóteles (384-332 a.C.) foi um economista
analítico; ele fez a distinção muito importante na economia entre o Valor de troca e de uso.
Interessou-se também pela presença da moeda na economia e da maneira como conciliar a
Virtude com a Riqueza.

• A economia na idade média

Na idade média ou idade Medieval, surgiu com o declínio do império Romano por volta de 476
D.C. Esse período, um dos mais longos da história, período de 10 séculos como uma época de
transição entre o mundo antigo e o mundo moderno. Esta época, sobretudo a partir do século

Introdução á Economia
XIII, com a consolidação da orgânica da Igreja e a constituição de núcleos urbanos, é uma
época de recrudescimento da actividade económica. Aqui abriu- se uma nova era para a
humanidade é chamado o Feudalismo. A influência dos princípios religiosos e o papel
preponderante da Moral sobre as concepções económica é flagrante; a obra de São Tomas de
Aquino (1225 – 1274) dá as ideias ou Princípios essenciais que são: desconfiança com respeito
a riqueza material; à acumulação de Ouro e Prata; Condenação da taxa de juros, preocupação
com preços justos e a justiça nos câmbios, o lucro ilimitado é considerado ilícito e prejudicial.

Na sociedade medieval o direito de cunhar moeda pertencia ao rei ou ao senhor do território;


os soberanos quando se viam a braços com dificuldades financeiras alteravam a moeda. Esta
prática, suscitou sempre muitos protestos e por vezes uma oposição muito séria.

• A Economia Politica antes ADAM SMITH


Fala-se antes da teoria de Adam Smith, a teoria do Mercantilismo e a doutrina dos Fisiocratas
``Laissez- Faire``.
• Mercantilismo: Uma das primeiras doutrinas económicas, muito usada até o
final do século XVIII. Não foi uma doutrina consistente e coerente, mas um
conjunto de ideias económicas de cunho protecionista, desenvolvidas em
diversos Países, as quais variavam um pouco em função dos interesses de cada
País. A corrente mercantilista toma a suas origens com as grandes descobertas
marítimas, com Cristóvão Colombo (1492) e Vasco De Gama (1498) e da
transferência para o oceano Atlântico do grande comércio. O volume de ouro
na Europa aumenta oito vezes e sob a pressão de tal fluxo de ouro e de pratas
vindo das terras descobertas opera-se uma perturbadora «revolução de
preços». Sendo o comércio, a actividade que caracterizou esta época, os
mercantilistas associam a riqueza da nação com acumulação de ouro,
expansão da indústria, ao crescimento das exportações com relação as
importações.

Dentro do mercantilismo cita- se alguns autores: Antoine de Montchretien (1575-1621);Toma


Gresham (Inglês) cuja teoria se tornou celebre como a Lei de “Gresham”: “Tudo mas
permanecendo constante numa economia onde circulam duas moedas, a má moeda caça a
boa”. Jean Baptiste Colbert (1619-1683) -Francês; Sir William Petit (1623-1687) – Inglês.

• Os Fisiocratas e a doutrina do`` Laissez- Faire``

A fisiocracia constitui a primeira escola económica de caráter científico, O pensamento


fisiocrata é de origem francesa e constitui uma reacção ao proteccionismo e intervencionismo
mercantilista, resumindo-se como seguinte:

1. A atividade económica é sustentada por uma ordem natural implicando a propriedade


privada;

2. Só a agricultura é produtiva pois é a única fonte de riqueza líquida.

Os fisiocratas relacionavam o progresso técnico da sociedade com a acumulação do Capital na


agricultura.O chefe de fio desta escola é o médico Francês François Quesnay (1694-1774) cuja
obra principal foi o “ Tableau economique”(Quadro económico, análise das variações do
rendimento de uma nação). A ordem natural para eles é o conjunto das instituições que

Introdução á Economia
podiam assegurar a prosperidade das sociedades e portanto, o desenvolvimento da produção
agrícola. Os fisiocratas defendem a liberdade de trabalho e a liberdade de dispor dos produtos
de trabalho. Em matéria de política fiscal, e porque é a terra que realmente produz a riqueza,
entenderam que é sobre a actividade agrícola que deve recair o imposto.

• A Escola clássica

O liberalismo e o individualismo dos clássicos estavam associados ao bem comum; Os homens


ao maximizarem a satisfação pessoal, com o mínimo de dispêndio e esforço, estariam
contribuindo para a obtenção do máximo bem-estar social. O século XVII é marcado pelas
transformações profundas nos sectores: técnica, agricultura, comercio, práticas financeiras, etc.
Os novos princípios de organização da sociedade possibilitam o nascimento da Ciência
Económica. A liberdade de trabalho passa a ser assegurada com a extensão das preocupações.

Adam Smith, é considerado como fundador da ciência económica moderna e do liberalismo


económico. Após a publicação em 1776 da sua obra célebre: “A Natureza e as Causas das
Riquezas das Nações”. Ele mostra a sua demarcação com os mercantilistas pondo acento sobre
a divisão do trabalho e sobretudo a livre iniciativa e a pesquisa individual da satisfação máxima
que conduzem a economia ao Equilíbrio Social. Demonstrou como, naturalmente, as relações
económicas se ordenavam de forma espontânea, formando um sistema harmónico. O mercado
é guiado pela “uma Mão Invisível” (Invisível Hand).

E a seguir defende a ideia de que o estado não deve intervir na vida económica, não só porque
essa intervenção seria inútil, como porque o estado é, pela sua própria natureza, incapaz para
as actividades e funções económicas. Por isso, pelo que respeita ao comércio internacional,
Smith é um partidário da liberdade económica e, consequentemente, um adversário do
proteccionismo.A sua preocupação essencial é os factores que levam ao aumento da riqueza.
Ele faz a distinção precisa entre o valor de uso e o valor de troca de um bem sendo o primeiro
o resultado da utilidade que os indivíduos atribuem as coisas, portanto tem uma natureza
individual e o valor de troca de um bem reside na quantidade de outros bens que pode-se
obter em troca deste, tem portanto uma natureza social. Smith chamou atenção pelo facto de
certos bens que possuem um grau elevado de valor de uso quase não possuir valor de troca, o
valor de troca é para ele função do trabalho e depende das variações da oferta e da procura do
mercado.

• David Ricardo (1772 – 1823)

David Ricardo é autor da obra “Principles of Political Economic and Taxation” (Principio de
economia Politica e tributação) em 1817, inglês de nacionalidade e de origem portuguesa, não é
como Adam Smith, um professor mas um cambista e um homem de negocio.Ricardo prolonga e
melhora a obra de Smith dando um raciocínio mais rigoroso e preciso. Os resultados das suas
observações permitem de pôr em evidencia a “Lei ou Teoria dos Custos Comparativos, Teoria
da Renda, Teoria do Valor e do Comercio Internacional”. Concordando com Smith sobre o facto
que o valor de uma mercadoria encontra o seu fundamento no trabalho, para Ricardo os preços
das mercadorias são proporcionais ao trabalho incorporado nelas. Na teoria do comércio
internacional, Ricardo informa das vantagens de comércio entre duas nações onde cada um
podia beneficiar do comércio ainda que um deles pudesse produzir todas mercadorias de forma

Introdução á Economia
eficiente. E na teoria das vantagens comparativas ele afirma que cada País deve produzir para
vender aos outros os bens paras quais os custos relativos da sua produção são inferiores aos
verificados no estrangeiro e comprar ao estrangeiro os bens para os quais os custos relativos
nacionais são mais elevados.

• Thomas Robert Maltus (1766-1836)


Pastor inglês de nacionalidade, é mais conhecido pela sua Teoria da População que, segundo
ele, cresce consoante uma progressão Geométrica enquanto que a Produção cresce consoante
uma Progressão aritmética, problema devido segundo ele, ao crescimento dos salários dos
trabalhadores acima do nível de subsistência, facto que levava estes a aumentar o número de
filhos. Essa situação condena os homens a miséria se o progresso tecnológico não vem
melhorar a produtividade de trabalho. Para resolver esta questão, ele propõe a implementação
dos mecanismos reguladores com vista a conter a pressão demográfica. Esses mecanismos
consistem na alimentação e manutenção voluntária das desigualdades e na limitação
voluntária dos nascimentos. As guerras, as epidemias, os cataclismos, todas calamidades que
dizimam a espécie humana, são, para Malthus, meios de restabelecimento de equilíbrio
perdido entre as subsistências e a população.

• Jean Baptiste Say (1767 – 1832)

O autor francês enuncia a lei da saída ou dos mercados que estipula o seguinte: “é a produção
que cria uma procura pelo produto, o produto cria a oferta e a Oferta cria uma saída dos outros
produtos pela todo soma do seu valor”. Cada produto que se produz, cria automaticamente
mercado para outro produto, esta lei de Say exalta a produção, aconselha uma moderação no
consumo, afirma a solidariedade industrial na escala internacional, defende e justifica o livre-
cambismo e a abstenção do estado na vida económica e segundo esta teoria as crises de sobre –
produção na economia são impossíveis. Outra contribuição dele foi a divisão de factores de
produção em Terra, Capital e Trabalho.

O Pensamento Socialista (Karl Marx)

Centrando-se na teoria do valor- trabalho e no conceito de mais- valia, Karl Marx e ftiedrich
Engels, estabelecem as bases da doutrina socialista da superação do capitalismo por suas
próprias contradições internas. A economia capitalista apresenta crises periódicas de
superprodução, com elevadas taxas de desemprego. A economia Política passou a ter maior
amplitude, ao ser vista não apenas por meio de relações meramente tecnológicas, mas também
como o estudo das relações sociais de produção, no sentido de luta de classes entre capitalistas e
trabalhadores. A base da teoria de Marx constituía-se na análise da história, fundamentada no
materialismo dialético.

Introdução á Economia
Segundo Marx, o benefício é obtido pelo capitalista ao adquirir uma mercadoria, que pode criar
um valor maior que o de sua própria força de trabalho. Marx distingue os conceitos de força de
trabalho. Marx distingue os conceitos de força de trabalho e tempo de trabalho. A força de
trabalho refere- se á capacidade do homem para o trabalho; o tempo de trabalho e o processo
real e a duração do trabalho. O relevante é que segundo Marx, o capitalista paga ao trabalhador
uma quantidade igual ao de sua força de trabalho, porém esse pagamento equivalente somente a
uma parte da produção do trabalhador e, portanto, somente parte do valor que ele produz.

Em resumo os fundamentos marxistas eram:

1. Crítica científica ao modo de produção capitalista;

2. Mais valia;

3. O modo de produção capitalista está fundado na exploração do trabalho assalariado;

4. Teoria do valor trabalho formulada de forma mais consistente.

O Pensamento Neoclássica (ou Marginalista)

Com a consolidação da análise neoclássica, a partir de 1870, a expressão Economia Política


passou a ser usada preferencialmente no contexto da análise marxista. Com o termo Economia,
tem-se uma visão mais restrita do sistema económico.

O seu principal precursor foi HERMAN GOSSEN (1810 – 1858) que apresentou na sua obra as
duas leis psicológicas seguintes:

a) A Lei da Utilidade Marginal que corresponde a lei do Desejo decrescente, mais


consume-se mais o prazer ressentido na última unidade decresce.
b) A Lei da Igualização das Satisfações Marginais que representa a condição necessária
para a maximização da utilidade total do consumidor. O marginalismo é um raciocino
baseado sobre a pesquisa da contribuição da última unidade consumida no objectivo da
maximização da utilidade do consumidor.
- William Stanley Jevons (1835-1882)- Inglês

- Carl Menger (1840- 1910)- Austríaco

- Léon Walras (1834- 1910)- Francês

- Vilfredo Pareto (1848- 1923)- Italiano

- Alfred Marshall (1845- 1924) Inglês.

• O Pensamento Keynesiano

Resume o conjunto das ideias de John Maynard Keynes (1883 – 1946), economista inglês, sobre
a intervenção do estado na vida económica. Esta época (anos 30) foi marcada para uma grave
crise económica: o “Crack Bolseiro de Nova Iorque” que provocou o desemprego.

Introdução á Economia
Keynes propõe por isso a Intervenção Macroeconómica do Estado sobre certas condições para
assegurar o Pleno Emprego (= uso eficiente dos factores de produção: capital, recursos naturais,
trabalhadores) ao contrário do Sub – Emprego (= Subaproveitamento dos factores de produção)
causado pela crise económica. O seu pensamento deu lugar a muitos prolongamentos e criticas e
é considerado como um dos maiores economistas desta época. A sua obra intitula-se: “Teoria
Geral de Emprego, do Juro e da Moeda”.

Visão Keynesiana da Crise:

Baixa de
Oferta >• Demanda Produção Baixa de Emprego

Baixa Renda

Baixa Oferta Baixa Demanda

Equilibro de Sub-Emprego

Desemprego
de Factores
de Produção

Segundo Keynes, os dois vícios mais evidentes no mundo económico em que vivemos são,
primeiramente o facto de o pleno emprego dos factores de produção não estar assegurado e em
segundo lugar o facto de a repartição da fortuna e do rendimento ser arbitrária e falha de
equidade.
Um grande aumento de investimentos implica um acréscimo da procura efectiva, não só
proporcional, mas maior do que seria normal de esperar de um acréscimo proporcional, porque
uma parte dos rendimentos suplementares, criados pelo aumento do capital investido,
transformam se por sua vez em despesas de consumo, que por seu turno, contribuem para um
acréscimo da procura.

Introdução á Economia
O investimento multiplica as possibilidades de investimento; o multiplicador de investimento é
igual a relação entre o crescimento de rendimento e o crescimento do investimento. Por outro
lado, dada a possibilidade de consumir, sabe-se que todo crescimento do rendimento provoca
um crescimento da despesa de consumo, que lhe é inferior. é preciso que a despesa de
investimento tenha um efeito que preencha o desvio assim criado. Existe, portanto, uma
relação entre o valor da produção marginal a consumir e o do multiplicador do investimento.

Keynes chega a conclusão de que o capitalismo actual é caracterizado por uma deficiência
crónica da procura efectiva, sendo os gastos de consumo que os cidadãos podem realizar
insuficientes para absorver a produção possível, e consequentemente os empresários ocupam um
volume de emprego fraco de factores de produção. Para inverter o quadro, impõe – se o
crescimento do investimento e principalmente o do investimento publica.
Reacção monetarista
O mais conhecido e líder, é Milton Friedman, uma crítica da visão keynesiana e das políticas
conjunturais que tem ocorrido. Para os monetaristas a intervenção de estado traduzem-se pelo
aumento da massa monetária que terá por efeito um aumento proporcional do nível geral de
preços como explica a equação da Moeda ou Equação de Fisher.
M.V= P.T

• M= Massa monetária
• V= Velocidade de circulação monetária
• P= Índice de Preços
• T= Volume de transações

Introdução á Economia
CAPITULO II- CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Objectivo:
Esclarecer as noções básicas teóricas da economia para facilitar a compreensão e a resolução
dos problemas económicas. Este estudo recomenda algumas definições básicas e saber:
Conceito fundamentais.
2.1 Necessidades
As Necessidades: É a exigência, de caráter individual ou colectivo, que deverá ser satisfeita
mediante o consumo de um bem ou serviço. Também pode ser definida como um estado de
carência de alguma unidade ao desejo de satisfaze-la.
Existem várias tipos de necessidades, entre elas temos: Fisiológicas ou básicas (São as
necessidades cujo a satisfação é indispensável, ou seja as que a não satisfação compromete a
vida humana); Psicológica (realização pessoal, amor, afeição, estima…); Moral ou
cultural(passear, louvar etc…).
Segundo a pirâmide de Maslow, as necessidades obedecem a uma hierarquia. Podemos dividir
as necessidades humanas em:

• Primarias ou vitais- São aquelas que devem ser satisfeitas para garantir a sobrevivência
do homem. Exemplo: Alimentação, habitação, vestuário, medicamentos.
• Secundárias- São aquelas que o não atendimento implica apenas num sofrimento não
fatal. O homem pode viver sem saciar as necessidades secundárias. Exemplo: Cinema,
rádio, gravata, etc.
1. Individuais:
- Absolutas: São comuns a todos os indivíduos e normalmente estão ligadas ás necessidades
básicas de origem natural ou biológica(ex: comer, beber, vestir, abrigar-se…)
- Relativas: São diferentes para cada indivíduo e influenciadas por uma série de fatores como
valores, costumes, região, gosto…)
2. Coletivas: São aquelas de toda a sociedade, como educação, saúde, segurança, lazer,
saneamento.
• Bem-estar: É uma situação que permite que o indivíduo se sinta em conforto, é
o facto de dispor dos bens matérias tais como habitação condigna, automóvel,
dispor dos serviços básicos e também dos bens imateriais tais como:
tranquilidade, respirar ar puro, qualidade de vida, gozar dos direitos.
• Bens e Serviços: É tudo aquilo que satisfazem direta ou indiretamente os
desejos e necessidades dos seres humanos.
É tudo aquilo capaz de satisfazer uma necessidade humana, portanto é algo que tenha utilidade.
Podem ser assim classificados:
Bens livres-Quando as quantidades disponíveis são muito maiores do que as exigências de
consumo, ou quando o seu acesso não exige esforço ou custo (ex: ar, luz do sol).
Bens económicos-São aqueles escassos, ou seja, cuja demanda é superior a sua disponibilidade,
ou que exigem custo e esforço para sua obtenção. São transferíveis e podem ser trocados entre
si. São (1) bens de consumo, (2) intermediários e (3) bens de capital.
(1) Bens de consumo- Aqueles destinados ao atendimento de necessidades diretas de
pessoas ou empresas. De acordo com a sua durabilidade, podem ser classificados como

Introdução á Economia
duráveis (geladeiras, fogões, automóveis) ou como não duráveis (alimentos, produtos de
limpeza)
(2) Bens intermediários- São aqueles que são transformados ou agregados na produção de
outros bens e que são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias
e componentes).
(3) Bens de capital- São aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se
desgastam totalmente no processo produtivo. Exemplo: Máquinas, equipamentos e
instalações.
2.2 Serviços
O trabalho quando não é destinado á criação de bens (ou objetos materiais) pode visar á
produção de serviços. Os serviços também se destinam a satisfazer as necessidades humanas: -
transportador ou agente de vendas; distribuição de produtos; - artistas de cinema e teatro,
escritor ou cantor: necessidades culturais; - outros serviços: bancos, corretores, etc.

• Utilidade: A utilidade é um conjunto subjetivo que varia de um consumidor


para consumidor e, portanto, não pode ser quantificada, é a satisfação resultante
do consumo de um bem ou serviço. A utilidade de um bem é função do bem
considerado e a intensidade da necessidade a satisfazer.
• Valor: O valor atribuído ás coisas deriva exatamente da sua capacidade em
satisfazer as necessidades e de aumentar o bem-estar. Se uma coisa não satisfaz
a necessidade, então não tem valor. Para Smith os bens têm dois tipos de
valores.
Valor de uso: Resulta de uma avaliação subjetiva da capacidade de um bem em satisfazer as
necessidades do indivíduo.
Valor de troca: Resulta do seu poder aquisitivo de outros bens e serviços.
2.2.1 Consumo
O consumo é a ação exercida pelos indivíduos, sociedades e empresas para satisfazer suas
necessidades por meio da aquisição de bens e serviços.
- Consumidor- São os indivíduos e empresas que praticam consumo ou demandam
determinados bens e serviços. E a unidade básica de consumo.
2.2.3 Investimento
O investimento é atividade económica que sacrifica o consumo no presente com o objectivo de
aumentar a produção no futuro. Inclui capital tangível, como casa. E investimento intangíveis
como educação.
O investimento liquido é o valor do investimento total deduzido das amortizações. O
investimento bruto corresponde ao investimento sem deduções para amortizações. Em termos
financeiros, investimento tem um significado algo diferente e designa a compra de títulos,
como ações ou obrigações.
2.2.4 Produção
A produção é a transformação de bens e serviços em outros bens e serviços.
Fatores de produção: São aqueles necessários a produção de qualquer bem ou serviço e são
constituídas pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e
tecnologia.
Cada fator de produção corresponde uma remuneração, a saber:

Introdução á Economia
Fator de Produção Tipo de Remuneração
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royally
Capacidade Empresarial Lucro

2.2.5 Mercado
O mercado: é um grupo de compradores e vendedores, interagindo na compra e venda de bens e
serviços. Podia ser adotado os seguintes conceitos.
Conceito popular- Um local especial no qual os vendedores expõem suas mercadorias para
vende-las aos consumidores.
Conceito económico- É a área dentro da qual as forças económicas (oferta e procura)
convergem para o estabelecimento de preços.
Conceito económico-geográfico: Espaço onde vendedores e compradores, constituindo as forças
de oferta e procura, entram em contato e estabelecem as condições de compra e venda e, em
consequência, fixam um preço, ou preços para as mercadorias transacionadas.
Conceito moderno- Espaço geoeconómico no qual a oferta e a demanda de um bem ou serviço,
ou um grupo deles, estabelecem relações contratuais de compra e venda ou de prestação de
serviço.
3. Sistemas Económicos
Pode ser definido como sendo a forma política, social e económica pela qua está organizada
uma sociedade.
Os elementos básicos de um sistema económico são:
a) Estoques de recursos produtivos ou fatores de produção: Recursos humanos (trabalhos e
capacidade empresarial), o capital, terra, reservas naturais e tecnologia.
b) Complexo de unidades de produção: Constituído pelas empresas.
c) Conjunto de instituições políticas, jurídicas, económicas e sociais, que são á base da
organização da sociedade.
3.1 Sistema Liberal
O sistema de Economia de mercado é típico das economias capitalistas, as quais têm, como
características básicas, a propriedade privada dos meios de produção sua operação tendo por
objetivo a obtenção de lucro, sob condições em que predomina a concorrência. (Concorrência
entre os vendedores de bens similares, para atrair clientes; concorrência entre compradores, para
garantir os bens que desejam; concorrência entre trabalhadores, para obter empregos;
concorrência entre empregadores, para conseguir trabalhadores)
Em uma economia baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, os agentes económicos
(indivíduos e empresas) preocupam- se resolver isoladamente seus próprios problemas para
sobreviver, na concorrência imposta pelos mercados. Neste tipo de sistema económico, os
consumidores e por determinar o que, como e para quem produzir.
Em uma economia de mercado a ação conjunta dos indivíduos e empresas permite que milhares
de mercadorias sejam produzidas de maneira espontânea, sem que haja uma coordenação geral
das atividades económicas. Na verdade, existe um mecanismo de preços automático e

Introdução á Economia
inconsciente, que trabalha, garantido o funcionamento do sistema económico, dando a ele uma
certa ordenação, de maneira tal que tudo é realizado sem coação ou direção central de qualquer
organismo consciente. Em um mercado livre, caracterizado pela presença de um grande número
de compradores e vendedores, os preços refletem as quantidades que os vendedores desejam
oferecer e as quantidades que os compradores desejam comprar de cada bem.
Funcionamento de uma economia de mercado: Fluxo reais e monetários
Para entender o funcionamento do sistema económico, vamos supor uma economia de mercado
não tenha interferência do governo e não tenha transações com o exterior (economia fechada).
Os agentes económicos são as famílias e as empresas. As famílias são proprietárias de fatores de
produção e os fornecem ás empresas, através do mercado dos fatores de produção, produzem e
bens e serviços e os fornecem ás famílias por meio do mercado de bens e serviços.
Fluxo Real da Economia

Mercado de Bens e Serviços

Demanda Oferta

Famílias Empresas

Oferta Demanda

Mercado de Fatores de Produção

No entanto o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é
utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos fatores de produção e
para pagamento dos bens e serviços.
Desse modo, paralelamente ao fluxo real temos um fluxo monetário da economia.
Fluxo Monetário da Economia

Pagamentos dos bens e serviços

Famílias Empresas

Remuneração dos Fatores de Produção

Introdução á Economia
3.2 Sistema Socialista
Esse tipo de organização económica é típica dos Países socialistas, em que prevalece a
propriedade estatal dos meios de produção. Nesse tipo de sistema as questões de ``o que``,
``como`` e para quem`` produzir não são resolvidas de maneira descentralizada, via mercados e
preços, mas sim pelo planejamento central em que a maior parte das decisões de natureza
económica são tomadas pelo estado. A ação governamental se faz presente através de um órgão
central de planejamento, a quem cabe elaborar os planos de produção de todos os sectores
económicos.
Tais planos são elaborados a partir de um levantamento não só das necessidades a serem
atendidas como também dos recursos e técnicas disponíveis para a produção, a fim de
dimensionar o que cada empresa, seja ela agrícola, industrial ou comercial pode realmente
produzir e comercializar. Identificadas as disponibilidades existentes, fixam-se as metas de
produção, ou seja, as quantidades a serem produzidas de cada bem procurando, na medida do
possível, atender as necessidades de consumo da sociedade. Equaciona-se, desta forma, a
questão``o que e quanto`` produzir. Cabe, da mesma forma, ao órgão de planejamento
determinar os processos de produção a serem utilizados.
O poder central distribui não só as tarefas do plano, mas também os meios de produção, tanto
matérias como financeiros. O órgão central de planejamento determina como designar a
produção ás diferentes fabricas e esforça-se para cada fábrica tenha fatores de produção
necessários para poder obter a quantidade exigida. Fica então resolvida a
questão``como``produzir.
A questão ``para quem``produzir produzir que trata da maneira pela qual a produção total de
bens e serviços será distribuída pelos indivíduos é também resolvida pelo órgão de
planejamento, a quem cabe determinar os salários dos diferentes tipos de profissão. Neste tipo
de economia, existe um sistema de preços que são meros recursos contábeis que ajudam a
controlar a eficiência com que os produtos são produzidos. Assim, caso alguma empresa que
esteja produzindo de maneira ineficiente causará prejuízo financeiro. Caso contrário, surgirá o
excedente.
A) Sistema Capitalista, ou economia de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado,
predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção
B) Sistema socialista ou economia centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele
em que as questões económicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de
planejamento.
3.5 Sistema Intervencionista
É um sistema em que encontramos os dois sistemas antecedentes. Nos sistemas de economia
mista, uma parte dos meios de produção pertence ao estado(empresas públicas), uma parte dos
meios de produção pertence ao sector privado(empresas privadas).Na realidade, as organizações
económicas descritas anteriormente(Economia de mercado e Economia de planejamento
Central)nunca existiram na sua forma mais pura. O que se observa nos diversos Países é uma
mescla desses dois sistemas que ora se aproxima de um tipo de organização, ora do outro,
conforme o grau de participação do Estado na Economia. Neste tipo de sistema, cabe ao
Estado a orientação e o controle de muitos aspectos da economia. Para tal, ele utiliza das
empresas públicas e de outros instrumentos, tais como a legislação, a tributação, o orçamento
governamental.
Vantagens:Permite um desenvolvimento harmonioso e equilibrado.

Introdução á Economia

Você também pode gostar