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Power Point Aula 4 - Histórico e Princípios Do SUS

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SUS:

histórico e princípios
Saúde: o que é
 Estado vital : vida humana e sua articulação
complexa de múltiplos processos.

 Setor produtivo: complexos medico-industrial e


médico-financeiro

 Área de saber: clínica, epidemiologia, saúde


pública, ciências sociais da saúde, saúde coletiva
Brasil: pré- SUS
(Sistema Único de Saúde)
REPÚBLICA VELHA – 1889/1930

Não-sistema de saúde

Concepção liberal do Estado

Separação entre ações saúde pública e


assistência médico-hospitalar
Brasil: início século XX
 Epidemias/comprometimento modelo agrário-
exportador

Ações:
 Saneamento dos portos
 Medidas sanitárias nas cidades
 Vacinas
 Investimento em pesquisas biomédicas,
principalmente, doenças tropicais
Brasil: início século XX
 Saúde Pública – múltiplos órgãos públicos

 Medicina previdenciária – CAPs (Lei Eloy


Chaves, em 1923, por empresa) e depois IAPS
(com Getúlio Vargas, a partir de 1933, por
categoria profissional)

 Saúde do trabalhador - Ministério do Trabalho


Trajetória da Saúde no Brasil
Década de 50
1953: Criação do Ministério da Saúde
 Definição de Saúde pela OMS

Desenvolvimentismo industrial: governo JK

Expansão da assistência médico-hospitalar em


detrimento da Saúde Pública
Compra de serviços do setor privado
Trajetória da Saúde no Brasil
 Década de 60 – Ditadura Militar

 Estímulo governamental às Medicinas de


grupo
 Redução dos recursos para Saúde Pública: 1%
dos recursos da área federal
 Crise na saúde : mortalidade infantil, epidemia
de meningite, crescimento das endemias e de
acidentes de trabalho
 Década de 40: Saúde Pública 80% recursos
federais

 Década de 60: 80% dos recursos federais


assistência médica individual

 Multiplicidade de órgãos: em 1975, 71 órgãos


desenvolvendo ações de saúde na área federal
Origens do movimento da RSB
 Vários atores e suas contradições

 1979: Centro Brasileiro de Estudos de Saúde -


CEBES apresenta proposta do SUS no
Congresso Nacional (I Simpósio de Política
Nacional de Saúde da Comissão de Saúde)
http://cebes.org.br/site/wp-content/uploads/2015/10/Cebes_Sa%C3%BAde-e-
Democracia.pdf
Saúde e a Reforma Sanitária
Brasileira

 Luta pela redemocratização

 Articulação entre saúde e condições de vida

 Concepção ampliada de saúde


Saúde e a Reforma Sanitária
Brasileira
1986: 8ª Conferencia Nacional de Saúde (ver
docs)
 Saúde como direito
 Reformulação do SNS
 Financiamento do setor

1988: Constituição Federal


 Capítulo da Saúde
Constituição Federal de
1988
 Art. 196:

 A saúde é direito de todos e dever do


Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal
e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e
SUS Lei Federal 8080 set 1990
Concepção de saúde

 Art. 2º

 A saúde é um direito fundamental


do ser humano, devendo o Estado
prover as condições indispensáveis
ao seu pleno exercício.
SUS Concepção de Saúde

Lei 8080 de 19 de setembro de 1990

Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre


outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a
organização social e econômica do país.

Parágrafo único - Dizem respeito também à saúde as ações que, por força
do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à
coletividade condições de bem estar físico, mental e social.
SUS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
e
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS
 Universalidade: todas as pessoas, independentemente
de diferença de classe, cor, raça, crença, etc., têm o
direito de acesso ao sistema de saúde.
 Igualdade: todo cidadão é igual perante o sistema e
deve ser atendido de acordo com suas necessidades que
são diferenciadas de acordo com sua situação social
(equidade – discriminação positiva)
 Integralidade: as ações voltadas a proteção, promoção
e recuperação . Indivíduo concebido como ser humano
integral nas suas necessidades físicas, psíquicas e
sociais
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS
Descentralização por meio da municipalização.

Regionalização com hierarquização da atenção.

Controle social: participação da população


exercida por conselhos de caráter deliberativo,
que devem ser criados em todos os níveis de
gestão (Lei Federal 8.142 de 1990)
PRINCÍPIOS INOVADORES

• Conceito ampliado de saúde


• Integralidade da atenção
• Ação intersetorial
AÇÕES INTEGRAIS TAMBÉM
PRESSUPÕEM:
• Ampliação e desenvolvimento da dimensão
cuidadora no trabalho
• Profissionais mais capazes de acolhimento e
de vínculo com os usuários
• Maior sensibilidade das dimensões do
processo saúde-doença não inscritas nos
âmbitos tradicionais da epidemiologia ou da
terapêutica.
AÇÕES INTERSETORIAIS

Pois saúde não se restringe à assistência médica.


Nas respostas dadas pelo sistema de saúde, as
ações devem abranger dimensões do trabalho,
habitação, lazer, educação, cultura, etc., na
perspectiva interdisciplinar.
Intersetorialidade – campo do
fazer

Interdisciplinaridade –
construção do saber
Princípios caros aos SUS
• Fazem frente às fragmentações do
conhecimento humano com suas
antinomias, das políticas, das ações
no território, no entendimento do
modo de viver dos sujeitos.
TRABALHO E FORMAÇÃO

• Mudanças nas relações de poder entre


profissionais de saúde entre profissionais de
saúde e usuários
• A formação com objetivos de transformar as
práticas dos profissionais e da própria
organização do trabalho.
A EDUCAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE

• Processo permanente que se inicia durante a


graduação e é mantido na vida profissional.
• Necessidade de estabelecer relações de parceria
entre as instituições de educação superior, os
serviços de saúde, a comunidade, as entidades e
outros setores da sociedade civil.
Formação na Constituição de
1988

• Artigo 200, inciso III:


• “Ao sistema único de saúde compete, além de
outras atribuições, nos termos da lei, ordenar
a formação de recursos humanos na área de
saúde”.
ATRIBUIÇÕES DO SUS

• Educação na saúde como parte do rol de


atribuições finalísticas do Sistema.
• Desenvolver estratégias e políticas de
adequação da formação e qualificação dos
trabalhadores de saúde às necessidades de
saúde da população (Ministério da Saúde).
• POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
PERMANENTE PARA OS TRABALHADORES
DO SUS

• Movimentos para mudança da


graduação na área da saúde
GRADUAÇÃO
• Pró-Saúde: Programa Nacional de Reorientação
da Formação Profissional em Saúde

• Integrar ensino-serviço, visando à reorientação da


formação profissional, assegurando uma abordagem
integral do processo saúde-doença com ênfase na
atenção básica, promovendo transformações nos
processos de geração de conhecimentos, ensino e
aprendizagem e de prestação de serviços à população
(BRASIL, 2007).
Estratégias do Pró-Saúde
• PET Saúde: Programa de Educação para o
Trabalho em Saúde

• Portaria Interministerial (2010) que disponibiliza


bolsas para tutores (professores universitários),
preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes
de graduação da área da saúde.
Ensino /Pesquisa /Extensão

• PET Saúde – Saúde da Família


• PET Saúde – Vigilância em
Saúde
• PET Saúde – Saúde Mental
Aulas Abertas
Disciplina Psicologia e Saúde
Dia 16 de setembro Dia 21 de Outubro
•Humanização e cuidado em •Atenção Básica e Saúde Mental
saúde: problematizando •Lygia de França Pereira (CSE Butantã)
conceitos/Ricardo Teixeira (FMUSP)

11 de Novembro
Dia 30 de setembro
•Comunicação, Saúde e Violência
•Clínica, apoio matricial e o SUS
Lúcia Williams (UFSCAR)
Gastão Wagner Souza Campos
(UNICAMP)
25 de Novembro

Dia 7 de Outubro •Formação para o Trabalho em Saúde


e S.Trabalhador /Francisco Antonio de
•Territórios e redes sociais Castro Lacaz (UNIFESP)
Rosilda Mendes (UNIFESP – Campus
Baixada)
Regulamentações da forma de
financiamento

Normas Operacionais Básicas – NOB


- NOB 91: pagamento por produção de
procedimentos.
- NOB 93: gestão semi-plena dos municípios –
serviços de atenção básica.
- NOB 96: imposição de modelos e programas
para atenção primária.
Regulamentações da forma de
financiamento
- Piso de Atenção Básica (PAB): transferência
de valor fixo para atenção básica para os
municípios de acordo com o número de
habitantes.
- PAB Variável: caso o município desenvolva
as modalidades de ações preconizadas pelo
Ministério da Saúde – PSF e PAC.
FINANCIAMENTO
A partir de 2006 – Pacto de Gestão.

Financiamento tripartite, solidário entre a trina


federativa, buscará contemplar o princípio da
eqüidade e se fará, diversamente para custeio e
investimento. Busca construir um processo de
alocação mais eqüitativo, que considere as
diferenças locorregionais e as variáveis
socioepidemiológicas.
FINANCIAMENTO
Emenda Constitucional número 29 – PEC 29

Garantir financiamento suficiente e estável para o Setor


Saúde, uma vez que define o quanto das receitas da
União, estados, Distrito Federal e municípios deve ser
destinado às ações e serviços públicos de saúde.
Proposta: municípios 15% das receitas correntes,
12% para os Estados e a base de investimento do ano
anterior corrigido pela variação do PIB nominal para
o governo federal.
Constituição Federal de 1988

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

§ 1.º As instituições privadas poderão participar de forma


complementar do sistema único de
saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito
público ou convênio, tendo preferência
as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

§ 2.º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios


ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
Constituição Federal de 1988

Art. 197. São de relevância pública as ações e


serviços de saúde, cabendo ao poder público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle, devendo sua execução
ser feita diretamente ou através de terceiros e,
também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado.
SUS: Lei Federal 8080
setembro de 1990
 DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º
 Esta lei regula, em todo o território
nacional, as ações e serviços de saúde,
executados isolada ou conjuntamente, em
caráter permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas de direito
Público ou privado.
Aspectos a serem considerados

- Âmbitos ou dimensões

- Político-jurídico
- Técnico-assistencial
- Socio-cultural
- Teórico conceitual
Saúde: setor produtivo

Indústria farmacêutica no Brasil


Empresas multinacionais: 80% do mercado
nacional.
Faturamento 1998: U$ 10,3 Bi
3,4% do mercado mundial
Capacidade produtiva elevada de
medicamentos e baixa de fármacos
Saúde: setor produtivo

Indústria de equipamentos
médico-hospitalares

Paris 2,4 milhões habitantes: 6 tomógrafos

Belo Horizonte 2,1 milhões habitantes: 45


tomógrafos
Saúde: setor produtivo
Complexo médico-industrial
Inovações tecnológicas
40% do US 2,3 trilhões gastos em
saúde nos EUA em 2008

Lottenberg,C. FSP, 25/03/09


Saúde: setor produtivo

Complexo médico-industrial
Custo de angioplastia :
2001: R$ 9400
2009: R$ 55 000,00
(aumento de 485%)

Lottenberg,C. FSP, 25/03/09


Atenção básica

Planejamento ascendente

Determinantes e condicionantes da
saúde

Equipe multiprofissional
Instrumentos da Atenção básica
• Território;

• Dados secundários;

• Inquéritos domiciliares;

• Diagnóstico da demanda

• Participação popular.
Atenção básica
• Intervenções no âmbito individual e coletivo;
• Promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento
e reabilitação;
• Práticas participativas de gestão;
• Trabalho em equipe;
• Responsabilidade pelo território;
• Tecnologia complexa de baixa densidade.

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