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História da Psicologia

PROFESSOR MS. GABRIEL TADA BERTELLI


2

Vamos
retomar o
conteúdo
anterior?

Fonte: https://bit.ly/2O5n6bq
Acesso em: fevereiro de 2021
A modernidade e fundação da psicologia como 3
ciência:

O funcionalismo e a psicologia como


necessidade moderna.

 William James: darwinismo e


pragmatismo na Psicologia.
https://bit.ly/3wKTyBF
4

Ficou alguma
dúvida?

Fonte: https://bit.ly/3dAn3Po
5

UNIDADE 3
SEÇÃO 1
Behaviorismo PAVLOV, WATSON E SKINNER: A
PSICOLOGIA CIENTIFICAMENTE
COMPROVADA.
6

Precursores do
BLOCO 1
Behaviorismo
Reflexões iniciais 7

Trata-se de uma abordagem que teve grande


influência no mundo da Educação. Seus
pensamentos iniciais já se relacionavam
com a forma como as pessoas e os animais
aprendem determinados comportamentos.
Por causa das pesquisas com animais, é
comum que algumas pessoas desenvolvam
ideias equivocadas ou muito simplistas
sobre o behaviorismo.
https://bit.ly/3wI8qkl

TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 8

Um dos precursores do behaviorismo foi


Edward Lee Thorndike (1874-1949), que
direcionou sua investigação sobre o
comportamento animal para os seres
humanos. Thorndike procurava uma
explicação para as coisas através do controle
sistemático e rigoroso, típicos da ciência
positivista.

https://bit.ly/3mKFkvV
TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 9

Caixa Problema de Thorndike


https://www.youtube.com/watch?v
=Qw8Kyj7OO-s&t=84s

https://bit.ly/3mKFkvV
Precursores do Behaviorismo 10
Thorndike propôs o conexionismo: uma abordagem que acredita que há uma conexão
entre estímulos e respostas (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009). Ele elaborou princípios da
aprendizagem por tentativa e erro que foram bastante influentes na Psicologia,
principalmente no behaviorismo. Os princípios são:

2) Lei do Exercício:
1) Lei do Efeito: a ação
quanto mais frequente,
que leva à satisfação
mais recente e mais
tende a ser repetida, e a
intensamente uma
ação que mantém a
associação é realizada,
insatisfação tende a ser
maior a chance de
abandonada.
fixação.

TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 11

Um dos conceitos mais básicos do behaviorismo veio de um


pesquisador russo chamado Ivan Petrovich Pavlov (1849-
1936). Neurologicamente, o reflexo é uma reação do corpo
que não depende da escolha do sujeito, como aquela
conhecida batidinha no joelho que faz com que a perna se
mexa automaticamente. Entretanto, Pavlov fez uma
descoberta no mínimo intrigante: o reflexo condicionado
(FREIRE, 2008).

https://bit.ly/3uHhDHM

TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 12

Alterações no Alterações no
ambiente organismo

Reflexo
O tipo de interação mais simples entre um organismo e seu ambiente ocorre quando
uma alteração no ambiente produz uma alteração “involuntária”, “automática” no
organismo. Esse tipo de interação entre organismo e ambiente é chamada de reflexo.
Um reflexo, portanto, pode ser definido como uma interação entre organismo e
ambiente.
TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 13

Pavlov e sua equipe estudava a participação das glândulas salivares na digestão.


Em um de seus experimentos, coletava a saliva de cães assim que alimentos eram
apresentados a eles.

Existem, basicamente, duas categorias de reflexos: os reflexos inatos e os reflexos


aprendidos. Os reflexos inatos também são chamados de reflexos
incondicionados e os reflexos aprendidos são chamados condicionados.

TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 14

Experimento Pavlov:

https://bit.ly/3t8FXSk
TORRESS, 2016
Precursores do Behaviorismo 15

Dessa forma, é possível entender o conceito de reflexo condicionado: quando se


cumpre uma condição (estímulo), o reflexo então acontece (resposta). Essa se
tornou a fórmula básica para se entender um comportamento condicionado: a
relação estímulo-resposta, abreviado como E-R ou S-R. A fórmula S-R passa, então,
a significar a unidade elementar formadora do comportamento. Atualmente, o
conceito de reflexo condicionado também passou a ser chamado de
condicionamento clássico.

TORRESS, 2016
Vamos conversar? 16

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17

John Broadus Watson


BLOCO 2
(1878-1958)
John Broadus Watson (1878-1958) 18

 O Behaviorismo surge no começo do séc.XX

 “A idéia do behaviorismo é simples de ser formulada: é possível uma ciência do


comportamento". Baum (1999). Apesar das controvérsias sobre o sentido de "ciência"
ou de "comportamento", "todos os behavioristas concordam que pode haver uma
ciência do comportamento"

 Behaviorismo: conjunto de idéias sobre essa ciência chamada de análise do


comportamento.

 O sentido de comportamento sofreu transformações importantes.


TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 19

Objeto de estudo: o comportamento, ele próprio, e não como indicador de alguma


outra coisa, como indício da existência de alguma outra coisa que se expressasse
pelo ou através do comportamento.

No início do séc XX, os cientistas o


Idade Média, a igreja explicava a ação, faziam pela existência de uma mente:
o comportar-se pelo homem pela posse objetos e eventos criavam idéias nas
de uma alma. mentes e estas impressões mentais ou
idéias geravam seu comportamento.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 20

• Posições dualistas: o homem é concebido como tendo duas


naturezas uma mental e uma física.

• Demonstrar como essas naturezas se comunicam, já que estão em


planos diferentes.

• Circularidade do argumento: ao mesmo tempo em que essa alma ou


mente causavam e explicavam o comportamento, esse
comportamento era a única evidência desta alma ou desta mente.
TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 21

 Mentalismo: o acesso às idéias ou imagens se faria somente através


da introspecção, que seria então revelada através de uma ação, gesto
ou palavra.

 Modelo causal de ciência:


(a) o indivíduo passivo recebe impressões do mundo;
(b) estas impressões são impressas na sua mente constituindo sua consciência;
(c) consciência como entidade agente responsável ou local onde ocorrem
processos responsáveis por nossas ações.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 22

O Behaviorismo surge em oposição ao


mentalismo e ao introspeccionismo.
A ciência começou a colocar ênfase na
obtenção de dados ditos objetivos, em
medidas, em definições claras, em
demonstração e experimentação.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 23

O Behaviorismo metodológico.
"Por que não fazemos daquilo que podemos observar, o corpo de
estudo da Psicologia?" (Watson, 1924)
• Estudar o comportamento por si mesmo;
• Opor-se ao mentalismo;
• Aderir ao evolucionismo biológico;
• Adotar o determinismo materialístico;
• Usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a
introspecção;
• Realizar experimentação;
• Realizar testes de hipótese de preferência com grupo controle;
• Observar consensualmente. 
TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 24

Influência de várias tendências sobre o pensamento científico:


• Positivismo Social de Auguste Comte: postula a natureza social do
conhecimento científico, rejeita a introspecção e estabelece como critério de
verdade o observável consensual, isto é, o observável partilhado e
sancionado pelo outro. 

• Positivismo Lógico do Círculo de Viena: considerando que eu só tenho acesso


à informação que meus sentidos me trazem, não posso ter informações sobre
minha consciência, cuja natureza difere da de meu corpo. É verdade que não
posso negá-la, mas também não posso estudá-la.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 25

• Operacionismo: se somente tenho acesso às informações que meus


sentidos trazem, então a linguagem pela qual expresso e estruturo
essas informações é o mais importante em ciência. A definição dos
conceitos é fundamental, e definir é descrever as operações
envolvidas no processo de medir o conceito. Essa descrição deve ser
objetiva e referir-se a termos observáveis.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 26
• Observação: termo operação fundamental para o Behaviorismo

• Comportamento é o observável e, por definição, observável pelo outro,


isto é, externamente observável.

• Comportamento, para ser objeto de estudo do behaviorista, deve ocorrer


afetando os sentidos do outro, deve poder ser contado e medido pelo
outro.

• Observação consensual: necessidade de um treino rigoroso nos


procedimentos de registro e análise.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 27

À ciência, constituída de métodos próprios ao estudo do mundo


objetivo, caberia lidar apenas com o mundo que está 'fora' do
sujeito, o mundo que é compartilhado, acessível a outras
pessoas e com o qual, todos poderiam, potencialmente,
concordar.

TORRESS, 2016
John Broadus Watson (1878-1958) 28

• Homem: aparato orgânico que se ajusta ao ambiente por meio de componentes


hereditários e pela formação de hábitos.

• Premissa de Pavlov, o condicionamento clássico, ou o reflexo incondicionado:


respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos antecedentes do ambiente

• Watson chega ao conceito de "reflexo condicionado" que consiste em interações


estímulo-resposta (ambiente-sujeito) nas quais o organismo é levado, através do
pareamento de estímulos, a responder a estímulos que antes não respondia.

 S-R TORRESS, 2016


Vamos conversar? 29

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30

Behaviorismo Radical BLOCO 3


Reflexões iniciais 31

Eu estou falando. Eu estou com sede.

Eu vejo vocês.

Eu preparei esta aula. Eu estou com dor dente. 

TORRESS, 2016
Reflexões iniciais 32

• Assim como vocês não podem observar o "meu ver",


não podem observar "meu sentir sede", e não podem
observar "meu sentir dor-de dente".

• Isto contudo não torna estas sensações menos reais


para mim

• Fica evidente uma primeira e fundamental diferença


entre o behaviorismo proposto por Skinner e aquele
praticado pelos behavioristas metodológicos: O
homem é a medida de todas as coisas, não o social.
TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 33

 Influenciadopelo Positivismo Lógico, Skinner aceita


que o que existe para o indivíduo, existe. 

 Ponto importante que aproxima Skinner e os


fenomenólogos: a evidência da existência do
mundo, de um evento, etc. é a experiência do
observador.

 A tarefa da ciência é analisar esta experiência.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 34
 A experiência que alguém tem de uma situação é um evento
privado.

 Para Skinner, os estudos de eventos internos inclui-se


legitimamente dentro do campo de estudos da Psicologia, de uma
ciência do comportamento.

 Ele é radical em dois sentidos:


. por negar absolutamente a existência de algo que escapa ao
mundo físico, que não tenha uma existência identificável no
espaço e no tempo (mente, consciência, cognição);
. por aceitar integralmente todos os fenômenos
comportamentais.
TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 35

O behaviorista
metodológico não nega a
O behaviorista radical nega
existência da mente, mas
a existência da mente e
nega-lhe status científico ao
semelhantes, mas aceita
afirmar que não podemos
estudar eventos internos.
estudá-la pela sua
inacessibilidade.

 Já que só temos informação do mundo pelos sentidos, porque excluir sensações do


mundo interno e privilegiar as do mundo externo?
 Porque o critério de objeto da ciência deveria ser dado pela natureza do sistema
sensorial envolvido? (proprioceptivo, interoceptivo e exteroceptivo).
TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 36

Nesse sentido, Skinner não separa mundo interno de mundo externo. Não existem
estímulos e respostas, existe uma unidade interativa Comportamento-Ambiente.
Ambiente é tudo aquilo que é externo ao Comportamento, não importando se é um
piscar de luz, um desequilíbrio hídrico, um derrame de adrenalina, ou um objeto
ausente associado a um evento presente. É por isso que a psicologia proposta por
Skinner não é uma psicologia S-R. Não existe Comportamento sem as
circunstâncias em que ocorre e não tem sentido falarmos em circunstâncias sem a
especificação do comportamento que circunstanciam.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 37

Evento privado é um objeto de estudo válido para


a ciência, sua existência não precisa ser colocada
sob critérios sociais, basta um observador, mas
seus dados precisam ser replicáveis, é preciso
entender suas variáveis. Protótipo da concepção
skinneriana de comportamento como unidade
interativa: não se pode separar comportamento e
ambiente. Evento interno pode ser uma mudança
no ambiente interno, pode ser uma reação a essa
mudança, ou pode ser o efeito interno de
mudanças externas.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 38

• Constitui-se numa interpretação filosófica de dados obtidos através da investigação sistemática do


comportamento: Análise Experimental/Funcional do Comportamento.

• Descreve relações funcionais entre Comportamento e Ambiente: relações entre discriminações de mudanças na
realidade observada e descrições das condições em que essas mudanças se dão.

• O behaviorista radical rejeita o mentalismo por ser materialista, e acaba com o dualismo por acreditar que o
comportamento é uma função biológica do organismo vivo.

• Não preciso da mente para respirar, não explico a digestão por processos cognitivos, porque explicaria o
comportamento por um ou outro?

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 39

O behaviorista radical propõe que existam dois tipos de relações entre o Comportamento e o Ambiente:

b) contextos que estabelecem a ocasião


a) consequências seletivas : que
para o comportamento ser afetado por
ocorrem após o comportamento e
suas consequências (e que portanto
modificam a probabilidade futura de
ocorreriam antes do comportamento e
ocorrerem comportamentos
que igualmente afetariam a
equivalentes
probabilidade desse comportamento). 

 Estas duas classes possíveis de interações são denominadas "contingências" e constituem as duas
classes conceituais fundamentais para a análise do comportamento. 

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 40

Relações funcionais são estabelecidas na medida em que registramos mudanças na probabilidade de


ocorrência dos comportamentos estudados em relação a mudanças quer nas consequências, quer nos
contextos, quer em ambos.
• Por lidar com explicações funcionais e não causais, o importante é coletar informações ao longo do
tempo, repetidas do mesmo evento, com os mesmos personagens.
• O behaviorista metodológico prefere observações pontuais em diferentes sujeitos, ou seja, o estudo
em grupo.
• Para o radical isto é uma heresia, uma vez que estuda a experiência daquele sujeito.
• Compara o sujeito consigo mesmo, sua história passada é sua linha de base.
• Indivíduos de uma mesma espécie partilham de um mesmo conjunto de contingências filogenéticas, e
indivíduos com histórias passadas semelhantes podem partilhar de contingências ontogenéticas
semelhantes e, portanto, para certas variáveis é possível descrever funções semelhantes para
diferentes indivíduos.
TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 41

• Por lidar com explicações funcionais e não causais, o importante é coletar informações
ao longo do tempo, repetidas do mesmo evento, com os mesmos personagens
• O behaviorista metodológico prefere observações pontuais em diferentes sujeitos, ou
seja, o estudo em grupo.
• Para o radical isto é uma heresia, uma vez que estuda a experiência daquele sujeito.
• Compara o sujeito consigo mesmo, sua história passada é sua linha de base.
• Indivíduos de uma mesma espécie partilham de um mesmo conjunto de contingências
filogenéticas, e indivíduos com histórias passadas semelhantes podem partilhar de
contingências ontogenéticas semelhantes e, portanto, para certas variáveis é possível
descrever funções semelhantes para diferentes indivíduos.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 42

• Para Skinner, o organismo não é nem gerente nem iniciador de ações, é o palco onde as interações
Comportamento-Ambiente se dão.
• O behaviorista radical não trabalha propriamente com o comportamento, ele estuda e trabalha
com contingências de reforçamento, isto é, com o comportar-se dentro de contextos.
 “Comportamento é apenas parte da atividade total de um organismo...”, “... é
aqui que um organismo está fazendo (grifo dele) ... é aquela parte do
funcionamento de um organismo envolvido em agir sobre ou em interação com o
mundo externo.” ...“Por comportamento então, eu me refiro simplesmente ao
movimento de um organismo, ou de suas partes, num quadro de referência
fornecido pelo organismo ele próprio, ou por vários objetos ou campos de força
externos. É conveniente falar disto como a ação do organismo sobre o mundo
externo, e é freqüentemente desejável lidar com um efeito mais do que com o
movimento em si mesmo ...” (B. F. Skinner, The Behavior of Organisms, 1938, p.
6).

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 43

• Comportamento é ação
• É desempenho do organismo no seu processo de ajustamento/adaptação ao
ambiente.
• O que caracteriza o comportamento é a sensibilidade desse comportamento aos
efeitos que produz no ambiente.
• A expressão “mundo externo” não se refere ao que reside fora da pele do
organismo, e sim ao que não é a própria ação.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 44

Para o behaviorista radical, “ambiente” é o conjunto de condições ou circunstâncias que afetam o


comportar-se, não importando se estas condições estão dentro ou fora da pele (Smith, 1983). É importante
entender que, para Skinner, o ambiente é externo à ação, não ao organismo. Substituição da expressão
“ambiente” por “contexto”.

O comportamento deve ser entendido num Skinner não elabora qual o uso que dá à
contexto fornecido: expressão “campos de força”, provavelmente
ele está aí incluindo outros organismos e
(a) pelo “organismo ele próprio”, isto é, pelo outros eventos comportamentais.
repertório comportamental do indivíduo, aí
incluindo-se sua história passada, e

(b) por “objetos ou campos de força”, isto é, pelo


ambiente aqui e agora.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 45
Comportamento é uma classe de eventos/ações definidos pelo seu efeito comum no
ambiente:

 (a) representam interações organismo-ambiente;

 (b) são categorias funcionais de análise.

Comportamento operante: inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa


dizer que em algum momento têm efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. O
comportamento operante opera sobre o mundo, por assim dizer, quer direta, quer
indiretamente. TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 46

 No caso do comportamento operante a aprendizagem deixa de ser um mero


condicionamento de hábitos e passa a considerar a interação sujeito-ambiente.

 Difere-se da relação R-S do comportamento respondente ou reflexo na medida em


que o estímulo reforçador que é chamado de REFORÇO assume a responsabilidade
pela ação, apesar de ele ocorrer após a manifestação do comportamento.

 O que vai propiciar a aprendizagem dos comportamentos é a relação fundamental -


a relação entre a ação do sujeito (emissão da resposta) e as consequências.

 A aprendizagem está na relação entre uma ação e o seu efeito. TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 47
  Análise funcional do comportamento: descrever as funções que determinam uma dada resposta, ou seja,
analisar as contingências (conjunto hipotético de relações funcionais) que determinam o comportamento.
Envolve 3 dimensões:

(a) eventos (c) eventos


(b) respostas
antecedentes consequentes.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 48

Este comportamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R —► S

 Reforço positivo representa um evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz.

 Reforço negativo representa um evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 49

 O comportamento operante refere-se à interação sujeito-ambiente.

 Nessa interação, chama-se de relação fundamental à relação entre a ação do indivíduo (a emissão da
resposta) e as conseqüências.

 É considerada fundamental porque o organismo se comporta (emitindo esta ou aquela resposta), sua ação
produz uma alteração ambiental (uma conseqüência) que, por sua vez, alterando a probabilidade futura de
ocorrência retroage sobre o sujeito.

 Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das conseqüências criadas pela nossa ação.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 50
 Reforço: toda consequência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência dessa
resposta. O reforço positivo é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz
(oferece alguma coisa ao organismo).

 O reforço negativo é todo evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua
(permite a retirada de algo indesejável).
• Reforços Primários: alguns eventos tendem a ser reforçadores para toda uma espécie, como, por exemplo, água,
alimento e afeto.

• Reforços secundários: são aqueles que adquiriram a função quando pareados temporalmente com os primários.

 Alguns destes reforçadores secundários, quando emparelhados com muitos outros, tornam-se reforçadores
generalizados, como o dinheiro e a aprovação social.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 51

Também há o conceito de Punição, que também se divide em positiva


e negativa. A punição positiva significa acrescentar um elemento
aversivo no ambiente A punição negativa ocorre quando se retira um
elemento prazeroso.

Para extinguir o comportamento indesejado, o que deve ser feito é


ignorar o comportamento e continuar a reforçar outros
comportamentos mais adequados.

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 52

Na Educação, Skinner elaborou a Instrução Programada, que traz quatro princípios.


Esses princípios afirmam que o aprendizado ocorre com mais facilidade quando:

1) O organismo é ativo (operante).


2) O organismo recebe reforço.
3) O conteúdo é apresentado progressivamente do simples para o complexo.
4) As diferenças individuais são consideradas.

A instrução programada é uma sistematização que foi utilizada em vários contextos


de aprendizagem e, com um certo pragmatismo inerente ao autor, esteve presente
nas escolas e métodos de ensino por um bom tempo (FREIRE, 2008).

TORRESS, 2016
Burrhus Frederic Skinner (1904 – 1990) 53

Skinner elabora esquemas de reforço ou de reforçamento, que atribui diferentes


formas de condicionamento que envolvem intervalos de tempo ou número de ações
para o reforço. A intenção desses esquemas é que se aumente a frequência do
comportamento.

Skinner propõe uma forma de modificação do comportamento que consiste no uso


de reforços positivos para “controlar ou modificar o comportamento individual ou
coletivo” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009, p. 303). Uma dessas formas consiste na
modelagem ou método de aproximação sucessiva no qual o reforço é dado em fases
de ações (simples) que vão gradativamente aproximando o comportamento atual do
comportamento final desejado (complexo).
TORRESS, 2016
Vamos conversar? 54

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Recapitulando 55

• Precursores do Behaviorismo;
• John Broadus Watson (1878-1958);
• Behaviorismo Radical

Fonte: https://bit.ly/2Pe1xWw
Acesso em: março de 2021​
Referências 56

 TORRES, A. R. R. História da psicologia. Londrina : Editora e


Distribuidora Educacional S.A., 2016. 236 p.

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