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Resumo
A Nitretação Líquida é um processo de tratamento termoquímico que produz
modificações na camada superficial dos aços e outros metais, formando uma
camada externa, constituída essencialmente de nitretos estáveis, alterando as
propriedades de dureza superficial, resistência ao desgaste, à fadiga, corrosão e
resistência térmica do material. A nitretação líquida utiliza um banho de cianeto de
sódio ou potássio. É utilizada, no tratamento de metais ferrosos, metais refratários e
até alumínio. A nitretação de superfícies tem ampla aplicação e é muito utilizada no
tratamento de moldes de injeção, peças automotivas, moldes de extrusão,
ferramentas de corte e usinagem de metais, punções de matrizes para corte. Nesse
trabalho foram nitretadas amostras do aço AISI H13, muito utilizado na extrusão de
alumínio. O tratamento principal processou-se num banho de cianeto a 576°C, por
um tempo de 2h30. A camada branca resultante da nitretação foi estudada através
de micrografias obtidas em microscópio óptico digital. Ao final do tratamento, por
2h30, a camada branca exibiu uma espessura de 21 μm e a camada nitretada total
cerca de 55 μm. As medidas de microdureza Vickers alcançaram valores de 984 HV.
Palavras chave: Nitretação líquida; Aço H13; Processo tennifer; Dureza superficial.
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1 INTRODUÇÃO
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A resistência ao desgaste aumenta consideravelmente após a nitretação das
peças e a resistência à fadiga também é bastante aumentada.(5)
No presente trabalho, a técnica de nitretação líquida, foi utilizada no aço H13,
muito usado como aço ferramenta e para moldes de extrusão de metais,
notadamente de perfis de alumínio.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
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Figura 1 – Forno de Banho de Sal.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A nitretação das amostras de aço H13 foram feitas com 4 tempos crescentes:
1 h, 2h30, 3 h e 4 h. A Figura 2 mostra a curva de crescimento da camada nitretada,
obtida experimentalmente, versus o tempo de nitretação líquida para até 4 horas de
nitretação, para o aço H13 comparada com a dos aços carbono 1015 e 1045. De
acordo com Chiaverini,(4) e conforme pode ser visto na Figura 2, para os aços
carbono, o teor de carbono a camada nitretada é inversamente proporcional ao teor
de carbono. Já para os aços liga, com alto cromo, a camada nitretada é mais
delgada ainda
O gráfico da Figura 3 relaciona o tempo versus a temperatura para a
nitrertação feita com 2h30, que é um tempo bastante adequado para o aço H13. A
marca B, no gráfico da Figura 2, mostra o momento que as amostras, já pré-
aquecidas, foram introduzidas no banho de cianeto, quando este já encontrava-se
com sua temperatura estabilizada em cerca de 576oC, que é uma temperatura
adequada para nitretação líquida do aço utilizado.
Conforme pode ser observado na Figura 2, a temperatura do banho se
manteve bastante estável entre 572°C e 576 oC.
Após o tempo de nitretação, de 2h30, as amostras foram retiradas do banho
(o que corresponde ao ponto C do gráfico). Em seguida foram resfriadas ao ar,
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durante 2 minutos e, após, imersas em água morna para remoção do excesso de sal
da superfície das peças, provenientes do banho de cianeto.
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Figura 2 – Tempo de nitretação líquida versus a profundidade da camada nitretada para o Aço H13 e
os aços carbono 1015 e 1045.
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As imagens do microscópio foram processadas por um software dedicado e
mostradas na tela do computador, conforme pode ser visto na Figura 4.
De acordo com os dados de entrada, o programa do computador fornece,
automaticamente, a medição da camada branca, que exibiu um valor médio de 21
μm.
Notar que os pontos (1), (2) e (3), marcados na micrografia foram
reconhecidos automaticamente pelo software e no próprio software é mostrada a
espessura da camada branca da amostra nitretada.
A camada total nitretada não chegou a ser medida com precisão, através do
software do computador, pois, não era o objetivo principal desse trabalho. Todavia,
através da observação da micrografia, foi possível se estimar que esta era da ordem
de 55 μm.
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1000
700
600
500
400
300
0 10 20 30 40 50
Profundidade (microns)
Figura 5 - Microdureza Vickers versus profundidade da camada branca da amostra do aço H13
nitretada por 2h30, comparado com uma amostra não nitretada.
4 CONCLUSÕES
Agradecimentos
REFERÊNCIAS
1 NOVIKOV, I., Teoria dos Tratamentos Térmicos dos Metais, RJ, Editora UFRJ, 1994.
2 COSTA E SILVA, A. L., MEI, P. R., Aços e Ligas Especiais, Editora Edgard
Blücher, SP, 3ª. Edição, 2010.
3 HONEYCOMBE, R. W. K., Aços, Microestrutura e Propriedades, Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1ª. Edição, 1982.
4 CHIAVERINI, V., Tratamentos Térmicos das Ligas Metálicas, Edição da ABM, SP,
2003.
5 ASM COMMITEE ON NITRIDING, Metals Handbook, Vol. 2, 8nd. Ed, 1964, pag
194.
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