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1 NÍVEL I
Com o advento do DECRETO 11615, todos os atiradores passaram a ser
considerados Nível I.
No Nível I é possível adquiri até 4 armas de calibre e espécie permitida.
São considerados de calibre permitido:
– Pistola 380 auto
– Revolver 38 SPL
– Carabinas de repetição (ferrolho, pump, lever action, tiro unitário) até o
calibre 357 mag (mais comum)
– Espingardas até o calibre 12 de repetição.
Pode ser adquirido até 4.000 unidades de munição.
Pode ser adquirido insumos para produção das 4.000 unidades de
munição, sendo que o atirador tenha prensa de recarga apostilada.
Para manter o nível e o CR é obrigatório realizar 8 habitualidades por
calibre nas seguintes condições:
Muitas vezes, sentimos que tudo já foi inventado. Então, por que criar um novo calibre?
Os motivos para o surgimento de novos calibres são variados: melhorias na eficiência balística, lobby
da indústria ou restrições legais. Esta última, por mais que possamos questioná-la, é uma realidade
que precisa ser considerada. Na Itália, por exemplo, o calibre 9x21mm surgiu exatamente por esse
motivo, para contornar a proibição do uso civil do 9x19mm Parabellum. Da mesma forma, no México,
o calibre .38 Super se popularizou devido a restrições ao uso civil de calibres militares. Esses
exemplos ilustram como novas normas podem impulsionar a criação e a adoção de novos calibres,
adaptando-se às necessidades legais e de mercado.
Adaptar-se é essencial.
Foi exatamente isso que a Taurus fez ao desenvolver o calibre 38 TPC, demonstrando rapidez em
responder às demandas de um público que vem crescendo exponencialmente no Brasil. Essa
adaptação demonstra a capacidade da indústria em inovar e se ajustar às novas realidades,
garantindo que os atiradores possam contar com uma arma efetiva para suas necessidades.
Normalmente, um calibre não surge de forma isolada, mas é geralmente inspirado em um calibre já
existente. É importante destacar que o termo "9mm" refere-se ao diâmetro aproximado do projétil, que
é compartilhado com calibres como 380 ACP, 9mm Luger, 38 Super, 38 Spl e 357 Magnum. Embora
esses calibres não tenham exatamente o mesmo diâmetro, todos possuem aproximadamente 9mm ou
0,354331 polegadas. Partindo dessa premissa, é natural que o surgimento de um novo calibre devido
a restrições legais utilize um projétil que pertença a essa família.
Para entender melhor, extraímos as dimensões do site da SAAMI para os calibres 9mm Luger e 380
ACP e utilizamos informações da Taurus para o calibre 38 TPC. A análise comparativa a seguir ilustra
as diferenças e semelhanças entre esses calibres:
Dessa forma, fica claro que o 38 TPC é mais como um "descendente direto" do 9mm Luger, enquanto
se assemelha apenas vagamente, como um parente distante, ao 380 ACP.
Figura 1 - Especificações Técnicas do Calibre 38 TPC
A primeira matriz de recarga tem como objetivo principal restaurar as dimensões originais do estojo,
calibrando a parte externa desde a boca até a base. Devido às semelhanças dimensionais entre os
calibres, podemos afirmar que a primeira matriz de desespoletamento e calibração usada para o 9mm
Luger também pode ser utilizada para o 38 TPC.
A segunda matriz, utilizada para abrir a boca do estojo e prepará-lo para acomodar o projétil,
apresenta uma diferença de apenas 0,03 mm, o que equivale a 0,001 polegadas. Essa diferença na
calibração de uma matriz é desprezível, pois a abertura da boca é ajustada empiricamente pelo
operador, que a abre o mínimo necessário para acomodar o projétil. Por exemplo, o funil expansivo da
Dillon Precision possui uma faixa de dimensionamento que inicia em 0,348 polegadas e vai até 0,384
polegadas, e isso é consistente em todas as marcas. Portanto, esse diâmetro da abertura da boca do
estojo, é algo que sempre será ajustado pelo operador. Dessa forma, podemos afirmar com
segurança que a mesma matriz do 9mm Luger será utilizada para abrir a boca do estojo.
A terceira matriz, responsável pelo assentamento e crimpagem do projétil, realiza duas funções:
empurrar o projétil para dentro do estojo e, em seguida, fazer a dobra (taper crimp), que é ajustada
empiricamente pelo operador. Esse ajuste é causado por um relevo dentro da matriz. Devido à
semelhança no diâmetro, é possível afirmar que a mesma matriz do 9mm Luger será utilizada para
assentar e crimpar o estojo do 38 TPC.
Portanto, as matrizes de recarga do 9mm Luger são totalmente compatíveis com as do 38 TPC,
garantindo que os operadores possam utilizar o mesmo conjunto de ferramentas sem necessidade de
novos investimentos para quem já possui as matrizes do 9mm Luger. Isso é bastante comum; as
matrizes de recarga do 38 Special e 357 Magnum, assim como do 40 S&W e 10mm, são as mesmas
devido às suas semelhanças.
No entanto, é importante esclarecer que, para aqueles que ainda não possuem as matrizes 9mm
Luger e desejam recarregar o 38 TPC, por força de lei, não será possível comprar as matrizes do
9mm Luger. Deverão adquirir as matrizes específicas para o calibre nominal 38 TPC, uma vez que, na
análise documental da autorização de compra desses equipamentos, considera-se apenas o calibre
nominal do equipamento e o que consta no registro da arma. Isso significa que, apesar da
compatibilidade técnica, a regulamentação exige a aquisição das matrizes apropriadas para o calibre
registrado, garantindo a conformidade legal e evitando quaisquer complicações burocráticas.
Sobre as Matrizes 38 TPC no Brasil
Os fabricantes americanos já estão cientes da demanda por matrizes específicas para o calibre 38
TPC no Brasil e estão preparados para fornecer esses conjuntos para o nosso mercado. A Recarga
Club, a maior importadora desses produtos no país, agiu com diligência e já encomendou os
conjuntos de matrizes para atender à demanda.
Vale destacar que esse período de 90 dias é mais uma estimativa para gerar demanda do que uma
limitação imposta pelos próprios fabricantes, que já estão prontos para comercializar o produto.
Portanto, os operadores interessados podem esperar a disponibilidade das matrizes de 38 TPC em
breve, com o apoio da Recarga Club, que está comprometida em atender às necessidades do
mercado brasileiro.
Se você ainda não comprou uma arma no calibre 38 TPC e está preocupado com a possibilidade de
ficar sem poder recarregar, fique tranquilo. Essa é uma preocupação superada, pois as matrizes
estarão disponíveis em breve,
Sobre os Insumos
O calibre 38 TPC traz consigo a conveniência de utilizar muitos dos mesmos insumos que o 9mm
Luger, facilitando a adaptação dos operadores de recarga. Vamos explorar os detalhes:
1. Projéteis: Os projéteis do 38 TPC são idênticos aos do 9mm Luger. Isso significa que você
pode usar projéteis com diâmetro de 0,355 polegadas para os jaquetados e 0,356 polegadas
para os de chumbo pintados. Além disso, os pesos dos projéteis são os mesmos, como por
exemplo, 115, 124 ou 130 grains, proporcionando flexibilidade na recarga.
3. Espoletas: Para o calibre 38 TPC, as espoletas small pistol são as indicadas, como é comum
para cartuchos dessa categoria. Essa escolha é previsível e facilita a vida dos operadores, que
já estão familiarizados com esse tipo de espoleta.
Os operadores de recarga podem ficar tranquilos, sabendo que a maioria dos insumos necessários
para o 38 TPC já está disponível e é amplamente utilizada. Essa compatibilidade não só facilita o
processo de recarga, mas também oferece a segurança de comprar um calibre sabendo que os
insumos serão facilmente encontrados.
Uma das partes mais prazerosas da recarga é testar os componentes e construir suas próprias
tabelas de recarga. Em breve, teremos uma abundância de informações disponíveis a partir dos
testes realizados pelos operadores, e eu mesmo estou ansioso para fazer os meus. A recarga é uma
verdadeira comunidade, e o intercâmbio de informações é nosso alicerce e guia nessa jornada
contínua de aprendizado.
Conclusão
A introdução do calibre 38 TPC traz uma nova esperança para o público brasileiro que não quer se
limitar ao 380 ACP. Criado em resposta às restrições ao 9mm, o 38 TPC chega para enriquecer o
acervo de novos atiradores desportistas, além de atrair antigos atiradores interessados em conhecer o
calibre. Também é uma opção viável para aqueles que buscam uma arma de defesa pessoal,
podendo ser registrada no SINARM.
A grande vantagem do 38 TPC está em sua compatibilidade. As matrizes e muitos dos componentes
usados para o 9mm Luger também funcionam perfeitamente para o 38 TPC. Isso significa que, para
aqueles que tinham receio de encontrar munição ou componentes para a recarga, podem ficar
tranquilos, pois os insumos e ferramentas necessários já estão disponíveis. Com essa
compatibilidade, o 38 TPC se torna uma escolha prática e acessível, proporcionando segurança e
conveniência aos atiradores, tanto para a prática esportiva quanto para a defesa pessoal.
O calibre .38 TPC se destaca pela velocidade superior e energia até 40% maior em
comparação com o calibre .380 AUTO nas munições expansivas, atingindo uma média
de 400 joules de potência. Esse valor está dentro dos limites estabelecidos pelo novo
decreto do Governo Federal para armas de uso permitido.
Com dimensões únicas, o .38 TPC também oferece recuo reduzido em comparação com
o calibre 9mm, proporcionando maior controle durante o tiro. Essa característica é
essencial em competições esportivas como o IPSC (International Practical Shooting
Confederation), onde a precisão é fundamental. O novo calibre apresenta um recuo até
28% menor, permitindo um segundo disparo com rápida recuperação da mira e aumento
da precisão.
A munição .38 TPC expansiva atende aos rigorosos requisitos do Protocolo do FBI, que
mede a capacidade de penetração. Em testes com gelatina balística, a munição .38 TPC
Gold Hex apresentou 14,5” de penetração, dentro do intervalo de 12” a 18” considerado
ideal pelo protocolo, garantindo efetividade em situações de defesa e mínima
possibilidade de transfixação.
Os benefícios do calibre .38 TPC estarão disponíveis nas plataformas de pistolas Taurus,
inicialmente nos modelos G2c T.O.R.O e GX4 Carry Graphene T.O.R.O. Estas pistolas
possuem a mesma capacidade de disparos dos modelos em calibre 9mm, com
importantes melhorias, como ferrolho com ranhuras frontais e gatilho de 3ª geração.
A G2c, arma mais vendida no mundo, é compacta, ergonômica e leve. Conta com
sistema Taurus Optic Ready Option (T.O.R.O.), permitindo a instalação de diversas
miras ópticas sem necessidade de customização. Possui comprimento total de 158,7mm,
altura de 129,1mm, largura de 32,1mm, pesa aproximadamente 600 gramas e tem cano
de 3,26”.