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Estratégia História, Perspectivas e Desafios: Saúde Da Família (ESF)

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ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

(ESF)
História, Perspectivas e Desafios

PROFESSORA: Polyanna Martins


Atenção Básica à Saúde

A Atenção Básica à Saúde compreende um


conjunto de ações, de caráter individual e
coletivo, que engloba a promoção da saúde, a
prevenção de agravos, o tratamento e a
reabilitação e constitui o primeiro nível da
atenção do Sistema Único de Saúde.
Organização dos Serviços

A Saúde da Família constitui uma estratégia para a


organização e fortalecimento da Atenção Básica como
o primeiro nível de atenção à saúde no SUS

Procura o fortalecimento da atenção por meio da


ampliação do acesso, a qualificação e reorientação
das práticas de saúde embasadas na Promoção da
Saúde
QUANDO A ESF SURGIU NO
BRASIL ?
• Esta estratégia foi iniciada em junho de 1991, com a implantação
do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
• Em 1994, por iniciativa do MS, foram formadas as primeiras
Equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), incorporando e
ampliando a atuação dos agentes comunitários.
• • A Estratégia de Saúde da família ( ESF) se consolidou em 2006.
• Política de saúde que incorpora e reafirma princípios básicos do
SUS para AB, destacando-se:
Universalização; Equidade no acesso; Integralidade de ações;
Participação da comunidade.
ABS organizada pela ESF

Possibilita a organização do Sistema


Municipal de Saúde para contemplar os
pontos essenciais de qualidade na Atenção
Básica mantendo o foco da atenção nas
famílias da comunidade
O que é Estratégia de Saúde da
Família?
• É uma estratégia de organização da ABS
• Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do
acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde no
modelo de Promoção da Saúde
 Humanização, Acolhimento e Vínculo
 Integralidade
 Prevenção, promoção, tratamento, recuperação e
manutenção da saúde
 Território e comunidade adstrita
 Foco na Família
Cuidado ao longo do tempo
Princípios da Estratégia de
Saúde da Família

ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA
Definição precisa do território de atuação
TERRITORIALIZAÇÃO
Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional determinado
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a
análise da situação de saúde do território
PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL
Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando
solução dos problemas
Características do processo de
trabalho da ESF

INTERDISCIPLINARIDADE
Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de
diferentes formações
VINCULAÇÃO
Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria
comunidade
COMPETÊNCIA CULTURAL
Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma
abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de
confiança com ética, compromisso e respeito
Características do processo de
trabalho da ESF

PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação
das ações

INTERSETORIALIDADE
Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins,
voltados para a promoção da saúde
FORTALECIMENTO DA GESTÃO LOCAL
Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local.
Bases normativas da ESF
A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e
fortalecimento da Atenção Básica no Brasil, objetivando:
 A Reorganização do Modelo de Atenção à Saúde
 A Reorientação das Práticas Profissionais

Unidades de Saúde da Família devem ser:


 A “porta de entrada” para um sistema hierarquizado e
regionalizado

Unidades de Saúde da Família devem ser responsáveis:


 Atender e resolver 80% das demandas de saúde da população
 A equipe de Saúde da Família é responsável pela saúde da
população adstrita à sua unidade de saúde, de forma permanente,
resolutiva e humana
 Os profissionais de saúde devem estabelecer vínculos de confiança
e responsabilidade com os indivíduos, famílias e comunidades por
eles acompanhadas
 As ações de saúde devem ser orientadas para o cuidado integral dos
indivíduos inseridos em suas respectivas famílias e comunidades
 O estímulo à participação da população é considerado de grande
importância na discussão dos problemas de saúde da comunidade e
na vigilância da qualidade dos serviços de saúde
 A intersetorialidade à condição essencial à promoção da saúde e da
qualidade de vida da população
RESULTADOS ESPERADOS COM
A ESF
• Prestar atendimento de bom nível.
• Evitar internações desnecessárias.
• Melhorar o impacto nos indicadores de saúde.
• Resolubilidade de 80% dos problemas de saúde em
sua comunidade.
• Melhorar a qualidade de vida da população por ela
assistida.
• Satisfação de usuário e profissionais.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Composição Básica:

• Médico
• Enfermeiro
• Auxiliares de enfermagem
• Agentes comunitários de saúde
• Cirurgião-Dentista
• Auxiliar de consultório dentário e/ou
• Técnico de higiene dental
O QUE É NECESSÁRIO PARA
TRABALHAR NA ESF?
• Profissional com visão sistêmica e integral do indivíduo, da
família e da comunidade na qual esta família está inserida.
• Prática humanizada, competente e resolutiva.
• Permanente interação com comunidade, mobilizando-a e
estimulando sua participação.
• Criando vínculos de co-responsabilidade entre profissionais
de saúde e população, facilitando a identificação e o
atendimento aos problema de saúde da comunidade.
• Utilizando o enfoque de risco como método de trabalho,
visando adequação de recursos às necessidades locais.
OS PROFISSIONAIS DA ESF ...
 Cada categoria profissional possui atribuições específicas de acordo
com seus órgãos de classe, mas também desenvolvem ações que são
comuns a todos os membros da equipe, como por exemplo, ações
preventivas e de promoção da qualidade de vida da população.
 São especialistas nos problemas mais comuns e frequentes na
comunidade
 Praticam a Saúde Baseada em Evidências, utilizando-se dos
conhecimentos mais atualizados das ciências
 Suas ações são geralmente e baixa densidade tecnológica, porém são
de alta complexidade da prática em saúde, pois para além da
assistência, buscam atuar sobre os determinantes das doenças, através
das ações de prevenção e promoção da saúde
Bases da atuação das equipes
de Saúde da Família
I- Planejamento das Ações:
“...desenvolver habilidade de conhecer o território estando atento
também para descobrir os aspectos positivos e o potencial da
comunidade para resolver os problemas de saúde.”

 Conhecer os fatores determinantes do processo saúde-doença;


 Estabelecer prioridades e traçar estratégias de enfrentamento
para os problemas detectados;
 Conhecer o perfil epidemiológico da população;
 Garantir estoque de insumos necessários para o funcionamento
do trabalho.
II- Saúde, Promoção e Vigilância à Saúde:
“...é fundamental entender a saúde como produção social...e
como um processo de responsabilidade compartilhada das
ações, incluindo a articulação entre diferentes e a população.”

 Conhecer os fatores que determinam a qualidade de vida da


comunidade de seu território;
 Articular-se com outros setores e instituições locais e
movimentos sociais organizados,buscando integrar ações que
contribuam para melhorar a qualidade de vida da comunidade;
 Estimular a participação da comunidade no planejamento,
execução e avaliação das ações de saúde
III- Trabalho Interdisciplinar em Equipe:
“...buscar a possibilidade de a prática de um profissional se
reconstruir na prática de outro, transformando ambas...”

 Conhecer e analisar o trabalho de toda a equipe, verificando as


atribuições específicas de cada profissional e identificando as
ações comuns a todos os componentes da equipe;
 Compartilhar conhecimentos e informações para o bom
desempenho do trabalho em equipe;
 Participar da formação e do treinamento do pessoal auxiliar,
voluntários e estagiários de cursos ou de outros serviços
preparando-os para identificar e atuar nos principais problemas de
saúde da população.
IV- Abordagem Integral da Família:
“...ver as pessoas em seus contextos socioeconômico e cultural, com
ética, compromisso, respeito...conceber o ser humano como
sujeito social capaz de traçar seus próprios projetos...”

 Compreender a família de forma integral e sistêmica, como


espaço de desenvolvimento individual e de grupo, dinâmico e
passível de crises;
 Identificar a relação da família com a comunidade;
 Identificar os processos de violência familiar, se houver, e
abordá-los de forma integral, organizada, com a participação das
diferentes disciplinas e setores e de acordo com os preceitos
legais e éticos existentes.
PROCESSO DE TRABALHO
DAS EQUIPES
• Visita Domiciliar;
• Atendimento na UBS e no domicílio;
• Cadastramento e acompanhamento das famílias;
• Trabalho em Equipe - com reunião de equipe: planejamento,
monitoramento, avaliação e educação permanente;
• Apoio e Estímulo à Participação da Comunidade no
planejamento, na execução e na avaliação das ações de
saúde;
• Desenvolvimento de ações Intersetoriais, integrando
projetos sociais e setores afins.
CAPACIDADE CLÍNICA E DE CUIDADOS DAS
EQUIPES
• Quando falamos em resolutividade da Atenção Básica, nos referimos à
capacidade que as equipes de saúde da família tem de reconhecer as
necessidades de saúde da população que está sob sua responsabilidade e
ofertar ações para estes problemas.
• O trabalho da Estratégia de Saúde da Família encontra-se numa posição
privilegiada em comparação aos outros serviços, visto que, em geral, a
UBS é o primeiro local de contato do indivíduo com o sistema de saúde.
Isto propicia às equipes uma visão ampla sobre os principais problemas ou
condições de saúde daquela população e quais são as ações necessárias para
resolvê-los.
• Para uma variedade de problemas é necessário uma variedade de
intervenções!
Nada melhor que a Equipe de Saúde da Família para atuar nestas intervenções!
O FOCO NA FAMÍLIA ...
• Fornece base para conhecer os usuários
dentro de seu ambiente e dos problemas de
saúde dos demais membros da família,
podendo esclarecer e os mecanismos de
etiologia e potencializar as respostas
terapêuticas aos problemas de saúde
• Possibilita a ampliação dos diagnósticos de saúde na
comunidade e qualifica o Planejamento Local, que buscará
fornecer mecanismos para o estabelecimento do equilíbrio
da saúde dos indivíduos, famílias e comunidade

• Utiliza métodos da clínica, da epidemiologia, das ciências


sociais e da pesquisa e avaliação dos serviços de saúde
para: definir e caracterizar a comunidade, identificar os
problemas de saúde da comunidade, modificar programas
para abordar estes problemas e monitorar a efetividade das
ações de saúde
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE -
COMPETÊNCIA
 Avaliar mensalmente os dados informados.
 Acompanhamento das metas pactuadas.
 Avaliar a qualidade da assistência prestada, através dos
indicadores preconizados pelo Ministério da Saúde.
 Realizar discussão com as equipes municipais sobre a
metas/dados apresentados e analisados.
 Informar aos órgãos de fiscalização/controle dos resultados
obtidos.
• Acompanhar a implantação e execução das ações de APS em seu
território, analisando cobertura populacional, perfil de necessidades e
oferta de serviços, integração aos demais pontos da rede de atenção e
acompanhando a evolução dos indicadores e metas pactuados;
• Contribuir para a reorientação do modelo de atenção á saúde por meio
do apoio à ABS e estímulo à adoção da ESF – Estratégia saúde da
Família pelos serviços municipais de saúde em caráter substitutivo às
práticas atualmente vigentes;
• Regular as ações inter-muncipais;
• Coordenar a execução das políticas de qualificação de recursos
humanos em seu território. As SES – Secretaria de Estado da Saúde
são responsáveis pelo processo de capacitação das equipes em
municípios com menos de 100 mil habitantes;
• Co-financiar as ações da ABS e da ESF e ser co-responsável pelo
monitoramento da utilização dos recursos transferidos aos municípios;
• Elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da
ABS/ESF;
• Prestar assessoria técnica aos municípios no processo de organização da
ABS e da implementação da ESF, bem como seus processos
avaliativos;
• Promover o intercâmbio de experiências entre os diversos municípios,
para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados á melhoria dos
serviços da ABS.
• Submeter as irregularidades constatadas no funcionamento das equipes
que atuam com a estratégia saúde da família a deliberação na CIB,
visando aplicação de sanções e o descredenciamento de equipes.
Avaliação para melhoria da Qualidade
Qualificação da estratégia Saúde da Família

Criar as bases para um sistema de melhoria


contínua da qualidade e da promoção da cultura da
avaliação no âmbito da Atenção Básica em Saúde
Perspectivas de Impacto Sócio -
Político
 Resolver 85% dos problemas de saúde da comunidade
 Realizar vigilância à saúde
 Racionalizar acesso aos serviços de média e alta
complexidade/ continuidade da assistência
 Ampliar ações de promoção à saúde, incluindo ações
intersetoriais
 Identificar e fortalecer redes de proteção social,
governamentais e/ou não
ESF: Limites e Possibilidades
Desafios do SUS
 Falta de priorização no financiamento para ABS
 Distorção do conceito de Integralidade - aplicado
à formulação de políticas de “ação programática”
e “campanhista”
 Pouco compromisso dos serviços/gestores com a
Resolubilidade – priorização das ações
curativas/emergenciais
 Fragmentação da Atenção à Saúde onde persiste o equívoco de que “ABS
faz apenas promoção e prevenção”
 Rede constituída que necessita de adequações estruturais
 Instrumentos gerenciais de Avaliação e Monitoramento inadequados à
nova prática
 Médicos Ausentes.
 Médicos fazem apenas as consultas.
 Médicos não participam da reunião com a equipe.
 Médicos não fazem acompanhamento dos pacientes acamados.
 Médicos se sujeitam a trocar receitas, sem acompanhar o paciente.
 Médicos solicitam exames e consultas especializadas por solicitação do
Usuário.
 Exagero de pedidos de exames complementares.
 Médico triador _ Médico “AO…AO”.
 Encaminhamentos sem Justificativa médica e história
clínica.
 Enfermeiros só fazem relatórios, sem tempo para
atendimento, acompanhamento de acamados, não realiza
discussão de casos com a equipe.
 Enfermeiros não priorizam os encaminhamentos.
 Garantir a operacionalização da Estratégia Saúde da Família
conforme preconizado:

 Cumprimento da Carga Horária de 40 horas por todos os


profissionais da equipe;
 Estrutura física e equipamentos da unidade (onde a equipe
desempenha suas ações) dentro do padrão de adequação
estabelecido para Saúde da Família;
 Elaboração de plano de capacitação para as equipes;
 Existência de território delimitado com população adstrita
máxima de 3500 habitantes;
 Entendendo a implantação da ESF enquanto um
processo, nesse momento, considerando a
realidade das diversas regiões brasileiras, é
necessário qualificar a operacionalização da
ABS, quando o município não aderir à ESF
garantindo os atributos da ABS: primeiro
contato, longitudinalidade, coordenação e
territorialização com adscrição de clientela.

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