A Arqueologia e o Antigo Testamento
A Arqueologia e o Antigo Testamento
A Arqueologia e o Antigo Testamento
e o Antigo
Testamento
AULA:
INTRODUÇÃO AOS
ESTUDOS
BÍBLICOS
DEFINIÇÃO
Arqueologia é o "estudo dos costumes e culturas
dos povos antigos". Em termos práticos, limita-se
a analisar fatos históricos da Antiguidade, trazidos
à luz através da escavação de cidades, túmulos e
da descoberta de relíquias. A arqueologia bíblica
está voltada principalmente para os objetos
encontrados na região da Palestina, do Egito e da
Mesopotâmia.
Os arqueólogos trabalham escavando
cuidadosamente ruínas antigas. Em seguida,
fotografam e registram tudo exatamente
como encontraram, interpretando os
resultados. Eles também traduzem e estudam
os documentos encontrados.
História da arqueologia
A história do desenvolvimento da arqueologia reflete o
desenvolvimento das demais áreas da ciência.
Na Idade Média, pensava-se que as pinturas e escritos
presentes nos templos egípcios tivessem poderes mágicos.
Por volta do ano 1700, alguns arqueólogos descobriram a
Pedra de Roseta, que trazia um texto em três línguas,
dentre elas o grego. Esse achado forneceu aos estudiosos
a chave para decifrar o idioma egípcio.
História da arqueologia
Em meados de 1800, um arqueólogo decifrou a inscrição
de Behistune, de Dario, o Grande. Ela também era
trilíngüe e possibilitou aos estudiosos desvendar o idioma
assírio-babilônico.
Pesquisadores agora chamam essa língua acadiano, em
homenagem à cidade de Acade, mencionada em Gênesis
10.10.
Processo de escrita cuneiforme
O acadiano era escrito com uma cunha.
Pesquisadores agora chamam essa língua acadiano, em
homenagem à cidade de Acade, mencionada em Gênesis
10.10.
Se faziam várias combinações de marcas em placas de
argila ainda mole.
Eram geralmente do tamanho e do formato de uma pedra
de sabão.
Processo de escrita cuneiforme
Essas placas eram colocadas para secar ao sol.
Os objetos que chegaram aos nossos dias ainda estão
muito bem preservados.
Aquele tipo de escrita é chamado cuneiforme (em forma
de cunha).
História e Processo da confecção de papiros
A maioria dos escritos na Palestina e no Egito era feita em
papiro.
Material semelhante ao papel, confeccionado a partir de
uma planta que tinha o mesmo nome.
O papiro apodrecia facilmente nas estações chuvosas e
úmidas da Palestina durante o inverno.
Portanto, apenas uns poucos documentos armazenados
naquela região resistiram até nossos dias.
Desenvolvimento da arqueologia moderna
Os primeiros arqueólogos não contavam com técnicas
muito precisas e adotavam métodos não-científicos para
lidar com seus achados.
Por fim, descobriram que as cidades antigas da Palestina e
da Mesopotâmia eram dispostas em níveis de ocupação,
uma sobre a outra.
Descobriram-se até vinte e três cidades sobrepostas no
mesmo local.
Desenvolvimento da arqueologia moderna
O Arqueólogos de épocas mais recentes encontraram
esses estratos, através de suas escavações, um após o
outro.
A arqueologia desenvolveu-se muito pouco até a Primeira
Guerra Mundial.
No entanto, os avanços da arqueologia nos últimos 65
anos foram tremendos.
Pouco mais de cem anos atrás, não se conhecia bem a
história do Egito, da Mesopotâmia ou da Palestina, em
Desenvolvimento da arqueologia moderna
Agora possuímos achados brilhantes que remontam a 3000 a.C.
ou até antes disso.
Os cientistas descobriram os nomes dos antigos reis da
Babilônia, da Síria e do Egito.
Esses reis também são mencionados na Bíblia.
Antigas batalhas, leis, línguas e culturas ressurgiram sob a
investigação paciente desses estudiosos.
As descobertas recentes revelam e confirmam fatos
relacionados às Escrituras, e em vários casos oferecem resposta
satisfatória para os ataques dos críticos.
CONFIRMAÇÃO
A arqueologia não pode responder a questões teológicas
A arqueologia interessa-se pela história bíblica.
Assim, podemos usá-la para confirmar fatos relatados nos
livros históricos e proféticos. Contudo, ela não traz
discernimento espiritual.
Descobertas arqueológicas confirmam a batalha de
Sisaque contra Roboão (1Rs 14.25, 26) , o reinado de
Onri e o poderio de Acabe (1Rs 16.22), a revolta de Mesa
de Moabe (2Rs 3.5)
CONFIRMAÇÃO
a queda de Samaria (2Rs 18.10), a escavação do
aqueduto de Ezequias (2Rs 20.20), a invasão liderada pelo
faraó Neco (2Rs 23.29), a queda de Jerusalém e a
deportação de Joaquim (2Rs 24.10-15).
Tais comprovações corroboram que os livros da Bíblia
foram escritos por testemunhas oculares dos fatos nela
relatados, ou por outros indivíduos que os conheciam
intimamente e que viveram nas épocas ali mencionadas.
Dois exemplos são suficientes para ilustrar isso.
O selo de Baruque
Baruque, escriba de Jeremias, foi sem dúvida uma
personagem de importância secundária.
Há menção de seu nome apenas no livro de Jeremias.
Aparece 23 vezes nos capítulos 32, 36, 43 e 45.
Todavia, descobriu-se em Jerusalém um selo com a
seguinte inscrição: "Pertencente a Baruque, filho de
Nerias, o escrivão".
O selo de Baruque
No mesmo grupo de objetos desenterrados, encontrou- se
outro selo com os dizeres: "Pertencente a Jerameel, filho
do rei"(cf. Jr 36.26, 32).
A conclusão mais lógica é que Jeremias foi escrito por
alguém da época ali retratada.
Os ferreiros
Um tipo diferente de ilustração encontra-se em lSamuel
13.19-21. (Abrir a bíblia)
Por muito tempo, os tradutores tiveram dificuldade ao
interpretar esses versículos.
Parecia estranho .não haver nenhum ferreiro entre os
hebreus, pois o trabalho com metal já era conhecido havia
séculos, em toda a região do Oriente Próximo.
Informações recebidas posteriormente provam que esses
versículos retratam exatamente a situação do povo de
Israel na época.
Os ferreiros
Os filisteus introduziram a Idade do Ferro na Palestina e,
a princípio, mantiveram o monopólio do trabalho com
esse material.
Não havia ferreiros em Israel porque os filisteus fizeram
do manuseio do ferro um segredo militar.
A frase "tinham, porém, limas adentadas para os seus
sachos"agora foi esclarecida através da descoberta de uma
peça de metal que continha uma gravação de um termo
hebraico derivado da palavra traduzida como "sacho".
Os ferreiros
Os filisteus introduziram a Idade do Ferro na Palestina e,
a princípio, mantiveram o monopólio do trabalho com
esse material.
Não havia ferreiros em Israel porque os filisteus fizeram
do manuseio do ferro um segredo militar.
A frase "tinham, porém, limas adentadas para os seus
sachos"agora foi esclarecida através da descoberta de uma
peça de metal que continha uma gravação de um termo
hebraico derivado da palavra traduzida como "sacho".
Os ferreiros
O conhecimento de um detalhe como esse é uma prova
clara de que o autor de l Samuel estava plenamente ciente
da história de sua época.
Copistas posteriores, que não sabiam de todos os detalhes,
interpretaram mal o versículo.
Agora percebemos o que o autor do livro quis dizer.
Somente assim foi possível traduzir o vocábulo hebraico
corretamente.
ILUMINANDO O TEXTO
Podemos fornecer outros exemplos sobre o uso da
arqueologia para ilustrar e iluminar o Antigo
Testamento.
Os horeus
Em Gênesis, Números e Deuteronômio, encontramos
menções do povo horeu. Aparentemente esse povo tinha
ligação com Edom.
Os horeus podem ter tido alguma relação com os jebuseus,
que habitavam Jerusalém.
A palavra hor, em hebraico, quer dizer "buraco".
Por esse motivo, um dos léxicos mais antigos tal como o
que foi escrito por Brown, Driver e Briggs, traz que o termo
horeu "provavelmente significa "escavadores de cavernas".
Os horeus
Em Gênesis, Números e Deuteronômio, encontramos
menções do povo horeu. Aparentemente esse povo tinha
ligação com Edom.
Os horeus podem ter tido alguma relação com os jebuseus,
que habitavam Jerusalém.
A palavra hor, em hebraico, quer dizer "buraco".
Por esse motivo, um dos léxicos mais antigos tal como o
que foi escrito por Brown, Driver e Briggs, traz que o termo
horeu "provavelmente significa "escavadores de cavernas".
Os horeus
Mais recentemente, a arqueologia descobriu outros
detalhes sobre os horeus.
Eles não eram escavadores de cavernas, mas sim um
povo tão avançado como qualquer outro da
Antiguidade.
Hoje já se sabe também que Abraão viveu numa
cultura que já contava com mil anos de
desenvolvimento.
Os horeus agora são chamados hurritas.
Os horeus
Escavações na cidade de Nuzi, na Mesopotâmia
(1929), revelaram costumes relativos às leis e à vida
em família desse povo. Atualmente, ensina-se a
língua hurrita em algumas universidades.
Salomão
Salomão é famoso por sua sabedoria.
A história antiga fala tão pouco sobre ele que alguns
estudiosos se perguntam se sua riqueza e sabedoria não
foram na realidade exageradas nos relatos bíblicos.
Todavia, várias descobertas revelaram e confirmaram o que
a Bíblia diz sobre esse rei.
Primeiramente, foram feitas escavações na cidade de
Megido (1925-1939).
Os edifícios do lugar comprovam o conhecimento
arquitetônico de Salomão e seu interesse nessa arte.
Salomão
Os achados corroboram o costume do monarca de fundar
várias cidades que se destinavam a abrigar carruagens
militares (lRs 10.26).
É interessante notar que havia uma estrela de seis pontas
entalhada em um dos edifícios, construído pouco tempo
depois.
Esta é a estrela de Davi, também conhecida como "escudo de
Davi", símbolo que hoje figura na bandeira de Israel.
Escavações posteriores em Hazor da Galiléia (1955-1959)
mostram indícios de uma riqueza semelhante no nível de
ocupação da era salomônica.
Salomão
Estima-se que o portão principal de Hazor seja quase
idêntico ao portão construído por Salomão em Megido.
Pesquisas realizadas ao sul do mar Morto, por Nelson
Glueck, acrescentam provas à existência da era
salomônica.
Em 1938, Glueck encontrou em suas escavações uma
notável cidade claramente planejada e construída para
funcionar como um centro destinado ao refino e
fundição do cobre e também ao comércio.