Literatura Indígena - O Karaíba-Slide
Literatura Indígena - O Karaíba-Slide
Literatura Indígena - O Karaíba-Slide
indígena: a
outra margem
“ESSA É UMA HISTÓRIA DE FICÇÃO. NÃO ACONTECEU DE
VERDADE, MAS PODERIA TER ACONTECIDO”: Uma outra leitura
do Pré-Brasil a partir da obra O Karaíba
As sociedades européias foram as primeiras a buscar a dominação e sistematização dos costumes e
percepções sócio culturais de outros povos propondo padrões estéticos e comportamentais que
deveriam ser seguidos pelos povos dominados ( BRANDÃO, 2001).
2
“ESSA É UMA HISTÓRIA DE FICÇÃO. NÃO ACONTECEU DE
VERDADE, MAS PODERIA TER ACONTECIDO”: Uma outra leitura
do Pré-Brasil a partir da obra O Karaíba
3
“ESSA É UMA HISTÓRIA DE FICÇÃO. NÃO ACONTECEU DE
VERDADE, MAS PODERIA TER ACONTECIDO”: Uma outra leitura
do Pré-Brasil a partir da obra O Karaíba
4
Hello!
6
“Este romance procura reconstruir um
pouco da cultura pré-cabralina (...)
Caberá ao leitor e a leitora completarem
essa história. Ela termina quando
começa a história narrada pelos
invasores”
7
cosmovisão indígena
“ A cosmovisão está constituída pela diversidade de atos
mentais que produzem ou inibem, dirigem configuram,
condicionam, intensificam ou diminuem, induzem ou
modificam a ação humana. Estes atos são sensações,
percepções, emocções, pensamentos (incluindo
conceitos, juízos, raciocínios, crenças) (AUSTIN, 2016,
p.16).
8
Concepção de divindade dos povos
nativos
9
O resgate da cosmovisão indígena
a narrativa gira em torno “nossa tradição, pequena
da profecia de um velho Maraí, sempre foi movida
sábio; pela fé nos sinais que esses
O enredo se desenvolve sábios nos trouxeram. Por
em três aldeias; anos e anos deram sinais de
Interpretações da que sabem dominar a leitura
natureza e dos sonhos; do tempo”(p.09).
10
O resgate da cosmovisão indígena
✗ A dinâmica cultural dos “o mundo em que nos movemos não é o
único. Há o mundo dos sonhos, para o
povos nativos;
qual sempre nos deslocamos quando
✗ A sabedoria está dormimos. Lá nos encontramos com os
desligada do óbvio; parentes que o habitam. Eles nos falam
✗ O mundo não é um só; das coisas que acontecerão no nosso
✗ A natureza dá sinais; caminho” (p. 64).
✗ Desapego do campo
físico e lógico;
11
Autorepresentação indígena na
obra o Karaíba
✗ Uma nova visão acerca da sociedade nativa
12
Autorepresentação indígena na
obra o karaíba
✗ Sensibilidade e união; ✗ Persistência;
✗ Respeito por todo tipo ✗ Garra;
de vida; ✗ Valores culturais;
✗ A natureza é ✗ Apego aos rituais e
personagem e não festividades;
apenas um espaço; ✗ Fé e conexão espiritual
✗ Respeito e fidelidade
aos ancestrais;
13
REPRESENTAÇÃO DA
SOCIEDADE INDÍGENA NA
OBRA
✗ Organicidade social;
✗ Funções estabelecidas
dentro da sociedade;
✗ Hierarquia;
✗ Apego à memória e
história;
✗ Pacificidade (ausência
do conflito entre os três
povos).
14
A voz indígena contando novas
memórias
A partir da sua produção ✗ O karaíba tensiona o campo
literária “os indígenas se literário, mostrando novas
representam como sujeitos percepções que contrapõem os
dos processos históricos” escritos literários canônicos.
(DE JESUS, 2020, p. 05).
15
Referências bibliográficas
AUSTIN, Alfredo A. La cosmovision de latradición mesoamericana. Edición
Especial. Arqueologia Mexicana, México/D.F.: Editorial Raíces, n. 68, 69, 70. 2016.
BRANDÃO, Carlos da Fonseca. A teoria dos processos de civilização e o controle
das emoções. Conexões, v. 1, n. 6, 2001.
HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo – história, teoria, ficção. Tradução
Ricardo Cruz. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
HONORATO, Suene. Estratégias narrativas em O Karaíba, de Daniel Munduruku:
recusa da perspectiva histórica genocida. Contexto-Revista do Programa de PósGraduação em Letras da
UFES, n. 37, 2020.
KUNTZ, Maria Cristina. A metaficção historiográfica em História do cerco de Lisboa. Revista do Centro de
Estudos Portugueses, v. 22, n. 30, p. 199-224, 2002.
SPIVAK, GayatriChakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra R.
Goulart Almeida; Marcos Feitosa; André Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2010.
MUNDURUKU, Daniel. O Karaíba: uma história do pré-Brasil. São Paulo:
Melhoramento, 2018.
. 16