Pr e ps-colheita

de Frutas e Hortalias
Prof. Dra. Adriana Dantas
Tecnologia de Produtos de Origem
Vegetal I
UERGS, Caxias do Sul, RS

Introduo
Frutas e hortalias continuam vivas mesmo

aps a colheita
Processos biolgicos + alto teor de gua livre:

ALTAMENTE PERECIVEIS
No Brasil estima-se que entre a colheita e a

mesa do consumidor ocorrem perdas de at

40% das frutas e hortalias produzidas

Qualidade de frutas e
hortalias
Aparncia visual : frescor, cor, defeitos e

deteriorao,
Textura: firmeza, resistncia e integridade do
tecido
Sabor e aroma
Valor nutricional e Segurana do alimento
qualidade microbiolgica e da presena de

contaminantes qumicos
Perdas qualitativas dos produtos podero

comprometer seu aproveitamento e rentabilidade.

Perdas ps-colheita
fatores que contribuem:
grande dimenso territorial
disperso na produo
distncia dos centros de consumo e
exportao
deficincia da rede de armazenamento
excesso de oferta

Organizao das Naes Unidas para

a Agricultura e a Alimentao (FAO),
Brasil desperdia, por ano, comida que poderia alimentar 62 milhes de pessoas.
Mais de 60% do que plantado se perdem entre colheita, transporte, processamento

e hbitos alimentares.
Total de desperdcio no pas,
10% ocorrem durante a colheita
50% no manuseio e transporte dos alimentos
30% nas centrais de abastecimento

10% diludos entre supermercados e consumidores.

Perdas no Brasil
Confederao Nacional da Agricultura (CNA):
transporte rodovirio de gros o prejuzo anual - R$ 2,7 bilhes
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa):
famlia de classe mdia joga no lixo, por ano, 182,5 quilos de

alimentos
centrais de abastecimento nacionais 26 milhes de toneladas
de alimentos
suficiente para abastecer 35 milhes de brasileiros, mais do que o dobro

dos 14 milhes que, segundo o IBGE, esto em situao de fome crnica

no pas.

restaurantes, lancherias e outros estabelecimentos do gnero.

refeies coletivas - 15%.

nas casas- 20%.

No caso dos restaurantes h um atenuante para os donos: por lei,

Congresso internacional Save

Food (Economize Comida):
Um tero de todos os alimentos produzidos no

mundo para consumo humano

desperdiado.:
joga-se no lixo ou se perde pelo caminho

quantidade de comida que poderia erradicar

completamente a fome no planeta
atinge atualmente mais de 900 milhes de
pessoas.

Global Food Losses and Food Waste

(Perdas e Desperdcio de Alimentos no Mundo)
1,3 bilho de toneladas de alimentos so

desperdiados por ano;

Quantidade equivale a mais da metade de toda
a colheita de gros no mundo;
Oito vezes toda a produo brasileira de gros
em um ano;
Mundo emergente e os pases desenvolvidos
desperdiam mesma quantidade de
alimentos:
670 milhes de toneladas por ano nos pases ricos
630 milhes nas naes em desenvolvimento.

Reduzir perdas
Reduzir as perdas pode significar um impacto imediato

e significativo nos meios de subsistncia e na segurana

alimentar,
So desperdiadas grandes quantidades de alimentos
devido s normas de qualidade que do excessiva
importncia aparncia.
As pesquisas indicam que os consumidores esto
dispostos a comprar produtos que no cumpram as
exigncias de aparncia caso no sejam nocivos e
tenham um bom sabor
Adoo de projetos de educao das crianas nas
escolas e apoia iniciativas polticas para mudar a atitude
dos consumidores.

Fatores de pr-colheita
Qualidade final do produto aps a colheita
prticas culturais como semeadura
pH do solo,
espaamento,
Irrigao
controle de plantas daninhas
Adubao
Fertirrigao
Poda
Controle fitossanitrio,
Raleamento

Fatores de clima
Temperatura, umidade, radiao, precipitao e vento

Prticas culturais
O plantio, a escolha dos cultivares, espaamento,

a eficincia dos sistemas de irrigao e

drenagem, entre outras vrias prticas culturais,
so aspectos importantes que devem ser
considerados ainda na fase de planejamento.
Os fatores de produo so de grande

importncia na fase de estabelecimento de um

plantio comercial, pois o zelo destas prticas pode
afetar diretamente na qualidade final dos frutos e
hortalias.

Seleo de variedades
Retm suas qualidades na fase de ps-colheita
caractersticas genticas, bioqumicas e fisiolgicas endgenas e fsicas.
tolerantes a uma variao negativa de condies climticas no

campo
potencial produtivo
durao dos estdios de desenvolvimento
vegetativo, reprodutivo
caractersticas do fruto
formato, peso mdio, espessura da polpa e da casca, sabor, aroma,
contedo de slidos solveis e textura
facilidade de comercializao
susceptibilidade a doenas e pragas
conservao ps-colheita
resistncia ao transporte
disponibilidade das sementes
referncia do mercado consumidor.

Semeadura
escolha da melhor poca de plantio
semeadura tardia
colheita de frutos com o grau de maturao

inadequado
afeta a sua tolerncia ao manuseio a
armazenamento
plantio mais indicada relativa a disponibilidade
de umidade no solo maior, com estabelecimento
do sistema radicular e crescimento inicial mais
rpido das plantas
uma produo e colheita de boa qualidade

Plantios Dezembro a Abril

produtividade reduzida

Espaamento
o uso adequado de uma populao de

plantas por rea;

essencial no s para prevenir a
reduo no desenvolvimento, como
tambm a tolerncia dos produtos s
condies ps-colheita de manuseio e
armazenamento;
Proporcionar maiores produes por
rea,
os frutos alcancem pesos mdios

menores,
reduzem a qualidade dos frutos
competio por nutrientes
reduz a circulao do ar

Irrigao
Estresse hdrico na planta
efeito nocivo na aparncia externa e suculncia dos tecidos

maduros
reduz o peso fresco bem como o valor do fruto
Sua utilizao em regies com escassez de chuva
aumento na produtividade dos pomares e lavouras
melhoria da qualidade dos frutos
melhor distribuio na oferta de frutos

Qualidade da gua de irrigao

atendimento das necessidades hdricas de cada cultura
corrigir o dficit hdrico do solo,
permite planta manter contnuo fluxo de gua e nutrientes para

as folhas,
favorece a fotossntese e a transpirao
obteno de plantas mais vigorosas, com frutos maiores e

Fertilizao
Adubao adequada confere s plantas maior

produtividade, melhor qualidade dos frutos, maior tolerncia

e resistncia a pragas e doenas.
Efeito do nitrognio (N) na produo marcante, entretanto
na qualidade do fruto menos eficaz.
Altos nveis de N aumenta o rendimento da cultura
Retarda a maturao de frutos e hortalias
Diminui a sua vida til ps-colheita

Efeito do Potssio (K) no desenvolvimento vegetativo,

menos acentuado, mas, na produo e qualidade dos frutos

notado.
afeta a qualidade dos produtos agrcolas,
deficincia de K provoca queda de frutos na colheita, reduo

no tamanho casca fina, menor resistncia ao armazenamento e

transporte, gelatinizao de gomos, diminuio nos slidos

Deficincia de boro

Espaamento x fertilizao x produo

de frutos

Controle Fitossanitrio
a) Monitoramento
retirar e destruir os restos culturais e materiais infectados
realizar podas para manter uma boa aerao do pomar
controle de pragas e doenas com produtos qumicos, na pr-

colheita,
b) poca de aplicao
Considerar - biologia da praga, o ciclo da doena e o estdio em

que a planta se encontra.

Doenas preventivo
Pragas curativo
Aplicar um inseticida ou acaricida no pomar se constatar a
presena de um inseto ou caro causando danos que
justifiquem esse tratamento.
Definido como sendo aquele em que a populao das pragas no
pomar atingiu nveis de dano econmico

Controle qumico
c) Carncia do produto
Intervalo de segurana ou perodo de carncia o prazo entre a

ltima aplicao do agrotxico e a colheita ou comercializao

da fruta, a fim de que os resduos se reduzam ao teor tolervel
ao consumo humano.
Cuidar que o intervalo entre a ltima aplicao do defensivo e a
colheita dos frutos, para que o resduo se encontre abaixo do
mnimo considerado satisfatrio pelos padres toxicolgicos
atuais.
d) Toxidade
Por se tratar de produtos txicos ao homem e animais, como

seu prprio nome indica, os agrotxicos so agrupados em

classes de diferentes nveis de toxicidade.
A distino do seu grau de periculosidade feita pela cor da
faixa colocada na base do rtulo dos produtos.

Uso de fitohormnios
Manipular a qualidade e as caracterstica ps-colheita
Etileno
promovem o amadurecimento dos frutos e hortalias.
desverdecimento e colorao natural dos frutos.

Aplicao de cido giberlico (GA3)

melhora a qualidade dos frutos
retardar a maturao e o tempo de colheita
frutos maiores e mais resistentes.
O GA3 bastante utilizado para retardar a ocorrncia de

desordens, em citrus, o fruto permanece por um tempo

maior na rvore.
Ethrel ou Etephon (cido 2- cloroetilfosfnico)
utilizado para a iniciao da florao
amadurecimento controlado de abacaxi,
acelerao da absciso em uvas e cereja

Fatores climticos e ambientais

Fatores climticos exercem um fator fundamental na qualidade ps-

colheita dos frutos e hortalias

Temperatura e luminosidade
aumento da temperatura pode reduzir o crescimento da planta, e ou

antecipar a colheita.
Valores extremos de temperatura podem contribuir para a incidncia de

diversos tipos de desordens fisiolgicas, podendo assim reduzir a sua

vida til de prateleira
Laranjas expostas ao sol so mais leves, casca mais fina e suco com

maior teor de slidos e menor acidez

Densidade de plantio afeta a recepo da luminosidade, quanto mais

prximo for o plantio menos doce ser o fruto

Vento, Precipitao e Umidade

O vento pode danificar os frutos jovens em virtude do atrito

com as partes vegetais, reduzindo a qualidade e predispondoos s doenas e desordem fisiolgicas.

Excesso de chuvas dificulta o preparo de solo e favorece o

desenvolvimento de patgenos
Combinao de chuvas pesadas com ventos tem efeito danoso

sobre os frutos e o crescimento das plantas

Precipitaes elevadas durante o florescimento dificulta o

trabalho dos insetos polinizadores, alm de lavarem os gros

de plen das flores
Combinao de umidade e temperatura propicia as condies

ideais para o desenvolvimento de doenas que afetam

Colheita
No que se refere ao tipo de colheita, o

mais utilizado a colheita manual, at

nos pases de primeiro mundo, porque
essa tem as vantagens de provocar
menos danos aos produtos, menor
investimento capital e seleo acurada
da maturidade.
A colheita manual no necessita de mo

de obra especializada como na colheita

mecnica e nem causa danos aos
produtos, pois neste ltimo provoca um
impacto dos frutos em uma superfcie
dura no ato da colheita, vibraes e atrito
entre os prprios frutos, causando
perdas na qualidade e vida de prateleira
destes produtos.

Colheita frutas e hortalias

Ponto de colheita
O ponto timo de colheita depende do uso que se far do

produto: consumo direto ou processamento.

ndices de maturao:
Cor
desenvolvimento da hortalia ou da fruta
firmeza da polpa
teor de slidos solveis (SST)
Acidez
Ratio
concentrao de etileno
dias aps a florao
aparncia.

Consideraes sobre a colheita

A colheita dos vegetais deve ser realizada nos horrios mais

frescos do dia e os produtos mantidos protegidos de

temperaturas elevadas.
Evitar colher aps chuvas intensas, bem como quedas

excessivas das frutas e hortalia

Evitar o super enchimento das caixas no campo.
Cuidados para evitar danos e perdas na ps-colheita em
frutos sensiveis: morango, cerejas, amoras, etc.
Higiene no campo, como o uso de embalagens adequadas
(normalmente caixas plsticas), limpas, desinfetadas,
empilhadas de forma a no estar em contato com o solo e
transportadas o mais rpido possvel para o processamento.
Os equipamentos e instrumentos utilizados na colheita e no
manuseio devem ser limpos e sanitizados atravs de
lavagem com produtos qumicos adequados,

Consideraes sobre a colheita

Estdio de maturidade do vegetal
Contaminao biolgica durante a colheita - o trabalhador

entra em contato direto com o produto.

Fontes de contaminao potenciais:
o solo, a gua, o ar, as mos, os recipientes, etc.

Produtos danificados ou deteriorados devem ser retirados

Equipamentos e contentores que entrarem em contato com

os produtos colhidos devem ser prprios para tal finalidade

e feitos de material atxico e sem salincias e cantos.
Contentores para lixo, subprodutos, partes no-comestveis

ou substncias perigosas devem ser devidamente

identificados e construdos com material apropriado.

Fatores de ps- colheita

Transporte para o galpo de embalagem
frutos colhidos so entregues a outros operrios que os

transportam em cestos, balaios, caixas ou carros de mo, at o

trator ou diretamente ao galpo
Manuseio no galpo de embalagem
perda de qualidade se no forem observadas as caractersticas

recomendadas e as condies de manuseio.

O galpo de embalagem deve ser estruturado com reas

sombreadas para proteger o fruto enquanto aguarda o

processamento na linha de acondicionamento.
Quando os frutos so recepcionados recomendado no

fumar, comer ou beber na linha de produo, e evitar o uso

de unhas longas ou adereos como anis e pulseiras, que
possam ferir os frutos.

Recomendaes
A contaminao cruzada em produtos frescos um problema que

deve ser evitado atravs de medidas preventivas.

a. frutas e hortalias frescas que no se prestarem para o

consumo humano devem ser separadas durante os processos de

produo e colheita;
b. os trabalhadores envolvidos com a colheita no devem

carregar nos contentores destinados produtos colhidos outros

materiais, como alimentos, agrotxicos, entre outros;
c. equipamentos e contentores utilizados previamente para o

transporte de substncias txicas (agrotxicos, esterco, lixo) no

devem ser utilizados para o manuseio de frutas e hortalias
frescas;
d. prevenir-se contra a contaminao das frutas e hortalias

frescas ao proceder a embalagem no campo, tomando-se o

cuidado de no contaminar o produto pela exposio dos

Seleo e Classificao do Produto

Produto deve ser colocado em embalagens apropriadas
Produtos com diferentes graus de maturao e tamanho

devem ser separados.

Seleo por maturao, tamanho, forma, bem como a
remoo dos produtos injuriados
Na recepo das Unidades processadoras
matria-prima deve ser submetida inspeo de qualidade.
caractersticas indesejveis para o processamento, como

injrias fsicas, podrides e outros sinais de deteriorao, deve

ser rejeitada
matria-prima deve ser estocada antes do processamento,
deve-se manter refrigerao, a uma temperatura de

estocagem de acordo com o produto e com umidade

relativa do ar de aproximadamente 90%.
A perda excessiva de umidade deve ser considerada,

Procedimentos de Sanificao
de Frutas e Hortalias
Preveno da contaminao preferida sobre aes

corretivas em produtos contaminados.

Mnima manipulao durante colheita, seleo e descarte do

produto danificado, limpeza dos equipamentos

Tcnicas adequadas de estocagem para reduzir

contaminaes, deteriorao e manter as frutas e hortalias

em timas condies higinico sanitrias.
As frutas e hortalias so normalmente contaminadas com

microrganismos em sua superfcie, em funo do tipo de

produto e do manejo e prticas agrcolas as quais a cultura foi
submetida durante seu desenvolvimento.
Contaminaes provenientes do uso de gua contaminada

na irrigao e da utilizao de esterco no curtido, que pode

ser fonte de contaminao por Salmonella.

Processos de desinfeco
Tipos de microbiota natural encontrados nos produtos

frescos
Pseudomonas, Alcaligenes, Flavobacterium, Micrococcus,

coliformes e bactrias do cido lctico.

A maioria dessa microbiota natural inofensiva.
Durante e aps a colheita, ocorrem muitas condies

simultneas, favorveis ao crescimento dos

microrganismos:
manuseio inadequado, a contaminao cruzada, a temperatura

inadequada, provocando aumentos na velocidade de respirao

do produto e produo de calor.
A reduo da contaminao microbiana importante j que

ela diminui a deteriorao, melhorando a aparncia e o

valor nutritivo dos produtos.

Programa de desinfeco
intensivo
Fundamental pois dele resulta a excluso ou reduo de

patgenos.
Frutos de natureza delicada
tm sua vida til reduzida depois de umectados, tais como

morangos, outros tipos de bagas e uvas.

Para esses produtos que no toleram contato com a gua
devem ser usados tratamentos alternativos para reduo da
sujidade como o uso de escovas, jatos de ar e acabamento,
descartando-se folhas manchadas, razes secundrias, produtos
com defeitos e deteriorados.
Frutas mais macias
lavadas sobre correias transportadoras, borifando-se sprays de

gua sobre elas.

Frutas mais slidas
frutas ctricas, mas e pras podem ser lavadas em

dispositivos rotativos ou em condutos de gua.

Razes so tipicamente limpas em escovadores, constitudo

Qualidade da gua
A lavagem inicial para remover as impurezas superficiais pode

ser realizada com gua pura ou com gua que contenha

detergentes ou sais de permanganato.
A gua usada na lavagem pode se tornar contaminada -

recomenda-se a filtragem frequente e deve ser trocada com

frequncia
Conduzir testes microbiolgicos na gua e no gelo utilizados nos

processos de sanitizao e nos sistemas de resfriamento.

Testes mais habitualmente utilizados
o nmero total de coliformes,
coliformes fecais, e E. coli.
bons indicadores da contaminao da gua.

Procedimentos para a limpeza de frutas e

hortalias
1. Remoo das impurezas atravs de uma

limpeza a seco, escovao ou aspirao;

2. Lavagem inicial com gua para remover as
impurezas da superfcie;
3. Lavagem com um agente sanificante
(geralmente um agente qumico);
4. Enxgue final com gua potvel, podendo
conter 10 ppm de cloro, e posterior secagem.

Consideraes sobre a ps-colheita

Produtos frescos podem ainda sofrer contaminaes fsicas

e qumicas ao serem transportados e armazenados.

Evitar que produtos frescos contaminados (presena de
podrides e agentes patognicos) e imprprios ao consumo
humano sejam misturados antes do transporte
Remover o mximo possvel sujeiras
solo, pedaos de madeira, pedras, entre outros.

Evitar temperaturas elevadas,

No expor os produtos a danos mecnicos ou fisiolgicos
Matria orgnica em decomposio pode propagar

microrganismos pelas dependncias e atrair insetos que

transmitem organismos causadores de doenas.

Estratgias de melhoria e controle da

qualidade ps-colheita
Sistemas de Garantia de Qualidade como as Boas Prticas

Agrcolas e/ou Produo Integrada de Frutas e Hortalias e

as Boas Prticas de Fabricao, o resfriamento, o
armazenamento refrigerado e o uso de revestimentos
(comestveis ou no).
Resfriamento ps-colheita de frutas e hortalias
O resfriamento rpido dos produtos de suma importncia

na conservao e no prolongamento da vida til dos

produtos, pois altas temperaturas afetam a qualidade das
frutas e hortalias ao interferir nos processos vitais, tais
como:
a) respirao;
b) maturao e a produo de etileno e outros volteis;
c) perda de peso (H2O);
e ) desenvolvimento e disseminao de microorganismos.

Princpio de cada mtodo de

resfriamento
Riscos Associados aos Mtodos de Resfriamento
Utilizao do ar - atravs de cmara frigorfica especial ou

tnel de resfriamento
Microorganismos encontrados na poeira e em gotculas de gua

podem penetrar nos produtos durante a utilizao desses

sistemas de refrigerao.
Ao se usar um sistema de resfriamento a ar, importante

manter as condies sanitrias adequadas nas

dependncias.
Mtodos de resfriamento que utilizam o gelo e a gua ou

ambos so os que apresentam o maior potencial de

contaminao para as frutas e verduras.

Mtodos de conservao
Escolha depende do tipo de produto e da disponibilidade de recursos

econmicos ou tecnolgicos.
Armazenamento Refrigerado
Uma vez removido o calor de campo, os produtos podem recuperar o calor

se no forem armazenados de modo adequado.

A fim de se usufruir os benefcios do resfriamento, e quando julgar-se

apropriado, as frutas e hortalias frescas devero ser armazenadas sob

condies refrigeradas.
O armazenamento em baixa temperatura associado ao controle de umidade

pode prolongar a vida til dos produtos agrcolas frescos contribuindo para a
manuteno de suas caractersticas desejveis sensoriais e nutricionais,
podendo tambm minimizar o crescimento dos microrganismos nos produtos
agrcolas.

Armazenamento de mais de um produto no mesmo

ambiente
A umidade relativa e a atmosfera gasosa (oxignio, dixido

de carbono e etileno) estabelecer um equilbrio entre esses

fatores.
Alta umidade relativa pode manter a textura
mas pode tambm facilitar o crescimento microbiano.

Alguns produtos que so altamente sensveis ao etileno no

podem ser armazenados juntamente com produtos que

apresentam produo elevada de etileno
Durante o armazenamento muitos compostos volteis so

acumulados na atmosfera de armazenamento.

Etileno - a remoo na atmosfera pode reduzir os processos
fisiolgicos relacionados ao amadurecimento e senescncia.

Embalagem
Crucial para a manuteno da

qualidade dos produtos,

Protege os frutos contra danos
mecnicos;
Dissipar os produtos da respirao,
Permiti a ventilao para evita
acmulo de gs carbnico e calor;
Ajustar-se s normas de manejo,
tamanho, peso
Ser fcil de abrir;
Ser de custo compatvel com o do
produto.
A embalagem deve ser homognea .

Embalagem
O produto deve ser embalado apropriadamente, devendo-se

evitar misturas de produtos doentes com sadios.

uvas e os morangos no so lavados.
so embalados no campo imediatamente aps a colheita.
A embalagem no campo gera uma situao onde a

contaminao pode ocorrer facilmente se os recipientes e os

materiais no forem manipulados cautelosamente.
Faz-se necessrio fazer algumas recomendaes para os

produtos embalados no campo de produo, como:

Evitar o contato direto dos produtos embalados com o solo;
Todos os recipientes, cestas ou caixas vazias devem ser

desinfetados antes do uso;

Os recipientes usados para embalagem devem ser
armazenados em um local limpo e seco, afastado do campo;

Revestimentos Comestveis e
Ceras
Coberturas e filmes comestveis podem ser definidos como

uma camada fina e contnua de substncia alimentcia

formada ou depositada sobre o alimento,
Oferece barreira aos gases, vapor-de-gua, aromas, leos, etc,
Propicia a proteo mecnica e tambm conduzindo

antioxidantes, aromas, antimicrobianos aos alimentos.

Podem ser feitos de muitos tipos diferentes de polmero
pectina, protenas, leos, amido, etc.
podendo ser biodegradveis e/ou comestveis, dependendo dos

aditivos utilizados.
Aplicadas s frutas e hortalias frescas para melhorar sua

aparncia e para evitar perdas de umidade.

Proteo de produtos minimamente processados

Pr-resfriamento
O pr-resfriamento consiste em reduzir

rapidamente a temperatura da fruta j palletizada

at a temperatura de armazenamento ou
transporte.
A melhor maneira de se resfriar uma carga

palletizada com ar forado em cmara fria.

A umidade relativa do ar durante o resfriamento

deve ser mantida em 85% a 95% para evitar perda

de gua nos frutos

Armazenamento
O armazenamento de frutos e hortalias um

trabalho de grande importncia, uma vez que

o manuseio inadequado ou a queda da cadeia
de frio poder comprometer a qualidade do
produto.
Os danos pelo frio manifestam-se por

amadurecimento anormal (falta de aroma,

acompanhado pelo aparecimento de manchas
escuras na casca) e dependem da cultivar.

Transporte
A temperatura de transporte deve ser idntica

temperatura de armazenamento.
O caminho (continer) deve ser refrigerado antes do
carregamento, pois estas unidades servem apenas para
manter o frio.
No porto, caso haja necessidade de espera, a cadeia de frio
no deve ser interrompida (ALVES, 2000).
De acordo com o produto e mercado consumidor, ou seja, o
destino final daquele material que se decide qual o tipo de
transporte que vai se utilizar, se em carga seca (carroceria
de caminhes) ou em contineres (caminhes frigorficos).

Transporte
No transporte dos produtos do campo para o packing house

e destes para o mercado consumidor, algumas

consideraes so necessrias:
Os reboques e recipientes devem estar livres de sujeira visvel e

de partculas de alimentos;
Odores ftidos podem indicar contaminao microbiolgica e
prticas de limpeza insatisfatrias;
As unidades de transporte no devem conter qualquer
condensao de gua e no devem estar midas;
Lacres hermticos so altamente recomendados afim de se
evitar a contaminao ambiental durante o transporte;
Dispositivos para a monitorao de temperatura precisam ser
implementados afim de se monitorar o desempenho do sistema
de refrigerao.