Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Ab Cartilha Hortas+Escolares+Miolo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 14

ORIENTAES PARA IMPLANTAO E MANUTENO DA HORTA ESCOLAR E COMUNITRIA

Programa Hortas Escolares e Comunitrias

Apoio:

Realizao:

Apoio:

Realizao:

Esta publicao foi realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Segurana Alimentar e Nutricional.
Elaborado por: Wellington Ferrari da Silva Engenheiro Agrnomo Departamento Tcnico da Secretaria Municipal Adjunta de Segurana Alimentar e Nutricional - Prefeitura de Belo Horizonte

permitida a reproduo parcial ou total desta cartilha, desde que seja citada a fonte. No permitida a comercializao. Esta publicao foi realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Segurana Alimentar e Nutricional.

Secretaria Municipal Adjunta de Segurana Alimentar e Nutricional Rua Tupis, 149 - 2. Andar Cep: 30190-060 - Belo Horizonte-MG Telefone: (31) 3277-4885 - email: gapco@pbh.gov.br

9 - SAUL BIANCO; ANTNIO CARLOS MACHADO ROSA e colaboradores. Hortas Escolares. O Ambiente horta escolar como espao de aprendizagem no contexto do Ensino Fundamental. Florianpolis: Instituto Souza Cruz, 2005. 77p. 10 - CREAR Y MANEJAR UM HUERTO ESCOLAR; Roma, FAO, 2006.208p. Site: www.fao.org/docrep/009/a218s/a218s00.htm

INTRODUO A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal Adjunta de Segurana Alimentar e Nutricional - SMASAN, desenvolve e executa programas e projetos visando o incentivo a produo de alimentos, entre os quais o Programa Hortas Escolares e Comunitrias. Buscando implementar este programa, a SMASAN, por meio da sua Gerncia de Apoio a Produo e Comercializao de Alimentos - GAPCO, desde outubro de 1993, tem prestado assistncia s hortas, atravs da elaborao de projetos, acompanhamento tcnico, fornecimento de sementes, mudas, compostos orgnicos e ferramentas. Este programa tem como objetivo o estmulo formao de hortas escolares da rede municipal de ensino e em espaos comunitrios. Plantio em pneus Assim, como do conhecimento geral, as verduras e legumes so indispensveis alimentao do ser humano, melhorando, consideravelmente, o balano vitamnico e sais minerais que compe sua dieta, contribuindo, desta forma, para um melhor desenvolvimento fsico e mental. Diferentes tipos de hortas existentes: 1.1 Hortas Comunitrias As hortas comunitrias possuem a caracterstica principal de serem conduzidas por grupos de pessoas que, dividem s reas de cultivo, o trabalho, as despesas e a produo de hortalias. Possibilitam maior oferta de alimento de

qualidade, contribuem para o aumento de seu consumo e para reduo do preo final desses produtos. A implantao de hortas comunitrias possibilita melhoria das condies de vida dos grupos sociais, em especial, os que vivem em situao de insegurana alimentar e nutricional; aumenta a gerao de renda e eleva as oportunidades de trabalho. uma atividade, alm de prazerosa, sinnimo de sade e economia na renda familiar. Isso mostra que a agricultura urbana pode ser praticada por qualquer classe social, j que as hortas comunitrias aproximam as pessoas e que possibilitam mais sade e economia. 1.2 Hortas Escolares Com uma horta escolar, pode-se atingir vrios objetivos: - Melhorar a educao dos alunos, mediante uma aprendizagem ativa e integrada a um planejamento curricular de conhecimentos tericos e prticos envolvendo diversos contedos; - Produzir verduras e legumes frescos e sadios a baixo custo. Para isso basta que as hortalias sejam plantadas e cuidadas com carinho e dedicao; - Proporcionar aos alunos experincias de prticas ecolgicas para a produo de alimentos, de tal forma, que possam transmiti-las a seus familiares e conseqentemente aplic-las em hortas caseiras e comunitrias; - Melhorar a nutrio dos alunos complementando os programas de merenda escolar com alimentos frescos, ricos em nutrientes e sem contaminao por agrotxicos. Alm de todos os aspectos educacionais abordados com a horta escolar, importante que os alunos aprendam tambm a consumir as hortalias produzidas. O aluno pode aprender a prepar-las de forma criativa e ser informado sobre seu valor nutritivo, ao participar do seu preparo, e ter satisfao

Bibliografia Complementar 1 ALICE WATERS. O Ptio Comestvel da Escola. Learning in the Real World. 1999.63p. ELLEN REGINA MAYH NUNES. Alfabetizao Ecolgica um caminho para a sustentabilidade. 2 IRINEU TAMOIO (Coordernador). Cadernos de Educao Ambiental. Instituto Ecoar para a cidadania; Braslia: WWF, 2002. 164p. 3 JUAN IZQUIERDO. Hidroponia Escolar (verso em portugus). Santiago, Chile. 2000. www.rlc.fao.org/prior/sergalim/aup/tecno.htm 4 LOU ANN DIETZ; IRINEU TAMAIO. Aprenda Fazendo: Apoio aos processos de Educao Ambiental. Braslia. WWF Brasil. 2000. 386p. 5 LCIA LEGAN. A Escola Sustentvel. Eco-alfabetizando pelo Ambiente. So Paulo: Imprensa Oficial do Estado de So Paulo: Pirenpolis GO: IPEC, 2004. 171p. 6 LOURDES MARIA GRZYBOWSKI (tradutora). A horta Intensiva Familiar. Centro de Educacin y Tecnologia. Rio de Janeiro: ASPTA, 1999. 7 MARSHA HANZI. O Stio Abundante. Co-criando com a Natureza. Lauro de Freitas, Bahia, 2003. 48p. 8 NOVA ESCOLA: Revista do Ensino Fundamental. Revista da Editora Abril/Fundao Victor Civita Av. das Naes Unidas, 7221, 6 andar 05425902 So paulo SP telefone: 0800-112055. site: www.novaescola.com.br

nutrientes (100 g de cal, 30 g de cido brico ou brax, 100 g de sulfato de cobre, 160 g de sulfato de magnsio e 30 g de sulfato de zinco, para 20 litros de calda), constituindo um fungicida muito eficiente no controle de vrias doenas de hortalias e de culturas perenes. No caso de hortalias, realizar tratamento preventivo atravs de pulverizaes foliares quinzenais. 6 - Recomendaes Gerais No use inseticidas qumicos, j que muitos dos produtos da horta so consumidos crus, o uso de inseticidas podem trazer problemas srios sade; Evite usar gua contaminada; regue os canteiros com gua limpa. O uso de gua poluda faz mal a sade. Plantar ervas aromticas e flores em volta da horta, as flores atraem insetos benficos (inimigos naturais) e as ervas ajudam a afastar determinadas pragas; Nunca deixe o solo totalmente exposto ao sol, (use sempre uma cobertura vegetal); Corrigir o solo e fazer sempre uma adubao orgnica para as plantas ficarem bem nutridas e resistentes; Fazer rotao de cultura: aps a colheita de um tipo de hortalias em um canteiro, devemos plantar um outro tipo de hortalia, neste mesmo canteiro, fazendo assim uma rotao.

ao consumir o que ajudou a cultivar. A existncia de hortas nas escolas importante para enriquecer a alimentao, ajudar na mudana de hbitos alimentares e despertar o interesse dos alunos pela natureza. 1.3 No contexto escolar, identificamos trs tipos de hortas: Hortas Pedaggicas : So aquelas onde a principal finalidade a realizao de um programa educativo preestabelecido. A horta escolar, como eixo organizador, permite estudar e integrar sistematicamente ciclos, processos e fenmenos naturais. Superando s reas de cincias naturais, os professores podem abordar problemas relacionados com outras reas do conhecimento de forma interdisciplinar, como: matemtica, histria, geografia, cincias da linguagem, entre outras. Hortas de Produo: Visam complementar a alimentao escolar atravs da produo de hortalias. Hortas Mistas: Possibilita desenvolver tanto um plano pedaggico quanto melhorar a nutrio dos alunos mediante a oferta de alimentos frescos e sadios. 2 - HORTALIAS As hortalias so muito importantes para o organismo, porque contm vitaminas e minerais que desempenham dupla funo no corpo humano, como reguladores ou protetores, quando atuam contra doenas, e como construtoras, quando participam na formao dos tecidos. As hortalias fornecem, principalmente, pr-vitamina A, vitaminas do

complexo B e vitaminas C, alm de minerais como clcio, fsforo e ferro, e fibras necessrias ao bom funcionamento dos intestinos. Entretanto, a sade s ser preservada se o consumo de hortalias for diversificado, isento de contaminao por patgenos ou agrotxicos e equilibrado nutricionalmente. No Brasil, o consumo de hortalias por habitante, ainda baixo quando comparados com pases europeus, asiticos, entre outros. Ainda que parte da populao esteja consciente da necessidade de consumir esses produtos na alimentao diria, fatores como preo, costume e falta de produtos de qualidade tm contribudo para seu baixo consumo. Uma das formas de tornar esses alimentos disponveis para a populao brasileira, sensibilizar e capacitar pessoas para a implantao de hortas escolares, familiares e comunitrias. Duas caractersticas importantes facilitam o cultivo de hortalias por grande parte da populao: 1) a maioria das hortalias, principalmente as folhosas, pode ser plantada em reas pequenas e 2) seus ciclos vegetativos so curtos, portanto, demandam pouca mo-deobra at a colheita.

Iscas com cascas de citros (laranja, limo, tangerina, etc.) para controle de formigas savas. Cortar em pequenos pedaos as cascas dos citros e espalh-los prximo a entrada dos formigueiros. Controle de fungos (agentes causadores de algumas doenas) a) Calda Bordalesa A calda bordalesa o resultado da mistura de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e gua. Para preparar 10 litros da calda necessrio: Um dia antes dissolver 100 gramas de sulfato de cobre em um litro de gua, utilizando um balde de plstico. Reservar. Colocar 100 gramas de cal virgem em um balde com capacidade de 10 litros e adicionar aos poucos nove litros de gua, para dissolver bem a cal. Logo aps, acrescentar bem lentamente e mexendo sempre a soluo de sulfato de cobre reservada. Para ver se a calda no ficou cida, pode-se fazer o teste da faca, mergulhando uma faca de ao comum bem limpa, por 3 minutos, na calda. Se a lmina da faca sujar, isto , adquirir uma colorao marrom ao ser retirada da calda, indica que essa est acida, devendo-se adicionar mais cal na mistura; se no sujar, a calda esta pronta para o uso. Convm lembrar que a calda bordalesa perde a eficcia com o passar do tempo, por isso deve ser usada at, no mximo, trs dias depois de pronta. b) Calda de Viosa Esta calda nada menos que a calda bordalesa suplementada com

Ch de losna para controle de lagartas e lesmas Derramar um litro de gua fervente sobre 30 g de folhas secas e deixar em infuso por 10 minutos. Diluir em 10 litros de gua e pulverizar sobre as plantas. Controle de lagartas e lesmas. Controle de insetos (pragas) em geral

Vamos conhecer o valor nutritivo de algumas hortalias no quadro 1.


Quadro 1: Valor nutritivo de algumas hortalias*

Vitaminas Hortalias A (mcg) C (mcg) B1 (mcg) B2 (mg) Fe Ca

Sais Minerais (mg) P Mg Mn Na

a) Alho em gua Esmagar quatro dentes de alho e deixar curtir em um litro de gua por 12 dias, aps este perodo, diluir em 10 litros dgua e pulverizar. Auxilia no controle de insetos sugadores. b) Alho, sabo de coco, leo mineral e gua Moer 100 gramas de dentes de alho e deix-los em infuso por 24 horas em cinco mililitros de leo mineral. Em outro vasilhame dissolver 10 gramas de sabo de coco em meio litro de gua. Misturar tudo e filtrar. Utilizar em pulverizaes foliares, diludo em 10 litros de gua, para o controle principalmente de pulges e cochonilhas. c) Ch de folhas de arruda Levar ao fogo folhas de arruda com gua fervente por 10 minutos. Coar e aplicar depois de esfriar. Utilizar em aplicaes foliares para o controle de insetos em geral. d) Fumo de rolo e gua Picar 20 gramas do fumo de rolo, em 50 ml de lcool, 50 ml de gua e deixar curtir na gua por 48 horas, depois coar e diluir em 10 litros de gua e pulverizar sobre as plantas para o controle de pulges e cochonilhas.

Abbora Alface Batata -doce Berinjela Beterraba Cenoura Chicria Coentro Couve Inhame Mandioca Mostarda Nabo Pepino Pimento Quiabo Rabanete Tomate

280 102 350 5,0 2,0 1.100 330 533 750 5,0 2,0 700 473 2,0 200 31 25 60

9,5 10 23 1,2 35,2 26,8 6,8 75 108 9,8 49 57,3 19,3 14 126 25,8 25 34,3

55 87 89 60 50 60 70 150 96 100 300 110 70 30 20 40 30 80

100 187 25 45 50 50 140 280 247 83 72 220 70 40 30 80 35 113

0,7 1,1 0,9 0,4 2,5 0,6 1,5 2,0 2,2 4,0 0,5 5,6 0,52 0,23 0,4 0,5 1,71 1,67

12 38 40 17 32 56 29 110 330 25 43 221 56 10 12 62 138 9,0

27 42 62 29 40 46 27 45 66 50 140 66 47 21 28 19 64 43

10 26 0 90 17 17 18 0 32 0 0 0 2,0 10 11 0 10 13

0 0,6 0 0 0,5 0,6 0,3 0 0 0 0 0 0 0 0,2 0 0 0,1

32,1 12 36,6 38,2 249,2 53,7 105,3 0 243,8 30,7 40,6 49 63,6 20,4 28,2 56,3 86,5 42

* As quantidades fornecidas so relativas a 100g de alimento cru.

2.1 Quando colher as hortalias A colheita deve ser efetuada apenas quando a hortalia atingir seu ponto ideal de desenvolvimento. Razes e algumas hortalias folhosas (alface, chicria, mostarda e outras) colhem-se, simplesmente, arrancando as plantas. Outras hortalias, tambm folhosas, como salsa, cebolinha e rcula, colhem-se varias vezes, cortando as folhas selecionadas. J a couve, se colhe retirando as folhas mais velhas e maiores. Se a hortalia for utilizada na alimentao escolar, ento deve ser colhida pouco antes, pois assim a sua riqueza em vitaminas e sais minerais mxima. Entretanto, essa atividade deve ocorrer nos horrios mais frescos do dia. 3 - IMPLEMENTAO DA HORTA ESCOLAR 3.1 - O que devemos plantar? Algumas hortalias so mais apreciadas pelos alunos, entretanto, recomenda-se variar ao mximo, utilizando tanto as folhas (alface, couve, salsa, cebolinha, mostarda, etc), como os tubrculos (cenoura - raiz, rabanete - raiz, cebola - bulbo, etc), e outras (quiabo, abbora, tomate, etc), porque uma alimentao mais diversificada tem melhor qualidade nutricional e contribui para boa sade de todos. Recomenda-se tambm o plantio de espcies medicinais que podem ser usadas para varias indicaes teraputicas, segundo a ANVISA, como babosa, erva-doce, camomila, alcachofra, boldo e hortel. Para definir a quantidade de hortalias a ser plantada preciso fazer um planejamento da produo a partir de levantamento semanal da necessidade de

5.2 Vamos controlar as pragas e doenas das hortalias? As hortas implantadas conforme as sugestes dadas neste caderno no tero maiores problemas com insetos pragas e doenas. Caso ocorram alguns insetos (grilo, pulges e lagartas) e moluscos (lesmas e caracis), etc., recomenda-se a catao desses seres. Surgindo plantas doentes, a eliminao delas o controle mais eficaz. Mos a obra! Vamos catar as pragas que comem as nossas hortalias? Algumas vezes, necessrio o uso de produtos caseiros para eliminar alguns desses problemas. Assim sendo, so apresentadas, a seguir, algumas receitas, muitas encontradas na literatura da sabedoria popular, com potencial de minimizar a situao. 5.2.1 Defensivos caseiros Armadilha (isca) atrativa para controle de lesmas e caracis Colocar sacos de linhagem molhados no leite entre os canteiros atacados, por dois dias. Aps este perodo, retirar as armadilhas e eliminar os animais. Colocar cascas de chuchu em um local mido, prximo s reas com infestao de lesmas e caracis. Recolher as cascas aps o aparecimento desses animais. Armadilha atrativa para controle de lagartas Misturar 50 ml de melao, 10 ml de detergente neutro e biodegradvel em um litro de gua e colocar em garrafas plsticas com uma janela aberta de modo a permitir a entrada das borboletas atradas pela mistura.

manuteno da umidade do solo, para o controle do mato, para o aumento de produo e evita a eroso, entre outros fatores. Desbaste ou raleamento: feita quando so realizados plantios diretamente sobre os canteiros. Ao plantar algumas hortalias como cenoura, rabanete, comum que as sementes em sulcos e covas fiquem muito prximas. Quando as plantinhas estiverem com mais ou menos 5 cm de altura, aquelas que estiverem em excesso devem ser arrancadas e o espaamento entre elas deve ser mantido. Escarificao: a terra dos canteiros deve ser afofada frequentemente para melhorar sua aerao e possibilitar a penetrao da gua de irrigao. Estaqueamento: consiste em colocar estacas em plantas com crescimento indeterminado, encontradas em determinadas variedades de tomate. Possibilita maior produo e facilita a colheita dos frutos. Rega: diariamente nos horrios de temperaturas mais amenas, ou em caso de necessidade, duas vezes por dia. As plantas precisam de umidade para seu desenvolvimento. Entretanto o excesso de gua pode prejudic-las e favorecer o aparecimento de doenas. A rega deve ser feita lentamente, de maneira que a gua no escorra por cima do canteiro. Rotao de culturas: a prtica de variar o local de cultivo de uma mesma espcie de hortalia. Ajuda na defesa das plantas contra pragas, alm de restaurar as propriedades e fertilidade do solo. De forma geral, recomenda-se que aps o plantio de uma hortalia folhosa se realize o cultivo de razes, e que aps a colheita das razes, se prepare o canteiro para o plantio de uma hortalia folhosa. Ex: alternar cenoura, beterraba ou outra raiz com alface, salsa, chicria, etc.

consumo desses alimentos pelos alunos. Assim sendo preciso conhecer o ciclo de vida e a produo de cada espcie de hortalia, o que cultivar, quando colher e quanto necessrio produzir. Com base nesse planejamento da produo, pode-se tambm calcular o espao na horta para produzir uma determinada hortalia. 3.2 - Que tipo de ferramenta precisamos para nossa horta? As principais ferramentas utilizadas nas hortas escolares so:

Carrinho de mo transporte de ferramentas e de insumos para a horta;

Escarificador possibilita afofar a terra dos canteiros;

Enxada auxilia na abertura de covas, capina, revolvimento do solo e formao de canteiros;

4.3. E como manter as hortas no recesso escolar? Enxadinha (sacho) Auxilia na capina dos canteiros e na semeadura; Para evitar que o mato tome conta da rea das hortas escolares nos perodos de recesso escolar, recomenda-se o plantio de espcies que no requerem muitos cuidados (milho), ou que favorecem a fertilidade do solo, como as leguminosas (feijo, nabo forrageiro, etc). 5. Manuteno da horta escolar 5.1. Como conservar a nossa horta? Irrigao (mangueira, regador e aspersores) Equipamentos utilizados na rega (irrigao) das hortalias; Algumas tarefas so importantes para manter a horta em condies ideais de produo. Adubao de cobertura: para o bom desenvolvimento das hortalias que permanecem mais tempo nos canteiros necessrio complementar a adubao de plantio com mais adubo orgnico. Amontoa: consiste em chegar terra s plantas para fix-las ao solo. 3.3 Vamos escolher o local mais adequado para a instalao da nossa horta? A rea deve ficar prxima a escola e distante de fossas e esgotos. conveniente que seja arejada, recebendo a luz direta do sol. O excesso de sombra compromete muito o desenvolvimento das hortalias, entretanto, no necessrio que o local fique longe das rvores, porque elas abrigam pssaros que so teis no controle de insetos. Capina: as hortalias competem com o mato que cresce nos canteiros por luz, nutrientes e gua. Mesmo assim, no necessrio retirar todo o mato dos canteiros. Capinar apenas aquele que estiver abafando ou prejudicando as hortalias. Cobertura do solo ou mulch: consiste em distribuir palha ou resduos vegetais sobre as linhas de plantio e nas entre linhas. Essa atividade contribui para a

Estacas e barbantes Servem para marcao dos canteiros;

Pulverizador utilizado nas pulverizaes foliares com defensivos alternativos para controle de insetos e pragas.

4.2. Como produzir as mudas de hortalias? As mudas podem ser preparadas em canteiros, espaos alternativos como, por exemplo, pneus e caixotes ou atravs do uso de bandejas de isopor, que so encontradas no mercado com diferentes tamanhos de clulas para a semeadura, sendo as mais adequadas as bandejas de 128 clulas. Esses espaos devem ser cheios com substrato, que podem ter composies variadas de terra, areia e esterco, ou ser obtido diretamente em lojas especializadas, na forma industrializada. Logo aps distribuio do substrato, realiza-se a rega e o plantio das diferentes sementes de hortalias. As bandejas prontas devem ser colocadas em local para proteo das plantinhas, recm germinadas, da ao do sol, vento e da chuva forte. Independente do sistema utilizado para a obteno das mudas, muito importante utilizar sementes de boa qualidade, pois o sucesso da horta depende em grande parte delas. possvel definir a quantidade de mudas necessrias para uma determinada rea de plantio. Inicialmente calcula-se rea a ser ocupada pela hortalia a partir do espaamento especfico para cada espcie. Por exemplo: para o plantio da cultura da alface, utiliza-se o espaamento de 0,25 m x 0,25 m, que corresponde a uma rea de 2 0,0625 m da planta. Para calcular o 2 plantio de um canteiro de 15 m , 2 2 basta dividir 15m por 0,0625m , que dar o total de 240 mudas para plantio nessa rea.

O terreno deve ser cercado para evitar a entrada de animais. Outra preocupao evitar reas alagadias; no caso de no ter outra alternativa, fazer valetas para drenagem do excesso de gua. Finalmente, necessrio ter gua disponvel e de boa qualidade (pura e sem contaminao) para a rega diria das plantas.

3.4 Como organizar s reas de plantio da nossa horta? No espao aonde ser implantado a horta, os canteiros devem ser orientados para receber sol na maior parte do dia e, nas reas com declividade, os canteiros devem ser organizados em sentido contrrio cada do terreno. O plantio alternativo seria uma outra forma de implantar uma horta, onde so utilizados pneus, garrafas pets, caixotes e tubos de PVC. Deve-se escolher cuidadosamente as hortalias a serem plantadas. Ao plantar, variar ao mximo os tipos de hortalias.

3.5 - E como vamos preparar s reas para o plantio? Preparo do terreno: o preparo do terreno um dos fatores que contribuem para o xito da horta. O local deve ser limpo, capinado e livre de pedras, tocos e plantas invasoras. Aps a sua limpeza, revolve-se a terra com enxado para que fique bem fofa, por fim, usar o ancinho para tornar o solo o mais plano possvel. Os canteiros devem ser organizados em relao inclinao do terreno, tomando-se o cuidado de respeitar o relevo dos morros e encostas. Podem ter formas variadas, sendo os tradicionais construdos com 60 a 80 cm de largura, 20 cm de altura e comprimento varivel de acordo com o tamanho da horta. Entre os canteiros deixar um espao de 60 a 80 cm para facilitar as atividades com os alunos e os trabalhos de manuteno da horta.

Quadro 2 Informaes Tcnicas para algumas hortalias.

Espcie

Espaamento Entre linhas (m) 2,50 1,50 0,30 0,25 0,25 0,25 1,00 0,20 0,20 0,15 0,20 0,25 0,40 0,50 0,80 0,40 1,00 1,00 0,25 0,20 0,40 1,00 1,20 1,00 1,00 0,20 0,50 0,15 0,80 Entre plantas (m) 2,50 1,00 0,30 0,25 0,25 0,25 0,50 0,10 0,10 0,10 0,05 0,25 0,40 0,50 0,30 0,30 0,50 0,50 0,15 0,15 0,40 0,30 0,40 0,50 0,20 0,05 0,50 0,15 0,40

Rotao de cultura (prximo plantio)

3.6. Como fazer a correo do solo? A correo do solo, tambm chamada de calagem, consiste em corrigir a sua acidez, utilizando principalmente o calcrio. Segundo recomendaes tcnicas, a aplicao desse produto no solo deve ocorrer pelo menos uns trs meses antes do plantio das hortalias.

Abbora Abobrinha Acelga Agrio Alface Almeiro Beringela Beterraba Cebola Cebolinha Cenoura Chicria Couve Couve-flor Ervilha Espinafre Vagem Jil Alho Rcula Mostarda Pepino Pimenta Pimento Quiabo Rabanete Repolho Salsa Tomate

Cenoura, rabanete Cenoura, rabanete Jil, beterraba Jil, beterraba Cenoura, abbora Cenoura, abbora Cenoura, abbora Alface, couve, repolho Alface, couve, repolho Salsa Almeiro, alface, couve Cenoura, beterraba Cenoura, beterraba Cenoura, beterraba Rabanete, abobrinha Rabanete, abobrinha Alface, cenoura Alface, couve, repolho Cenoura, rabanete Cenoura, rabanete Cenoura, rabanete Repolho, beterraba Alface, rabanete Alface, rabanete Alface, rabanete Alface, couve Alface, couve Cebolinha Vagem

4. Iniciando o plantio da horta 4.1. Como plantar? Algumas espcies de hortalias necessitam passar, inicialmente, pelo plantio em sementeira e, quando as plantinhas estiverem com 4 ou 5 folhas, podero ser transplantadas para canteiros definitivos. Exemplos: acelga, alface, agrio, beterraba, cebolinha, rcula, mostarda. Outras espcies so plantadas definitivamente em canteiros. Ex: cenoura, rabanete, espinafre e salsa.

3.7 Que tipos de adubos e como adubar? O composto orgnico pode ser feito na prpria escola e/ou entidade a partir da coleta seletiva de lixo e dos restos vegetais tais como: cascas de legumes, de ovos, de frutas matria verde, poda de grama e folhas verdes ou secas, ou restos de cultura matria seca. O lixo coletado nesses locais dever ser separado em vasilhas Orgnico Papel especiais. Para separar corretamente o lixo, use marrom Plstico Metal para orgnico, vermelho para plstico, verde para Vidro vidro, amarelo para metal e azul para papel. Uma alternativa para preparar o composto orgnico por meio de uma composteira cuja montagem segue as seguintes etapas: 1) Escolha um lugar protegido (na sombra) com rea de aproximadamente 1,50 m x 1,50 m, ou separe um caixote para depositar a matria orgnica, ou ainda um tonel de plstico furado. 2) Deposite uma camada de 15 cm de restos vegetais que deve conter aproximadamente quatro partes de matria seca para cada parte de matria verde. Regue-a com um chuveiro fino. Para cada camada de restos vegetais, acrescente uma pequena quantidade de esterco de mais ou menos 5 cm. Se tiver terra frtil, cinza, coloque uma camada fina (1 a 2 cm) sobre o esterco. 3) Siga colocando alternadamente as camadas de restos vegetais, esterco e outras, at a altura de 1,50 cm ou no mximo de 1,80 cm. Cubra a superfcie com um saco molhado, ou com uma fina camada de terra ou capim para proteger o monte do excesso de sol e gua. Uma vez por semana, retirar o composto e manter a umidade correta.

4) Revire o composto, uma vez por semana, e mantenha a umidade correta do composto. Para avaliar qual a umidade adequada, peque um punhado do substrato na mo e aperte: se no surgir gua porque esta seco demais ; se sair algumas gotas, porque esta bom e se escorrer gua entre os dedos, porque h umidade em excesso de substrato. 5) Em dois meses, o composto orgnico estar pronto e poder ser utilizado como adubo. 6) O composto dever ser colocado nos locais de plantio, na mesma quantidade recomendada. 7) O composto orgnico mais efetivo do que o esterco puro porque enriquece o solo com matria orgnica vegetal trabalhada pelos microorganismos e ainda, possibilita economia de esterco que geralmente escasso e caro.

PREPARAO DO COMPOSTO ORGNICO

RESTOS ORGNICOS

COBERTURA E CAMADAS DE PALHA OU CAPIM SECO

1 CAMADA 2 CAMADA 3 CAMADA

SOLO

MOLHAR E REVIRAR SEMANALMENTE PARA MISTURAR AS CAMADAS

AR (O2)

SOLO

SOLO

COMPOSTO ORGNICO

SOLO

Você também pode gostar