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Depressao Pós Parto

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Centro Educacional CETEC Araraquara

Curso Tcnico em Enfermagem Sade Mental

Gestao em Sade Mental


Tristeza Ps-Parto, Depresso e
Psicose Puerperal

Enfer Esp. Cleber

A gestao e o puerprio so perodos da


vida da mulher que precisam ser
avaliados com especial ateno, pois
envolvem inmeras alteraes fsicas,
hormonais, psquicas e de insero social,
que podem refletir diretamente na sade
mental dessas pacientes
(CAMACHO et. al. 2006)

Puerprio...
Fase de alteraes no mbito
social, fsico e psicolgico da
mulher.
Inicia-se aps o parto at 3
meses. Nas primparas pode
se estender. A inexperincia
associada, e sentimentos de
ansiedade,medo,insegurana,
entre outros, somatizam e
produzem um quadro de
instabilidade.
(SILVA, BOTTI)

Mulher, encontra- se
na fase de maior risco
de
transtornos
mentais em relao a
outras fases da vida

Os transtornos psiquitricos foram classificados na Dcima Reviso


Internacional da doenas(CID10).Eles no so considerados
distrbios mentais especficos do puerprio , mas sim associados
a ele, ou seja, o parto atua como um fator desencadeante devido
fragilidade psicolgica qual a mulher se expe.

Se classificam em:
Sndrome da Tristeza Ps Parto
(Puerperal Blues);

Depresso Puerperal ou Ps Parto;

Psicose Puerperal

(CHENIAUX JR apud ZANOTTI et al, 2003)

Puerperal Blues
Acomete os primeiros dias, atingindo pico no 4|
5 dia, e remetindo de maneira espontnea, no
mximo 2 semanas.

Choro fcil

Labilidade de humor
Irritabilidade
Comportamento hostil com
familiares e acompanhantes
(CAMACHO et. al. 2006)

Puerperal blues - Tratamento


No precisa tto
farmacolgico;

Psicoterapia enfatizando a
educao e o equilbrio
emocional da puerperal.

Depresso ps parto(DPP)
Depresso, sndrome ou doena que inclui
alteraes de humor, cognitivas, psicomotoras e
vegetativas
um importante
problema de sade
pblica afetando tanto a
sade da me quanto o
desenvolvimento do seu
filho.

As manifestaes,
acontecem na maioria dos
casos , a partir das quatro
primeiras semanas de ps
parto e alcana
intensidade mxima nos
seis primeiros meses.

Depresso Ps- Parto (DPP)


Adolescentes: 16-44%

Prevalncia- trimestre:
1 T- 7,4%

2x maior que nas gestantes


adultas

2 T- 12,8%
3 T- 12%
(CAMACHO et. al., 2006 apud Bennet et. al.
2004)

Falta de maturidade afetiva e de


relacionamento;
Abandono dos estudos.
(CAMACHO et. al., 2006 apud.SZIGETH e RUIZ, 2001)

A prevalncia da DPP est entre


10 e 20% .Estudo no RJ,
prevalncia de 12% de depresso
no terceiro ms do ps parto.

Em outros trabalhos:13,3%
(Recife/PE),13,4% (na validao
do Edmburg Pos Natal
Depresson Scale para o Brasil)

Fatores de risco
Idade 16 a;
Menor escolaridade;
Histria transtorno prvio;
Eventos estressantes experimentados
ltimos 12 m;
Conflitos conjugais;
Ser solteira| divorciada;
Desemprego ( pte ou cnjugue);
Baixo suporte social;
Personalidade vulnervel;
Abortamentos espontneos ou de
repetio;

(CAMACHO et.al., 2006)

tristeza ps parto
depresso pr natal
baixa auto- estima
ansiedade pr natal
gravidez no planejada
tentativa de interromper a
gravidez
transtorno disfrico pr
menstrual
sentimentos negativos em
relao a criana.

Alteraes humor nveis de estrgeno e


progesterona brusca ps-parto Depresso
puerperal;
Hereditariedade: mulheres mais sensveis a
variaes hormonais em qualquer momento de
sua vida;
(CAMACHO et.al. apud BLOCH
et. al., 2003)

ETIOLOGIA= FAT. RISCO+ FAT. HORMONAIS+


FAT. HEREDITRIO

Sintomas
Choro fcil
Labilidade afetiva
Irritabilidade

desnimo persistente

sentimento de culpa

alterao do sono

idias suicidas

temor de machucar o
filho
(MORAES et al 2006)

diminuio do apetite e
da libido
diminuio do nvel de
funcionamento mental
presena de idias
obsessivas e
supervalorizadas

Tratamento

Psicoterapia
Tratamento
farmacolgico

(anti depressivos)
(Moraes et al 2006)

Assistncia de Enfermagem
Aplicao de escalas:
1987- EPDS(Edinburg Posnatal Depression
Scale)
10 questes sintomas comuns Depresso

2000 -PDSS(Pospartum Depression Screnning


Scale)
35 itens que alvaliam 7 dimenses
Rastreia casos e estabelece diagnsticos e tratamento
precoces

Assistncia de Enfermagem

Suporte social e emocional dos familiares;


Acompanhamento cuidadoso de mes no
pr natal e puerprio;
Encaminhamento para profissionais
especializados;
Anlise do risco do uso de psicofrmacos
na lactao.
(Moraes et al 2006)

Psicose Puerperal
Incio mais abrupto

Estudos: 2\3 mulheres com


psicose, apresentaram
nas 2 semanas aps parto

(CAMACHO et. al., 2006)

Sintomatologia
Delrios que envolvem
os filhos
Alucinaes
Estado confusional
Sintomas depressivos,
manacos ou mistos

Sintomas depressivos, mais do que


os manacos, em geral esto
associados aos quadros que ocorrem
infanticdio ou suicdio
(CAMACHO et. al., 2006 apud CHAUDRON e PIES, 2003)

Suicdo raro. No entanto mais


incidente nas pts com transtorno,
nesse perodo, necessitando
interveno hospitalar.
- risco de

infanticdio
e suicdio

Diagnstico e tratamento
precoces: risco de infanticdio,
suicdio e complicaes graves no
desenvolvimento fetal

Esquizofrenia-> DPP, Baixo Peso, malformaes


cardiovasculares, - circunferncia enceflica
Depresso Maior-> + risco de complicaes na
gravidez, trab. Parto, perodo neonatal,
anormalidades placentrias, hemorragia e
sofrimento fetal.
CAMACHO et. al. 2006 apud JABLENSKY et. al. 2005)

Tratamento

Psicofarmacologia
Psicoterapia
Tratamento
psicossocial
Hormonal
Eletroconvulsoterapia
Intervenes psicossociais
e hormonais
- Eficientes
CAMACHO et. al. 2006

Psicoterapia interpessoal
Estratgias cognitivocomportamental
Intervenes
farmacolgicas

+ Eficientes!!!!

Tratamento Hormonal
Estrgeno
Interao com os receptores
dos ncleos e membranas
celulares
Sntese, liberao metabolismo
Neurotransmissores
Nora, Acetil, Dopa e Serotonina
(CAMACHO et. al. 2006, apud STAHL, 2006)

Psicofrmacos
Antidepressivos
Estabilizadores de humor e
anticonvulsivantes: Carbonato de Ltio,
Carbamazepina, Valproato|Divalproato,
Fenitona
Antipsicticos: Risperidona, Haloperidol
Benzodiazepnicos: Alprozolam,
Diazepam, Clonazepam
(CAMACHO et. al. 2006)

Assistncia de Enfermagem
ATENO: Psicofrmacos e
lactao

ISRS ( antidepressivos: Sertralina e Paroxetina)menos presentes no leite materno


(CAMACHO et. al. 2006, apud HABERG e MATHESON, 1997)

Seguras: baixo risco

Risco Moderado:

CONTRA- INDICAO !!!!

Sulpirida

Haloperidol

Maioria tricclicos

Fenotiazina (doses
baixas)

Clozapina

Triptofano
Moclobemida
Benzodiazepnicos (dose
baixa e nica)

IMAOS
Mirtazapina

Antipsicticos ltima
gerao

ISRS

Zolpidem

Trazodona

Valproato (doses baixas)

Benzodiazepnicos

Fenitona

Betabloqueadores

Carbonato de Ltio

TRISTEZA PUERPERAL

DEPRESSO PUERPERAL

CONCEITO

Distrbio psquico
leve e transitrio

Transtorno psquico de moderado


a severo com incio insidioso

PREVALNCIA

50 a 80%

10 a 15%

MANIFESTAO

Inicia-se no 3 at
o 4 dia do puerprio

Incio insidioso na
2 a 3 semana do puerprio

SINTOMAS

Choro, flutuao de humor,


irritabilidade, fadiga,
tristeza,
insnia,
dificuldade de
concentrao,
ansiedade relacionada
ao beb.

Tristeza, choro fcil, desalento,


abatimento, labilidade, anorexia,
nuseas,
distrbios de sono,
insnia inicial e pesadelo,
idias suicidas,
perda do interesse sexual.

CURSO E
PROGNSTICO

Remisso espontnea de
uma semana a dez dias

Desenvolve-se lentamente em s
emanas ou meses, atingindo
assim um limiar;
o prognstico est intimamente
ligado diagnstico precoce e
intervenes adequadas.

TRATAMENTO

Psicoterapia enfatizando a
educao e o
equilbrio emocional da
purpera

Psicoterapia, farmacologia.
Eletroconvulsoterapia
(casos especiais)

PSICOSE PUERPERAL

Distrbio de humor psictico


apresentando perturbaes mentais graves

0,1 a 0,2%

Incio abrupto nas duas ou trs semanas aps o parto

Confuso mental, agitao psicomotora,


angstia,
insnia, evoluindo
para formas manacas,
melanclica ou at mesmo catatnicas.

Pode evoluir mais tarde


para uma depresso. O prognstico depende
da identificao precoce e intervenes no quadro

Psicoterapia, farmacologia,
eletroconvulsoterapia e internao
(casos especiais)

Referncias

MORAES,I,G,S;PINHEIRO,R,T;SILVA,R,A;HORTA,B,L;SOUSA,P,L,R,S;FARIA.A,D.Pr
evalncia da depresso ps parto e fatores associados.Rev Sade Pblica
2006;40(1)65-70. acessado 17/10/09 em
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40n1/27117.pdf
CRUZ,E,B,S;SIMOES,G,L,CURY,A,F. Rastreamento da depresso ps parto
mulheres atendidas pelo Programa de Sade da Famlia. Acessado
17/10/09 em http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v27n4/a04v27n4.pdf

em

SANTOS,M,F,MARTINS,F,C;PASQUALI,L. Escala de auto avaliao de depresso


ps parto: estudo no Brasil. Acessado 17/10/09 em
http://urutu.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol26/n2/artigo%2890%29.htm
SILVA,E,T;BOTTI,N,CL.Depresso Puerperal-Uma reviso de literatura.
Acessado;17/10/09 em http://www.fen.ufg.br/revista/revista7_2/reviso01_.htm
CAMACHO, R. S.; CANTINELLI, F. S.;RIBEIRO, C. S.; CANTILINO, A.; GONSALES, B.
K.; BRAGUITTONI, E.; RENN JR, R. Transtornos psiquitricos na gestao e
puerprio: classificao, diagnstico e tratamento. Rev. Psiq. Cln. Pgs. 92-102.
2006. Acessado 18|10|09 em:
http://www.scielo.br/pdf/rpc/v33n2/a09v33n2.pdf

OBRIGADA!!!

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