2 - Jateamento
2 - Jateamento
2 - Jateamento
Industrial
Profº. Ionaldo Passos
TRATAMENTO DE
SUPERFÍCIES METÁLICAS
Carepa de laminação
O aço carbono já sai da siderúrgica com uma camada de
óxido de ferro formada na superfície do metal no processo
de laminação a quente. A carepa se forma em perfis,
tubos, vergalhões e chapas, na faixa de temperatura entre
1.250°C e 450°C. A carepa de laminação, como não é
desejada em trabalhos de pintura, chega a ser classificada
como um contaminante muito especial. Basta aquecer
qualquer peça de aço em temperaturas dentro desta faixa
que o oxigênio reage com o ferro e forma-se a carepa. Na
laminação, o aço é aquecido para tornar-se mais dúctil e
para que seja possível passar as chapas entre os cilindros
laminadores. Durante o resfriamento, a chapa se recobre
de uma camada cinza azulada.
Carepa de laminação
A carepa tem as seguintes características: é aderente, impermeável,
dura e lisa. Apresenta espessuras de 15 até cerca de 500
micrometros – a espessura depende do tempo em que o aço fica
exposto a temperaturas elevadas, acima de 450°C; esta é a razão das
chapas grossas terem carepas mais espessas: quanto maior a massa
mais tempo demora para esfriar (inércia térmica).
Carepa de laminação
Uma análise rápida das características da carepa poderia
induzir à conclusão errada de que se trata de um ótimo
revestimento anti-corrosivo. Se comparássemos uma camada
de carepa com uma camada de tinta, expostas em um
ambiente altamente agressivo, pelo mesmo tempo, a pintura
apresentaria um desempenho superior. A explicação é que a
tinta apresenta flexibilidade suficiente para acompanhar os
movimentos diários de dilatação, por causa do calor do sol e de
contração, devido a temperaturas mais baixas durante as
noites. A carepa não possui flexibilidade suficiente e não
acompanha os movimentos do aço sobre o qual foi formada.
Por isso a carepa sofre fissuramento ou trincamento, por ter
coeficiente de dilatação diferente do aço e acaba levando
consigo a tinta, mesmo que esta esteja bem aderida.
Carepa de laminação
Outro problema da pintura sobre a carepa de
laminação é que, por ser uma superfície muito lisa, há
dificuldade de aderência da tinta.
CORROSÃO
CONCEITOS BÁSICOS
Limpeza química;
Limpeza manual;
Limpeza com ferramentas mecânicas manuais;
Limpeza com jateamento abrasivo;
Hidrojateamento e
Fosfatização.
Limpeza de Superfície
Limpeza Química
A maioria das graxas e óleos são insolúveis em água.
Existem graxas saponificáveis, isto é, passíveis de serem removidos
com uso de produtos alcalinos (soda cáustica). As peças geralmente
são limpas por meio de imersão ou banhos de spray a quente (40 a
60°C), em seguida é efetuado uma boa lavagem com água limpa.
Alguns tipos de óleos minerais não são saponificáveis e para a sua
remoção se faz necessário o uso de solventes orgânicos apropriados,
ou de tensoativos em formas de soluções (Detergentes) que é muito
eficiente, também na remoção de sais e óxidos solúveis. E muito
importante lavar bem as peças após a aplicação dos tensoativos para
remover possíveis resíduos do mesmo que irá interferir na aderência
da tinta.
Limpeza de Superfície
Jato ligeiro - Sa 1
Jato comercial - Sa 2
Jato quase branco - Sa 2 ½
Jato branco - Sa 3
Jateamento Ligeiro – Grau Sa 1 (BRUSH – OF)
O jato se move rapidamente sobre a superfície de
aço a fim de remover as escamas de laminação, óxido
e possíveis partículas estranhas.
Grau A Grau B
NA Limpeza manual
NA Limpeza mecânica
Sa 1
NA
Jato Ligeiro
Sa 2
NA
Jato Comercial
Sa 2.1/2
Quase Branco
Sa 3
Branco
Graus de corrosão
Grau C Grau D
Limpeza manual
Limpeza mecânica
Sa 1
Jato Ligeiro
Sa 2
Jato Comercial
Sa 2.1/2
Quase Branco
Sa 3
Branco
Limpeza com Jato Abrasivo
Tipos de Abrasivos
Granalha de aço: é usada,
quase sempre, em circuitos
fechados, a fim de se ter o
máximo de reaproveitamento.
Só é economicamente viável
quando o jateamento é feito
em ambiente onde o abrasivo
pode ser recuperado e
reaproveitado.
Limpeza com Jato Abrasivo
Tipos de Abrasivos
Granalhas sintéticas:
são usadas granalhas de
material duro como
carbonetos, escórias, e
até mesmo materiais
plásticos. Estes abrasivos
são ainda de pouca
aplicação no Brasil.
Limpeza com Jato Abrasivo
Tipos de Abrasivos
Esferas de aço, ferro
fundido ou vidro:
usados apenas para
pequenos trabalhos de
limpeza e para
tratamento mecânico
de endurecimento
superficial, sendo,
portanto, pouco comum
em pintura industrial,
de modo geral.
Limpeza com Jato Abrasivo
Tipos de Abrasivos
Outros materiais: poderão
ser usados em condições
especiais, como, por
exemplo, bauxita sinterizada,
carbonetos duros, escórias
de cobre, dentre outros.
Como alternativa de limpeza
de superfície pode-se utilizar
o jateamento com a areia
úmida e o hidrojateamento.
Limpeza com Jato Abrasivo
ORIENTAÇÃO NA APLICAÇÃO DO JATEAMENTO
1) Os trabalhos de limpeza com jato devem ser de modo a não
danificar a pintura já realizada, a qual deve ser protegida
adequadamente.
2) Equipamentos já montados devem ser protegidos com lonas
e exigem atenção especial.
3) Num turno normal de trabalho, um jatista usando bico de
4,5 mm (3/8") como pressão de 7 kg/cm2 - (100 psi) - deve render
em média o seguinte:
Jato branco - Sa 3...................................60 m2/dia/bico
Jato quase branco - Sa 2 ½ ............ 70 - 80 m2/dia/bico
Jato comercial - Sa 2 ...........................100 m2/dia/bico
Jato ligeiro - Sa 1.................. acima de 150 m2/dia/bico
Limpeza com Jato Abrasivo
ORIENTAÇÃO NA APLICAÇÃO DO JATEAMENTO
Tipo de substrato
Forma de aplicação
Tipo de contaminantes
Processo posterior
Tipos de Desengraxantes
Para materiais ferrosos: alcalinos, neutros,
protetivos, desfosfatizantes, especiais.
Para materiais não ferrosos: levemente alcalinos,
neutros, ácidos.
Formas de Aplicação
Aspersão (ação mecânica)
Imersão (com recirculação)
Equipamento portátil de água pressurizada (com
aquecimento)
Eletrolítico (corrente elétrica)
Fatores que afetam a eficiência de um desengraxante