MARTINS et al, 2023
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RESUMO
Este artigo tem como objetivo realizar revisão sistemática da literatura, analisando traba-
lhos científicos que trataram sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
e a agricultura familiar, no período de 2010 a 2022, considerando a vinculação estabele-
cida pela Lei 11.947/2009. Foram utilizados 99 artigos divididos em seis categorias de
acordo com o escopo dominante do estudo: Legislação do PNAE e sua vinculação com a
agricultura familiar, Agricultura familiar e acesso ao PNAE, Gestão do PNAE, Conselhos
de Alimentação Escolar (CAE), Nutrição PNAE e PNAE diante da COVID-19. A pes-
quisa encontrou trabalhos que, de um lado, mostram avanços em relação a execução do
Programa, como aumento das aquisições da agricultura familiar, oferta de alimentos mais
saudáveis para alimentação escolar, e de outro, resultados que sinalizam que ainda há
muito o que se fazer para se atingir um desempenho satisfatório do Programa, como pouca
interação de gestores locais com agricultores familiares, agricultores familiares pouco or-
ganizados, falta de estrutura para atuação dos Conselhos de Alimentação Escolar e falta
de equipamentos para armazenamento de alimentos in natura. Todos esses entraves im-
pedem maior compra de produtos da agricultura familiar e portanto, dificultam o atendi-
mento da aquisição mínima de 30% com recursos do programa.
ABSTRACT
This article aims to carry out a systematic review of the literature, analyzing scientific
works that dealt with the Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) and family
farming, from 2010 to 2022, considering the link established by Law 11.947/2009. We
used 99 articles divided into six categories according to the dominant scope of the study:
Legislation of the PNAE and its link with family farming, Family farming and access to
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1 INTRODUÇÃO
A alimentação escolar se constitui uma prática alimentar relevante nas escolas
públicas brasileiras de ensino fundamental e médio. Segundo Almeida (2014) a
alimentação fornecida pelas escolas é fundamental para a formação cognitiva e evolução
psicofísica de estudantes, auxiliando aspectos físico-motor, intelectual, afetivo-
emocional, social e econômico. Além de ter como objetivo a oferta de alimentos
saudáveis para contribuir com um rendimento escolar satisfatório (SILVA et al., 2019a),
o ato de realizar refeições na escola configura importante processo na influência de
construir hábitos alimentares e de identidades de crianças e adolescentes. A alimentação
escolar é campo de amplo interesse de diversas áreas do conhecimento, bem como dos
poderes públicos brasileiros (SILVA; GEHLEN; SCHULTZ, 2016).
Na década de 1950, o governo federal efetivou um plano nacional de alimentação
escolar e nutrição, denominado de Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no
Brasil. Ao longo dos anos o plano passou por constantes evoluções, das quais, em 1979,
tornou-se o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) com objetivo de suprir,
parcialmente, as demandas nutricionais dos alunos de toda a rede pública da educação
básica, através da oferta de, no mínimo, uma refeição diária, objetivando atender os
requisitos nutricionais referentes ao período em que estes se encontravam na escola
(PARIZOTTO; BREITENBACH, 2021).
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BASSO; BRUM, 2019). Esta configuração permitiu abertura de novos mercados para os
agricultores familiares e aquisição de produtos de maior qualidade para as escolas e com
produtos mais frescos e locais (BONEZ, 2015), haja vista que agricultura familiar ocupa
um papel fundamental na cadeia alimentar no Brasil.
Este artigo objetiva realizar revisão sistemática da literatura sobre as temáticas
relacionadas ao PNAE e a agricultura familiar, buscando identificar de forma abrangente,
a evolução da bibliografia sobre o assunto, procurando identificar a importância do
Programa para a agricultura familiar, dada a relevância que envolve a temática no que diz
respeito a nutrição, saúde, segurança alimentar, desenvolvimento econômico local,
produção de alimentos, dentre outros aspectos.
2 METODOLOGIA
Foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica na base eletrônica do Portal de
Periódicos Capes por possuir abrangente cobertura de base de dados. O Portal Periódicos
Capes oferece quatro opções de refinamento e busca a palavra dentro delas, que são:
qualquer campo (qualquer parte do artigo), título (está contido no título), autor/criador
(entre os autores) e assunto (faz parte do assunto do documento). A opção “qualquer
campo” foi selecionada como forma de não restringir a busca. O banco de dados também
oferece a opção de selecionar ano e idioma, além da opção apenas periódicos revisados
por pares e, no presente trabalho, essa opção foi selecionada.
Os descritores utilizados para capturar os artigos na base de dados, com seus
respectivos termos em inglês foram “programa nacional de alimentação escolar (national
school feeding program)” AND “agricultura familiar (family farming)”. Estudos
duplicados na base de dados foram eliminados. Foram identificados estudos relevantes
publicados entre janeiro de 2010 e dezembro de 2022. O ano de início de 2010 foi
escolhido devido à Lei 11.947 do PNAE ser promulgada no ano anterior, 2009, que trata
da oferta de alimentos concedida aos alunos das escolas públicas.
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Figura 1- Diagrama de fluxo PRISMA dos artigos originais incluídos na revisão sistemática.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os artigos selecionados foram alocados em categorias com base nos focos
predominantes dos objetos de pesquisa referentes ao Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE). A seguir são discutidos os resultados para cada uma das categoriais.
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(OLIVEIRA et al., 2022). Mesmo quando a análise se volta para as capitais brasileiras,
que dispõem de mais estrutura que as regiões interioranas de seus respectivos estados, os
resultados ainda estão muito aquém dos valores estabelecidos, como mostraram Andrade,
Araújo e Santos (2019) que apenas um terço dessas cumpriu com o mínimo de 30% das
aquisições de agricultores familiares, entre 2011 e 2017.
Surgem impasses nas etapas de compra, armazenamento e distribuição dos
alimentos de origem animal, destinados à alimentação escolar, como dificuldades no
descritivo dos produtos, no atendimento às regras dos procedimentos licitatórios e na
elaboração dos padrões de qualidade, alertando para a necessidade de revisão dos
processos de elaboração dos editais e suas cláusulas, referentes a penalidades
administrativas e análises sensoriais (BASTOS et al., 2019).
Outra questão importante foi observada em estudo de Aguiar e Calil (2016) em
relação a deficiência dos gestores em observar a legislação do PNAE, no que se refere a
qualidade e segurança dos alimentos, situação constatada pelas falhas verificadas nos
editais de chamadas públicas, em que faltam especificação técnica sobre os alimentos,
embalagem, transporte, dentre outras exigências. Os autores observaram que apesar de
grande parte das Entidades Executoras contar com a presença do profissional de nutrição,
como responsável técnico pela alimentação escolar, este fato não contribuiu para uma
melhor adequação das especificações técnicas nas chamadas públicas.
A dificuldade em atender os requisitos da legislação do PNAE, como a
contratação de recursos humanos em carga horária suficiente, prover infraestrutura
propícia para a produção de alimentos e dispor de infraestrutura para certificação de
produtores, como abatedouros legalizados, ainda é uma realidade em muitos municípios
brasileiros (FERRO et al., 2019). Isso pode ocasionar na devolução do orçamento
recebido do programa sem execução, reflexo de entraves na operacionalização dos
recursos (VILELA et al., 2019).
As questões de caráter regulatório necessitam, para que sejam efetivadas, de
capacitação, bem como, de estrutura que proporcione corpo técnico necessário para, por
exemplo, elaboração de chamadas devidamente enquadradas de acordo com a norma
vigente e conforme a necessidade da comunidade (AGUIAR; CALIL, 2016). O
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alimentos aos estudantes (PAULI et al., 2020), além disso, a falta de profissionais
compondo quadro técnico no setor de alimentação escolar e o desconhecimento por parte
dos municípios de pontos fundamentais da legislação que rege a compra da agricultura
familiar para o PNAE, afetam negativamente a sua execução com aquisições inferiores a
30% (MACHADO et al., 2021).
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Nestes termos, a falta de estrutura para a atuação dos CAEs afeta sua
independência e autonomia em relação ao Poder Executivo municipal para realização de
suas atribuições, e consequentemente compromete o controle social, quando não dispõem
de lugar apropriado e nem de equipamentos necessários, deixando-os dependentes de
empréstimos e da conveniência de outros órgãos (LOPES; BASSO; BRUM, 2019)
gerando questionamentos se as políticas do PNAE estão de fato sendo efetivadas (SILVA;
DANELON, 2013; LIMA; OLIVEIRA; GUARDACHESKI, 2016; CASTRO et al.,
2020). Dessa forma, os representantes dos Conselhos são agentes de suma importância
para a reprodução social dos produtores rurais para o benefício alimentar e nutricional de
alunos, sendo necessária a participação assídua dos seus membros, dentre outros fatores
e cautela para que suas funções não sofram interferências de interesses, principalmente,
políticos partidários (SILVA; HESPANHOL, 2020).
Alexandre et al., (2016) observaram que em municípios onde o CAE teve papel
atuante, com envolvimento dos conselheiros na construção dos planos de ação para
resolução dos obstáculos, se constituiu em uma vantagem para proposição de estratégias
mais assertivas e coerentes com a realidade local.
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al., 2017; SILVA et al., 2018). Cabe ressaltar a importância do planejamento adequado
dos cardápios e a adoção de práticas de educação nutricional para melhorar a adequação
das necessidades nutricionais dos estudantes (SILVA et al., 2019b; SOUSA et al., 2019;
SANTOS et al., 2019).
A condição corporal de alunos com casos de magreza, magreza severa e obesidade
sinaliza a necessidade de um planejamento para a execução de políticas públicas com
vistas a proporcionar um estado nutricional adequado aos escolares do ensino
fundamental (AUGUSTO-RUIZ et al., 2020). Tendo em vista a importância de
adequação da alimentação de acordo com as diferentes demandas nutricionais, também
se faz necessário conhecimento a respeito de situações em que há restrições alimentares
de estudantes, como apontam Ramos et al. (2021), sinalizando a necessidade de
implementação de abordagens nutricionais envolvendo as crianças, famílias e a escola a
fim de proporcionar maior segurança aos pais em relação aos alimentos ofertados.
O PNAE avançou nas questões alimentares e nutricionais, tendo em vista a
obrigatoriedade, imposta pela Lei Federal n. 11.947/2009, de aquisição de alimentos
oriundos da agricultura familiar para a alimentação escolar, reforçada pela Resolução
CD/FNDE n. 38/2009, em conjunto com a ampliação e o detalhamento sobre
recomendações nutricionais e alimentares para o programa, para isso a partir da referida
Lei, estipulou parâmetros para aquisição de alimentos processados e proibiu
ultraprocessados como refrigerantes, sucos artificiais, embutidos, doces, dentre outros
(TAGLIETTI; TEO, 2021; CANELLA et al., 2022). Assim, o nutricionista configura
importante promotor em coordenar ações de educação alimentar e nutricional no
ambiente escolar, sendo fundamental compreender sua percepção quanto às atividades
educativas sobre alimentação e nutrição desenvolvidas no âmbito do programa
(SANTOS; CARVALHO, 2021).
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estudantes das famílias elegíveis para receber o Auxílio Emergencial; ampliar o valor
repassado pelo PNAE para os municípios com Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) baixo e muito baixo; manter e incentivar a aquisição de alimentos da agricultura
familiar como forma atenuar a insegurança alimentar dos estudantes (TRIVELLATO et
al., 2019; AMORIM; RIBEIRO JUNIOR; BANDONI, 2020; SILVA et al., 2021). Da
mesma forma que Silva et al. (2020) reforçam a importância do PNAE como instrumento
de garantia de segurança alimentar e nutricional e de resiliência social também no rural,
em especial no contexto da referida pandemia. Se faz importante traçar estratégias de
gestão de crises associadas às políticas públicas, além de novos marcos regulatórios para
promover a sinergia PAA-PNAE (ZIMMERMANN; ELEUTERIO; GARCÍA, 2021).
Por falta de critério em cumprir com o PNAE, nesse período de suspensão de aulas
presenciais, o governo federal deu autonomia para governos locais e ao mesmo tempo
permitiu diversas formas de distribuição dos alimentos, inclusive concessão de auxílio
financeiro. Várias unidades da federação realizaram distribuição de alimentos e/ou
repasse de recursos fazendo recorte social dos mais vulneráveis, o que contrariou
princípios da universalidade e direito à alimentação como prevê o Programa, além de
caracterizar o retrocesso do assistencialismo que há décadas foi substituído pela
universalidade e equidade. Nestes termos, a aquisição e distribuição de alimentos, durante
a pandemia, deve seguir as recomendações do PNAE, anteriores e publicadas durante a
pandemia (SPERANDIO; MORAIS, 2021).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo objetivou a elaboração de revisão sistemática de artigos relacionados
ao PNAE e a agricultura familiar. O Programa passou a ser vinculado a agricultura
familiar a partir de 2009, com a promulgação da Lei 11.947/2009, que determinou a
destinação de no mínimo 30% dos recursos para aquisições da agricultura familiar.
Passados mais de onze anos o atendimento dessa exigência ainda é um desafio para
muitos municípios brasileiros. Os recursos da chamada pública, trazido pela referida Lei,
em substituição ao processo licitatório veio para simplificar o acesso.
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