A Contribuição de Jaspers, Binswanger, Boss

Disciplina:
Psicopatologia
A contribuição de Jaspers, Fenomenológica
Binswanger, Boss e Tatossian para a
Profa. Dra. Camila
psicopatologia fenomenológica Souza
História
 Primeiro registro do termo Psicopatologia – 1878 (Emminghaus), mas

era equivalente a psiquiatria clínica.
 Século XX – Ribot (substituição do termo psicologia patológica.
 1913 – Publicação de Psicopatologia Geral

KARL JASPERS: UMA PSICOPATOLOGIA DESCRITIVO-
COMPREENSiva
 Interesse em reunir as ciências naturais (modelo causalista-explicativo) e

humanas (histórico-compreensivo).
 Método fenomenológico – um entre os possíveis. O método compreensivo

também inclui o mét. explicativo-causal.
 Objeto: acontecer psíquico consciente.
 Investigação subjetiva do fenômeno.
 Método: foco na descrição (base o primeiro Husserl).
 Preocupação com a cientificidade.
 Germes da psicopatologia fenomenológica.

PSIQUIATRIA E PSICOPATOLOGIA PARA JASPERS:
PSIQUIATRIA
Profissão prática, se volta para os casos individuais
PSICOPATOLOGIA
Ciência que se desenvolve no domínio dos conceitos e

das regras gerais, isto é, sobre os modos das
experiências, buscando seu sentido geral.
O objeto da Psicopatologia é o acontecer psíquico
realmente consciente. Queremos saber o que os
homens vivenciam e como o fazem. Pretendemos
conhecer a envergadura das realidades psíquicas.
E não queremos investigar apenas as vivências
humanas em si mas também as condições e
causas de que dependem os nexos em que se
estruturam, as relações em que se encontram e os
modos em que, de alguma maneira, se
exteriorizam objetivamente (Jaspers, 1913/1987,
p. 13).
(pág.179)
Ludwig binswanger ([1881-1966]: uma psicopatologia
fenomenológica
 Psicanálise: Discordâncias das hipóteses filosóficas.
 Análise Existencial ou Daseinsanálise: se inicia como método de pesquisa.
 Olhar sobre a totalidade da existência do homem. Historicidade como

decisiva.
 Ponto de partida: Analítica do Dasein de Heidegger (constituintes do Dasein:

temporalidade, espacialidade, ser-com-o-outro, a disposição, a
compreensão, o cuidado, a queda e o ser-para-a-morte).
 Além da descrição, mas apreender as condições particulares de existência

de um indivíduo em relação aos existenciais em seu plano ontológico.
fenomenológica
 Psicopatologia Fenomenológica: presença limitada a uma categoria

existencial.
 CORPORALIDADE (Dasein hipocondríaco ou bulímico);

 TEMPORALIDADE (melancólico ou maníaco);
 ESPACIALIDADE (agorafóbico);
 Formas de existência frustrada, indivíduo se fecha em si mesmo.
 Presenças perdidas (melancolias); momentânea (manias); vazia

(esquizofrenias); exibicionista (histeria) e controlada (transtorno
obsessivo-compulsivo).
fenomenológica
 Umwelt, Mitwelt e Eigenwelt: modos simultanêos de ser-no-mundo,

ocupando três regiões.
 Umwelt: natural, biológico, necessidades, imposto desde o nascimento.
 Mitwelt: mundo dos inter-relacionamentos, mundo social…
 Eigenwelt: “mundo próprio”, incluindo o corpo; auto-consciência,

percepção de si, nossa base de relação.
 Como o paciente vivencia cada uma das dimensões.

MEDARD BOSS [1903-1990]: UMA PSICOPATOLOGIA DE
INSPIRAÇÃO DASEINSANALÍTICA
 Encontro com Heidegger.
 Seminários de Zollikon. Interesse pessoal.
 A concepção Daseinsanálítica de Boss se constitui pelo carátre

fundamental de ser-com-o-outro.
 Ôntico x Ontológico.
 Existência como abertura. Essência do existir humano é ser esta

“clareira” – poder “ver”, experienciar o que vem ao encontro.
MEDARD BOSS [1903-1990]: UMA PSICOATOLOGIA DE
 Não propôs uma teoria da psicopatologia: ensaios.
 Modo de ser-doente como limitação das possibilidades:

 1) Perturbação evidente da corporeidade do existir humano;
 2) Perturbação da espacialidade do existir humano;
 3) Limitação da disposição própria à essência da pessoa;
 4) Limitações na realização do ser-aberto e da liberdade.
 Formam uma estrutura total e indivisível.
 Paralisia histérica: perturbação que afeta a possibilidade de realizar na

corporeidade certa relação com o que se apresenta no mundo.
 Depressão: “disposição” e “ser-aberto” - tédio

MEDARD BOSS [1903-1990]: UMA PSICOPATOLOGIA DE
 Esquizofrenia como dupla incapacidade: de poder se engajar totalmente

no que se mostra na abertura do existir e de preservar seu si-mesmo.
 Neurótico obsessivos: perturbação da liberdade existencial.
 Loparic (2002): fracasso da escola suíça.

Tatossian [1929-1995]: uma psicopatologia contemporânea
do lebenswelt
 Homem e obra.
 Psicopatologia fenomenológica da clínica para a clínica.
 Fenomenologia como forma de questionar e de compreender o doente

mental. Prática clínica cotidiana.
 Vai e vem entre Husserl e Heidegger.
 Lebenswelt: realidade primária, munda das significações, solo da

existência. Impregnado de historicidade e intersubjetividade.
Ambiguidade.
 Dupla experiência.
Tatossian
 Tempo vivido.
 Imobilização do tempo vivido – perda da categoria do possível.
 Caráter existencial da psicopatologia fenomenológica.

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 Primeiro registro do termo Psicopatologia – 1878 (Emminghaus), mas

 Século XX – Ribot (substituição do termo psicologia patológica.

 1913 – Publicação de Psicopatologia Geral

 Interesse em reunir as ciências naturais (modelo causalista-explicativo) e

 Método fenomenológico – um entre os possíveis. O método compreensivo

 Objeto: acontecer psíquico consciente.

 Investigação subjetiva do fenômeno.

 Método: foco na descrição (base o primeiro Husserl).

 Preocupação com a cientificidade.

 Germes da psicopatologia fenomenológica.

Profissão prática, se volta para os casos individuais

Ciência que se desenvolve no domínio dos conceitos e

 Psicanálise: Discordâncias das hipóteses filosóficas.

 Análise Existencial ou Daseinsanálise: se inicia como método de pesquisa.

 Olhar sobre a totalidade da existência do homem. Historicidade como

 Ponto de partida: Analítica do Dasein de Heidegger (constituintes do Dasein:

 Além da descrição, mas apreender as condições particulares de existência

 Psicopatologia Fenomenológica: presença limitada a uma categoria

 CORPORALIDADE (Dasein hipocondríaco ou bulímico);

 Formas de existência frustrada, indivíduo se fecha em si mesmo.

 Presenças perdidas (melancolias); momentânea (manias); vazia

 Umwelt, Mitwelt e Eigenwelt: modos simultanêos de ser-no-mundo,

 Umwelt: natural, biológico, necessidades, imposto desde o nascimento.

 Mitwelt: mundo dos inter-relacionamentos, mundo social…

 Eigenwelt: “mundo próprio”, incluindo o corpo; auto-consciência,

 Como o paciente vivencia cada uma das dimensões.

 Encontro com Heidegger.

 Seminários de Zollikon. Interesse pessoal.

 A concepção Daseinsanálítica de Boss se constitui pelo carátre

 Existência como abertura. Essência do existir humano é ser esta

 Não propôs uma teoria da psicopatologia: ensaios.

 Modo de ser-doente como limitação das possibilidades:

 Formam uma estrutura total e indivisível.

 Paralisia histérica: perturbação que afeta a possibilidade de realizar na

 Depressão: “disposição” e “ser-aberto” - tédio

 Esquizofrenia como dupla incapacidade: de poder se engajar totalmente

 Neurótico obsessivos: perturbação da liberdade existencial.

 Loparic (2002): fracasso da escola suíça.

 Psicopatologia fenomenológica da clínica para a clínica.

 Fenomenologia como forma de questionar e de compreender o doente

 Vai e vem entre Husserl e Heidegger.

 Lebenswelt: realidade primária, munda das significações, solo da

 Imobilização do tempo vivido – perda da categoria do possível.

 Caráter existencial da psicopatologia fenomenológica.

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