Resumo Economia
Resumo Economia
Resumo Economia
ECONOMIA E
MERCADO
índice
1. Economia e Política
4 A Economia existe há muito mais tempo do que é considerada ciência. No começo, no mundo
grego e romano, era uma parte da política e da filosofia. Acreditava-se que a política estan-
do estável, a economia também estaria.
Foi com Adam Smith, em 1776, em seu livro “Uma investigação sobre a natureza e as causas
da riqueza das nações” que a economia passou a ser vista como uma ciência merecedora
de estudos particulares.
Hoje é difícil estabelecer a ligação entre economia e política. Se por um lado a economia
está subordinada ao regime político do país, por outro lado, às vezes, a estrutura política
está subordinada ao poder econômico.
2. Economia e Sociologia
‘’A ordem Econômica harmônica é fator importante para que haja ordem social’’. O homem
é um animal social que visa a satisfação de suas necessidades, e sua limitação é a
escassez dos recursos existentes na natureza, daí a economia ser um ciência social, pois
equilibra a vontade do homem à possibilidade de satisfazê-la.
4. Economia e Matemática
Apesar de ser uma ciência social, a economia lida com escassez, ou seja, limitações
físicas. Para calcular a possibilidade de satisfação de determinada população com uma certa
quan- tidade de recursos disponíveis aplicamos a matemática, a estatística, a probabilidade.
Em economia temos funções e cálculos matemáticos que nos ajudam a prever acontecimentos
com as variáveis econômicas (renda, produção, consumo, preço).
5. Economia e História
O estudo da história é um forte aliado aos estudos e econômicos. Ao analisar a história po-
demos encontrar ciclos econômicos que tendem a se repetir no futuro, colocando-nos em uma
posição de previsão. Já acontecimentos econômicos podem alterar o rumo da história, por
exemplo, o achado de ouro na América do Sul determinou sua colonização, a abundância de
terra determinou a colonização Norte-Americana; em uma história mais recente, os ciclos do
café, do cacau, do açúcar determinaram desenvolvimentos em determinadas regiões
brasilei- ras.
6. Economia e Geografia 5
Existem regiões geoeconômicas com estudos distintos e também ramos da economia que se
dedicam a estudos de regiões específicas, como a economia urbana, economia rural, econo-
mia dos polos industriais.
Divisão da Economia
Sistema Econômico: reunião dos diversos elementos participantes da produção de bens e ser-
viços que satisfazem as necessidades da sociedade, organizados não só sob o ponto de
vista econômico, mas também social, jurídico. É o conjunto de instituições jurídicas e sociais
afins, em que são empregados certos meios técnicos, organizados em função de
determinadas causas dominantes, para assegurar a realização do equilíbrio
econômico.
Microeconomia: Trata dos problemas do indivíduo e da empresa dentro do Sistema Econômi-
co. Preocupa-se em estudar o consumidor individual que se dirige ao mercado com uma deter-
minada renda para adquirir bens e serviços e também, a maneira como a empresa emprega
os fatores de produção para obter o maior lucro possível.
Macroeconomia: Estuda o conjunto dos consumidores de uma sociedade, assim como o conjun-
to de empresas desta mesma sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que influenciam
o nível total de Renda e do Produto do Sistema Econômico. No geral, considera-se a economia
do país. É a análise que procura garantir a manutenção do pleno emprego dos recursos
dispo- níveis dos sistemas econômicos. Ocupa-se ainda das condições necessárias ao
desenvolvimento econômico, bem como de seus significados, custos e benefícios. Procura
também determinar as causas e os efeitos da inflação e das elevações gerais dos níveis de
preço como um todo.
Conceitos em Economia
Bens: chama-se “bem” toda coisa útil, capaz e própria, para satisfazer mediata ou imedia-
tamente as necessidades do homem. Podem ser classificados:
Quanto à raridade:
Bens não econômicos ou livres: aqueles que existem em abundância na natureza e cuja utili-
zação pelo homem não é controlada (gratuita).
Ex.: ar
Bens econômicos: aqueles escassos e que precisam ser produzidos pelo homem com
6 esforço, tendo valor de troca.
Quanto ao destino:
Bens de consumo: aqueles prontos para serem consumidos e que sofrem desgastes, quando
utilizados.
Ex.: aço.
Um mesmo bem, dependendo de seu destino, pode ser de consumo ou de produção. Por
exemplo, um ovo; podemos comprar um ovo como bem de consumo para consumi-lo em nossa
refeição, ou o ovo pode ser um bem de produção para uma fábrica de bolos que necessita
deste bem para fazer seu produto final.
Quanto à natureza:
Bens materiais: aqueles que ocupam lugar no espaço.
Teoria Econômica:
Para compreendermos melhor as implicações históricas sobre a economia e como esses fatos
determinam as conclusões dos analistas e estudiosos, enunciamos alguns fatos de nossa história
recente:
Após a 1ª Guerra Mundial, vários países europeus recomeçaram suas atividades
industriais, ocasionando para os Estados Unidos um excedente de produção. Caracteriza-se
como exce- dente, o produto da economia de um país que não consegue ser absorvido
internamente.
Uma solução imediata seria a redução brusca dos níveis de atividade produtiva, acarretan-
do crise econômica e social em curto prazo, reduzindo a lucratividade das empresas e
conse- quentemente gerando desemprego. Nesta época, os Estados
Unidos passaram a emprestar capitais excedentes a países carentes, para que pudessem
comprar seus produtos. Ocorre que estes países começaram a adquirir máquinas e acessórios
com vistas ao reequipamento de seu parque industrial. Com relação à produção agrícola
americana, esta ficou estocada, criando grandes dívidas dos fazendeiros junto aos agentes
financeiros. Na segunda metade de 1929, houve uma queda nas exportações americanas,
acentuadas pela volta da Inglaterra e da França ao mercado internacional.
Como consequência destes fatos, fazendas passaram a ser propriedades dos bancos; a
redução da produção industrial aumentou o nível de desemprego, com a queda do emprego,
caiu a renda, e consequentemente o consumo, generalizando-se séria crise econômico-social.
8 O reflexo na Bolsa de Valores foi imediato: quinta-feira, dia 24 de outubro de 1929,
foram colocadas à venda 13 milhões de ações. No dia 29 de outubro, deu-se o famoso
‘’crack’’ de Wall Street.
Após a análise desta cronologia de fatos, chegamos à conclusão anunciada, na época do
crack da Bolsa de Nova York, com muita precisão pelo economista, psicólogo e matemático
John Maynard Keynes: ‘’o pleno emprego não é necessariamente o nível de equilíbrio da
eco- nomia’’.
Convém salientar que a população produtiva tem subdivisões, que são as seguintes:
1 - população inativa: parcela da população produtiva que, embora esteja em idade de
trabalhar, não o faz, por exercer uma outra atividade não remunerada.
2 - população economicamente ativa: parcela da população total que, realmente,
produz para o sistema, ou seja, parte da população economicamente ativa que está
trabalhando.
3 - desempregados: parte da população produtiva que, embora tenha qualificação profis-
sional e idade de trabalhar, não está inserida no mercado de trabalho.
O Sistema Econômico
Esses fatores devem ser organizados de tal maneira que sua combinação resulte na
forma- ção de um bem ou serviço (que é a função da produção).
As instituições a que se dão estas combinações são conhecidas como: Unidades Produtoras.
1. Bens e Serviços de Consumo: aqueles que satisfazem as necessides das pessoas quando
são consumidos no estado em que se encontram.
2. Bens e Serviços Intermediários: são aqueles que sofrem transformação para atingir sua
forma definitiva.
1 - Fluxo Real: constitui a Oferta da Economia, formada pelos bens e serviços produzidos no
sistema e que também recebe o nome de Produto.
2 - Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de produção
re- cebem durante o processo produtivo, também denominado renda.
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico; elas
formam o Mercado, lugar onde se realizam as trocas.
O termo Mercado refere-se a todas as compras e vendas realizadas no Sistema Econômico,
tanto de bens de consumo, intermediários e de Capital, como de Serviços.
As funções do governo são estritamente limitadas à posição para a defesa de alguns ser-
viços básicos e à imposição de regras gerais para protegerem as liberdades econômicas e
políticas.
Nas Economias Modernas há aspectos importantes:
• Uso de mão-de-obra especializada, uma grande quantidade de equipamento de capital
e tecnologia avançada para produzir bens e serviços com um mínimo de treinamento.
• Divisão do trabalho e especialização na produção, permitem grandes aumentos em pro-
dutividade.
• Uso da Moeda como um meio de facilitar as trocas.
Em uma economia de Escambo, cada indivíduo teria de procurar outros indivíduos que de-
sejam o que ele deseja trocar (vender) assim como ter exatamente o que ele deseja comprar
(através da permuta).
Curva da Demanda
Bens Substitutos e Bens Complementares: Os bens substitutos são aqueles que, do ponto
de vista do consumidor, podem ser trocados no momento do consumo, proporcionando igual
sa- tisfação.
Ex.: café substituído pelo chá, carne de vaca por carne de porco etc.
Curva da Oferta
Lei da Oferta: Quanto maior for preço de um bem, maior será a quantidade ofertada
desse bem.
Elasticidade-Preço da Oferta
O Mercado
Mercado é o encontro da Oferta com a Demanda, e o mesmo pode ser classificado em:
2. Monopólio: apenas uma empresa vende um produto, para o qual não existem bons subs-
titutos. 13
Circulação
A Circulação tem por objetivo a movimentação dos bens e serviços em direção ao consumo.
A mesma pode ser:
a) Circulação Social: não há necessidade de movimentação material, havendo somente a
transferência de propriedade.
Consumo
Moeda
Moeda é tudo aquilo que serve como meio de troca em um Sistema Econômico. No
Sistema Bancário atual, o Banco Central, que é a autoridade máxima do sistema bancário do
país, determina em lei a percentagem dos depósitos de um banco que pode ser emprestada
ou empregada em qualquer negócio, devendo ficar como garantia ou lastro, o que é
chamado de Encaixe.
A moeda pode ser usada em três funções distintas:
1 - Meio de Troca, ou Instrumento de Troca, ou Meio de Pagamento: a unidade monetária
é usada para pagar os recursos econômicos por serviços prestados, passando assim, a ser
o mecanismo para a distribuição final da produção de bens e de serviços.
2 - Reserva de Valor ou Padrão de Valor: a unidade monetária pode ser poupada,
guar- dada no banco, em casa ou no bolso.
3 - Unidade de Valor ou Unidade de Conta: a unidade monetária é denominador comum
para medir preços, custos, receitas e rendas. Para se dar valor a um bem ou serviço, usa-se
a moeda.
Exemplo: o valor de uma casa, de um carro, etc.
Se, num dado período, a emissão for superior ao crescimento do produto, ou seja, se houver
excesso de liquidez, podemos ter inflação.
Por outro lado, se o aumento na oferta da moeda for menor do que o crescimento do pro-
duto podemos ter, entre outras consequências, crise na economia, porque a falta de moeda
também chamada crise de liquidez, dificulta as transações, prejudicando o Sistema Econômico,
ocasionando queda do produto.
A Taxa de Juros de Equilíbrio é determinada no mercado monetário, no qual se
encontram, a oferta e a demanda de moeda. O processo é idêntico ao que determina o
preço de uma mercadoria de bens e de serviços, pois, a taxa de juros é o preço da
moeda.
Crédito é a troca de um bem disponível, no momento, pela promessa de um pagamento,
no futuro. O crédito não envolve apenas a troca de um bem, pois pode envolver também a
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troca de dinheiro pela mesma promessa de pagamento futuro, modalidade esta
praticada pelo Sistema Financeiro. A operação de crédito envolve dois elementos:
- Credor: pessoa que empresta a uma outra.
- Devedor: pessoa que deve efetuar o pagamento no futuro.
O Sistema Financeiro realiza a intermediação da moeda entre os agentes econômicos.
Taxa de Câmbio
Se dois países que possuem moedas diferentes transacionam entre si, é necessário descobrir
uma proporção de valor entre essas moedas, para que seja possível a troca de bens e de
ser- viço pelas mesmas. Pelo fato de ser um preço, a taxa de câmbio é determinada pela
oferta e pela procura de divisas.
Balanço de Pagamentos
A partir do momento em que um país começa a comercializar com outros, surge a necessida-
de de se estabelecer um controle sobre o fluxo de pagamento e recebimentos, realizados
nas relações comerciais internacionais.
Para realizar este controle e o de outros fluxos monetários existe o Balanço de
Pagamentos, que é o registro contábil de todas as transações de um país com outros, em
um determinado período de tempo.
Sistema Monetário Internacional
Tem seu funcionamento dentro do esquema das taxas flutuantes de câmbio, que são
deter- minadas no mercado de divisas pela oferta e pela demanda por moedas estrangeiras.
São termos importantes do Sistema Monetário Internacional:
Taxa de câmbio: preço em moeda doméstica de uma unidade de moeda estrangeira.
Sistema de Taxa de Câmbio Fixa: sistema em que as moedas domésticas e estrangeiras são
fixadas.
Sistema de Taxa de Câmbio Flexível: a taxa de câmbio flutua livremente para encontrar seu
nível de equilíbrio na intercessão das curvas de demanda do mercado de divisas.
Tarifa de Importação: imposto sobre importações.
Termos de Troca: razão de intercâmbio comercial ou a taxa à qual uma mercadoria é tro-
cada por outra.
Vantagem Comparativa: capacidade de uma nação de produzir uma mercadoria a um cus-
to relativamente baixo ou a um custo de oportunidade mais baixo que o de uma nação.
Sistema monetário Internacional: conjunto de regras que definem o padrão dos pagamentos
internacionais.
Padrão Ouro é o sistema monetário no qual a unidade monetária de cada país está
lastrea- da em ouro. Foi encerrado em 1973.
Contabilidade Nacional
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Termos Importantes:
Depreciação: é o valor de mercado, do capital consumido de um produto corrente.
Investimento Bruto (IB): soma de todo dispêndio do setor privado em novas instalações, má-
quinas e adições ao estoque durante um ano.
Investimento Líquido (IL): soma do dispêndio bruto do setor privado, conforme acima, menos
a depreciação.
Produto Nacional Bruto (PNB): valor total de mercado de todos os bens finais e serviços pro-
duzidos em uma economia durante um ano, ao alcance da sociedade para seu consumo ou
adição ao estoque de capital. Também chamado de PIB (Produto Interno Bruto)
Produto Real: nas contas da renda nacional é a população agregada medida em
unidades monetárias constantes.
Renda Nacional: soma da renda dos (pagamentos) fatores de produção. Mede o custo, para
a economia, a fim de obter o produto final durante um ano.
Renda Pessoal: nas contas da renda nacional, é a soma de renda recebida pelas famílias
durante um ano, antes do pagamento dos impostos pessoais.
Renda Pessoal Disponível: nas contas da renda nacional é a soma da renda que as famílias
têm para despender, depois do pagamento dos impostos pessoais.