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Medicao de Caudal

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INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO DE PROCESSOS

Aula 06 – Medição de Vazão

Departamento de produção Agrária

1
INTRODUÇÃO
 Definição de Caudal ou Vazão
É definida como sendo a quantidade volumétrica
ou mássica de um fluido que passa através de uma
secção de uma tubulação (ou canal) por unidade
de tempo.

2
INTRODUÇÃO
Aplicações da medição de vazão
Vazão é a variável manipulada do controlo do processo.
• Assim, por exemplo, se controla a temperatura pelo
controlo da vazão do fluido aquecedor (ou de
resfriamento);
• controla-se a pressão de um gás em um tanque de
volume constante pelo controlo da vazão de entrada
(ou de saída) do gás no interior do tanque
• Controla-se o nível de líquido em tanque pelo controlo
da vazão do líquido, na entrada ou na saída.

3
VAZÃO VOLUMÉTRICA
 
Vazão Volumétrica
É definida como sendo a quantidade em volume (V) de
um fluido que atravessa a secção de uma tubulação em
um intervalo de tempo (t).
𝑄 𝑣 =𝑉 / 𝑡
 
Ex.: m³/s
A vazão volumétrica também pode ser obtida pelo
resultado da multiplicação da área seccional pela média
da velocidade do fluido.
𝑄𝑣 =𝐴 . 𝑣
 

4
 
VAZÃO MÁSSICA
 Vazão Mássica
É definida como sendo a quantidade em massa (m) de um
fluido que atravessa a secção de uma tubulação em um
intervalo de tempo (t).

𝑄 𝑚=𝑚 /𝑡
 

A relação entre as unidades de medição de vazão


volumétrica e mássica pode ser obtida pela seguinte
expressão:
 𝑄𝑚=𝑄 𝑣 . 𝜌  
densidade

5
VISCOSIDADE
Viscosidade: É a resistência ao escoamento de um fluido em
um ducto qualquer. Esta resistência provocará uma perda de
carga adicional que deverá ser considerada na medição de
vazão.
A vazão de um fluido viscoso é chamada de vazão real e a
vazão de um fluido sem viscosidade é chamada de vazão
ideal. A vazão ideal nunca é conseguida na prática, pois todos
os fluidos possuem algum grau de viscosidade.

• Viscosidade absoluta ou dinâmica: Pa.s, poise (dyna.S/cm²) e


centipoise.
• Viscosidade cinemática: m²/s, stoke (cm²/s) e centistoke.
6
TIPOS DE VAZÃO
Regime Laminar: Caracteriza-se por um escoamento em
camadas planas, sem a passagem das partículas do fluido
de uma camada para outra e sem variação de velocidade.
Neste tipo de vazão, toda a turbulência é amortecida pela
acção da viscosidade (vazão laminar e vazão viscosa são
equivalentes).

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TIPOS DE VAZÃO
Regime Turbulento: Se caracteriza por uma mistura
intensa do líquido e oscilações de velocidade e pressão. O
movimento das partículas é desordenado e sem
trajectória definida. No entanto, o perfil de velocidade é
mais uniforme, ou seja, as diferenças de velocidade
presentes no líquido são menores.

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NÚMERO DE REYNOLDS:
Número de Reynolds: Número adimensional utilizado
para determinar se o escoamento se processa em regime
laminar ou turbulento. Sua determinação é importante
como parâmetro modificador dos coeficientes de
descarga.
  𝑉 . 𝐷 1,273 𝑄 𝑚
𝑅𝑒 = =
𝑣 𝐷. 𝜇
 V =velocidade (m/s)
D = diâmetro interno da tubulação (m)
= viscosidade cinemática (m²/s)
= viscosidade dinâmica (Pa.s)
= vazão mássica (kg/s)
9
NÚMERO DE REYNOLDS:
 
Observação:
Na prática, se , o fluxo é turbulento;
se o fluxo é transitório;
e se o fluxo é laminar.

Nas medições de vazão na indústria, o regime de


escoamento é, na maioria dos casos, turbulento com

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MEDIDORES INDIRECTOS
 Medidores indirectos: Perda de Carga Variável
Considerando-se uma tubulação com um fluido passante,
chama-se perda de carga dessa tubulação a queda de
pressão sofrida pelo fluido ao atravessá-la.
Os diversos medidores de perda de carga variável utilizam
diferentes tipos de obstáculos, provocando uma queda de
pressão.
Relacionando essa perda de pressão com a vazão,
determina-se a medição de vazão.

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MEDIDORES INDIRECTOS
1) Tubo de pitot
O tubo de Pitot é um tubo com uma abertura em sua
extremidade, colocada na direcção contrária da corrente
de fluxo de um duto.
O tubo de Pitot mede apenas a
velocidade do ponto de impacto e
não a velocidade média do fluxo.
Assim sendo, a indicação da
vazão não será correcta se o tubo
de impacto não for colocado no
ponto onde se encontra a
velocidade média do fluxo.

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MEDIDORES INDIRECTOS
1) Tubo de pitot
A diferença entre a pressão total e a pressão estática
fornecerá a pressão dinâmica, a qual é proporcional ao
quadrado da velocidade.
 
𝑃𝑑 =0,5. 𝜌 . 𝑉 2
 Onde:

pressão dinâmica (N/m² ou Pa)


massa específica do fluido (Kg/m3)
velocidade do fluido (m/s)

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Consiste basicamente de uma chapa metálica, perfurada de
forma precisa e calculada, a qual é instalada
perpendicularmente ao eixo da tubulação, normalmente entre
flanges.

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Ao encontrar o elemento primário,
ocorre um pequeno aumento da
pressão.
Ao passar pelo elemento primário,
o fluido aumenta a velocidade
diminuindo a pressão.
Posteriormente o fluido volta a
desacelerar e normalizar a
velocidade, aumentando a
pressão.

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
 
Montagem de placa de orifício.
Recomenda-se, um comprimento correspondente a 5
diâmetros a jusante de tubo recto e não obstruído,
enquanto que para a montante essa distancia varia a
partir de um mínimo de 10, dependendo do valor de e da
natureza e geometria da obstrução anterior.

  d (diametro do orificio)
β=   Recomenda-se
D(diametro da tubagem)

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Equação de continuidade
A equação da continuidade fornece a relação entre a
velocidade e a vazão instantânea de um fluido
incompressível.
Quando a área da tubulação varia de A1 para A2, a
velocidade do fluido também se altera de v1 para v2.

𝑄𝑣 =𝐴 1 .𝑉 1= 𝐴2 . 𝑉 2
 

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
A equação de Bernoulli para a vazão foi desenvolvida para
estabelecer a relação entre as velocidades e as pressões em
um fluido incompressível, cujo diâmetro varia em um trecho,
passando da secção 1 para a secção 2.
 
𝑣 21 𝑃1 𝑣 22 𝑃 2
+ + 𝑔 h1 = + + 𝑔 h2
2 𝜌 2 𝜌
 
Obs.: Em um trecho horizontal recto os termos se anulam.

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Igualando as equações da continuidade e Bernoulli obtém-
se:  
2 ( 𝑃 1 − 𝑃2 )

 
𝑣2=

D = diâmetro da secção 1
√ [ ( )]
𝜌 1−
𝑑
𝐷
4

d = diâmetro da secção 2
densidade do fluido

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
 
A equação de Bernoulli não pode ser aplicadas
directamente para escoamentos reais, pois a velocidade
média do fluido não é igual em todos os pontos.
A fim de permitir o uso prático da equação, é necessário
introduzir o coeficiente de descarga

O coeficiente de descarga é determinado em função do


tipo do elemento primário, da posição das tomadas, do
valor de , do número de Reynolds e do diâmetro da
tubulação.
20
MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Desta forma, a equação da vazão real é dada por:
𝑄 𝑟𝑒𝑎𝑙 =𝐶 . 𝑄 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜
 

A vazão real na tubulação (secção 2) pode ser calculada de


seguinte forma:  𝑄 =𝑄 =𝐶 . 𝐴 . 𝑣
𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑣 2 2
 Substituindo por pela equação anterior obtém-se a seguinte
expressão
 
𝜋𝑑
4
2 ( 𝑃1 − 𝑃2 )
𝑄 𝑣 =𝐶 ∗
4
√ [ ( )]
𝜌 1−
𝑑
𝐷
4

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
Vantagens dos medidores de caudal de Placa de Orifício:
• Simples e robusto;
• Boa precisão;
• Baixo custo;
• Facilidade de manutenção e troca

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MEDIDORES INDIRECTOS
2) Placa de Orifício
 
Desvantagens dos medidores de caudal de Placa de
Orifício:
• A placa de orifício pode deformar-se devido ao impacto
do fluido e pode por essa razão pode bloquear num
sistema mal desenhado ou instalado, ou quando o
fluido contem partículas solidas em suspensão;
• A perda de carga é maior comparativamente aos outros
medidores de fluxo baseados na medição da pressão
diferencial devido ao estrangulamento brusco;
• A precisão diminui com o aumento da razão
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MEDIDORES INDIRECTOS
3) Tubo de Venturi
O tubo Venturi combina, dentro de uma unidade simples, uma curta
“garganta” estreitada entre duas secções cônicas e está usualmente
instalada entre dois flanges em uma tubulação.
Seu propósito é acelerar o fluido e temporariamente baixar sua
pressão estática.

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MEDIDORES INDIRECTOS
3) Tubo de Venturi
VANTAGENS:
• Boa exactidão (±0,75%);
• Resistência a abrasão e ao acúmulo de poeira ou
sedimentos;
• Alta capacidade de medição com baixa perda de carga
(permite medição de vazão 60% superiores à placa de
orifício com o mesmo ΔP).
DESVANTAGENS:
• Custo elevado (20 vezes mais caros que uma placa);
• Dimensões grandes e incômodas;
• Dificuldade de troca uma vez instalado (manutenção).
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MEDIDORES INDIRECTOS
3) Tubo de Venturi

Nota: os métodos para a obtenção da vazão utilizando


“tubo de Venturi” são análogos aos já vistos com as placas
de orifício.

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MEDIDORES INDIRECTOS
4) Bocal de vazão
O princípio de operação é idêntico ao das placas de
orifício, constituindo-se em elemento primário gerador de
pressão diferencial; a relação entre a vazão e o diferencial
de pressão segue a equação descrita para placa de orifício.

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MEDIDORES INDIRECTOS
4) Bocal de vazão

• Utilizado em medições de vazão onde a velocidade do


fluído medido é muito alta ou corrosiva.
• Muito aplicado para medição de vapor superaquecido
em caldeiras (altas pressões e elevadas temperaturas).

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MEDIDORES INDIRECTOS: ÁREA VARIÁVEL
5) Rotâmetro
O fluido entra pela parte inferior do tubo
cônico no sentido vertical ascendente.
Ao encontrar o flutuador, uma força é
produzida para cima (arraste) e o flutuador é
suspenso até estabilizar em uma área anular
suficiente para a passagem de fluido.
O flutuador assume uma posição de
equilíbrio quando as forças para as quais é
submetido para cima (empuxo e arraste) e
para baixo (peso) são iguais.
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MEDIDORES INDIRECTOS: ÁREA VARIÁVEL
5) Rotâmetro
Vantagens dos Rotâmetros:
• Resposta linear;
• Simples e robusto;
• A queda de pressão é mínima e praticamente constante
Desvantagens dos Rotâmetros:
• O tubo deve ser montado verticalmente;
• Devido ao facto de que as leituras são feitas visualmente e
de que o flutuador tende a mover-se, a precisão é só
moderada;
• Tubos de vidro e plástico transparente tem limitação no seu
uso em relação a pressão e temperaturas elevadas.
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MEDIDORES INDIRECTOS: ÁREA VARIÁVEL
5) Rotâmetro

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MEDIDORES DIRECTOS: VELOCIDADE PELO IMPACTO
6) Turbinas
Consiste basicamente em um rotor provido de palhetas,
suspenso numa corrente de fluido com seu eixo de
rotação paralelo a direção do fluxo.

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MEDIDORES DIRECTOS: VELOCIDADE PELO IMPACTO
6) Turbinas
O rotor é acionado pela passagem de fluido sobre as palhetas em
ângulo. A velocidade angular do rotor é proporcional à
velocidade do fluido que, por sua vez, é proporcional à vazão.
Um sensor, localizado na parte externa do corpo do medidor,
detectam o movimento do rotor.

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MEDIDORES DIRECTOS: VELOCIDADE PELO IMPACTO
6) Turbinas
Vantagens da Turbina
• É o instrumento mais preciso disponível para medir
caudal (Exactidão 1%);
• É linear sobre um muito amplo intervalo de caudais.
• Resposta rápida e excelente reprodutibilidade.
• Fácil interface a sistemas de computação.
• Operação sobre um muito amplo intervalo de
temperaturas e pressões.

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MEDIDORES DIRECTOS: VELOCIDADE PELO IMPACTO
6) Turbinas
Desvantagens da Turbina:
• Possui peças moveis que giram sobre rolamentos que
podem sofrer desgaste com o tempo e constitui o
problema principal deste tipo de medidor.
• Qualquer excesso de velocidade pode danificar os seus
rolamentos.
• Requere que o fluxo a medir seja limpo, pouco abrasivo
e tenha propriedades lubrificantes.
• Alto custo de manutenção;
• Não é utilizável para fluidos de alta viscosidade.
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MEDIDORES ESPECIAIS
Os medidores de vazão tradicionais apresentam algumas
limitações pelo facto dos seus sensores primários
necessitarem ser submersos no fluxo a ser medido.
Estas características tem a desvantagem de produzir perda
de pressão na linha, como também o acúmulo de
partículas ou impurezas no sensor, podendo ocasionar
erros de medição.
Os medidores de vazão do tipo especial objectivam
superar exactamente essas limitações.

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MEDIDORES ESPECIAIS

 Electromagnético
 Ultrassónico
 Vortex
 Coriolis

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