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Aula Mito

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Mitos e suas Contribuições

Segundo Mircea Eliade, a tentativa de definir mito é a seguinte,


“o mito é uma realidade cultural extremamente complexa, que
pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e
complementares....o mito conta uma história sagrada, relata
um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o tempo
fabuloso dos começos...o mito conta graças ou feitos dos seres
sobrenaturais, uma realidade que passou a existir, quer seja
uma realidade tetal, o Cosmos, quer apenas um fragmento,
uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, é
sempre portanto uma narração de uma criação, descreve-se
como uma coisa foi produzida, como começou a existir...”

Mircea Eliade, Aspectos do Mito, pág12/13


A Nessecidade do Mito
 
Muitas histórias mitológicas conservam-se na mente das pessoas,
dando uma certa, perspectiva daquilo que acontecia em suas vidas.
“Essas informações provenientes de tempos antigos têm a ver com os
temas que sempre deram sustentação à vida humana, construíram,
civilizações e formaram religiões através dos séculos, e têm a ver com
os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com
os profundos limiares da nossa travessia pela vida...”
Joseph Campbell

Dédalo e Ícaro fugindo da ilha


Aquilo que os seres humanos têm em comum revela-
se no mito. Segundo Campbell, eles são histórias da
nossa vida, da nossa busca da verdade, da busca do
sentido de estarmos vivos. Os mitos são pistas para as
potencialidades espirituais da vida humana, daquilo
que somos capazes de conhecer e experimentar
interiormente. O mito é o relato a experiência da vida.
Eles ensinam que nós podemos voltar-nos para dentro.
Assim sendo, os mitos têm como tema principal e
fundamental a busca da espiritualidade interior de
cada um de nós.
“Os mitos estão perto do inconsciente coletivo e por
isso são infinitos na sua revelação”.
As Características do Mito

A narração mitológica envolve basicamente acontecimentos
supostos, relativos a épocas primordiais, ocorridos antes do
surgimento dos homens (história dos deuses) ou com os
"primeiros" homens (história ancestral).

O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o


sagrado e o profano – representa ordem no mundo.

Narciso e a Ninfa Eco


A mitologia é o estudo do mito, das suas
origens e significados. Alguns dos mitos mais
conhecidos fazem parte da mitologia grega,
que exprime a maneira de pensar, conhecer
e falar da cultura grega. Fazem parte da
mitologia grega os deuses do Olimpo, os
Titãs, e outras figuras mitológicas, tais como:
minotauro, ciclope, eros e centauros.
Os acontecimentos históricos podem se transformar em mitos,
se tiver uma simbologia muito importante para uma
determinada cultura. Os mitos têm caráter simbólico ou
explicativo, são relacionados com alguma data ou uma religião,
procuram explicar a origem do homem por meio de
personagens sobrenaturais, explicando a realidade através de
suas historias sagradas, ou mesmo fabulosas.

EROS E PSIQUÊ
      Mito e Sociedade
Como forma de comunicação humana, o mito está obviamente
relacionado com questões de linguagem e também da vida social
do homem, uma vez que a narração dos mitos é própria de uma
comunidade e de uma tradição comum. Não se conseguiu definir,
no entanto, a natureza precisa dessas relações. Alguns lingüistas
admitem explicitamente a necessidade de uma ciência mais
abrangente, como por exemplo uma nova ciência geral da
semiologia, cuja tarefa seria estudar todos os signos essenciais à
vida social, e uma nova psicologia, que caracterizaria inicialmente
vários sistemas do conhecimento e da crença humanos. O estudo
da sociedade e da linguagem pode começar apenas com os
elementos fornecidos pela fala e pelas relações sociais humanas,
mas em cada caso esse estudo se confronta com uma coerência de
tradições que não está diretamente aberta à pesquisa. Essa é a
área em que atua a mitologia. 
A FILOSOFIA E O MITO

O mito da caverna possui vários outros nomes, como "alegoria da


caverna", "prisioneiros da caverna" ou "parábola da caverna". Essa
alegoria faz parte da obra "A República", da autoria do filósofo
grego Platão.

Nesta narração, Platão nos convida a imaginar uma caverna onde


dentro existem humanos que nasceram e cresceram dentro dessa
mesma caverna. Eles nunca saíram, porque se encontram presos no
seu interior. Os habitantes da caverna estão de costas voltadas para
a sua entrada. Fora da caverna, existe um muro alto que separa o
mundo exterior da caverna. Os homens existentes no mundo
exterior mantêm uma fogueira acesa, e os ruídos que fazem podem
ser ouvidos dentro da caverna. De igual forma, as suas sombras são
refletidas na parede no fundo da caverna, e os seres humanos
acorrentados, vêm as sombras e pensam que elas são a realidade.

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