Aula de Historia Médio - 3º Trimestre
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SÉRIE
HISTÓRIA GERAL E
DO BRASIL
1. Invasões Holandesas no Brasil Colonial -
Governo de Maurício de Nassau
• Contexto Histórico: As Invasões Holandesas no Brasil ocorreram no contexto da
União Ibérica (1580-1640), quando Portugal e Espanha estavam sob a mesma coroa. A
Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, interessada no lucrativo comércio de
açúcar, iniciou uma ofensiva contra as possessões portuguesas no Brasil.
• Governo de Maurício de Nassau (1637-1644): Maurício de Nassau foi enviado ao
Brasil pela Companhia Holandesa em 1637 para governar as áreas conquistadas, que
incluíam parte do atual Nordeste brasileiro. Nassau implementou um governo eficiente,
focado em melhorias urbanas e econômicas, e na convivência pacífica entre colonos
portugueses e holandeses. Ele promoveu a reconstrução de Recife, transformando-a
numa cidade moderna, e incentivou a agricultura, criando a Câmara dos Escabinos
para administrar a justiça local.
• Desenrolar e Impactos: Sob Nassau, a economia açucareira foi revitalizada, mas o
fim da União Ibérica em 1640 enfraqueceu o domínio holandês. Em 1644, Nassau foi
chamado de volta à Holanda, e a situação no Brasil se deteriorou rapidamente,
levando à Insurreição Pernambucana (1645-1654), que resultou na expulsão definitiva
dos holandeses.
2. Expansão Territorial - Pecuária
e Drogas do Sertão
• Contexto Histórico: Durante os séculos XVII e XVIII, a expansão territorial do
Brasil colonial foi impulsionada pela necessidade de novas áreas para a pecuária e
pela exploração das "drogas do sertão" – produtos nativos valiosos como o
guaraná, a salsaparrilha, e o urucum.
• Pecuária: A pecuária se expandiu principalmente nas regiões Nordeste e Sul,
áreas menos apropriadas para a cana-de-açúcar. A atividade pecuária serviu como
base para a ocupação de vastos territórios interiores, contribuindo para a
interiorização da colonização. Os tropeiros desempenharam papel fundamental no
transporte de gado e mercadorias, ligando diferentes partes do território colonial.
• Drogas do Sertão: Nas regiões amazônicas, as "drogas do sertão" se tornaram
um importante recurso econômico. A exploração desses produtos estava ligada às
missões jesuíticas, que utilizavam a mão de obra indígena. Essas drogas eram
exportadas para a Europa e contribuíram para a ocupação da Amazônia e para a
criação de novos núcleos de povoamento.
3. Mineração - Auge e Mão de Obra
Escravizada Africana
• Contexto Histórico: A descoberta de ouro em Minas Gerais, no final do século XVII,
marcou o início do ciclo do ouro no Brasil, que perdurou até meados do século XVIII. Esse
período trouxe profundas mudanças econômicas, sociais e demográficas para a colônia.
• Auge da Mineração: Entre 1700 e 1750, a mineração do ouro atingiu seu auge,
transformando a economia colonial. Cidades como Ouro Preto e Mariana floresceram,
tornando-se centros urbanos e administrativos. A Coroa portuguesa estabeleceu o Quinto,
imposto que recolhia 20% de todo o ouro extraído, e criou as Casas de Fundição para
controlar a produção e evitar o contrabando.
• Mão de Obra Escravizada Africana: A mineração no Brasil colonial foi profundamente
marcada pelo uso intensivo de mão de obra escravizada africana. Os escravizados eram
submetidos a condições extremas de trabalho nas minas, com altas taxas de mortalidade.
Esse sistema gerou uma sociedade desigual, onde a riqueza mineral beneficiava
principalmente a elite colonial e a metrópole portuguesa, enquanto a população
escravizada sofria duras condições de vida.
4. Absolutismo - Portugal, Espanha,
França e Inglaterra (IF)
• Contexto Histórico: O Absolutismo foi uma forma de governo em que o monarca detinha
poder quase absoluto, consolidado na Europa entre os séculos XVI e XVIII. Cada país
desenvolveu seu modelo de Absolutismo com características próprias.
• Portugal e Espanha: Em Portugal, o Absolutismo consolidou-se com o reinado de D. João V
(1706-1750), que centralizou o poder e usou as riquezas das colônias para fortalecer o Estado.
Na Espanha, o Absolutismo atingiu seu apogeu com Felipe II (1556-1598), que governou com
base na centralização do poder e na expansão imperial, financiada pela prata das Américas.
• França: Na França, Luís XIV (1643-1715) foi o maior expoente do Absolutismo, conhecido
como o "Rei Sol". Ele centralizou o poder, subjugou a nobreza, e desenvolveu uma burocracia
eficiente, além de promover um intenso culto à sua figura. A frase "L'État, c'est moi" ("O
Estado sou eu") simboliza o poder absoluto que ele exercia.
• Inglaterra: Ao contrário dos outros países, na Inglaterra, o Absolutismo encontrou resistência.
O reinado dos Stuarts, especialmente sob Carlos I, levou a conflitos com o Parlamento,
culminando na Guerra Civil Inglesa e na execução do rei em 1649. O Absolutismo foi
definitivamente derrotado na Revolução Gloriosa (1688), que estabeleceu a monarquia
constitucional.
5. Crise do Absolutismo - Revolução Puritana,
Revolução Gloriosa e Revolução Francesa
• Contexto Histórico: A crise do Absolutismo na Europa esteve ligada ao confronto entre o
poder absolutista e novas ideias políticas, sociais e econômicas. Esse processo levou a
importantes revoluções que redefiniram o papel da monarquia e do Estado.
• Revolução Puritana (1642-1651): Na Inglaterra, a Revolução Puritana foi resultado de
tensões entre o rei Carlos I e o Parlamento, agravadas por questões religiosas e fiscais. A
guerra civil que se seguiu resultou na vitória das forças parlamentares lideradas por Oliver
Cromwell, na execução de Carlos I e na breve instituição de uma República (1649-1660).
• Revolução Gloriosa (1688): A Revolução Gloriosa foi um golpe quase sem derramamento
de sangue que derrubou o rei Jaime II da Inglaterra, substituído por sua filha Maria II e seu
marido, Guilherme III de Orange. Este evento foi crucial para o estabelecimento da monarquia
constitucional, com o poder real sendo limitado pelo Parlamento.
• Revolução Francesa (1789-1799): A Revolução Francesa representou o ponto culminante
da crise do Absolutismo. Impulsionada por ideias iluministas e pela insatisfação popular com a
monarquia, a revolução derrubou Luís XVI, aboliu a monarquia e estabeleceu uma república. A
Revolução teve consequências profundas, não só na França, mas em toda a Europa,
inspirando movimentos revolucionários e o fim do Absolutismo em diversos países.
6. Mercantilismo - Fundamentos e
Práticas Econômicas
• Contexto Histórico: O Mercantilismo foi a doutrina econômica predominante na Europa
entre os séculos XVI e XVIII, caracterizada pelo forte controle estatal sobre a economia e
pela busca do aumento das reservas de metais preciosos como indicador de poder
nacional.
• Fundamentos do Mercantilismo: O Mercantilismo baseava-se na crença de que a
riqueza de uma nação dependia da acumulação de metais preciosos (ouro e prata). Para
alcançar esse objetivo, os países adotavam políticas protecionistas, incentivando as
exportações e limitando as importações, promovendo o colonialismo para garantir
mercados cativos e fontes de matérias-primas.
• Práticas Econômicas: Entre as práticas mercantilistas destacam-se as navegações de
exclusividade colonial, onde as colônias só podiam comerciar com a metrópole, a criação
de companhias comerciais monopolistas, como a Companhia das Índias Orientais, e a
promoção da balança comercial favorável. Além disso, o Estado controlava setores
estratégicos da economia, incentivava a manufatura e limitava a saída de recursos do
país. O Mercantilismo ajudou a consolidar as monarquias absolutistas, ao mesmo tempo
em que preparou o terreno para o surgimento do capitalismo industrial.
2ª SÉRIE
1. Era Vargas - Governo Provisório (1930-1934) -
Diversificação Econômica e Direitos Trabalhistas
• Contexto Histórico: A Era Vargas começou com a Revolução de 1930, que derrubou o
presidente Washington Luís e impediu a posse do presidente eleito, Júlio Prestes. Getúlio
Vargas assumiu o poder como chefe de um Governo Provisório, prometendo reformas
econômicas e sociais em um Brasil marcado pela crise do café e pelas desigualdades
sociais.
• Diversificação Econômica: Vargas iniciou um processo de diversificação da economia,
que até então dependia fortemente do café. O governo incentivou a industrialização,
criando políticas que favoreciam o desenvolvimento de novos setores, como o têxtil e o
siderúrgico. A criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio em 1930 foi um
passo importante para o fortalecimento do setor industrial.
• Direitos Trabalhistas: Uma das marcas do Governo Provisório foi a implantação de
direitos trabalhistas. Vargas criou a legislação social que beneficiou os trabalhadores
urbanos, incluindo a instituição da jornada de trabalho de oito horas, regulamentação do
trabalho feminino e infantil, e a criação da Justiça do Trabalho. Essas medidas
consolidaram o apoio de Vargas entre a classe trabalhadora, embora visassem também
controlar e evitar a organização independente dos trabalhadores.
2. Era Vargas - Revolução Constitucionalista
de 1932 e Constituição de 1934
• Contexto Histórico: A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento liderado
por São Paulo contra o Governo Provisório de Vargas, exigindo a convocação de uma
Assembleia Constituinte e o fim do governo provisório. O descontentamento paulista
estava ligado à perda de influência política após a Revolução de 1930.
• Revolução Constitucionalista de 1932: Em 9 de julho de 1932, São Paulo se levantou
em armas contra o governo central. Apesar de ser uma das maiores revoltas armadas da
história do Brasil, com cerca de 100 mil combatentes, a revolução foi derrotada
militarmente em outubro do mesmo ano. No entanto, o movimento teve um impacto
significativo na política nacional, forçando Vargas a convocar eleições para uma
Assembleia Constituinte.
• Constituição de 1934: A nova Constituição foi promulgada em 16 de julho de 1934. Ela
estabeleceu avanços como o voto secreto, o voto feminino, e direitos sociais, incluindo o
salário mínimo e a legislação trabalhista consolidada. Também reforçou o poder do Estado
na economia e na vida social, preparando o terreno para a fase seguinte da Era Vargas.
3. Era Vargas - Governo Constitucional (1934-
1937) - Polarização Política e Intentona Comunista