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Irineu Homero de Souza

advogado
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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 68 VARA DE SO PAULO.

AO TRABALHISTA (Reclamao) Processo n 02367200306802002

JOS RODISMAR SANTOS, j qualificados nos autos da Ao Trabalhista em epgrafe, promovida em face de ROGERIO A CAPELO E MARIA TEREZA J. P. CAPELO ADVOGADOS ASSOCIADOS e ALPHACON CONSULTORIA EMPRESARIAL S/C LTDA., por seu advogado, vem respeitosamente presena de Vossa Excelncia, em cumprimento ao permissivo desse D. Juzo em audincia, ofertar a sua MANIFESTAO s contestaes apresentadas pelas Reclamadas, fazendo-o nos seguintes termos: 1. Pugna a Reclamada ROGERIO A CAPELO, preliminarmente, pelo indeferimento da pea exordial, sob o argumento de que o Reclamante no ofereceu previamente a reclamatria ao SINDICATO DOS EMPREGADOS DE AGENTES AUTNOMOS DO COMRCIO E ADMINISTRAO DE EMPRESAS DO ESTADO DE SO PAULO, que no juntou a Conveno Coletiva da Categoria Profissional e ainda porque no juntou os documentos de conformidade com o art. 830 da CLT. Ora, o Reclamante estava registrado em um escritrio de advocacia, devidamente constitudo em pessoa jurdica, sem

Av. Min. Petrnio Portela, 983-A CEP 02959-000 Freguesia do SO PAULO SP Fone/Fax: (0xx11) 3999-5124 = 3978-6954 Site: http://www.homero.adv.br = e-mail: homero@homero.adv.br

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nenhuma semelhana com empregados de agentes autnomos do comrcio e administrao de empresas. E a submisso s Comisses de Conciliao Prvia facultativa, no podendo contrariar o art. 5, XXXV da Constituio Federal. Apenas a ttulo exemplificativo, o Reclamante colaciona alguns julgados do Egrgio TRT/2 Regio:
Comisso de Conciliao Prvia. Submisso facultativa. O pas rege-se em tudo conforme o Estado Democrtico de Direito. Fere a cidadania, um de seus sustentculos, ser compelido, contra a vontade, submeter-se a um procedimento conciliatrio e privado, constitudo direta ou indiretamente pelo devedor, como condicionamento do direito de ao. Ningum pode ser obrigado a transacionar direitos sob pena de perd-los. E fere o bom senso no se conciliar em juzo, recusar a conciliao e mesmo assim alegar e reiterar a omisso da tentativa conciliatria extrajudicial. (8 Turma; Proc. 20010430045; Rel. Jos Carlos da Silva Arouca; j. 12.06.02; Publ. 25.06.02). NO MESMO SENTIDO: 4 Turma - Proc. 23377200290202002 - Rel. Juza Merla Tomazinho - j. 23.07.02 - Publ. 02.08.02; = 10 Turma Proc. 25580200290202003 Rel. Juza Vera Marta Publio Dias j. 30.07.02 Publ. 13.08.02; = 9 Turma Proc. 08158200290202003 Rel. Jos Carlos da Silva Arouca j. 05.08.02 Publ. 16.08.02; = 5 Turma Proc. 01789200290202001 - Rel. Juiz Ricardo Verta Luduvice j. 13.08.02 Publ. 30.08.02.

Quanto Conveno Coletiva, o Reclamante no pleiteou nenhuma verba com base em qualquer clusula de Conveno. E quanto aos documentos em desconformidade com o art. 830 da CLT, a matria hoje est superada, tendo em vista a vigncia do novo Cdigo Civil. de salientar-se ainda que a Reclamada tambm apresentou todos os seus documentos em desconformidade com o art. 830 da CLT. Entretanto, o Reclamante no os impugna tendo em vista que prestam relevantes provas em seu favor e contra a prpria Reclamada, como se ver adiante.

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2. Ainda em preliminar, pugna novamente pelo indeferimento do petitrio inicial, sob o argumento de pedido genrico. Sem razo, novamente. O pedido do Reclamante, alm de minuciosamente discorrido na pea inaugural, foi devidamente elencado, verba por verba, no item 7 (Das Verbas Pleiteadas). Foram elaboradas planilhas para apurao, empresa por empresa, das comisses recebidas e no recebidas, alm das futuras. 3. Uma vez mais em preliminar, pugna pelo indeferimento da petio inicial, sob um emaranhado de alegaes sem nenhuma objetividade e que nem ao menos merecem ser rebatidas, tal a fragilidade das mesmas. Entende o Reclamante que as vrias pginas escritas foram apresentadas nica e to somente para engordar a contestao, tendo em vista a total falta de argumentos da Reclamada. Assim, em termos de preliminares, todas devero ser afastadas por esse D. Juzo, pois totalmente sem fundamentos. 4. No MRITO, a Reclamada ROGERIO A CAPELO requer a excluso da segunda Reclamada, ALPHACON, sob o falso argumento de que o Reclamante declarou sob juramento, em depoimento perante o MM. Juiz da 21 VT/SP, processo n 2522/2001 (doc. 57), prestou-lhe servios como contabilista autnomo. A assertiva falsa e a prova da falsidade foi feita pela prpria Reclamada, juntando ata da audincia referente a esse processo (doc. 57), constante s fls. 183/185 dos autos. Com efeito, em nenhum momento o Reclamante declarou que era autnomo, mas de suas declaraes se depreende que era mesmo empregado. A ttulo de simplificao, o Autor repete o trecho de seu depoimento naquele processo, s fls. 184 dos presentes autos, por entender que a parte deve transcrever todos os fundamentos e fatos j argumentados em outras peas, evitando transmitir ao Juzo a incumbncia de buscar, em momentos pregressos da marcha processual, elementos que a socorram:
Jos Rodismar Santos, RG 12972492, SSP/SP, bras., maior, divorciado, profisso: analista fiscal, residente av. Custdio de S e Faria, 36, apto. 508, Pque Santa Madalena-SP. Advertido,

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compromissado: que o dpete comeou a trabalhar em outubro ou novembro de 2000; que faz levantamento de crdito; que a reclamante comeou a trabalhar em meados de 2001, por volta de julho ou agosto; que o depoente tambm no se lembra quando as testemunhas Daniela e Flavia comearam a trabalhar, que a reclamante saiu um pouco antes de outubro; que o depoente comea a trabalhar s 8:30 ou 9 horas; que o dpete presta servios porque contabilista; que o dpete comparecia duas ou tres vezes por semana, ou as vezes a semana inteira; que as vezes permanecia o dia inteiro, s vezes o perodo da tarde; que perguntado se sabe quanto tempo a reclamante fazia de almoo, respondeu que todos fazamos uma hora de almoo; foi indeferida a seguinte pergunta da reclamada por irrelevante: se almoavam fora ou nas dependncias da reclamada; que NADA MAIS. (Grifos do Autor).

Percebe-se assim a falsidade das alegaes da Reclamada. Entretanto, a juntada desse documento (ata de audincia) por parte da R foi muito importante. Desse documento, pode-se ler, ainda s fls. 184 dos presentes autos, a providncia tomada pela MM Juza Dra. Maria Cristina Fisch logo aps o depoimento das testemunhas Daniela Martins Duarte e Flavia Rodrigues de Lima: Em face da alegao de trabalho sem registro, expease ofcio DRT para as providncias cabveis. Felizmente para o Reclamante, com a juntada desse documento, o mesmo pode diligenciar no site do TRT/SP e acompanhar a condenao da Reclamada e inclusive retirando cpia on line do v. acrdo proferido, onde o D. Relator do recurso expressa suas consideraes sobre o comportamento da R: (doc. anexo). Da prova oral produzida pela autora, restou provado que a reclamada no tem o costume de registrar seus empregados, ou o faz posteriormente. O mesmo aconteceu com o Reclamante, que admitido em outubro de 2000, s foi registrado em fevereiro de 2002, conforme declarao da prpria Reclamada no ltimo pargrafo da fl. 111 dos autos.

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Diante, pois, da confisso da Reclamada, livre e espontnea, e ainda em obedincia legislao obreira, requer o Reclamante o reconhecimento do vnculo empregatcio desde 02 de outubro de 2000, com a conseqente anotao em sua Carteira Profissional e comunicao ao INSS, para as providncias cabveis. Voltando existncia de trabalho para a ALPHACON, tanto o Reclamante como a Reclamada juntaram provas exuberantes dos trabalhos realizados para a ALPHACON e inclusive de recebimentos de valores referentes comisses, atravs de transferncias no Bradesco, conforme demonstram os extratos juntados s fls. 82 a 85 dos autos e ainda a confeco de carto de visitas para o Reclamante (fl. 88). Alm dos documentos acostados aos autos pelo Reclamante, a Reclamada ALPHACON, por sua vez, tambm comprovou abundantemente os trabalhos a ela realizados por parte do Autor, conforme se depreende dos documentos juntados s fls. 133, 134, 157, 183, 184, 185, 192 a 197. Assim, no se justifica a excluso da reclamada ALPHACON conforme requerido, devendo a mesma ser declarada solidariamente responsvel, nos termos do 2 do art. 2 da CLT. 5. Continuando no mrito, no item 16 da contestao (fl. 110), a Reclamada tenta afastar, sem sucesso, o pagamento de comisses, inclusive atravs de transferncias no Bradesco. Alega, que referidos valores referem-se a vales transportes e vales refeio, juntando os documentos de fls. 157 a 172. A falsidade dessa alegao facilmente comprovada. A ttulo de esclarecimentos ao Juzo, se permite o Reclamante relacionar, dentre os valores recebidos atravs de depsitos e tambm de transferncias da ALPHACON para sua conta, no Bradesco, o cruzamento da grande maioria desses valores com os Controles de Pagamentos de Comisses, fornecido pela Reclamada e juntados pelo Autor, s fls. 29 a 61:
18.03.02 20.03.02 05.04.02 11.04.02 22.04.02 24.04.02 266,58 600,00 261,80 136,80 110,94 157,50 Adiantamento de salrios fl. 174

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08.05.02 21.05.02 27.05.02 07.06.02 10.06.02 11.06.02 20.06.02 26.06.02 26.06.02 05.07.02 22.07.02 26.07.02 26.07.02 26.07.02 07.08.02 12.08.02 12.08.02 12.08.02 20.08.02 30.08.02 30.08.02

230,67 334,96 341,82 295,13 474,39 75,37 504,38 128,75 143,40 290,05 336,66 118,69 118,97 166,46 290,05 128,15 143,40 494,48 336,66 143,40 150,73

Comisses - fls. 40 e 54A Saldo de salrios fl. 177 Comisses - fl. 41 Comisses - fl. 55 Comisses - fl. 30 Comisses - fl. 50 Saldo de salrios fl. 178 Comisses - fl. 36 Comisses - fl. 32 Comisses - fl. 31 Saldo de Salrios fl. 179 Comisses fl. 33 Comisses fl. 51 Comisses fl. 43 Comisses - fl. 52 Comisses fl. 35

Assim, como se v, a maioria dos depsitos e transferncias efetuados na conta do Reclamante, referente a comisses, com exceo somente de 3 depsitos que se referem a salrios, atestam a veracidade dos fatos narrados pelo Autor e a falsidade das alegaes da Reclamada. Eventuais depsitos e transferncias que no puderam ser identificados, referem-se, como comum, a pagamento de 2 ou mais comisses e/ou descontos de vales fornecidos ao Reclamante. Frise-se ainda, que algumas comisses foram pagas atravs de cheque e descontados diretamente na boca do caixa, no ficando assim documentados. Entretanto, o cruzamento dos valores com os Controles de Pagamentos de Comisses, acima efetuado, do prova cabal da existncia dessas comisses e do valor apurado como mdia mensal. Com relao ainda advertncia da Reclamada, no sentido de que o Reclamante estaria perpetrando fraude contra sua exesposa e filhos por estar sonegando rendimentos (comisses), na realidade constitui-se em mais uma confisso da existncia dessas comisses. Entretanto, no deveria a Reclamada preocupar-se tanto com os filhos do Reclamante, que sempre, alm dos valores referentes a 1/3 de seu rendimento, receberam do genitor estudo, remdios, vesturio e lazer. Despreocupando-se com fatos que s ao Reclamante diz respeito, ficaro os responsveis pelas

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Reclamadas, mais livres com o que realmente deve ser objeto de preocupao das mesmas, qual seja, a possibilidade de caracterizao de crime de sonegao de contribuio previdenciria, prevista no art. 337-A do Cdigo Penal, alm das cominaes constantes da Lei n 8.137/90. 6. No item 18 da contestao (fl. 111), a Reclamada afirma ser totalmente absurda a alegao de tenha (sic) sido admitido em 02/01/2002, pois na realidade prestou servios autnomos a segunda reclamada desde Outubro ou Novembro de 2000. A maior prova, entretanto, do trabalho do Reclamante, como assalariado antes de 01.02.2002, foi produzida pela prpria Reclamada, juntando os documentos de fls. 155 e 156, referentes a saldo de salrios do ms de janeiro de 2002 e adiantamento de salrio do ms de janeiro de 2002. Antes, o Reclamante conseguira fazer prova apenas com o recibo do mini transmissor do porto automtico do edifcio (fl. 24). No poderia, neste momento, deixar passar a oportunidade de agradecer s Reclamadas pela produo de to exuberantes provas em seu favor, juntadas com a contestao, mesmo porque, em todo o perodo em que laborou para as Reclamadas, sem registro, no recebeu cpia de nenhum documento. Com relao ainda aos documentos juntados pelas Reclamadas, muitos deles, especialmente os acostados s fls. 134 a 139; 145 a 154; 186 a 191 e 220 a 223, aparentemente, no tm nenhuma relao com os fatos objetos da lide. 7. Continuando em sua contestao, a Reclamada, na tentativa de afastar a verdade real dos fatos, quando da demisso do Reclamante, procura criar um fato totalmente inverossmil e fantasioso: a de que o Reclamante teria tentado impedir a scia da Reclamada, Sra. Maria Tereza, de falar com um de seus clientes ao telefone. Por incrvel que parea, a Reclamada houve por bem referir-se a um cliente (Indstria Metalplstica Irbas Ltda.), que muitos meses depois passou a ser cliente do patrono do Reclamante, em virtude do descontentamento desse cliente, com o trabalho que vinha sendo desenvolvido pela Reclamada. Assim, procurou a Reclamada, na falta de melhor estria, criar um vnculo envolvendo tambm o patrono do Reclamante, na

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tentativa de tentar obscurecer os fatos que foram narrados pelo Autor. Assim, esquecendo-se que as discusses devem aterse nica e exclusivamente s partes, as Reclamadas passam a desferir improprios, acusaes e inverdades contra o profissional que defende os interesses do Reclamante. No satisfeitas, as Reclamadas ainda tentam envolver um antigo scio seu, Sr. Jos Carlos Pacheco, que nada tem a ver com o caso em questo. Alis, na falta de melhores argumentos, as Reclamadas simplesmente passaram a fazer acusaes, desferir improprios e relatar casos que em nada contribuem para o deslinde da presente ao. O absurdo est no prprio fato em si, criado pelas Reclamadas. Com efeito, como poderia o Autor, empregado da R, impedir ou tentar impedir que um de seus scios fale com seus prprios clientes. Alis, o Reclamante laborou para as Reclamadas por praticamente 2 (dois) anos. Em todo esse espao de tempo, com certeza os scios das mesmas teriam conversado com seus clientes, centenas e centenas de vezes, sem serem molestados pelo Autor. No crvel que as Reclamadas, tentando esconder os verdadeiros fatos, tenham criado tamanho factoide. A argumentao da Reclamada, toda evidncia, carece de verossimilhana. A alegao do Reclamante, por sua vez, perfeitamente factvel. Com efeito, quando se referiu exigncia da Sra. Maria Tereza para que assinasse, como perito contbil, uma planilha de um cliente, sua recusa foi justa e legal, porque a percia judicial ato privativo dos Contadores, com nvel universitrio, no podendo o mesmo, como Tcnico em Contabilidade, firmar tal documento. Alega a Reclamada que o fato seria facilmente provado. Entretanto, o Reclamante nunca trabalhou no Departamento Jurdico, no sabendo nem mesmo em que Vara estaria tramitando o processo em que se exigia o laudo dos clculos. Mas o Reclamante juntou, e as Reclamadas simplesmente deixaram

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de se manifestar, sobre os documentos de fls. 47, referente empresa Mosane. Verifica-se, no segundo documento de fl. 47, uma cpia da planilha de RECLCULO JURDICO DE DBITOS, em papel timbrado da Reclamada, e com data de 29/08/2002, ou seja, dias antes de sua injusta demisso. Os fatos criados pelas Reclamadas ficam, portanto, definitivamente afastados, pois desacompanhados de qualquer prova, seja documental ou testemunhal. 8. Com relao s diversas acusaes ao patrono do Reclamante, produzidas pelas Reclamadas, at compreensvel. Faz parte do jus esperneandi, muito embora seus scios sejam tambm profissionais do direito e saibam, ou deveriam saber, que as discusses devem limitar-se s partes. Entretanto, que o nobre causdico das Reclamadas se preste a esse mister, lamentvel. As Reclamadas, no contentes com todos os improprios e falsas acusaes contra o patrono do Reclamante, ainda o ameaam com o ajuizamento de competente queixa disciplinar ao Tribunal de tica da Ordem dos Advogados do Brasil, Seo de So Paulo, para as devidas averiguaes quanto ao comportamento do Dr. Irineu Homero de Souza, na captao de clientes. Assim, espera este profissional que realmente as Reclamadas cumpram suas ameaas, para s ento averiguar-se quem, em realidade, fere a tica profissional na captao de clientes, inclusive com a manuteno de funcionrios, registrados e no registrados, no agenciamento de clientela e recebimento de comisses sobre honorrios advocatcios. 9. Continuando sua contestao, a Reclamada alega que todos os pagamentos foram creditados em sua conta, no havendo que se falar em diferenas que supostamente seria credor maxime quanto as empresas INDUSTRIA METALURGICA FONTAMAC LTDA., da qual existe a anexa declarao do demandante reconhecendo no lhe haver prestado qualquer servio. Embora a Reclamada no mencione o nmero do documento, nem ao menos a pgina em que ele se encontra, o Reclamante far esse favor a ela. Sua referncia deve ser quanto ao documento n 4 (fl. 133), onde existe uma declarao,

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atestando que o levantamento de crditos previdencirios realizados pelo Sr. Yasume Yushimaru no foi considerado em virtude do fato de que os trabalhos de levantamento de crditos (todos, inclusive previdencirios), terem sido totalmente refeitos e consolidados por outros profissionais, conforme relatrio final e definitivo apresentado em 22 de maio de 2002. Esse relatrio, de 22 de maio de 2002, encontra-se fl. 45 dos autos, inclusive com as assinaturas da empresa e do Reclamante. Assim, quando o Autor declarou que os trabalhos foram feitos por outros profissionais, referia-se ele prprio e sua equipe e no ao Sr. Yasume. Segundo informaes recebidas poca, essa declarao foi feita pelo Reclamante, por exigncia da Reclamada, que se recusava a pagar ao Sr. Yasume Yashimaru, as comisses sobre os trabalhos de levantamento de crditos previdencirios, efetuados por ele. Em seguida, continua a Reclamada a negar a prestao de servios para seus demais clientes. interessante notar a afirmao da Reclamada, de que na maioria (desses clientes) no houve a concluso do servios (sic) com o respectivo aproveitamento de eventuais crditos tributrios apurados, por opo do prprio cliente. Entretanto, no apresentaram as Reclamadas nenhum documento comprobatrio de suas alegaes. V-se, assim, que as mesmas apenas alegam, alegam, alegam... e nada provam. 10. Finalmente, chega-se aos fatos que ocasionaram a demisso do Reclamante e do pedido de danos morais. Em primeiro lugar, frise-se que, em nenhum momento, quer na contestao da Reclamada ROGERIO A CAPELO ou na da Reclamada ALPHACON, as mesmas negaram as afirmaes do Reclamante, firmadas na pea exordial, com referncia ao procedimento e s palavras proferidas contra o mesmo pela Sra. Maria Tereza e Sr. Rogerio. Assim, em momento algum foi negada a frase proferida pela Sra. Maria Tereza: -Cala a boca! Fica quieto! J te mandei calar a boca! No responde nada! (fl. 7 dos autos).

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Tambm no foi contestada a assertiva do Autor, sobre as palavras proferidas, ainda pela Sra. Maria Tereza: - Ponha-se daqui pra fora. Pegue suas coisas e suma daqui, seu irresponsvel! Incompetente! (fl. 8). Nem mesmo as ameaas perpetradas pelo Sr. Rogerio foram negadas, quando procurava forjar o Reclamante a assinar uma demisso por justa causa: - Assina que melhor pra voc! Vai se arrepender! Esse mais um ato de insubordinao! Eu tenho testemunhas! Voc vai se dar muito mal, muito mal. (fl. 8). Com relao a essas palavras ditas pelo Sr. Rogerio (Eu tenho testemunhas!), importante a esse D. Juzo verificar o documento acostado pela Reclamada fl. 142, correspondente ao Aviso Prvio que o Reclamante recusou-se a receber. Juntada despicienda, pois o prprio Reclamante citou o fato de sua recusa na assinatura do Aviso Prvio, inclusive juntando a sua cpia (fl. 89). Entretanto, acredita-se que a Reclamada houve por bem juntar esse documento (Aviso Prvio), em virtude de nele constar a assinatura de trs importantes testemunhas presentes. Esse D. Juzo poder, mais uma vez, certificar-se dos procedimentos suspeitos usados pela Reclamada, procurando manipular seus funcionrios. Nesse documento consta a assinatura do Sr. Antonio Bezerra da Silva (RG 9757745-5), como uma das testemunhas presentes no momento da demisso e que presenciou a negativa do Reclamante em assinar o recibo de Aviso Prvio. Pois bem. Essa mesma testemunha, em Juzo, declarou que trabalha como ajudante de servios gerais, externamente, comparecendo na recda s 08h30 e s 18hs; no sabe o motivo da ruptura contratual do recte; no sabe a data de admisso do recte. Nada mais. A apreciao das provas, entretanto, ficam a cargo desse D. Juzo. Por fim, as Reclamadas no desmentiram o fato narrado pelo Reclamante, de que foi obrigado a ficar por mais de 2 horas sentado na recepo.

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A Reclamada tenta ainda afastar a indenizao por danos morais, sob o argumento de que o Reclamante, demitido em 02 de setembro de 2002, somente em outubro de 2003 houve por bem ajuizar a reclamatria, como se, com esse fato, falecesse ao Autor o direito de propositura de ao que, nos termos do Art. 7, inciso XXIX da Constituio Federal, de 2 (dois) anos. 11. Por fim, mais uma ameaa das Reclamadas, tanto ao Reclamante como ao seu patrono. Trata-se do requerimento da imposio das penas do artigo 940, do Cdigo Civil ao Autor e do art. 32, da Lei 8.906, ao patrono do Reclamante. Em termos de litigncia de m-f, todas as provas constantes dos autos depem contra as Reclamadas. Entretanto, a apreciao desse tpico de responsabilidade do D. Juzo que julgar o presente feito. Finalmente, com relao ao requerimento da aplicao das penas do art. 32, da Lei 8.906 ao patrono do Reclamante, este profissional prefere ignor-lo e manter sua postura, cultivada durante mais de 20 anos de, em qualquer lide, ater-se nica e exclusivamente s partes e aos fatos objetos do litgio, no se manifestando sobre o nobre trabalho exercido pelo profissional da parte contrria. Posto isso, REQUER o Reclamante a procedncia total da ao, com a condenao das Reclamadas nos termos da pea exordial, inclusive com o reconhecimento do vnculo empregatcio desde 02 de outubro de 2000. Termos em que pede deferimento.

So Paulo, 25 de fevereiro de 2004.

IRINEU HOMERO DE SOUZA OAB/SP n 71.196

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